P.D.V. Rose Weasley

Eu estava dormindo tranquilamente quando um sonho começou. Eu sou e sempre fui uma sonhadora lúcida, ou seja, sempre sei quando estou sonhando e quando não, e posso acordar quando quiser. No início do sonho, o ex – diretor de Hogwarts Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore ( eu o reconheci do quadro onde seu fantasma mora, que fica no gabinete da diretora Minerva) estava em King’s Cross, parecendo muito vivo, pois estava em forma de humano. A eu do sonho estava ao lado do Expresso de Hogwarts, acenando para meus pais e tios antes de entrar no trem, mas eu era a única que me movia, pois a cena estava congelada, como quando se aperta o PAUSE num daqueles filmes de trouxas que o vô Arthur gosta de assistir.

_ Olá, Rose. – disse Dumbledore, sorrindo e com os olhos cintilantes.

_ Olá, senhor Dumbledore. – falei.

_ Você provavelmente deve estar se perguntando como eu entrei no seu sonho. – Dumbledore falou serenamente.

_ Espere – eu fiquei confusa – você não entrou no meu sonho, isso é produto do meu subconsciente e...

_ Quem dera – suspirou o homem que descobriu os doze usos para o sangue de dragão. – Assim eu não teria de insensivelmente incumbi - la de uma tarefa que é grande demais para você. Mas não, isso não é produto do seu subconsciente. Eu possuo um feitiço psíquico que me permite entrar na mente das pessoas quando estão desacordadas. Pergunte a seu tio Harry, conversei com ele depois de Voldemort atingi –lo com a Maldição da Morte na Floresta Proibida.

_ Nossa!!! – fiquei espantada.

_ E eu realmente preciso conversar com você, Rose – Dumbledore parecia estar se controlando para não chorar. Aquilo me assustou. Meus pais e o tio Harry sempre falavam do sábio como se ele fosse um homem inabalável. _ Já ouviu falar nos Comensais da Morte ?

_ Sim. Os seguidores d’ Aquele Que Foi Derrotado. – assenti, relembrando o que li em História da Magia Contemporânea de 1954 até 1987.

_ Um deles, Yaxley, está tentando reerguer a organização de Voldemort. – O irmão do antigo dono do Cabeça de Javali sentenciou.

_ Mas todos os Comensais estão mortos! – exclamei, mais confusa do que nunca.

_ Exceto Yaxley. De algum modo, ele sobreviveu e passou a viver como um mendigo nas ruas da Londres trouxa. Há alguns anos, ele descobriu que uma trouxa vidente e unipresente tinha escrito uma série de sete livros sobre a vida do seu tio Harry, porque sabia sobre os sentimentos, pensamentos e vivências dele em cada segundo de sua vida, literalmente. Essa trouxa se chama Joanne Rowling, é conhecida como J.K. Rowling, e ficou rica e famosa por causa da série Harry Potter. As pessoas pensam que ela criou o mundo bruxo, mas ela só estava tentando cumprir uma tarefa que sua patrona, a deusa da magia que criou o Universo e não tem nome, a incumbiu de cumprir. A deusa emprestou seu poder de onisciência para Joanne porque queria unir os trouxas e os bruxos numa sociedade harmoniosa depois que a existência dos bruxos fosse revelada. Infelizmente, Yaxley roubou um exemplar de cada livro sobre Harry, leu – os todos e está planejando usar um certo vira – tempo que sua mãe ganhou no terceiro ano, o último vira – tempo restante no mundo, para voltar no tempo e impedir os pais de Harry e Neville de nascer, assim os progenitores das duas pessoas que tem chance de derrotar Voldemort nunca nasceriam, e não seriam pais dos dois prováveis Eleitos. – explicou Dumbledore.

_ Neville também poderia ser o Eleito ?!! – eu não estava entendendo mais nada.

_ Sim! Além disso, Yaxley quer obrigar Rowling a enganar a deusa e fazer com que ela transforme ele e Voldemort em deuses!

Não sei como foi possível, mas eu desmaiei no sonho e continuei lúcida, apesar de voltar a dormir. Algumas horas depois, voltei a sonhar com Dumbledore, e ele disse que Trelawney, a professora de Adivinhação, tinha uma profecia sobre mim, Scorpius e Alvo, e que nós deveríamos impedir Yaxley de voltar no tempo e enganar Rowling. O sábio então se despediu de mim, e acordei.

A primeira coisa que fiz após acordar foi anotar toda a conversa com Dumbledore, para não esquecer da missão que ele me deu.