Black Blood Diamond escrita por AnandaArmstrong


Capítulo 1
Crucify the Dead


Notas iniciais do capítulo

Olá cidadãos de Panem :D Welcome to the Hunger Games! Please, leiam e deixem reviews, deu muito trabalho pra escrever ok? Todo autor gosta! Pra facilitar e tirar algumas dúvidas no decorrer da fanfic, os distritos:
Distrito 1 Artigos de Luxo
Distrito 2 Alvenaria
Distrito 3 Tecnologia
Distrito 4 Pesca
Distrito 5 Energia
Distrito 6 Transporte
Distrito 7 Maçonaria
Distrito 8 Indústria Têxtil
Distrito 9 Indústria Alimentícia
Distrito 10 Pecuária
Distrito 11 Agricultura
Distrito 12 Mineração



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Capitol – Dois meses antes das Colheitas ás 02h24min AM. Jullius Saccaros

Slash ft. Ozzy Osbourne - Crucify the dead

Já faltavam dois meses para começar os jogos, era a minha chance de conquistar a glória no Capitol. Glória através do sangue. Glória através da morte de crianças inocentes, trágico... Mas não o suficiente pra me abalar. Havia feito várias ideias para as arenas, mas nenhuma boa o suficiente para realmente impressionar. Levantei-me da cadeira que ficava de frente para a mesa de desenho. Era iluminada por um a pequena luz embutida na parede e a única fonte de luz no quarto.

Espreguicei-me e fui andando pelo extenso quarto em busca de ideias. Sentei no chão, de frente para a esquina e pude avistar o que os antigos costumavam chamar de cubo mágico. Peguei-o e comecei a mover as peças coloridas rapidamente, montando-o em poucos segundos.

Era exatamente isso que os tributos eram, peças do Capitol. Elas poderiam fugir para onde quisessem, mas sempre estariam presas a nós. Não importa o que acontecesse, eles eram somente pecinhas coloridas que nós, Game Makers, mexíamos para fazer a diversão do povo.

Nesse momento tive uma grande ideia, levantei-me de repente e corri para a mesa de desenho, levando o cubo comigo. Era uma ideia estupidamente inovadora, mas eu tenho certeza que o Presidente Snow apreciaria. Sangue, para ele isso é o suficiente.

A arena funcionaria como um cubo mágico eletrônico. Lá haveria várias sessões com vários perigos diferentes, as armas e nutrientes eles pegariam aos poucos, explorando a arena. Claro, isso seria só o esboço. 

Comecei a desenhar ansiosamente. Isso não podia esperar, esses jogos vão ser memoráveis. É, Lucius, parece que você vai conquistar a sua fama.


Distrito 10 – Um dia antes da Colheita, 06H35. Fillias Chambrise

Bella's Lullaby (Não sou fã de Twilight, mas essa música é perfeita pra a cena)

A noite havia sido conturbada. Sonhos asquerosos e perturbadores rondaram a minha cabeça a noite inteira, coisas que eu não queria relembrar nem nos meus mais inconscientes pensamentos. Levantei subitamente da cama e fui tateando cegamente pelo pequeno quarto atrás do berço de Nolan, que chorava silenciosamente.

- Pronto meu amor, passou, passou. Agora está tudo bem, ok? – Peguei-o no colo ninando-o para acalmar o seu choro. Apertei seu corpinho gorducho contra o meu peito, sabendo que ele não continuaria com esse mesmo porte por muito tempo.

– Mamãe está aqui, tudo bem? Fique tranquilo. Nada vai lhe acontecer meu anjo, nada. – Comecei a cantarolar uma canção de ninar que minha mãe cantava pra mim e para Taranee desde quando éramos pequenas. Saudades dela. 

Não era fácil criar um filho sozinha aos dezoito anos, principalmente em Panem, aqui no Distrito 10. Ainda bem que a Cornelia e a Irma me ajudavam com ele, servindo de babá ou tomando conta quando preciso trabalhar mais.

Toda vez que eu olhava Nolan eu me lembrava de Lavender e Taranee, minha irmãzinha. Lavender era o pai do meu garoto, e foi pros games junto com a minha pequena de somente doze anos. Eu não pude me voluntariar por ela porque Nolan já havia nascido, não poderia deixá-lo assim.

 Um grupo de carreiristas se aproximava dos dois, mas Lavender não conseguiu os defender de todos e num momento de distração com o outro carreirista, o canhão dela já havia soado. Foi terrível, mas não o culpo. No final só sobrou ele e um garoto monstruoso do distrito um. Balancei a cabeça pra espantar os maus pensamentos e coloquei o meu filho de volta no berço.

Separei uma roupa de dentro do caixote de madeira escura, que guardava as minhas roupas, e outra do caixote mais claro e lixado, que guardava as roupas de Nolan.

Mergulhei na água gelada do chuveiro e senti todo o meu mundo desaparecer. Jatos frios escorriam sob a minha pele levando embora tudo o que me incomodava, agora nada mais me preocupava. Passado é passado Fillias, não se muda, só siga em frente. Não se chora em cima do cadáver, lembra? Lágrimas não trazem a vida novamente.

Finalizei rapidamente meu banho, vesti-me e fui fazer o mesmo com Nolan, o qual percebeu que o dia não seria fácil, e me ajudou a fazer a sua higiene rápida.

Arrumei apressadamente nossas camas e saí com ele em direção á casa de Irma e sua prima Cornelia. Elas moravam juntas, pois a família de Irma havia morrido de doença, felizmente os pais da prima podiam abrigá-la, então ela passou a morar lá e ajudando com as despesas da casa trabalhando de babá. Ela e Corny não cobram nada de mim, mas ás vezes eu levo umas carnes que sobram do açougue em que trabalho para elas.

O tempo estava frio no Karmim, a parte onde moro no distrito. Via as pessoas passando rapidamente com suas mercadorias ou até mesmo esquentando os braços em suas finas roupas de frio, ninguém tinha muita condição de comprar peles, mas já dava para esquentar. A neve caia fina e acumulava uma camada leve no chão, que no verão era uma grama seca, e divertia o pequeno de dois anos que a chutava e ria, contagiando-me também.

- Para Nolan, vai sujar as pessoas. – O repreendi, mas acabava rindo também.

- Bonita! – Ele comentou olhando a neve que caia com os olhos brilhando, já se esquecendo da neve no chão.

- O que? A neve? É sim meu amor, branquinha ela né?

- Aham! – Ele assentiu ainda admirado.

- Sabe o que é a neve? A água congelada! – Expliquei, esticando a língua e deixando a neve derreter na mesma.

Nolan esticou a língua, como para comprovar o que eu falei, e replicou.

- Fria, não gostei.

- Sim senhor, agora vou te deixar com a Tia Corny, okay? – Peguei-o no colo e o deixei na altura dos meus olhos. Já estávamos na porta da casa delas. – Mamãe vai trabalhar! Mamãe vai, mas mamãe...?

- Volta! – Completou com os olhos tristes. A pior coisa para uma mãe, ver o filho triste, me parte o coração ter que deixá-lo por esse tempo, mas é necessário. Eu ainda tenho dezoito, quer dizer que eu ainda posso ser escolhida para os jogos. Será que...? Não! De forma alguma, mas ainda é algo a se pensar.

- Porque mamãe ama muito...?

- EU! – Finalizou timidamente. Era nosso acordo, eu sempre voltaria pra ele. Nunca vou abandoná-lo, sempre vou estar ao lado dele, algo que eu não pude fazer com Taranee.

- Isso mesmo! – Bati na porta de madeira desgastada, limpei meus pés no carpete e já pude ver uma jovem de longos cabelos loiros meio bagunçados e olhos cinza-azulados que pareciam sonolentos.

- Bom dia dorminhoca! – Cumprimentei-a.

- Bom dia amiga, entra. Oi bebê, como você está? – Sorriu ela, coçando o olho e fechando a porta logo em seguida.

- Cadê a Irma? – Perguntei colocando Nolan no chão, que correu pela casa a procura de algo para fazer.

- Na cozinha, vamos. – Falou, me levando para cozinha, onde pude ver uma jovem da idade de Cornelia com cabelos cor-de-mel e olhos verdes.

- Bklsom djkia Fjsllias. – Disse, acenando.

- Oi, termina de comer e depois a gente conversa. – Falei rindo muito com a cena de Irma toda melada de alguma substância desconhecida e com metade de um pão na boca. – Preciso falar com vocês. É sério, algo está me atormentando desde que acordei.

- O que? – Falou a morena, mudando a expressão para uma mais séria.

- Eu imagino o que seja. – Cornelia disse sentando-se à mesa.

- Eu já tenho dezoito anos, meu nome está lá trinta e duas vezes. Qual é a probabilidade de ser escolhida? – Desabafei. – Não posso ir, não posso deixar Nolan.

- Olha, você quer saber o que eu acho? Você sabe que eu não vou te dar falsas esperanças. – Falou Irma, sempre sincera.

- Nós sabemos Irma, todas nós sabemos. Amiga, a única coisa que você pode fazer é rezar. Isso é cruel e triste, mas não dá pra evitar. – Corny me abraçou. – Nós estamos aqui para tudo, tudo mesmo. Estaremos sempre com você, e com Nolan. Ele é meu filho e o dessa cabeça oca e insensível aqui tanto quanto seu. Eu os amo, nós os amamos.

Comecei a chorar silenciosamente, sentindo ambas me abraçarem e o silêncio permanecer por alguns momentos no ambiente.

- Nós vamos cuidar bem dele. Trate de sair viva de lá, eu ainda quero receber as suas broncas toda vez que faço besteira. Você não vai morrer Fillias. Não vai, Fillias Chambrise, você é forte, esperta, sabe manejar armas e diferente dos carreiristas, você sabe como é passar fome e viver á deriva. Você vai conseguir. Prometa-me. – Irma rompeu o silêncio, falando algo que tocou a minha alma.

De repente meu mundo submergiu e eu entendi o que tinha que fazer. Eu vou vencer, pelo meu filho. Eu vou limpar aquela arena, não vai sobrar pedra sobre pedra de quem se por no meu caminho. Não vai sobrar nada... Ninguém.

- Você está absolutamente certa. Não adianta chorar por algo que não aconteceu, e se acontecer, eu vou vencer. Esse ano, o distrito dez tem uma vencedora. Esse vai ser um ano de fartura. – Falei estreitando os olhos. 



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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Reviews, muitas e muitas reviews *--*



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