Alvo acordou numa cama na Ala Hospitalar. Se levantou e sentiu uma pontada aguda no pulmão.  Fez uma careta.

_ Daqui a pouco vai passar - uma voz assegurou.Potter olhou para o lado e viu Madame Pomfrey. Tinha uma faixa em cada lugar onde tivera queimaduras, mas fora isso parecia bem.

Alvo lembrou -se de algo importante e perguntou, aflito:

_ E Monstro ? Ele está bem ?

_ Seu elfo está curado, não se preocupe. - a enfermeira lançou um sorriso tranquilizador para ele

._ Obrigado! - Alvo ficou aliviado e muito agradecido.Ouviu -se uma batida na porta, e Scorpius entrou, carregando um exemplar do Profeta Diário em uma mão e um saco de guloseimas em outra.

_ Sr. Malfoy! - ralhou Madame Pomfrey - Eu disse que não são permitidas visitas!

Scorpius suspirou, deixou o jornal e as guloseimas em uma cômoda ao lado da cama do amigo e disse:

_ Leia a página 2.  A gente se fala no almoço.Ele saiu, fechando a porta atrás de si. Pomfrey deu um muxoxo de irritação, mas deixou Alvo comer algumas guloseimas.

 O grifinório pegou o Profeta, mas ela o arrancou de sua mão em um movimento brusco.Alvo abriu a boca para protestar, mas a enfermeira o cortou:

_ Você precisa descansar, Potter. Pegue o jornal quando sair.

_ E quando é que eu vou sair ? - perguntou Alvo, seus olhos verdes fixando Madame Pomfrey de um modo impaciente e petulante.

_ Só na hora do jantar de amanhã.

Alvo olhou o céu lá fora. Ainda estava de madrugada. Desta vez o olhar que deu para Pomfrey foi de incredulidade.

_ Hã ?! - exclamou.

_ Você precisa descansar, Potter. - repetiu ela, irritada. - Vou buscar uma poção para o seu pulmão. Não saia daqui.

A enfermeira foi até um armário de poções medicinais. Então Alvo teve uma ideia.Pulou da cama direto para fora da janela. Antes mesmo que a gravidade agisse sobre ele, sacou sua varinha, apontou para si mesmo e ordenou:

_ Vingardium Leviosa!

Para seu imenso alívio, desta vez funcionou. Ele saiu levitando, e não caiu. Teve outra ideia, desta vez muito arriscada.Estava perto do Salgueiro Lutador, seu corpo flutuando dez metros acima dele. Esperou o efeito do feitiço passar e, quando ia ser esmagado por um dos galhos perigosos, se agarrou nele e aproveitou o impulso do movimento da árvore para saltar para o chão e cair em pé.Correu pelos jardins até as portas do castelo e as abriu. Parou derrapando na entrada do Salão Principal e olhou o relógio. As aulas não deveriam ter começado ainda. Scorpius devia estar no dormitório. Alvo decidiu que ia perguntar o que havia de tão importante no Profeta Diário.

E assim o fez.

_ Cornélio Fudge foi sequestrado! - respondeu Scorpius.