Black Blood Diamond escrita por AnandaArmstrong


Capítulo 2
Meethook


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ISSO AQUI!
Depois de muito tempo, mais um capítulo! E a colheita? Façam suas apostas! Próximo capítulo já já! E obrigada pela review, querida *-* Esse capítulo é para você! Não sei se vocês notaram, mas as músicas tem links por favor leiam ouvindo e se puderem vejam a letra, que na maior parte das vezes tem a ver com o que está escrito :D Então é isso, enjoy!



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Meethook - The Cure

Já estava muito longe daquela antiga casa amarela quando cheguei ao açougue onde trabalhava. Era uma boa caminhada até lá, mas foi a única coisa que consegui arranjar. Na última esquina virei á direita e pude avistar o estabelecimento branco com um letreiro escrito “Butch’s Butchery”.

Butch era meu chefe, um cara legal, mas meio... Escroto, digamos assim. Era grosso com todos, menos comigo. Talvez tenha sentido pena de mim, alguma coisa amolece aquele coração de pedra, afinal. Mas não é como as pessoas do distrito dez fossem exatamente doces e gentis, principalmente as dessa parte da cidade.

Entrando no estabelecimento, pude avistar Iryi, um cara que trabalhava comigo. Era lindo de morrer, cabelos castanhos brilhantes e sempre sedosos mesmo trabalhando em um açougue. Claro, já ficou com metade da cidade também. Bati continência pra ele quando cheguei e passei por de baixo do balcão livre. Ele riu de volta e jogou o velho avental azul para mim enquanto terminava de atender uma cliente, que ainda mantinha um sorriso apaixonado.

Peguei o avental e fui me trocar na ala de funcionários (lê-se: sarjeta), área só minha e do Iryi. Pendurei minha roupa no avental e peguei o facão que estava acostumada a usar diariamente e girei-o em minhas mãos distraidamente enquanto ia para o balcão atender os clientes.

– Não sei como você gira esse facão de quase 60 cm sem se machucar. Incrível! Qualquer dia desses você vai me ensinar como se faz. – Falou o moreno dando-me um típico sorriso galanteador. Eu gargalhei e repliquei.

– Quem sabe, em um dia de bom humor eu posso até te ensinar. – Pisquei pra ele e fui me concentrar em limpar umas carnes que estavam em cima do balcão. – Cadê a chefia? – Perguntei com uma sobrancelha levantada.

Ele deu um assobio longo e respondeu.

– Ah, você sabe né. Fumando, bebendo, fazendo sei lá o que lá naquele inferno. Eu realmente não sei como ele ainda não teve um câncer de pulmão ou fígado. Portanto que eu receba a comitiva final do mês está de bom tamanho!

– É esse cara tem super-poderes. Eu gostaria de beber como ele e continuar intacta. Se bem que eu não gostaria de ter aquele humor diário dele, urgh, nem aquele bafo. – Falei enquanto tirava a pele superficial de uma peça de carne de consistência média.

Eu adorava trabalhar com aquele tipo de carne, era mais mole do que a média, isso seria bom se não fosse cheia de nervos. Ninguém gostava de trabalhar com ela, então davam pra mim. Isso é bom, eu tinha o que fazer e sabia exatamente o ponto de onde cortar para tirar os nervos e limpar a carne sem estragar. Sabia o ponto de onde cortar quando vinha o animal inteiro, essas coisas que eram necessárias, tive que aprender com o tempo.

O dia foi passando e a hora de pegar o Nolan já estava bem próxima.

Atendi meu último cliente do dia e fui lavar as mãos. Senti a presença do moreno ao meu lado e sorri de canto de boca. Ele era realmente muito bonito! Virei-me pra guardar o avental e ouvi-o falar.

– Companhia pra voltar pra casa? Uma nobre dama sozinha nas ruas do Karmim? É a obrigação de um cavalheiro acompanhá-la. – Convidou-me o jovem de vinte e três anos. Eu gargalhei alto e recusei, educadamente.

– Não, jovem cavalheiro. A nobre dama pode ir sozinha, muito obrigada! – Disse, saindo da “sarjeta” colocando o meu casaco. – Mas vou pensar em aceitar uma próxima vez. Isso é, se houver uma próxima vez.

Abri a porta e senti o vento frio misturado com a neve, que ao bater no meu rosto parecia cortar a minha face. Fechei a porta e dei uns pulinhos para me aquecer antes de começar a minha caminhada.




Já avistava a velha e conhecida casa amarela, subi os três degraus e bati na porta, que foi aberta prontamente por um garotinho que ostentava uma face vitoriosa no rosto.


– MÃE! – Ele gritou para mim, me recepcionando de braços abertos, enquanto uma jovem de cabelos castanhos ondulados corria em nossa direção. Peguei Nolan pelas pernas e saí correndo com ele pela casa, que gritava e ria ao mesmo tempo. Por fim, o joguei no sofá e o enchi de cócegas. Acabei rindo mais do que ele.

– É querido, você tem uma mãe maluca e desnaturada. – Gargalhou Irma, que apenas permaneceu no corredor. – Ei, querem dormir aqui hoje?

– Não podemos. – Lancei um olhar pra ela. – Temos que arrumar umas coisas lá e tal.

– AAH, entendo. – Ela me devolveu com um olhar de compreensão. – Enfim, okay.

Despedimos-nos rapidamente dos pais de Cornelia, e pedimos que estes mandassem um beijo nosso para ela quando voltasse do trabalho. E a noite seguiu calmamente, comigo aproveitando os prováveis últimos momentos com o meu filho.



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Notas finais do capítulo

Soooo, what's up? Apostem seus galeões/dracmas :D



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