Not Alone. escrita por monkelfplus


Capítulo 8
VII - Inesperado.


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo vocês ficarão sabendo o que realmente aconteceu com o Takeru.
Os viajantes parecem finalmente começar a curtir a viagem para esquecer dos problemas... Mas, parece que essa diversão não irá durar por muito tempo.
Boa leitura.



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POV Takeru.

Mais uma noite havia chegado e sinceramente, dormir novamente naquele lugar não estava sendo tão confortador como antes, aqueles casos misteriosos, tudo já fazia sentido para mim, a casa era assombrada, só poderia ser... Esses eram os únicos pensamentos que rondavam a minha cabeça. Acordei dos meus devaneios quando percebi que os rapazes pareciam discutir quem iria fechar as janelas que foram deixadas abertas no sótão.

— Eu não tenho moral de ir lá em cima agora, não.

Quem disse isso foi o coreano alto que fazia parte do trio mais popular em toda da única faculdade da ilha de Jeju... Ele era bem interessante ao meu ver, apenas por causa do modo que se vestia, desde as feições delicadas... Vou admitir, invejava-o por conta de sua beleza. Alguns poderiam até me achar estranho por achar isso, mas só pensava dessa maneira, porque sempre quis chamar atenção como aqueles três, mas minha timidez não permitia, por mais que tentasse.

— Eu vou lá. — Me pronunciei quando terminei de pensar, o Joon, um rapaz que tinha o porte físico bem atlético se ofereceu para me ajudar e sinceramente, eu me sentia mais baixo do que já era perto dele, não por ser magro demais, até tinha alguns músculos, mas nada comparado a ele. Deixei de pensar novamente e movi a cabeça em negativo, não precisava de ajuda, estava na hora de começar a agir sozinho e ajudar no que fosse possível.

Segui pelo o corredor e parei na metade, abri a escada e a posicionei na entrada do sótão, subi e abri a portinha que estava travada, antes de subir totalmente, observei o que tinha por ali, mas logo terminei de subir os degraus da escada e me vi no segundo andar, aquele lugar era assustador, por mais que nunca tivesse subido ali, me senti estranho, mas é só por causa que nunca fui fã de sótão. Acendi a luz daquele novo cômodo e com calma caminhei para cada janela, podendo assim, fechar as mesmas, chegando na última, tive a curiosidade de olhar por esta, que dava na varanda, não demorou muito para que voltasse para dentro e fechei essa janela, dei-lhe as costas e por um minuto achei que tinha visto alguém na minha frente, engoli em seco. Meus lábios foram separando-se lentamente e minha voz sumiu, não consegui perguntar se realmente havia algum ser ali, escutei uma risada estranha próxima ao meu ouvido e quando virei o rosto, não pude acreditar no que estava vendo, já havia visto aquela moça antes... Mas onde? Claro, é a do retrato, pensei em gritar e consegui, mas quando o fiz, meu corpo foi atirado contra a janela e por esta ser larga e devido a força em que fui jogado, o vidro quebrou, me cortando e algo perfurou minha garganta, não tive tempo de me proteger, quando me dei conta, já estava caído na varanda, não sentia nenhum membro do meu corpo e me sentia molhado, sabia que era sangue, só poderia ser, minha visão foi ficando escura... Eu iria morrer ali...

POV Takeru off.

Aquele barulho foi estranho para todos, ainda mais porque parecia de algo pesado demais caindo na varanda e aquele barulho de vidro quebrar fez Kaoru e Joon abrirem mais os olhos e terem uma noção do que era. Os dois rapazes levantaram-se rapidamente e correram até a porta da varanda e não poderiam acreditar no que estavam vendo.

— Meu... Deus... — Comentou o coreano, abaixando-se ao perceber que o menor ainda estava consciente.

— Alguém nos ajude, por favor. — Kaoru aumentou o tom de voz para que algum dos outros rapazes fossem até ali. Não demorou para que estes viessem correndo, afinal também haviam se assustado com o barulho e esperavam os outros darem notícias do que era, mas, ao que viram que o mais velho, ao invés de voltar, pediu ajuda, perceberam que a coisa era mais séria do que imaginavam.

— O quê... O quê aconteceu? — Indagou HeeChul enquanto aproximava-se do pequeno corpo caído ali, agachando-se.

— Eu vi... A menina... — Takeru sussurrou como podia, mal conseguia fazer isso devido ao grande caco de vidro que estava cravado em seu pescoço.

— Mas... Que menina? — Insistiu para que o menor lhes dissesse, e aproximou-se um pouco mais deste, apenas para que entendesse melhor o que este tentava sussurrar agora, mas o japonês não conseguiu, Takeru moveu os lábios, se esforçando para aquela nova confissão, mas tudo o que soltou foi um grunhido de dor por causa dos cortes, ainda mais por conta do ferimento no pescoço. Não aguentava mais falar, seus olhos foram cerrando-se lentamente. — Não! — Gritou o coreano ao ver que o colega, que mal conhecia, estava partindo. Tentou reanimá-lo, mas não podia.

— A pergunta que não quer calar é... Como isso foi acontecer? — Henry fez a pergunta e logo se afastou um pouco, foi para a frente da casa, de onde pudesse enxergar a janela de onde o japonês havia caído.

— Ele pode ter tropeçado em alguma coisa e caído em cima da janela... O sótão deve estar cheio de caixas no chão. — Kyo tentou encontrar uma resposta para aquele mistério, era o que ele queria acreditar, preferia pensar que não fosse nada de errado acontecendo no local. Os outros assentiram, já que queriam pensar da mesma forma.

— Acho bom a gente chamar uma ambulância, assim eles podem levar o Take e tentar salvá-lo... Deve haver algum jeito. — Disse Mir, em meio ao seu nervosismo. — Joon, faz alguma coisa!

O coreano citado não hesitou em pegar seu celular e fazer a ligação, deixou bem claro que era urgente e logo desligou, agora restava esperar. Trancou a porta da casa para que as moças não vissem nada e nem chegassem ali fora, seria bom evitar qualquer susto por parte delas. Logo o socorro chegou, recolheram o corpo e levaram para o hospital mais próximo, só então Kaoru entrou na casa acompanhado dos amigos, precisavam dar alguma satisfação às garotas.

— Kao, o que tá acontecendo? A gente ouviu uma sirene... — Perguntou Jessica ao amigo mais velho. As outras pareciam também assustadas, não sabiam o que havia acontecido por ali.

— Meninas, calma, vai ficar tudo bem... O nosso amigo Takeru só se machucou, mas já levaram ele pro hospital, tenham calma. — Deu a notícia às colegas, tentando parecer bastante natural.

As garotas pareciam mais aliviadas com o que o líder disse, exceto JiYoon que o encarou desconfiada, estava achando aquela história bastante estranha, e iria descobrir o que estava acontecendo. Deu de ombros e deixou o local, indo para o dormitório com as amigas. Kaoru aproveitou para buscar uma vassoura e um pano de chão e levar até a varanda, precisaria varrer aqueles cacos de vidro espalhados antes que alguma garota visse, ou pior, alguém pisasse. Teria também que limpar o local para tirar o sangue que havia ali, e assim o fez, deixando a varanda limpa como estava antes. O rapaz se sentia observado, não hesitou em observar a janela por onde o colega caíra, por mais que tivesse certo medo de se deparar com algo indesejado.

Aconteceu o que ele temia. Ao que o mais velho voltou a cabeça para cima, enxergou uma garota na janela, curvada, também o olhando. Ele ficou paralisado, não tinha nenhuma reação, apenas permaneceu fitando-a, queria correr, mas seu corpo não o obedecia. A moça sorriu, e logo após isso, o garoto voltou o olhar para sua frente, levou as mãos aos olhos, esfregando-os, e quando olhou novamente para o alto, não havia mais ninguém lá. Decidiu então entrar em casa e fingir que nada havia acontecido, ele poderia estar apenas impressionado com algo, já que ouviu o loiro dizer algo sobre uma menina. Chamou os amigos que ainda estavam ali fora para fazer o mesmo, já estava um pouco tarde e precisariam dormir.

Todos os jovens foram então fazer sua higiene para que pudessem dormir, mais uma vez, em pares. Die e HeeChul entraram juntos no banheiro desta vez, parando em frente ao espelho.

— Garanhão, sinceramente... — Die fez uma pausa. — Eu acho que somos parentes distantes. — Disse brincando enquanto se olhava ao lado do amigo.

— Somos primos, só pode. — O outro brincou junto, mas logo pararam para adiantar o que teriam que fazer de verdade, não queriam deixar ninguém esperando. Logo deixaram o cômodo, havia mais gente para usar ali, principalmente as garotas.

— Vem, Hyun. — Disse JiHyun à amiga, enquanto dirigia-se ao banheiro. Esta foi atrás, precisavam tirar sua maquiagem logo e apenas restava Jessica para fazer isso. A mais velha que estava no banheiro, tendo acabado de fazer o que desejava, saiu, permitindo que a outra entrasse e dividisse então o local com HyunAh.

Todos foram dirigindo-se aos seus dormitórios, Kaoru e Shinya teriam que dormir ali sem o colega naquela noite, mas torciam para que logo ele esitvesse de volta à casa, apesar de que o mais novo podia sentir que aquilo não aconteceria. Não gostava de sentir aquelas coisas, mas podia, e não havia nada que pudesse fazer para parar com aquilo.

Enfim chegou a madrugada e todos dormiam naquela casa. Porém, o representante foi acordado por certos barulhos de passos rápidos, era como se alguém estivesse correndo. Até que notou que o som que ouvia vinha do segundo andar. Sentiu seu corpo gelar, seu coração estava disparado. Ele havia visto antes, de fato, uma garota por ali, e agora ouvia aqueles passos. Tentou convencer-se de que ainda estava impressionado com toda aquela história, por mais que aquilo fosse bastante difícil. Deitou a cabeça no travesseiro mesmo assustado, ficaria ali quieto, sem se mexer em momento algum. Shinya também acordara com os sons e percebeu que Kaoru tinha levantado a cabeça.

— Kao. — Chamou-o em voz baixa.

— Ai, que susto. — Respondeu o líder, cochichando. — O que você tá fazendo acordado aí?

— Também ouvi. — Disse o mais jovem. — Agora fica quieto e tenta dormir, não faz barulho.

Assim ambos fizeram. Permaneceram imóveis e trataram de fechar os olhos, alguém poderia estar se aproximando, e, nesse caso, fingiriam estar dormindo. Ouviram o ranger de outra porta sem ser a do próprio dormitório, o que, de certo modo, os deixou aliviados e preocupados ao mesmo tempo.

GaYoon dormia tranquilamente, assim como as outras garotas que estavam ali. A moça sentiu-se desconfortável pela a sua posição, o que a fez virar para o outro lado. Quando fez isso, abriu os olhos lentamente, havia acordado por isso, sua visão era um pouco turva e estava bastante escuro, mas ela pode ver algo parecido com um rosto logo a sua frente, como se fosse uma pessoa deitada logo ao seu lado. Permaneceu imóvel, tentou não gritar e fechou novamente os olhos. Quando os abriu denovo, percebeu que o que havia ali era apenas seu cobertor, o que tranquilizou um pouco a coreana, mas no fundo sabia que o que havia visto antes não era apenas aquilo. Acabou pegando no sono novamente, afinal seu cansaço era grande, superava até o susto enorme que havia levado e nem sabia como havia conseguido engolir o grito.

HyunAh estava inquieta na cama, o sonho que estava tendo não era nada agradável e era mais fácil dizer que era um pesadelo, movia a cabeça para os lados na cama e o corpo as vezes mudava de posição, como se a coreana estivesse correndo, na tentativa de fugir de alguma coisa, mais alguns segundos passaram a despertou, assustada, erguendo o corpo por conta disso, podendo manter-se sentada na cama, a respiração estava ofegante devido a tudo e levou as mãos aos cabelos, retirando de sobre a face para que pudesse olhar em volta e ter certeza de que nada de ruim iria acontecer, porém, não gostou do que viu, uma sombra moveu-se rapidamente pelo o quarto, saindo pela a porta que fechou em seguida e o pior era... tinha certeza que fechou esta quando entrou naquele cômodo com Jessica. Chegou a pensar que poderia ser uma das garotas que sentiu vontade de usar o banheiro, ou até sede, por isso, apoiou-se nos joelhos e engatinhou até a outra ponta da cama, podendo observar as outras e saber se estava faltando alguém e para a surpresa da jovem, estavam todas dormindo.

"Que estranho." — Foi o que pensou, olhou para a cama e desistiu de tentar voltar a dormir, sem fazer um único som, colocou-se de pé e andou na ponta do mesmo até a porta. Segurou na maçaneta e respirou fundo, afinal, não sabia o que a esperava lá fora. Sem hesitar mais, abriu a porta e colocou só a cabeça para fora, como o local que estava era no meio do corredor, teve que olhar para ambos os lados, apenas para não ser surpreendida e podia jurar que viu algo movendo-se no teto, mas no que ergueu o olhar, deu de cara com o sótão, fechado.

"Ok, isso é mesmo estranho." — Esse foi o novo pensamento que rondou a mente da coreana. O corpo gelou sem motivos com isso e começava a pensar que sair do quarto sozinha não era uma boa ideia, o corpo não se movia, mas a mente implorava para que fosse até a única pessoa que ia passá-la segurança agora, ou seja, seu namorado, Henry. Respirou fundo e moveu um dos pés para o corredor, seguido do outro e finalmente saiu. Sem hesitar, caminhou até um dos quartos mais próximos e girou a maçaneta da porta, agradecendo em mente por esta estar destrancada. — Henry? — Chamou-o em um sussurro, mas não recebeu nada como resposta, só o rapaz da cama mais próxima a jovem mover-se, apertou os olhos para tentar ver quem era, mas se tratava de Kyo. — Não é você que eu quero. — Sussurrou e riu de si mesma, continuou caminhando na ponta dos pés e então avistou o namorado adormecido na cama próxima a parede, apressou-se em ir até lá. — Henry, Henry. — Chamava-o repetidamente, mas o sono do mestiço parecia mesmo pesado. Levou uma das mãos até sua face e cutucou uma de suas enormes bochechas, teve que rir soprado por causa disso.

— Hm... — Finalmente havia conseguido. — Mas... O quê... HyunAh? — Surpreendeu-se ao ver a menor ali e teve sorte de fitá-la diretamente a face e reconhecê-la, devido ao susto por causa do acidente de Takeru e sua confissão de que viu alguém, se tivesse observado que era apenas uma garota, sabia que iria acabar sendo tudo pior. — O que você está fazendo aqui?

— Tive um pesadelo e... Acho que vi alguém no meu quarto... Não sei como tive coragem de sair. — O olhar dela de tranquilo, transformou-se em total pavor ao lembrar-se do ocorrido.

— Tudo bem, amanhã só vamos ter que explicar isso para alguém. — Levantou o braço junto com a coberta. — Vem, deita aqui. — A morena não hesitou, só teve que se levantar por estar de joelhos no chão e em seguida acomodou-se ao lado do namorado, ambos cobriram-se e não demorou muito para que voltassem a dormir.

As horas passaram rápido e começava a amanhecer, mas o dia nublado fez com que aquela manhã fosse escura, o que assustou os habitantes da casa de madeira quando acordaram.

— Uau, parece que está chegando uma tempestade daquelas. — Comentou Joon ao abrir a janela que tinha logo ao lado da cama, ainda estava sentado sobre o colchão, não havia despertado por completo. Desviou o olhar para as outras camas, apenas para conferir se alguém já havia levantado, mas algo chamou sua atenção ao mirar a que Henry estava. — Será que esses dois... — Balançou a cabeça negativamente. — Não, o Henry não é disso.

Nesse instante, Kyo acabou despertando com a voz do outro. Espreguiçou-se ainda deitado, e só depois sentou-se sobre seu colchão, ainda bem sonolento. Não demorou para que Joon notasse movimento e voltasse o olhar para o canto em que Kyo estava, percebendo que este já estava acordado.

— Kyozin! Te acordei? — Perguntou ao loiro, um certo tom de preocupação por ter atrapalhado o sono alheio.

— Ah, se preocupe não. — Riu para o maior, espreguiçando-se novamente em seguida. Não se passou muito tempo e o mais velho dali logo percebeu que havia duas pessoas em uma cama só e logo olhasse para Joon. — Será que aconteceu algo aqui durante a noite? — E riu novamente.

— Também pensei, cara... Mas o Henry não é disso. — Levantou-se da cama. — E depois, a gente teria ouvido. — Caminhou em direção à porta, sendo acompanhado pelo menor.

Ao mesmo tempo, Die e Toshiya também deixavam o dormitório em que estavam, HeeChul ainda dormia, mas certamente acordaria logo.

— Aí, galera, vamos fazer um churrascão hoje? — Sugeriu Die ao se deparar com os outros amigos no corredor.

— Já vi que você tá com fome... Vamos tomar café. — Riu Joon para o japonês, seguindo para a cozinha.

— Tô falando sério, um churrasco seria bom... E eu vi uma churrasqueira portátil na área de serviço. — Disse, realmente empolgado com a ideia.

Os outros que estavam ali foram junto de Joon, assim tomariam o café da manhã juntos. Logo os outros foram levantando, e a cozinha, enchendo, os últimos a chegar foram Henry e HyunAh e assim que estes encontraram-se com os amigos, receberam olhares dos parceiros de quarto, especialmente de Joon e Kyo. O casal entreolhou-se e logo entendeu o porque daqueles olhares, mas nem ligaram, apenas sentaram-se juntos a mesa e resolveram tomar café.

As horas passavam lentamente e os viajantes ainda pensavam no que poderiam fazer para que passassem o dia, estava tediosa demais aquela manhã e o que tornava o clima mais tenso, era a preocupação de alguns por causa do acidente do dia anterior e o que mais chamava a atenção dos rapazes e até das moças, é que desde que eles retornaram para dentro da casa, Kaoru não ousou pronunciar uma única palavra, ainda estava perguntando-se se o que havia visto na janela era real ou não.

— Então... — Começou Die para tentar quebrar aquele silêncio que estava o deixando impaciente. HeeChul foi o primeiro a olhar para o amigo, mas logo voltou a atenção para o celular que tinha em mãos, gastando o tempo com um jogo qualquer, mesmo que fosse idiota demais. — Então... — Repetiu, aumentando mais o tom de voz.

— Fala logo o que você quer. — Kyo logo respondeu-o, arrancando um riso baixo dos mais próximos.

— Calma, Kyo. — Die riu e então decidiu ir direto ao assunto, mas quando entreabriu os lábios mais uma vez, Joon interrompeu-o.

— Deve ser sobre o churrasco que ele me sugeriu antes, mas... O tempo não parece bom, não sei se seria uma boa ideia.

— Acho que sim, será bom para nos distrairmos e também nos divertir, não vejo mal nenhum, a varanda é coberta. — Comentou JiYoon, parecendo animada com aquela ideia.

— Esse é o espírito da coisa, guria. — Die esticou a mão aberta para a moça que bateu a palma na do rapaz, ambos riram em seguida.

— Ok, vamos dividir as tarefas então. — Kaoru finalmente falou algo e isso chamou a atenção de todos, até das garotas que estavam sentadas em grupo, em um canto da sala, tirando HyunAh e JiHyun, estas preferiram ficar próximas dos namorados, apenas porque desde que chegaram na casa, mais ficavam conversando do que aproveitaram a companhia destes. — Die e companhia vão limpar a varanda, especialmente a churrasqueira, não deve estar nada tão sujo, então vai ser rápido. — Desencostou-se do sofá que estava e apoiou os cotovelos sobre os joelhos, mantendo-se meio curvado a frente desta maneira.

— Deixa que eu cuido das carnes e alguma outra comida. — Completou JiYoon ao levantar-se do chão, já preparando-se para ir até a cozinha.

— Vou te ajudar. — Jessica levantou-se também e GaYoon fez o mesmo, quanto mais gente em cada tarefa, mais rápido seria tudo.

Os resto dos rapazes inventaram o que fazer para ajudar e em menos de duas horas estava tudo preparado. Henry encontrou uma mesa dobrável no canto da varanda e apressou-se em montá-la em um dos cantos com a ajuda de Mir, desta maneira, poderiam deixar o pote com as carnes e outras coisas para o churrasco por ali, facilitando mais as ações.

O tempo ia passando e os meninos revesavam a vez de ficar na churrasqueira, assim todos podiam aproveitar bem o dia. Entre algumas garrafas de bebida que trocavam, um deles acabou ficando meio alterado, este no caso, era Die.

— Meus queridos amigos... Tenho algo a contar para todos vocês. — O japonês caminhou até o centro da varanda, sendo acompanhado por Kaoru que bebia consigo, mas o representante estava mais sóbrio que o amigo. — Essa bebida... — Ergueu a mão que segurava a garrafa de cerveja e isso chamou a atenção de todos os que estavam no local, alguns riam mesmo sem saber o que viria a seguir. — ... foi enviada pelo o capeta. — Assim que terminou a fala, era possível ouvir o riso alto de todos, até as garotas acharam tudo engraçado, os viajantes controlaram-se para não serem escandalosos.

Toshiya e HeeChul estavam notando o quanto o amigo estava bêbado, por isso, pediram licença e foram até o rapaz que andava com certa dificuldade, caminharam com este até o banheiro e só teriam uma escolha, dar um banho gelado no mesmo e assim fizeram, tendo que fechar a porta do cômodo.

— Não acredito que vou ter que fazer isso. — Comentou Totchi e o coreano que estava consigo assentiu, tinha que concordar, tiraram apenas a blusa do amigo e jogou-a em um canto qualquer, levaram Die até o chuveiro de bermuda e tudo e ligaram o registro na água fria e tiveram que rir quando este gritou.

Nesse tempo, os outros ainda estavam na varanda e conversavam entre si, pela a primeira vez, o assunto envolvia as moças também, afinal, fizeram aquilo para que todos pudessem aproveitar o tempo juntos, assim poderiam esquecer das preocupações da casa e também sobre o amigo ferido na noite anterior. Poucos minutos se passaram e foi possível ouvir o celular de Joon tocar na sala - havia esquecido este lá.

— Com licença. — Ele levantou-se e se soltou dos braços da namorada que ainda estava grudada em si, teimando que não queria passar nem mais um minuto longe deste. — É rápido. — Só comentando isso que conseguiu ver-se livre dos braços femininos, por fim seguiu para dentro da casa, Mir o seguiu, mas apenas porque desejava usar o banheiro. Recolheu o aparelho e segurou o amigo mais novo. — É do hospital.

— Sério? O que você está esperando? Atende logo. — Apressou o mais velho e este não hesitou, atendendo ao telefonema. O maknae estava curioso e não esperaria o outro pronunciar-se para saber do que se tratava, apenas aproximou as feições do celular e ambos conseguiram escutar a algum médico juntos, mas... A notícia não era boa.

— Não... Você tem certeza que está falando de Takeru? — Joon ficou meio nervoso e as mãos começaram a tremer, a notícia foi afirmada, o que os rapazes mais temiam aconteceu. O coreano mais alto finalizou a ligação e fitou o amigo que também o observou. — Ele está... — Abaixou a cabeça, lamentando-se em seguida.

— ... morto. — O mais baixo finalizou, sentando-se no sofá, estava em choque.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam desse capítulo?
Prestaram atenção na parte da GaYoon? No instante em que viu alguém consigo na cama? Pois bem, aquela cena é real, realmente aconteceu com uma das escritoras, acreditem se quiser.
Desculpem a demora para atualizar, é que estamos tentando caprichar nos próximos capítulos, assim vocês aproveitam melhor.
E nos desculpe também se aparecer algum erro de digitação.
Enfim... Reviews?