A Fantástica Viagem Ao Mundo Imaginário escrita por Ale Silva


Capítulo 2
2 - Mais Uma Invenção




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Mais Uma Invenção
Já em casa, Pedro foi correndo para seu quarto e se trancou.
- Nossa que dia estressante. – Falou ele, aparentemente cansado.
- É. Eu estava lá também. – Disse Lucas.
          Na mesma hora Thiago também disse:
- Não sei como você aguenta isso todo dia.
- No mundo de vocês não tem escola? – Perguntou Pedro.
          Lucas na mesma hora respondeu, dando algumas risadas. – Escola? Lá não tem essas coisas que vocês fazem aqui não.
- É um mundo fantástico. – Disse Thiago.
- Se lá é um mundo tão fantástico assim, oque vocês estão fazendo aqui comigo então? – Questionou-os.
- Está nos dispensando é? - Perguntou Thiago que virou de costas imediatamente e preparava-se para ir embora.
- Claro que não né. – Respondeu, com cara de taxo.
          Sua mãe, coincidentemente passava enfrente a porta do quarto e ouviu Pedro falando, curiosa ela gritou e perguntou:
- Esta conversando com quem Pedro?
          Pedro assustou-se com o berro da mãe e com uma das mãos fez um sinal para que eles fizessem silêncio, logo em seguida respondeu com a voz um pouco tremula:
- E... Eu? Com ninguém ué.
- Mas eu escutei você falando. – Disse Suzane.
- Você deve estar ouvindo coisas mãe.
          Sentados na cama, Lucas e Thiago se seguravam para não rir da cara de medo que Pedro fazia, ele então se virou para trás. Quando perceberam, os dois ficaram sério no mesmo instante.
- Bom, já estou indo trabalhar filho. – Disse ela que se despediu de Pedro.
- Tudo bem mãe.
- Caso queira alguma coisa, seu pai está lá enfiado naquilo que ele chama de laboratório. – completou-a.
          Suzane então saiu para trabalhar, voltaria só depois das 6 da tarde, eram as horas preferidas de Pedro, pois ficaria sozinho em casa, já que seu pai raramente aparecia por lá, ás vezes só para comer.
- Então, o que vamos fazer? – Perguntou Lucas.
- É. O que? – Completou Thiago.
          Enjoados de fazer todos os dias ás mesmas coisas, não vinha nada de diferente na cabeça de Pedro que se calou por alguns instantes.
- Eu acho que vou dormir. – Disse Pedro, desanimado por não ter oque fazer.
- A é assim? – Perguntou Lucas.
- Ué, vamos ficar aqui sem fazer nada? Eu prefiro dormir. – Respondeu Pedro.
          Thiago estava quieto e um tanto pensativo, tentando achar algo para fazerem, mas, quase tudo o que é possível de fazer com a imaginação eles já haviam feito, até que ele disse:
- Por que não vamos embora Lucas? Ele não quer brincar com a gente hoje.
- NÃO! – Gritou Pedro.
          No mesmo momento, Pedro e os outros escutaram alguns passos, vindo em direção ao seu quarto. Como não havia ninguém em casa, ele ficou um pouco assustado ou, muito assustado, pois um dos seus maiores defeitos era o medo, ele tinha medo de qualquer coisa, de uma barata, do escuro, de altura e de até mesmo do medo.
          Todos ficaram olhando para a porta, Pedro se tremia todo, até que os passos lentamente foram parando e se aproximando cada vez mais, até parar de uma vez. Um silêncio absoluto se pregou dentro do quarto e um pequeno clima de suspense se empossou da cena.
- Toc, Toc! – Bateram na porta.
          Como os amigos de Pedro eram imaginários e ninguém podia velos ou ouvi-los, o mesmo com a voz bastante tremula dirigiu-se até a porta e antes de abri-la perguntou:
- Que... Quem esta ai?
- Sou eu filho.
- UUUFA. – Disse Pedro aliviado. – É meu pai.
          Pedro olhou ligeiramente para trás e viu que seus amigos riam bastante, mas ele não entendeu o porquê e então perguntou:
- Por que vocês estão rindo?
          Lucas então disse:
- Por que nós sabíamos que era seu pai.
- AAAFF, por que não me contaram? – Gritou Pedro em um tom um pouco elevado
- Foi pra você se assustar e perder a vontade de dormir. – Disse Thiago ironicamente, que continuava rindo de Pedro.
- Seus, Seus... Não teve graça nenhuma. – Murmurou Pedro, muito furioso.
- Esta falando comigo filho? – Perguntou Willians que estava parado enfrente a porta, esperando ele abrir.
- Não pai, eu estava pensando alto.
- A sim.
          E Então Pedro abriu a porta. Seu pai estava vestido com uma roupa muito esquisita, uma calça cheia de luzes, uma camisa preta, por baixo de um colete que, por dentro guardava várias coisas, ferramentas e bugigangas, sem contar o capacete que mais parecia um capacete de astronauta.
- Meu filho, eu preciso de um pequeno favor seu.
- Em que eu posso ajudar?
- Vem comigo.
          Os dois saíram e foram então até o laboratório, Pedro estava curioso, pois seu pai, esse não era muito de pedir favores. Lucas e Thiago, como só existiam na imaginação de Pedro, saíram e foram logo atrás, pois queriam saber também que favor seria esse.
          Eles então atravessaram a casa toda que, estava bem limpa, como ontem foi domingo, Susane havia dado um trato. Ao chegarem, Willians entrou primeiro, as luzes estavam apagadas e como vocês já sabem, Pedro morre de medo do escuro. Willians então Começou a acender as luzes, uma por uma e a garagem-laboratório foi se iluminando. Pedro então entrou e no primeiro momento não notou nada de estranho, á não ser alguma coisa que estava coberta com um pano branco que não dava para se saber oque era. Era também a primeira vez que Lucas e Thiago haviam entrado ali, eles ficaram muito impressionados com as várias engenhocas que ali estavam. Quase todas sem sucesso. Willians então parou de costa para a tal coisa coberta e de frente para seu filho, com muito suspense ele começou a falar algumas coisas, Pedro escutou bem atencioso:
- Filho. Foram muitos anos enfiados aqui dentro, muitos anos pesquisando, fazendo experiências, tentando inovar. E Hoje eu posso dizer que consegui.
          E Então ele puxou o pano que estava cobrindo aquela coisa. Lucas e Thiago estavam ali apenas vendo oque iria acontecer. Já Pedro não notou nada de anormal naquilo e então perguntou:
- Uma cadeira?
- Não filho, não é apenas uma cadeira. - Respondeu Willians.
- Mas me parece uma cadeira normal.
- Essa é a cadeira 4.0 filho. – Disse Willians, muito sorridente, por estar mostrando á alguém.
- ã? E oque ela faz?
- Ela e mais alguns equipamentos que eu inventei aqui são capazes de me fazer entrar na mente de qualquer pessoa. – Explicou.
- Mas como você sabe que funciona? Você já testou com alguém? Perguntou Pedro, que estava ficando mais curioso ainda.
- Testarei com você agora.
          No primeiro momento Pedro se assustou e perguntou:
- Mas tem que ser comigo mesmo pai?
- Confie em mim, nada vai te acontecer.
- então tá.
- Sente-se aqui filho.
          Pedro então se sentou na cadeira, Willians prendeu alguns fios nos dedos dele e botou um venda em seus olhos.
- Precisa de tudo isso mesmo pai? – Questionou ele.
- Sim, sem isso com certeza não funcionara. - Respondeu.
          Para ligar aquela bugiganga, Willians havia inventado um método para prevenir acidentes, eram três botões que, formavam uma combinação, parecida com uma senha. Tinha um azul, um vermelho e um verde.
- Está preparado Pedro?
          Pedro estava tenso, morrendo de medo, gaguejando respondeu:
- Acho que, que... Sim.
          Lucas e Thiago continuavam ali observando o que iria acontecer.
- Filho, agora pense em algo que você tem bastante vontade.
- Ok pai.
          E Então Willians começou uma contagem regressiva de cinco segundos.
- 5...
- 4...
- 3...
- 2...
- 1!
          E começou a apertar os botões, ele estava fazendo tudo certinho, e até então nada ainda havia acontecido, faltava apenas um botão e ele se esquecera de qual era.
- E agora, qual eu aperto? – Pensou ele, a dúvida estava quase lhe matando.
          Ele então confiou na sorte e apertou o vermelho, a cadeira 4.0 começou a emitir alguns sons parecidos com bips que iam ficando cada vez mais rápidos.
- é agora!
          Na mesma hora, Lucas e Thiago taparam os olhos com as mãos.
          E então o inesperado aconteceu. Uma grande explosão na parte onde ficava o “cérebro” da cadeira, formou um grande clarão espalhando fumaça por todo laboratório e, um silêncio absoluto tomou conta de tudo.


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