A Fantástica Viagem Ao Mundo Imaginário escrita por Ale Silva


Capítulo 5
5 - O Mensageiros das Trevas




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No reino de Fúria, o reino de fogo, tudo era sombrio, não existiam famílias, crianças e nem animais. Mas existiam criaturas terríveis e assassinas criadas por Saor o Deus de Fúria para causar o caos e a destruição. Saor é Irmão de Neor. Ambos São filhos do eterno Magnus, o Deus do mundo de Muaty. Há muitos anos atrás, Magnus criara um reino, onde daria vida á pessoas e animais, fazendo dele o melhor lugar de Muaty para viver.
O reino do trono, como era chamado, era um lugar muito calmo, não existia assassinos nem ladrões, a paz e a tranquilidade reinavam de uma forma fantástica. Saor e Neor ainda eram crianças quando o reino foi criado, além de irmãos, sempre foram grandes amigos. Eles cresceram, e Magnus já estava ficando fraco, não podia mais reinar em Muaty, precisava ser substituído por um de seus dois filhos. E o escolhido foi Neor, aquele que ajudava as pessoas, que cuidava dos animais, que buscava sempre o bem. Saor era rebelde, pensava sempre apenas em si mesmo, nunca nos outros. Após a escolha de seu Pai, Saor sentiu-se traído por ele e resolveu se vingar. Os Deuses eram imortais sobre os mortais, mas dentre eles mesmos se tornavam mortais. Em uma noite onde tudo parecia estar normal, Saor invadiu o trono de seu pai, roubou a espada da vida criada e forjada por Magnus e usou contra o coração do seu próprio pai, que veio a falecer enquanto dormia. Uma reviravolta acontecera logo após assassinato de Magnus, que, havia deixado como herança á divisão dos reinos para seus filhos.
Então se criou os reinos de Fúria e Guardia. Um Liderado pelo Deus das trevas, Saor e o outro Pelo Deus da paz, Neor. E com isso começaram a maior batalha de todos os tempos.
Saor viva em um enorme castelo, localizado ao norte de Fúria, em volta habitavam as terríveis criaturas preparadas para matar. O Céu era sempre escuro, o ambiente era sombrio e o cheiro era de morte. No centro havia cabanas, casebres e caverna onde moravam os Solaris. Os Solarias são criaturas que se alimentam de fogo, vivem no fogo e matam com o fogo. Possuem aparência de humanos, usam sempre roupas pretas e andam com algum tipo de cajado. Porém, os Solaris não sobrevivem longe do fogo, por isso então vivem apenas no reino de Fúria, onde fazem a guarda dele.
Marcus acabara de chegar, estava muito ansioso para contar para Saor o plano que ele descobrira em relação ás crianças. Ele Então apareceu em frente ao portão de Fúria, algumas criaturas estavam por perto, o portão era enorme e no topo havia dois corvos esculpidos.
– Crianças Insolentes! Pensam que vou conseguir invadir o meu Reino. – Esbravejava Marcus. Ele, apesar de ser o braço direito de Saor, sempre almejou ser o Rei de Fúria, algo que seria quase impossível, pois Marcus fora criado por Saor.
Ele então atravessou todo o reino de Fúria derrubando tudo que estivesse em seu caminho e chegou até a porta do castelo. Para entrar, Marcus precisava conversar com um demônio chamado Blood Bad, que vivia como porteiro. Ele era idêntico a uma sombra, não se mexia, não respirava e não tinha sentimentos, mas, ele era muito poderoso.
– Me deixe entrar – Ordenou Marcus, que tinha pressa em entrar logo no castelo. – Abra!
Blood Bad era muito rigoroso quanto á entrada ao castelo.
– Como ousa me ordenar alguma coisa Marcus? - Perguntou Blood, com uma voz muito assustadora, que entrava lentamente aos ouvidos de quem á ouvisse. – Eu somente obedeço a ordens do meu Deus.
Marcos se calara e não sabia o que dizer para Blood, no mesmo momento uma voz atormentadora disse:
– Deixe-o entrar seu inútil!
Era a voz de Saor. Ele sabia de tudo que acontecia dentro do reino de Fúria e também sabia que Marcus iriar contar-lhe algo. Blood aquietou-se e abriu a enorme porta que dava acesso ao castelo, Marcus entrou debochando da cara de Blood.
– Inútil! – Disse-lhe rindo muito!
E então Blood fechou a porta á batendo.
Enquanto isso, as crianças estavam paradas bem enfrente á casa de Simon, era uma casa simples, construída com artefatos extraídos da floresta. Tinha uma porta de madeira e o telhado era de palha. Talvez não resistisse á uma tempestade. Simon também gostava muito de animais, criava porcos, vacas e galinhas, como animais de estimação. E também um cavalo muito especial, era branco, seus olhos eram bem azuis tinha as ferraduras feitas de ouro e ele, parecido com um ser humano, falava.
– Bata! – Disse Lucas, pedindo para sua amiga o chamasse.
Alice então deu três batidas na porta. “Toc, Toc, Toc.”
Pela janela viram que uma luz acendeu. – Ele deve estar vindo. – Comentou Pedro.
Lentamente a maçaneta da porta foi girando e logo depois à porta foi se abrindo. Simon então saiu e Pedro o olhou dos pés a cabeça, muito assustado. Simon era gordo, devia ter uns dois metros de altura e seus cabelos eram bem brancos.
– Olá crianças! – Cumprimentou-os.
– Olá Senhor Simon! – Disseram os três juntos.
– Ora, ora! Que energia que eu sinto em seus amigos Alice. – Disse ele, muito surpreso.
Lucas entendera oque Simon disse, mas Pedro demorou um pouco.
– Não querem entrar? – Perguntou.
– Claro. – Disse Alice.
Os três então entraram. Pedro, como era muito curioso, olhava os objetos que havia dentro da casa de Simon sem piscar um só olho se quer. Já Lucas era mais discreto.
A casa era bem pequena, tinha um cômodo parecido com uma sala, um lugar aonde Simon dormia e outro para ele fazer suas necessidades, não havia cozinha, Simon ia para a floresta caçar para comer. Comia vivo mesmo.
– Sentem-se. – Simon Pediu para que os três se sentissem á vontade.
– O quê os trazem até minha nobre casa crianças?
– Precisamos de sua ajuda. – Respondeu Lucas.
– Em que posso ser Útil?
Lucas tinha que explicar á ele o que havia acontecido com Pedro no mundo real, seria muito estranho ele dizer que Pedro estava preso dentro de sua própria mente, e que tudo aquilo não passa de uma ilusão formada pela imaginação de Pedro. Ele então inventou outra coisa e explicou pra Simon.
– É... Temos um problema Sr. Simon.
– Problema? Aconteceu algo? – perguntara ele, preocupado.
– Sim, aconteceu padrinho. – Interviu Alice, interrompendo o diálogo entre Lucas e Simon.
– Pois é. – Disse Lucas, que fizera um gesto para Alice deixar que ele contasse o que havia acontecido.
– Nosso Amigo Pedro, foi enviado de outro mundo por sequestradores que raptaram os seus pais. Agora precisamos da chave dos mundos para manda-lo de volta para sua terra.
– Como assim? – Perguntou Simon, que não intendera muito bem o que Lucas queria dizer com Aquilo. Pedro Olhou para a cara de Lucas também com cara de desentendido. Lucas então piscou para ele.
– é uma longa história. Padrinho. – Disse Alice.
– Por que vocês não vão até Neor? Ele talvez seja o único que possa ajudar-lhes.
– Esse é o problema maior Sr. Simon. – Disse-lhe Lucas, que ficara surpreso ao saber que Simon não sabia do que havia acontecido com o grande Neor.
– Você se lembra da ultima batalha que houve entre os reinos de Fúria e Guardia? – Questionou Lucas.
– Claro! Neor os expulsaram e depois daquele dia nunca mais voltaram.
– Não foi exatamente assim...
– O que?!
– Enquanto Neor protegia o seu reino, Saor veio disfarçado, o apunhalou pela costa e o envenenou com um veneno mortal.
– Não acredito! – Exclamou Simon, que levantou e começou a andar de um lado para o outro, sem parar.
– E como Neor está? Perguntou.
– Muito mal.
Simon ficara imediatamente preocupado, pois temia que o pior acontecesse.
– Temos que salvar Neor, crianças, ou então todos nós morreremos.
Pedro se assustara com a exorbitante declaração de Simon e os interviram:
– Não! Eu não posso morrer!
Todos se viraram para ele, que completou. – Meus pais precisam de mim.
– Nada vai nos acontecer, confie em mim. – Disse Lucas, tentando o acalmar.
– Padrinho, mas existe um problema em cima desses todos que talvez seja o maior! – Exclamou Alice, deixando o mais ainda preocupado.
– Você está brincando, né?
– Não estou.
– A Único que jeito de salvar Neor é conseguindo o pergaminho da cura que...
– E Porque não pegaram ainda esse pergaminho? – Perguntou Simon, que o interrompeu.
– Porque ele está trancafiado a sete chaves dentro do castelo de Saor, em Fúria. Quando Magnus foi assassinado por Saor, ele mesmo assim deixara com herança para Saor o pergaminho da cura.
– E para Neor a chave dos mundos. – Completou Alice.
– Agora eu intendo... – Murmurou Simon.
– Precisamos armar um plano bem feito para entrarmos no castelo. – Comentou Pedro.
– E isso não ira ser fácil. – Disse Simon, que sabia de todos os perigos que iriam ter que enfrentar.
– Dizem que um guardião toma conta desse pergaminho. – Disse Lucas, não sabendo com eles poderiam pegar esse pergaminho.
– Foi para isso que viemos te procurar Sr. Simon. - Disse Lucas, que contava muito com a ajuda de Simon.
– Eu tenho algumas coisas aqui que podem ser muito útil. – Disse Simon, que saiu de sua casa e foi até um quartinho que ficava do lado de fora. – Esperem aqui.
As crianças então ficaram esperando, todos se calaram e começaram a pensar em um jeito de entrar em Fúria, mas nada, nada vinha á cabeça de ninguém.
– Gente é impossível entrar em Fúria! – Exclamou Alice.
– Não, deve existir alguma forma, alguma passagem secreta, algum beco... – Disse Pedro.
– Saor jamais deixaria uma brecha dessas. – Disse Lucas, deixando-os mais desanimados ainda. – Teremos que entrar disfarçados.
– Disfarçados? Eles irão nos descobrir, pois lá não existem humanos, muito menos crianças. – Disse Alice.
– Crianças! – Disse Simon, que os chamava até uma mesa, que ficara próximo à porta. Eles estavam tão distraídos com o que conversavam que nem notaram Simon entrando. – Encontrei alguns objetos que talvez possam ajudar-lhes.
Eles então foram até Simon, Lucas na frente, Alice e por ultimo Pedro. Em cima da mesa havia um pano preto que cobria as coisas que Simon tinha para lhes oferecer.
– Garotos, isso que eu irei entregar á vocês, é de grande valor sentimental para mim, relíquias de meus antepassados. E eu sei que estará em boas mãos. – Disse Simon que puxara o tal pano preto, assim mostrando que na mesa havia. Os três ficaram muito surpresos, os olhos de Pedro brilhavam como um diamante, Alice esbanjava um sorriso perfeito, já Lucas ficou parado, não demonstrando nada a mais que a surpresa.
– Alice, para você eu ofereço esse Amuleto. Não é um amuleto qualquer, quando você mais precisar, ele mostrará seu destino.
O Tal amuleto era um tanto quanto simples, era dourado e possuía um pequeno pingente em forma de uma estrela e brilhava muito.
Ela então o pegou da mão de Simon e ficara muito feliz com o que acabara de ganhar. – Muito obrigado padrinho, farei bom uso! – Disse ela, que ficara muito agradecida.
– Para você Lucas, eu te ofereço esse mapa. É o mapa do castelo, foi desenhado por um dos escravos de Saor, sem que ele soubesse. Ele te mostrará os caminhos...

– E para você Pedro... Acho que é único que caberá dentro dessa armadura. Foi minha quando tinha sua idade, você saberá como usa-la. – Disse Simon, que quando deixara por intender que já tinha entregado tudo a eles, retirou uma espada da costa e entregou para Pedro. – Tome, essa é espada da vida, a mesma que Saor matou o grande Magnus, você irá precisar!

CONTINUA...


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