Black Blood Diamond escrita por AnandaArmstrong


Capítulo 4
In The End


Notas iniciais do capítulo

IALÁ, O QUE É ISSO? É UM PÁSSARO? É UM AVIÃO? É O PEETA SÓ DE CUECA? NÃO! É POST! SIOPDJSIOJDIOSJDIOJ Sem graça, que merda. Então lindas, aqui está um pouco de post pra vocês. Coloquem imediatamente para tocar Numb e quando acabar coloquem Remember The Name. Se a música acabar e vocês não tiverem lido, repitam as que vocês quiserem. NOS VEMOS LÁ EMBAIXO!
*Senbon são um tipo de agulhas grande: http://narutomania.weebly.com/uploads/3/2/0/8/320832/7135018.bmp e http://souviciadoemnaruto.blog.terra.com.br/files/2008/11/senbon.jpg



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Numb - Linkin Park e In The End– Linkin Park também.

Era um quarto grande, um quarto digno do Capitol. O ambiente em si era muito bonito, as paredes eram vermelhas e as luzes eram uma fileira embutidas na parede perto do teto. Janelas grandes deixavam a luz passar por ele e iluminar o quarto pela manhã, à noite eu fechava as cortinas bege com bordados dourados. A cama, bom, é desnecessário dizer que ela era enorme. Tinha um dossel, cortinas do mesmo tecido das da janela e os lençóis eram de seda, um vermelho sangue.

Arrepiei com esse pensamento, sangue. Irônico, o quarto de um tributo com lençóis cor de sangue. Com certeza eles querem dizer que eu vou morrer dormindo, né? Palhaçada. Olha que ainda estávamos no trem em direção ao Capitol, chegaríamos lá por volta de dois dias.

Estava escolhendo uma roupa para me trocar quando ouvi baterem na porta. Andei lentamente divagando sobre a situação atual, e abri a porta, me deparando com Stevek, meu parceiro de distrito.


– O-o-oi, eles estão chamando a gente para jantar. – Falou o garoto gaguejando e com a aparência de desesperado. Parecia estar com medo até da própria sombra. Bom, ele é um garoto magrelo, é compreensível que esteja com medo dessa situação. Senti-me apiedada e sorri para ele, isso manteria também a minha boa imagem de pobre mãe.


– Diga a eles que estou indo. – Respondi com um sorriso meigo. Eu nunca deixarei o Nolan ser tão magro assim, parecia as crianças do Distrito Doze. O garoto simplesmente acenou e saiu correndo. Gostei dele sabe, ele está ciente que todos vamos nos matar, se ele fosse realmente infantil ele estaria tentando ser meu amigo, constando a minha cena na Colheita.


Como não daria tempo de eu realmente tomar um banho, só me troquei. Coloquei uma calça de malha cinza e uma blusa vermelha, e depois de muito procurar no meio de tantos saltos altos e outros tipos de sandália, achei um sapato que parecia uma meia, mas tinha um solado de tênis. Era vermelho com glitter, mas ignorei o glitter e o calcei, pois parecia ser extremamente confortável. Saí do quarto e bati a porta. Passando pelo corredor, puxei um pedacinho da cortina e espiei pela janela a paisagem de algumas árvores meio secas e um solo parecido com cascalho. Suspirei fundo e continuei meu caminho para o vagão restaurante.

Abri a porta e me deparei com Mychell, Stevek e um casal que eu supus serem nossos “treinadores”. Afinal toda vaca que vai para o abate tem que ter algo que a diferencie, e eles estão aí para isso. Treinar-nos para o homicídio.


– Boa noite, Fillias! – Cumprimentou-me Mychell com um sorriso cretino. Detesto essa mulher.

– Boa noite, tributo. – O homem se manifestou, me analisando. Arrepiei com a palavra proferida, senti o que ele quis dizer com isso mesmo que ele tenha falado inconscientemente. Os jogos já começaram. Ele era um cara medonho, como se fosse cria do próprio medo. Era robusto, tinha rosto largo e cabelos curtos que combinavam com seus olhos negros que pareciam ser um buraco negro, era como se não tivesse fim. Perdi-me olhando para aquelas orbes que parecia o céu noturno numa noite sem estrelas.

– Olá. – Uma voz doce interrompeu-me dos meus pensamentos. Era a outra treinadora, parecia ser uma doce mulher que ainda é traumatizada pela arena. Seus olhos azuis que pareciam o céu em um tempo bom e seu corpo trêmulo denunciavam seu estado mental. Apertei os olhos e suspendi minha sobrancelha direita, lançando um olhar para o homem. Para a mulher simplesmente dei um sorriso doce.

– Olá, boa noite. – Cumprimentei todos civilizadamente. Olhei para Mychell, que agora trajava um terninho azul de doer os olhos e uma leggin’ dourada que combinava com seus cabelos. De perto pude ver que o seu corpo inteiro era tatuado por tatuagens claríssimas de nuvens, e elas se moviam de acordo com os seus movimentos.

– Esses são os seus mentores, Mahine e Pari. – Falou a loira representando-os respectivamente. Então era esse o nome dele, Pari. Nome estranho, simples demais e muito diferente para alguém do nosso distrito. Espera um minuto, me lembro dele. Ele ganhou os jogos de uma maneira brutal. Tinha muita agilidade com os pés, só usava as armas para imobilizar o inimigo. Tem mais estilo corpo-a-corpo, ele matava chutando a coluna dos outros tributos, que nunca esperariam um ataque sem armas.


– Olá, eu até me apresentaria, mas creio que vocês já me conhecem. – Dei uma risadinha doce. Preciso me esforçar para manter a minha pose, e olha que eu não estou indo muito bem nesse trabalho.


– É, acho que sim não é? – Mahine comentou retribuindo o sorrisinho. Acabo de me lembrar dela também. Essa mulher é foda, muito esperta e trapaceira.

Ela ganhou os jogos se fingindo de amiga de todos, começou pelos carreiristas, fazendo-os se voltarem um contra os outros e depois foi “caçar” e não voltou. Eles acharam que ela havia morrido. Depois ela continuou colocando veneno na caça dos outros com quem ela fez parceria.

Mulher venenosa. Arrepiei-me só de pensar na possibilidade de jogar na mesma edição que ela, ainda bem que isso não vai acontecer.

O jantar passou rápido e logo que terminamos Mahine chamou Stevek para conversar estratégia. Pari olhou-me de canto de olho e acenou com a cabeça para que eu o seguisse.

Ele me conduzia por um corredor que era idêntico ao meu, mas dessa vez não tive coragem de espiar pela janela com a presença dele. Ao passar por muitas portas, paramos na frente de uma que era diferente das demais. Todas eram de uma madeira escura, essa era de aço inox e tinha um quadrado preto ao lado, onde Pari se aproximou e um laser vermelho saiu do quadrado escaneando a sua íris. É, tecnologia do Capitol.


– Comece garota, não acreditei nem um pouco no seu teatrinho de pobre mãe desorientada. Muito menos Mahine. – Ele falou grosso se jogando em uma cadeira giratória de couro vermelho. Olhei em volta do lugar e me assustei com a quantidade de armas presentes. Desde lanças pontudas e de lâmina dupla até shurikens e diversos tipos de senbon*. As paredes eram brancas assim como o piso, que eram iluminados uma espécie de luz LED.


– Ótimo, cansei de ser doce. – Falei meio que desabafando. Eu podia até parecer doce com algumas pessoas, mas no fundo eu ainda tenho sede de vingança pelo Lavender e pela Taranee. Acho que isso só vai parar quando eu conseguir... Enfim.

– Boa atuação. Bem convincente na colheita. – Comentou displincente.

– É... Vou usar essa tática: Pobre mãe desorientada, fraca e indefesa. – Mal sabe ele o quanto eu sinto falta do Nolan. Saudades daqueles olhos cor de lavanda.

– O que você sabe fazer? – Questionou com uma carranca no rosto.

– Eu trabalhava num açougue. Manejava um facão de 60 cm mais ou menos. Costumava limpar carnes, tenho boa visão e sou bem detalhista. Era necessário para as carnes saírem boas, sem nervos, nem pele e nada indesejado para os clientes. – Expliquei me sentando numa cadeira de couro roxa e apoiando os pés no tapete preto felpudo. Tudo no ambiente parecia se encaixar perfeitamente, tudo combinava.

– Bom, bom, muito bom. – Me analisava como se eu fosse um rato de laboratório. – Experimente essas aqui. Tente jogar no alvo.


Falou dando-me seis katanas que havia retirado do suporte. Desci uma pequena escada e deparei-me com uma extensão da sala em aproximadamente seis metros. Havia três alvos um ao lado do outro, com demarcações de metros no chão. Escolhi o primeiro e fiquei a quatro metros do alvo. Respirei fundo, posicionei-me, olhei concentrada no ponto branco no meio do circulo preto que indicava o centro do alvo, a maior pontuação. Joguei com força suficiente para acertar, mas a katana se fixou no centro do alvo e logo caiu. As outras duas katanas foram um pouco melhores, se fixaram perto do centro. Respirei fundo e fechei os olhos. FAÇA ISSO PELO NOLAN!

Isso foi suficiente para me motivar. Abri os olhos novamente e ignorando os risos sarcásticos de Pari, lancei as últimas katanas com toda minha força uma atrás da outra. Foi como câmera lenta; três armas letais cortando o ar e atingindo o alvo. Uma explosão pareceu ter acontecido, um ataque nuclear sem sobreviventes. Respirava ofegante, virei com uma feição irônica para o meu mentor, que ficara com um sorrisinho de canto de boca.


– Agora, você limpa a sujeira. – Gargalhei insolente. Ninguém me subestimaria. Ou melhor, todos me subestimariam. Só para provar um veneno amargo depois.


Ao chegar perto dos dormitórios, refiz a minha pose e tentei esfriar um pouco a cabeça. Vi uma mulher parada no meio do corredor e logo a reconheci como Mahine. Ostentava um olhar cruel e venenoso, possivelmente até paranoico. Olhei para baixo rapidamente, mas prestando atenção no caminho. Ela virou para entrar no quarto e me viu, provavelmente achando que eu não vi sua feição anterior, sorrindo doce e ingênua e desejando-me uma boa noite. Eu retribuí, e tratei de apressar o passo. Essa galera é maluca.

Quando achei o corredor pude avistar a porta do meu quarto. Só não contava com um imprevisto que me separava dos lençóis feitos de sangue do Capitol. Mychell. Outra aberração vinda do centro de Panem.


– Oh, perdoe-me querida. – Desculpou-se sonsa, com seus reluzentes olhos perolados.

– Ah, de nada. Olha Mychell, posso te fazer uma pergunta? – Disse me esforçando para ser simpática.

– Claro! – Sorriu com seu jeito de sempre. Isso me irritava.

– É permitido ter um vagão de armas nesse trem? Os tributos treinarem enquanto vão para o Capitol? – Perguntei curiosa, isso estava martelando na minha cabeça.

– Claro que sim querida, afinal, os jogos já começaram não é? Bem vinda ao Hunger Games. – Sorriu animada e inocente. Deu uma risadinha infantil e irritante e sorri sem graça.

Seus olhos sem pupila que eram mais do que duas grandes pérolas, exalavam um ar dócil e meigo. Contrastava com a sua fala, que poderia muito bem não ter sido nada para ela, já que isso era diversão para o Capitol. Ver crianças se matarem aos poucos.

Fiquei estupefata com o modo como ela falou, e acompanhei seu olhar até ela entrar no quarto e bater delicadamente a porta.


Franzi as sobrancelhas e fui andando no automático até o meu quarto. Ao abri a porta pude ver o ambiente intacto e tão polido que parecia brilhar. Fui me despindo no meio do caminho até chegar ao banheiro desnuda. Deitei na banheira e apertei um botão no centro painel. Imediatamente água quente enchia a banheira e relaxava meus músculos. Ela fazia minha pele arrepiar à medida que subia, até que parou ao ponto de deixar o meu pescoço para fora.

Respirei fundo e submergi, soltando o ar aos poucos pelo nariz.

É, talvez a única pessoa inocente aqui seja o Stevek. E se depender da Mahine, ele não vai continuar assim por muito tempo.



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Notas finais do capítulo

Iai? É, a Fillias ficou perturbada mentalmente diante dos acontecimentos dos últimos anos, né? Reviews :D E se puderem uma recomendação cairia bem também u_u



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