A Fantástica Viagem Ao Mundo Imaginário escrita por Ale Silva


Capítulo 1
1 - Os Amigos Imaginários.




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Como você se sentiria se fosse um aluno isolado por toda sua vida na escola e não tivesse nenhum amigo real?
         Se você se sente assim, você com certeza esta lendo o livro certo.
          Pedro era louro, tinha olhos azuis e a pele bem branquinha. Tinha tudo para ser o mais bonito da escola, não fosse a sua magreza. É. Não era tão magro assim, mas, deixava a desejar e por isso era sempre desprezado pelas garotas.
          Inteligente como ele não há, prestativo nas aulas e muito quieto, não possuí nenhum amigo, nem mesmo algum colega, oque o tornou um garoto bastante depressivo ao ponto de vista dos outros.
          A Professora Iris talvez seja a única que ás vezes procura conversar com ele, claro, outros assuntos.
          Carregando seus longos cabelos louros, usava sempre um colete branco por cima de suas vestes e era muito cheirosa, possui um par de olhos verdes de dar invejas às outras mulheres.
          Era Segunda feira, já estava no fim da aula na escola e Pedro estava quieto sem fazer nada.
- Pedro? – Chamou-o.
          O Garoto, para não faltar com o respeito respondeu:
- Pois não, professora?
- Fez a lição de casa?
          Pedro jamais se esquecera de fazer os deveres da escola, em casa, fica trancado o dia todo no seu quarto e, sempre sai com as lições feitas.
- Fiz sim Professora. – Respondeu o garoto.
          Ao Fundo da classe, Cris, o aluno mais atentado da sala se preparava para atirar uma bola de papel em direção á cabeça de Pedro.
- Hei! O que você pensa que vai fazer com isso senhor Cristovan? – Gritou Iris, cortando o barato dele.
          Pedro olhou para trás um pouco por fora do que estava acontecendo, e na mesma hora Cris disse:
- Eu? Nada professora, estava indo jogar no lixo. – E com cara de coitadinho, abaixou a cabeça.
- Eu que veja outra vez! – Completou-a.
          Pedro voltou a fazer o que estava fazendo e Iris disse:
- Pedro. Posso ver seu caderno?
- Sim professora, aqui está – e entregou o caderno para ela.
          Iris pegou-o e começou a folha-lo, passou página por página e alguns instantes depois, fechou-o.
          Então ele abriu um pequeno sorriso de canto de rosto, coisa rara de se ver.
          Vocês podem até achar que é um exagero a vida dele ser assim, mas não é. É a pura verdade, aos 13 anos, até hoje nunca teve alguma amizade que durasse mais que um mês.
          Pedro pegou seu caderno de volta e o guardou.
          A Professora Iris já havia passado toda a lição daquele dia, e disse que após terminarem poderiam guardar o material e descansarem.
- Pedro! – Chamou-o outra vez.
- Oi professora.
- Posso conversar com você após a aula?
- Sobre o que?
- é um assunto um tanto quanto pessoal, não se importaria de ficar aqui por mais alguns minutos né?
- é que minha mãe estará me esperando...
- Não se preocupe, eu telefonarei para ele esperar... – Disse ela, interrompendo-o. Pedro não fazia ideia sobre o que Iris queria conversar com ele, mas de tanto ela insistir ele acabou aceitando.
- Se é assim, eu posso ficar professora. – Disse ele, que, logo em seguida viu sua professora esbanjar um bonito sorriso.
- Pessoal! Sem barulho. – Gritou a professora com toda a classe.
          Então Pedro passara esses últimos minutos pensando sobre o que íris queria conversar com ele. Ficara de cabeça baixa sobre a carteira e só abria a boca para respirar. Ao contrário do resto da classe, que, não parava quieta, fazia muito barulho e tirava Iris do serio.
- Eu já disse para fazer Silêncio! – Gritou novamente, dessa vez com o tom de sua voz bastante elevado, assim assustando os alunos arteiros que acabaram se aquietando.
          Não demorou muito e o sinal tocou. Ele então arrumou seu material, botou tudo em sua mochila, que, era vermelha, tinha dois zíperes e alguns detalhes em preto. Esperou que a classe se esvaziasse e então foi até a professora para conversar.
- Sobre o que a professora gostaria de conversar? – Perguntara ele, bastante curioso.
- Olha, Sente-se Pedro. – Pedro se sentara em cadeira enfrente a mesa da professora Isis. – em todos esses anos que passamos juntos na escola, você sempre foi meu melhor aluno, mas, aos poucos fui percebendo que você não é um garoto comum, entende? – Desabafou ela e ao mesmo tempo, uma leve lagrima escorria de seus exuberantes olhos verdes, cujo seu brilho se comparava a qualquer estrela do céu.
- Obrigado por me dizer que sempre fui seu melhor aluno professora, mas a segunda parte eu não entendi, desculpe-me.
          Todo fim de aula era um caos, todos os alunos saiam descontrolados das salas de aula, uns tinham medo de serem esmagados, outros corriam, já Pedro esperava na porta todos saírem e depois saia, quando tudo já estava calmo.
          Ele caminhava lentamente pelo grande corredor da escola, solitário ele ouviu alguns passos vindos de trás, virou-se e logo ali vinha uma garota que usava roupas pretas e um sapatinho com alguns detalhes em vermelho, tinha cabelos ruivos e olhos bem escuros.  Ao chegar mais perto de Pedro, ela o cumprimentou.
- Oi, você é o Pedro, né?
          Ele parou de andar naquele exato momento e á respondeu:
- Sim, sou eu mesmo.
          E logo em seguida voltou a andar.
- Ei! Espere. – Gritou a tal menina
          Então ele parou novamente.
- Você não vai perguntar meu nome? – Questionou a garota.
          Pedro abriu um pequeno sorriso irônico e olhando para ela perguntou:
- Então, qual é seu nome?
          A Menina que, aparentava ser uma garota muito alegre, ironicamente perguntou:
- Adivinha?
          Pedro já impaciente, sem estar achando graça nenhuma disse:
- Minha amiga, eu não tenho tempo para isso agora, tchau!
         
- Eu me chamo Alice! – Mas Pedro não a escutou.
         Ele então saiu andando em direção ao portão da saída, quase explodindo de raiva - Eu me chamo Alice! – Murmurou ela. Mas Pedro não a escutou.
Ao chegar até o portão, sua mãe o esperava do lado de fora, enfrente ao seu carro.
         Suzane tem trinta e oito anos, mas quem não há conhece chuta uns vinte e seis. Muito vaidosa, é formada em jornalismo, profissão de onde tira o sustento da sua família inteira, já que seu marido, Willians, não sabe fazer outra coisa a não serem as experiências malucas que quase nunca dão certo em seu laboratório, que na verdade é a garagem da sua casa.
          Willians é um homem de meia idade, aos 45 anos usa seus médios cabelos presos em forma de rabo de cavalo e não tem vergonha nenhuma de mostrar seus grisalhos, que combinam muito com seus olhos azuis. Como vocês já sabem, é um cientista muito consagrado, segundo ele. Enfiado naquele monte de tralhas, cujo qual ele chama de laboratório, largou o emprego e vive sustentado por Suzane, que já está de saco cheio com essa história. Willians crê que um dia fará uma invenção que o deixara rico.
- Pedro, porque demorou tanto hoje? – Perguntou?
          Ele para não descontar toda sua raiva em sua mãe, abaixou a cabeça e disse bem baixinho enquanto entrava no carro:
- Nada não mãe.
          Naquele momento, a tal menina apareceu no portão e ficou olhando para o carro de Suzane, ela, ao perceber que a menina não tirava o olho do carro perguntou:
- Você conhece aquela garota Pedro?
          Pedro virou o rosto em direção á menina, logo em seguida em direção á sua mãe e disse:
- Não mãe.
          Suzane então ligou o veículo e saiu, antes de irem para a casa, iriam passar em uma lanchonete para comerem, era sexta feira e Suzane não costuma preparar almoço.
- Que tal comermos um sanduiche filho? – Perguntou Suzane.
- é, pode ser. – Respondeu.
          Foram então até a famosa lanchonete Orient, era de uns japoneses, lá os sanduiches eram bem famosos.
          Ao chegarem, Pedro desceu do carro e correu até uma mesa, sua mãe, menos apressada, foi logo atrás. Já sentados, imediatamente chegou um garçom.
- Posso ajuda-los? – Perguntou ele que, tinha um sotaque bem engraçado, uma mistura de português com japonês.
          Pedro estava olhando o cardápio, após escolher o que queria, pediu logo um pedaço de torta.
- Para mim pode me mandar um sanduiche natural. – Disse Suzane.
- Não vão beber nada? – Perguntou.
- Dois sucos.
- O meu de abacaxi com hortelã. – Disse Pedro.
          O Garçom então saiu e foi até o outro lado do balcão, enquanto preparava tudo, Suzane tentou conversar com seu filho que, estava muito quieto, apesar de na escola ele ser assim, em casa ele é muito diferente, adora jogar vídeo game, brincar de esconde-esconde e até mesmo de pega-pega. Vocês devem estar pensando que sou algum maluco escrevendo isso aqui, mas eu não sou ok? Pedro, de tanto viver isolado, por não ter nenhum amigo real, criou seus próprios amigos, que são imaginários, seus pais não sabem, mas quando ele está sozinho em seu quarto, ele se diverte até se cansar com seus amigos. Lucas e Thiago são os preferidos, ou pode-se dizer que são os melhores.
          Na Imaginação de Pedro, Lucas é um menino bastante agitado, tem cabelos pretos, usa boné e tem 13 anos também. Adora jogar vídeo game.
          Já Thiago é mais velho, tem 15 anos e é mais calmo, adorar contar piadas, quase todas são sem graça, é louro e usa sempre as mesmas roupas, que inclusive são brancas.
          E os dois estavam ali, juntos com Suzane e Pedro, sentados nas outras duas cadeiras da mesa, Pedro queria logo ir para casa para conversar e por isso estava ficando impaciente.
- Como foi seu dia na escola filho? Perguntou Suzane.
          Pedro respirou fundo e disse:
- Normal mãe, igual aos outros...
- Fizeram alguma coisa para você hoje?
- Não, não. – Respondeu ele, firme.
          Na mesma hora o garçom os interrompeu.
- Aqui está. – E o serviram.
          Pedro estava com tanta fome que, quase nem mastigava, colocava na boca e engolia.
- Calma, Pedro, assim você vai passar mal. – Murmurou Susane.
          Ela estava morrendo de vergonha, todos que estavam na lanchonete estavam olhando o jeito em que Pedro comia, mas ele não estava nem ai e pediu logo outro pedaço.
- Não vai tomar o suco? – Perguntou sua mãe, tentando disfarçar.
- Já estava me esquecendo. – E ele então tomou em uma golada só.
          Após comer uns três pedaços, Suzane olhou bem para seu filho e disse ironicamente:
- Comer você come igual á um leão, agora só precisa engordar né?
          Ele então deu algumas risadas e logo depois foram para casa...



  


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