Not Alone. escrita por monkelfplus


Capítulo 9
VIII - Tragédia.


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a continuação da grande história dos nossos viajantes que apenas queriam aproveitar as férias.
Como vocês devem ter percebido, não está mais sendo possível atualizar diariamente, mas nós escritoras vamos dar o máximo de nós para não demorar com as continuações, espero que entendam e continuem nos acompanhando.
Bom, vamos ao capítulo.
Boa leitura.



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Aquela notícia, vindo de repente, chocou os dois coreanos. Acreditavam que o amigo pudesse sobreviver e voltar para a casa, assim, tentariam esquecer o ocorrido e o japonês poderia superar aquele susto. Mas não foi possível. Agora, o que tinham que pensar, era em como dariam a notícia aos outros.

— Agora vê se não enche mais a cara, garanhão. Senão vai ter que tomar outro banho frio. — Riu Toshiya para Die enquanto saíam do banheiro acompanhados por HeeChul, mas logo avistaram os dois coreanos parados na sala, Joon ainda segurava o telefone, imóvel. — Aconteceu algo?

— O Takeru... — Joon voltou o olhar para os amigos que estavam chegando. — ... Ele está morto.

Aquela confissão deixou o trio também chocado. Tinham percebido que o acidente fora feio, mas assim como Joon e Mir, tinham certa esperança de que o rapaz se recuperasse e voltasse. Resolveram deixar o cômodo em que estavam e voltar para a varanda, assim dariam a notícia para os outros viajantes.

— Gente, um minuto da atenção de todos... — Pediu Joon aos que festejavam, e por mais que a falação fosse enorme, não demorou para que parassem o que estavam fazendo para prestar atenção no rapaz. — Temos um comunicado importante a fazer.

Nesse momento, Die chegou na varanda acompanhado de Toshiya e HeeChul, os olhares foram voltados para eles rapidamente pelo ocorrido anterior e também pelo o fato de o rapaz estar com os cabelos molhados, imaginavam então que haviam lhe dado um banho. Mas logo voltaram suas atenções ao coreano que falaria algo a todos.

— Acabaram de ligar do hospital, como todos sabem o Takeru se acidentou ontem, e... Ele perdeu muito sangue... — Suspirou pesado. — Ele faleceu.

— Mas como ele se acidentou? Vocês não falaram isso pra gente. — Perguntou JiYoon.

— Ele tropeçou e caiu em cima da janela. — Respondeu Kyo, que acreditava na possibilidade de o colega ter realmente tropeçado e caído sobre a janela, não queria acreditar que algo de errado estava acontecendo naquela casa. Achava que não devia dar muitos detalhes do ocorrido para as garotas, muito menos sobre o que Takeru tentara dizer, afinal isso poderia assustá-las.

— Que horror! — Disse HyunAh ao ouvir aquilo, abraçando o namorado para sentir-se mais segura.

— Como ele conseguiu isso? — GaYoon indagou às outras garotas.

— Tem certeza que ele tropeçou? — JiYoon perguntou, estava desconfiada, não acreditava que o rapaz pudesse se descuidar tanto.

— Certamente foi o que aconteceu. — O rapaz respondeu.

O churrasco, por fim, acabou. Ninguém mais poderia pensar em festejar algo após receber uma notícia tão triste, um dos colegas havia partido. Acharam melhor voltar para dentro de casa, recolheram as carnes que já estavam assadas e comeriam lá dentro se ainda tivessem fome, as cervejas que não haviam sido abertas seriam devolvidas à geladeira e o alimento que não foi usado seria guardado.

A tarde passou devagar por conta do clima de tristeza no ar, sabiam que tinham que tentar esquecer aquilo, porém, pensavam que seria uma falta de consideração muito grande com o amigo festejar algo sabendo que ele estava morto. Já ia caindo a noite e os rapazes estavam reunidos na sala assistindo TV, e as garotas, mais uma vez, estavam todas em seu dormitório trocando ideias. Nada de bom passava naquele momento, e Kaoru, então, pegou o controle, a fim de mudar o canal e procurar algo mais interessante. Sem sucesso. Todos os canais passavam notícias, o que não interessava muito os jovens.

— Cara, tá escuro. — Comentou Shinya com os demais.

— Pode deixar que eu acendo a luz. — Disse Kyo, levantando-se. Porém, ao que o menor se pôs de pé, a luz acendeu-se de imediato, o que fez todos ali se entreolharem. Shinya e Mir tiveram um calafrio, mas nada disseram.

— Tem sensor? — Perguntou o loiro, ainda de pé.

— Bom, a casa é velha, então a chance de ter sensor é zero. — Respondeu o líder.

O mais baixo, que já estava de pé, caminhou até o interruptor, podendo desligar a luz e acendê-la denovo, testando. — "Que esquisito." — Pensou. Porém, deixou-a acesa mesmo e voltou para seu sofá, esparramando-se.

— Aí, pegadores... — Disse Die aos amigos que estavam reunidos ali. — Que tal se a gente contasse histórias de terror? — Sugeriu e esperou o que os outros lhe diriam.

— Fechou. — Disse Kyo, o loiro gostava bastante daquele gênero, especialmente de filmes.

— Ai, não. — Disse HeeChul, já estava assustado com os últimos acontecimentos e não queria ficar mais ainda por causa de contos.

— Ah, para com isso, garanhão. — Die voltou-se para o coreano. — Vai ser divertido e para que ter medo? São só histórias. — Ergueu os ombros e separou os braços, em um gesto inocente, já que realmente achava que não tinha motivos para ficarem com medo daquilo.

— Tá, tudo bem. — O rapaz acabou concordando. Os outros não negaram, achavam que aquilo poderia distraí-los um pouco. — Vamos sentar no chão e apagar a luz.

— Tá louco? Vamos lá pra fora, sentamos na grama e contamos as histórias. — Disse Toshiya, tendo aprovação geral.

— Mas... E o escuro? — Perguntou o coreano do trio.

— Lanterna serve pra quê, garanhão? — Die riu para o mais jovem. — Vou lá buscar uma no dormitório do Kaokao, já vi que ele tem algumas guardadas.

— Eu trouxe duas, uma para mim e caso alguém precisasse, uma reserva. — Comentou Joon.

— Eu também. — Completou Mir.

— Melhor ainda. — Disse Die aos coreanos, levantando-se e indo até o dormitório do líder, logo os dois que se pronunciaram foram atrás, mas em direção aos próprios dormitórios. Pegaram os objetos desejados e voltaram logo, não queriam perder tempo.

— Ah, vamos chamar as meninas. — Sugeriu Mir, e ao ver que os outros não viram nenhum problema nisso, seguiu até o dormitório feminino, batendo na porta antes de entrar ali, afinal, alguma moça poderia estar se trocando.

— Pode entrar! — Respondeu GaYoon a quem estivesse do outro lado.

O jovem abriu a porta, apenas o suficiente para que passasse a cabeça na fresta e pudesse ser visto por todas.

— Nós vamos contar histórias de terror no jardim, vocês querem ir junto? — Perguntou às colegas.

— Eu vou! — Respondeu JiYoon sem hesitar. — E vocês, meninas?

— Bom, vai passar um desfile daqui a pouco na TV, e eu e a Sica combinamos de ver... — HyunAh disse, gostaria de ir junto com as amigas, mas preferia assistir ao que passaria na televisão.

Nenhuma outra garota manifestou-se que gostaria de ficar em casa com as duas, o que significava que iriam junto com JiYoon e os meninos para o quintal. Logo, deixaram o dormitório, as garotas que assistiriam ao programa acomodaram-se no sofá, e os outros foram saindo da casa, sentando-se sobre o gramado macio.

— Vamos começar. — Disse Die aos outros, iluminando o rosto com a lanterna que tinha em mãos.

— Ai, para com isso. — Pediu HeeChul ao amigo, não gostava muito daquela situação.

— E eu vou usar a lanterna pra quê, pegador? É pra isso mesmo. — Brincou com o outro. Logo prosseguiu com o que dizia, iniciando uma história que conhecia. Os outros ouviam curiosos, principalmente Kyo, que era o que mais gostava de uma boa história de terror.

De repente, no clímax daquele conto, ouviu-se um grito por parte de Toshiya, o que fez todos dali se assustarem, até mesmo Die.

— O que foi, pegador? — Perguntou HeeChul ao amigo.

— Nada não, um bicho aqui me mordeu. — Disse, enquanto olhava uma parte de seu braço esquerdo, procurando se havia alguma marca no local onde fora picado por algum inseto, pelo menos pensava que era isso, mas no que não encontrou nada, voltou a atenção ao amigo que contava a história e arrepiou-se por perceber um vento forte passar por si, mas não disse nada ao perceber que foi o único a sentir.

— Ah, sim. — Disse Die, logo prosseguindo com a história que contava.

HeeChul estava sentado em um local onde podia ver a frente da casa e parte de seu lado. Dali, podia ver uma das janelas que dava para a sala e até mesmo a janela do sótão, com os vidros quebrados por conta do acontecimento da noite anterior. Não gostava muito de ficar olhando para aquele local, tinha a impressão de que podia ver algo que não gostasse a qualquer instante. E foi o que aconteceu. A luz do segundo andar acendeu-se de repente, não ficou muito tempo acesa, mas foi o suficiente para que o coreano se assustasse. Já que dali podia ver a sala, verificou se as moças que estavam dentro da casa estavam presentes naquele cômodo, notando que sim. Sentiu um frio percorrer sua espinha, sabia que aquilo não era nada bom, mas não comentou com ninguém, as meninas se assustariam e ele não queria ser o responsável por isso.

— ... E assim acaba nossa primeira história. — Finalizou Die, apagando a lanterna e deixando assim tudo escuro. — Ih, gente, acho que acabou a pilha. — Deu umas batidinhas no objeto com a mão livre e logo a acendeu novamente antes mesmo que os outros pensassem em usar outra das disponíveis, iluminando o rosto denovo. — Bú.

— Ai, garoto. — Disse GaYoon, havia se assustado com aquilo, porém logo achou a situação engraçada e começou a rir, arrancando risadas dos outros companheiros também, exceto de HeeChul, que estava sério e preocupado com o que vira.

— Gente, um minuto. — Disse Henry, levantando-se. — Vou ao banheiro, coisa rápida. Podem até começar outra história. Vou até nesse banheiro que tem aqui fora mesmo, assim vai ser mais rápido.

— Não, a gente te espera. — Disse Toshiya ao mestiço.

O rapaz caminhou tranquilamente até o banheiro que havia por ali, não ficava muito longe, encontrava-se perto da piscina, deu a volta nesta e finalmente chegou ao seu destino, o local que ficava em direção da floresta. Fechou a porta e não demorou para que saísse dali. Porém, quando saiu do pequeno cômodo, ao que fechou a porta, o mestiço teve a impressão de quem tinha alguém consigo e antes que pudesse fazer alguma coisa, sentiu uma de suas pernas serem puxadas e por isso, perdeu o equilibrio e caiu.

Os outros viram quando aconteceu, já que estavam iluminando aquela direção com as lanternas que tinham consigo. Pensavam que poderia ser apenas um descuido do amigo, mas não, podiam ver claramente sua perna esquerda ser puxada para trás como se tivessem lhe passado uma rasteira, acharam de início que algum animal havia passado por ali correndo e acabou derrubando o menino, mas não foi bem o que aconteceu.

POV Henry.

Aquela noite estava bem divertida, o que já era de se esperar junto aos meus grandes amigos e graças a brincadeira do Die, de assustar todos com a lanterna, tive uma crise de riso e até vontade de ir no banheiro. Pedi licença e me levantei, até falei que poderiam continuar as histórias sem mim, mas preferiram me esperar. Por fim, para que não demorasse demais, caminhei pelas bordas da piscina para que pudesse dar a volta nesta, agora que o caminho era em linha reta até o banheiro de madeira próximo a floresta, apenas corri até este, adrentando-o em seguida. Não demorei muito para terminar o que tinha a fazer, mas assim que deixei o local, poderia jurar que escutei alguém chamar pelo o meu nome, o pior é que vinha da floresta tal voz, em um tom de sussurro, como se estivesse longe, me arrepiei por completo, não ousei olhar para trás, manti o olhar nos meus amigos meio afastados, temi que tivesse realmente algo por perto e caso tivesse, com certeza alguém tentaria avisar.

Arrumei minha calça na cintura - apenas porque esta estava caindo - e então movi uma das pernas para iniciar os novos passos, porém, alguém segurou na minha perna, puxando-a para trás, perdi o equilibrio no mesmo instante e não tive nem tempo de me proteger da queda, mas tive sorte que cair sobre o gramado macio. Olhei para trás e apenas vi grandes árvores que davam para a floresta escura, isso foi estranho, tinha certeza de que alguém havia me puxado, ainda curioso, voltei a atenção para meus amigos à frente, apenas para saber se faltava alguém ali e o que eu temia aconteceu, estavam todos ali esperando a minha volta, mas pareciam assustados, talvez tivessem percebido o que ocorreu ali. Tentei me levantar e algo apertou a minha perna, olhei para trás mais uma vez, dessa vez na direção onde estava meu corpo e pude ver claramente uma garota me segurando, meus batimentos cardíacos aumentaram mais ainda e meus braços esticaram até a borda da piscina, podendo me segurar ali e me arrastar para longe daquele vulto, era a única coisa que pensei, o desespero tomava conta de mim. Quem chegasse perto perceberia toda a força que estava usando para não ser puxado para longe, tudo por conta dos meus dígitos pálidos que estavam cada vez mais vermelhos. Um vento forte bateu na água e molhou minha mão, fazendo a mesma escorregar e então, meu corpo foi puxado com força sobrenatural contra a floresta, me obrigando a ser arrastado, não iria me render, segurei no gramado, mas tudo que consegui foi arrancá-lo, mais uns segundos se passaram e me vi na escuridão, no meio do matagal, sendo arrastado por algo e tudo que escapou de minha garganta, foi um pedido desesperado de socorro.

POV Henry off.

Um dos rapazes mais jovens daquela viagem de férias, no caso, o mestiço que era um dos melhores amigos de HeeChul por ser o responsável por cuidar deste enquanto o mesmo estava fora de seu país de origem, para que pudesse estudar naquela universidade de música estava sendo atacado e tinham que fazer alguma coisa.

— Henry! — Gritou Joon, indo na direção do amigo para tentar ajudá-lo, tinha algo muito errado ali. Foi acompanhado por Die, Toshiya e HeeChul, precisavam ajudar o colega que então segurava-se na borda da piscina com todas as forças. O lugar estava escorregadio, o que não ajudava muito, logo o garoto foi mais uma vez arrastado, suas mãos tentavam desesperadamente firmar-se sobre a grama, mas o máximo que conseguia fazer era arrancá-la, com isso, tinha apenas uma escolha, começou a gritar, pedindo por ajuda, chamando o nome de qualquer um dos amigos, até que o corpo sumiu na escuridão daquela floresta, sendo arrastado.

Estavam assustados com aquilo, agora tinham certeza do que havia em volta, não era possível, o amigo estava sendo arrastado por... nada, aquilo só tinha uma explicação, mas não era hora de pensar nisso, Joon, Toshiya e HeeChul continuaram correndo, seguindo o grito do amigo e pedidos de ajuda deste, iluminando todo o caminho com as lanternas e mantiveram-se juntos para que ninguém se perdesse. Die parou onde o corpo havia caído pela a primeira vez e virou-se para os demais.

— Corram lá para dentro e não deixem a HyunAh sair de maneira alguma, sejam naturais para que nem ela e nem a Jessica desconfiem. Conto com vocês. — Se referia as garotas que estavam do lado de fora. — Shinya e Kaoru, peguem as lanternas reservas lá dentro e venham. — Assim que terminou o que tinha a dizer, correu para dentro do matagal, ainda podia escutar passos e um grito já longe, mas poderiam seguir este sem nenhum problema.

Mir e Kyo foram para dentro da casa junto com as meninas e sentaram-se no sofá como se nada tivesse acontecido, por mais que estivessem assustados e muito preocupados com o que poderia acontecer do lado de fora, mas tinham que manter-se relaxados para que as jovens que já estavam lá dentro a algum tempo não desconfiassem de nada e quisessem sair para ir de encontro ao recentemente desaparecido. Os mais velhos, Kaoru e Shinya, deram um jeito de pegar as lanternas sem que percebessem e dessa maneira, seguiram para fora novamente, tinham que ajudar os amigos a procurar pelo o mestiço, por mais que soubessem que isso seria impossível. Não demorou para que os dois japoneses entrassem também no matagal, as lanternas eram apontadas para todas as direções possíveis e podiam ver claramente os feixes de luz das lanternas dos amigos, assim seria mais fácil saber onde eles estavam. Todos ali chamavam constantemente pelo nome do desaparecido, esperavam que se ele ouvisse e pudesse responder. O que tiveram não foi exatamente uma resposta, ouviram um grito de dor meio falho vindo de dentro do matagal e tinham certeza de que era do rapaz. Não hesitaram em ir naquela direção e vasculhar por ali. As buscas seguiram por cerca de uma hora, tentavam de todas as maneiras encontrar o amigo, a floresta era enorme e sabiam que seria difícil, mas não custava tentar.

Por mais que tivessem tentado, não conseguiram achar o corpo do jovem. Acabaram voltando todos juntos, entraram na residência e os que já estavam ali esperando ansiosos os olharam, queriam notícias, mas sabiam que não poderiam falar aquilo de qualquer forma, afinal, HyunAh estava presente. Os que estavam dentro da residência por mais tempo procuraram o rapaz que estava perdido no meio dos que chegaram, mas ao que não o encontraram, já pensaram no pior e desviaram o olhar para o representante, notando o quanto este fitava a namorada do mestiço, com o olhar de quem estava lamentando por algo.

— Eu... Não acredito... — JiHyun deixou escapar, mas logo disfarçou, para que não chamasse a atenção da outra que ainda estava entertida no final do desfile que iria acabar em poucos minutos.

— Kaoru... — Joon chamou-o em um tom baixo e segurou no braço do amigo, puxando-o para um canto da sala, apenas para que pudesse conversar com este, sem ter o perigo de terceiros escutar. — O que vamos falar para ela?

— A verdade... Não podemos mais esconder nada para as garotas... Uma hora elas vão descobrir tudo. — O japonês torceu os lábios, por mais que fosse difícil, estava mais do que na hora de revelarem tudo. Tratou de chamar JiYoon num canto, precisaria da ajuda dela e das meninas, elas teriam mais jeito para contar o ocorrido à amiga e estariam ali com ela para o que precisasse.

— Pode contar com a gente. — A coreana assentiu com a cabeça, a expressão era de tristeza, afinal era a segunda perda que estavam enfrentando e aquela seria ainda mais difícil, já que sua amiga era a namorada da vítima e todos ali já sabiam que o sofrimento da garota seria enorme. Tratou de seguir para a sala e parou perto dos que já estavam no local. — Meninas, o que acham de irmos lá pra dentro?

— Isso, vamos. — Respondeu GaYoon, levantando-se e sendo acompanhada pelas outras moças. HyunAh fez o mesmo, porém, ao que pôs-se de pé, procurou o namorado.

— Ué, cadê o Henry? — Lançou a pergunta e esperava uma resposta, não sabia de nada que estava acontecendo e não imaginava que algo tão ruim tivesse acontecido.

— Vem, vem cá. — Sugeriu JiHyun à amiga, pegando-a pelas mãos e levando a moça consigo até o dormitório, junto com as outras. Ao que chegaram no local desejado, sentaram-se todas, HyunAh acomodou-se sobre uma das camas e JiHyun, ao seu lado, ainda segurando nas mãos da amiga. As outras sentaram-se sobre o chão perto das duas, queriam estar por perto para dar uma força à jovem, e Jessica estava curiosa, não sabia também o que se passava.

— Gente, o que houve? — A morena perguntou, ainda queria saber de seu namorado. Mas, as garotas nada respondiam, apenas continuavam em silêncio, entreolhando-se para saber quem iria começar a falar.

— Meninas, parem com esse suspense. — Comentou a loira, no caso, Jessica. — Falem de uma vez... Aconteceu algo com ele? — As perguntas da moça chocaram ainda mais as amigas que direcionaram o olhar para o chão desta vez.

— JiHyun... Aconteceu alguma coisa com o Henry? — A mais nova entre todas as moças virou-se para a que estava ao lado, os olhos começavam a ficar úmidos, tinha certeza de que iria ouvir algo desagradável, mas queria saber de uma vez por todas.

— Hyun... Eu sei que isso é difícil, mas nos escute com atenção... — Ela começou a acariciar os cabelos da menor e com a outra mão, segurava a da mesma, afim de passar segurança a esta. — Sabe... Quando estávamos lá fora... Ele foi usar o banheiro e algum animal puxou ele para a floresta. — JiYoon franziu o cenho, afinal, pensava que falariam a verdade, mas devido ao choque que a outra levaria, era melhor deixar para falar aquilo depois.

— E não conseguiram encontrar ele? — A de madeixas mais claras - que também era a mais velha ali -, teve a coragem de perguntar, e recebeu um movimento negativo com a cabeça, podendo afirmar o que antes era uma pergunta. — Meu Deus...

Permaneceram no quarto o tempo todo, tentando acalmar a coreana que não parava de chorar e também para tirar a nova ideia de sua mente, já que esta teimava que queria ir lá fora procurar por mais um tempo.

Algumas horas passaram desde o novo acidente e os rapazes ainda estavam arrasados, cada um em um canto da sala, a não ser o trio que estava junto em um sofá, com HeeChul no meio, afinal, este era um dos mais abalados e demorou um pouco para tentar se acalmar depois da perda daquele rapaz.

JiYoon abandonou o quarto junto com Jessica, as outras permaneceram lá dentro para fazer companhia a HyunAh que ainda estava em choque por causa da notícia que havia recebido, aquilo era difícil demais de aceitar.

— Vamos preparar algo para comer... Principalmente para a Hyun, ela não pode ficar daquele jeito e de estômago vazio, por mais que seja difícil. — A loira comentou e sem esperar por uma resposta, entrou na cozinha que era grudada na sala, sendo acompanhada pela a coreana que saiu junto consigo.

— Vou ajudar elas. — Comentou Mir e levantou-se do chão, mas antes de ir para o outro cômodo, passou pelo o banheiro, apenas para lavar as mãos, afinal não iria mexer com comida, sendo que estava apoiado no chão até poucos minutos atrás.

O silêncio ainda estava presente na sala, os rapazes não ousavam pronunciar uma só palavra, estes eram os mais preocupados com os acontecimentos naquela casa, ainda mais porque já tiveram duas vítimas por ali, por mais que ainda tivessem um pouco de esperanças de que fossem encontrar Henry, ou este encontrar o caminho de volta sozinho. Mais alguns minutos se passaram e então quem saiu foi JiHyun, mas apenas aproximou-se do namorado para que pudesse falar com este.

— Isso tudo me deixou tensa... Vou tomar um banho rápido para relaxar... — Selou os lábios do acompanhante que apenas a correspondeu. — Quando tudo estiver pronto, já vou estar saindo, não coma sem mim, ok? — Ele assentiu. A jovem foi afastando-se e então seguiu diretamente para o banheiro. Fechou a porta do cômodo e trancou-o em seguida, afim de relaxar ainda mais, abriu o registro para que a banheira fosse enchendo e tampou o fundo da mesma para que a água acumulasse ali dentro sem nenhum problema. Despiu-se sem pressa e jogou as peças no cesto de roupa suja que não era muito longe.

A jovem coreana adentrou a banheira e logo deitou-se nesta para que pudesse se molhar por completo, iria ser um banho rápido para que relaxasse e esquecesse de tudo que aconteceu naquele dia, só não sabia o que estava a esperando ali.

Do lado de fora já era possível sentir o cheiro da janta pronta e logo todos estavam reunidos na sala - as garotas que antes estavam no quarto, também foram para lá, inclusive HyunAh. Iriam esperar a única que estava fora, para que assim, comessem todos juntos e conversassem para esquecer o dia longo que passou.

— Ela está demorando demais... Vou chamá-la. — Comentou Joon e se levantou do sofá em seguida, caminhou com calma até a porta do banheiro fechada, bateu ali de forma leve. — JiHyun? — Não obteve resposta e bateu mais algumas vezes. — Amor? — O desespero tomou conta dele.


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Notas finais do capítulo

A cada dia que passa, os dias naquela casa ficam piores e eles ainda não querem aceitar o fato de que ficar ali pode ser pior. E de certa maneira, eles não tem escolha, não é? Não tem como sair dali, sem um transporte.
O que estão achando até agora?
Acham que algo deve ser melhorado? Estamos abertas para opiniões, ok? Se quiserem nos contar algo que aconteceu com vocês, podemos até pensar em colocar no meio da história, mas isso é decisão de vocês. ♥
Reviews? ^-^