Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! escrita por Susana


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Eu sei que já não escrevo há algum tempo, mas tive um bocado ocupada, só um bocadinho...
Obrigada a todos os que me deixam reviews e aos que lêem e não deixam, também.
Eu queria dedicar este capitulo a Lia, porque ela atura-me nas aulas, dá-me opiniões sobre a história e é uma das únicas pessoas que sabe como ela vai acabar:)Adoro-te Larosca:P
Antes de lerem o capitulo quero frisar que todas as opiniões expressas nele são as opiniões das personagens.
Boa leitura!



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POV Carlisle


-Eu, quando era humano, eu…eu não vos contei a verdade sobre a minha vida em humano…-Edward confessou.

Fiquei surpreendido, nunca pensei que ele tivesse um passado oculto, afinal eu encontrei-o a morrer de gripe espanhola e não havia mais ninguém com ele além da mãe dele. Portanto pensei que fossem apenas eles, mas a sua história parecia ser diferente da que eu tinha conhecimento.

-Eu tinha conhecido uma rapariga…ela era incrivelmente bel, tinha longos cabelos castanhos, uma face perfeita como a de uma boneca de porcelana, com olhos azuis intensos, lábios finos e vermelhos, e um nariz pequeno. Toda ela era elegância, mas ela pertencia a uma classe social superior, e como é óbvio, nós nunca poderíamos ter uma relação assumida perante a sociedade daquela época.

Ele escondia a cara ao falar, era notório que ele tinha vergonha do que estava a falar.

Afinal Bella não tinha sido a primeira…

Olhei para ela e vi toda a confusão no seu rosto, a dor e a angústia. Eu compreendia, ela viveu na mentira, mesmo que essa realidade, talvez não significasse muito se ele lhe tivesse contado desde o início. O problema é que ele lhe omitiu, pior ele mentiu-lhe.




POV Crystal


Acordei na cama do meu quarto e percebi que estava toda a gente lá em baixo a conversar, ou melhor, a ouvir Edward.

-Nós não podíamos nos relacionar, mas cada vez que eu a via sentia um monstro dentro de mim a crescer, o amor que sentia por aquela donzela estava a deixar-me fora de controlo. Nós começámos a falar e a encontrarmo-nos de uma muito subtil para ninguém desconfiar.

Edward estava a contar a verdade oculta da sua vida, kkkk, sempre soube que ele não era assim tão perfeito. No livro ele era descrito quase como uma virgem imaculada, kkkk.

-Então, um dia, encontrámo-nos nos celeiros que existiam na propriedade de casa dela… – ele fez uma pausa – ela seduziu-me e nós acabámos por nos envolver, e fizemos amor ali mesmo.

Ui, com aquela é que a Bellinha não contava de todo, kkkk.

- Ela descobriu que estava grávida e os pais dela deserdaram-na, então ela veio ter comigo a pedir-me abrigo e ficou comigo e com a minha mãe, até chegar o dia do parto. Arabella não resistiu ao parto e morreu por perder muito sangue.

Pela voz de Edward, que estava trémula, ele sofria ao lembrar-se daqueles momentos.

- A bebé, Violet como Arabella tinha escolhido, ficou a meu cargo. Eu, eu realmente amava aquela criança, mesmo que ela me tivesse tirado a mulher da minha vida, eu amava-a.

Epá, mas a mulher da vida dele não era Bella? Bellinha estás a ser passada para trás, kkkk.

Então ele continuou a sua história.

-Aquela menina era perfeita, tinha o cabelo da cor do meu e os olhos da mãe, mas os dela tinham um brilho especial. Eu sei que ela era minha filha, e eu sou suspeito por falar isto, mas ela era simplesmente o ser humano mais belo que já havia visto.

Ocorreu uma ligeira pausa lá em baixo, até que ouvi Rose falar:

-E o que isto tem a ver com Crystal?

O quê?? Era suposto isto ter alguma coisa a ver comigo??

Ai Edward, o que é que andaste a consumir desta vez, rapaz???

-Quando apanhei a gripe espanhola, Violet foi-me retirada e levada pela igreja…Depois de ser transformado e a minha vida ter dado uma volta de 360º, eu nunca mais a consegui encontrar…

-Continuo sem perceber. – insistiu Rose.

Ouvi um suspiro, penso que tenha sido de Edward, pois transmitia alguma frustação.

-Rose, por favor, tem calma e espera que o teu irmão se sinta à vontade para falar. – Esme tentava acalmar Rose, que parecia um pouco afectada pelo que estava a acontecer.

Acho que Edward ia para voltar a falar quando Bella o interrompeu. Pelos barulhos que o sofá fez, seguidos do som de passos, ela tinha-se levantado do sofá.

-Eu não quero ouvir mais nada, por mim chega! – ui, ela não parecia nada feliz.

Ninguém disse nada, mas ouvi outros passos. Ainda pensei que fosse Edward a ir atrás dela, mas fiquei aliviada ao ouvi-lo continuar, quer dizer, ele tinha de explicar o que aquilo tinha a ver comigo.

-Ao ver Crystal pela primeira vez não a reconheci, mas quando vi bem aqueles olhos eu soube que era ela.

-Ela quem? – perguntou Jasper.

- Violet.

Fez-se novamente silêncio. Aquilo estava a irritar-me.

E ele pensava que eu era a filha que ele teve quando ainda era humanio?

- Crystal, por favor, é melhor falarmos cara a cara. – disse Edward.

Ups, pensei alto demais, apesar de já estar treinada para controlar os meus pensamentos, às vezes corria mal.

Agora teria de descer e encarar o tipo que pensa que eu sou a filha que ele teve à mais de 100 anos.

Eu desci vagarosamente as escadas, ainda descalça. Sempre adorei andar descalça, é tão bom sentir o chão em contacto com a nossa pele. Vá mas deixando isto para outro momento da narração.

Ao chegar à sala vi que estavam lá todos menos Bella, Nessie, os dois lobos que tinham chegado hoje e a Leah.

Eles estavam todos a olhar para mim.

-Queres dizer alguma coisa? – perguntou-me Edward com uma expressão de quem tentava ser compreensivo.

- Por acaso até tenho.

-O quê?

- TU ÉS COMPLETAMENTE DOIDO!!!

Sim, eu gritei. Tinha tomado consciência do absurdo que ele havia dito…

-Crystal…

- Sim, sim… Agora vais me dizer que és o Papai Noel e que queres que eu te ajude na entrega dos presentes. Não, melhor…és o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa e como estás cansado dessa vida queres que eu assuma um dos postos…Sim, porque para me quereres para tua filha! – eu disse bem irónica.

Edward respirou fundo e olhou para mim com uns olhos que pediam misericórdia.

- Posso explicar? – ele continuava a olhar para mim à espera de aprovação.

Porra, ele bem que já podia parar de olhar para mi daquela forma, eu sou bonita, mas não era preciso exagerar, não acham?

Acenei afirmativamente, apesar de achar que nada do que ele fosse dizer alteraria o seu novo estatuto, o de doido, se bem que bobo da corte era bem mais giro, kkkk.

- Bem, eu acredito que as almas reencarnam…- ele voltou a olhar para mim quando eu soltei uma ligeira risada, aquilo estava mesmo a ser divertido - … e o que denuncia que uma pessoa é reencarnação de uma alma são os olhos. – agora, olhou directamente para mim – Eu sei que deves achar que tudo isto é extremamente ridículo, mas é verdade, pelo menos para mim. Tu tens os olhos dela, Crystal, tu tens os olhos da minha filha…

- Desculpa lá, mas estes são meus!

Uma gargalhada estrondosa ecoou na sala. Emment estava a rir-se à gargalhada dobrado sobre si mesmo, sentado no sofá. Todo o ambiente na sala relaxou e todos, excepto Edward, se riam ou, pelo menos, sorriam.

-Por favor, Emment, controla-te, e Crystal, tu percebeste bem o que eu quis dizer. – Edward estava bem enervado, kkkk.

Toda a gente se calou e adaptou uma postura séria, novamente.

Fiquei pensativa por uns momentos, sim porque para um vampiro bastavam uns segundos para concluir um pensamento que um humano normal demoraria 1 minuto para completar.

Se Edward pensava que era meu pai, porque me tratava tão mal quando eu vim morar com eles? Porque me desprezava e me odiava tanto?

- Eu não te odiava…- Edward respondeu ao meu pensamento.

É pá, hoje andava a pensar alto demais…já é a segunda vez.

-Eu, simplesmente, não me podia dar ao luxo de me aproximar e afeiçoar a ti, porque isso faria com o que hoje aconteceu, acontecesse… e eu tinha de proteger Bella e Reneesme de todo o meu passado.

-Desculpa, mas eu acho que a única pessoa que tentaste proteger foi a ti mesmo.

Edward baixou a cabeça e acenou afirmativamente.

-Crystal, como é que ficamos? – ele perguntou.

Caminhei para junto de Seth, que me envolveu com os braços e me deu um beijo no topo da cabeça.

- Como sempre, não ficamos. – disse fria.

Com toda esta história lunática de Edward tinha-me esquecido totalmente do outro lobo.

Eu teria de tratar desse problema o mais rápido possível, não queria mais nada para me lixar a vida neste momento.

Olhei para Seth de uma forma cheia de significado que ele interpretou sem problemas e encaminhei-me para a porta com ele seguindo-me.

Tínhamos de falar.


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Notas finais do capítulo

Então o que me dizem da minha versão da história de Edward?
Merece reviews??
Beijos e até ao próximo capitulo e não se esqueçam, deixem a autora feliz, deixem reviews:)
beijos