Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 41
Pawns


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE CONSEGUI TERMINAR!!!!! *grito de vitória*
Gomen, gomen mesmo! Por algum motivo, meu cérebro só funciona de verdade a partir da meia noite, então é complicado terminar os capítulos rápido T-T
Não se esqueçam das notas finais, como sempre (que não tem nada demais, só os avisos toscos de sempre XD)
Desculpem por ocupar o precioso tempo de vocês e boa leitura ^^
Ah, sim! Eu dei uma revisada rápida, mas talvez, de novo, eu tenha deixado passar alguma coisa XD



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Qualquer um os levaria para um hospital ou ao menos para uma casa, mas Riki não — afinal, ele não era qualquer um.

Ali mesmo, no gramado alto e fofo do lado de fora, ele deu algo a Daichi e em menos de três segundos o ruivo já dormia a sono solto, o corpo exausto por causa do esforço feito antes para se manter vivo.

Já quanto a Hayato, só foi preciso fechar as feridas com o líquido escarlate de Aiko, coisa simples. Ah, e o mesmo estava recebendo uma transfusão de sangue do irmão mais velho, Riki, tanto fora o que perdera.

Todos estavam acomodados embaixo de uma árvore, na sombra dela.

O Tsugumi mais velho olhou em volta, procurando o último e mais jovem “integrante” do grupo. Encontrou-o sentado bem afastado de todos, encostado na parede e com a franja negra inteira jogada para a direita, mostrando orbes de ouro vidrados. Riki deixou Aiko descansando em seu colo e assentiu para Yuurei, que imediatamente entendeu o que era para fazer, indo na direção de Akita.

O pequeno pareceu não notar a aproximação do mais velho, permanecendo na mesma posição, fitando o mesmo lugar vazio. O guarda-costas agachou-se e tocou o braço dele. Isso pareceu acordá-lo. Akita imediatamente voltou à realidade com o toque gélido do outro, arrepiando-se todo.

— Kya! — deixou escapar de susto.

— No que estava pensando? — perguntou Yuurei.

Akita não respondeu de imediato, surpreso com a vontade do outro de puxar assunto, mas disse:

— Bobagens.

— Então não deveria se preocupar tanto, aposto que há coisas mais importantes. — Indicou Hayato e Daichi com a cabeça.

O pequeno olhou para lá por alguns segundos, voltando a atenção para Yuurei logo em seguida, mas ele não estava mais ali.

— Eh?

Procurou em volta, até encontrá-lo já a mais de dez metros de distância. “Como ele foi parar lá?”, pensou, arqueando a sobrancelha. “Enfim, o que foi isso? Nunca o vi falando tanto.”

Sacudindo a cabeça para distrair as idias, levantou-se com o apoio da parede, espanando a grama da roupa. Encaminhou-se para onde os amigos repousavam, tranquilos. Sentou-se novamente, mas dessa vez entre eles. Abraçou os joelhos e mirou o sentido da estradinha à frente que levava até a vila. Nesse momento, um pensamento lhe ocorreu.

— Não vai ser estranho se alguém passar por aqui e nos vir deitados na frente de uma casa que é dita como perigosa? — disse.

— Ninguém vai — respondeu Riki, tirando uma folha que caíra no cabelo de Aiko. — Como você disse, acham que é um lugar assombrado. Tenho certeza de que não vai ter pessoa disposta a vir até amanhã.

— E se não for uma pessoa?

— Desculpe? — Riki riu. — O que disse?

— E se for um morto? Igual a Yuurei.

Ele baixou os olhos para o irmão adormecido, mas sem desfazer o sorriso.

— Descobriu mais rápido do que eu pensei que descobriria. E os outros?

— Ah, sei lá. Mas acho que Daichi deve ter uma ideia… Bom, sendo como ele é, não duvido que tenha tirado uma conclusão precipitada qualquer.

— Pois é. — Mais uma risada. — Acho que subestimei vocês um pouco.

○                                 ○                                 ○

Bastou apenas algumas horas para que se recuperassem. Hayato acordara já fazia um tempo e mantinha uma conversa animada com Akita, enquanto Daichi permanecia profundamente adormecido. Yuurei estava cumprindo seu papel, recostado na árvore, vigiando atentamente qualquer coisa que se movesse. Aiko contava para o irmão o que fizera nos últimos dois anos, desde que fugira de casa, e Riki contava-lhe o que acontecera com si.

— Então Lyn morreu mesmo? — perguntou Aiko. O outro assentiu. — Que pena, eu gostava dele.

— Diga-me quais foram as probabilidades que formulou em sua cabeça — pediu Riki interessado.

— 35% de chance de você tê-lo abandonado, 2% de chance de terem sido pegos em uma armadilha, 10% de chance de ele ter sido morto por você, 11% de chance de Lyn ter se envenenado por engano e 42% de ele ter se matado.

— E em qual você apostou?

— Na de 42%.

— Por quê?

— Porque Lyn sempre foi suicida. Desde que ele espontaneamente bebeu água sanitária do meio do nada, achei que isso fosse acontecer.

— Ah, eu lembro disso! Você ficou chorando por três dias até que ele ficasse melhor. Sabe que ninguém morre só por beber água sanitária, não é?

— Eu não fiquei chorando! E claro que eu sei disso!

— Chorou sim! Lembro também que você dormiu no meu quarto durante esse tempo.

Riki riu da expressão emburrada que o mais novo fez e o abraçou com ternura.

— Estava com saudades — falou.

Aiko retribuiu o abraço.

— Eu também, onii-sama.

Depois de um beijinho na testa, Riki disse, mudando abruptamente de assunto:

— Temos que ir para Terrae assim que possível.

— Quê? Por quê?

— Explico no caminho. Vamos logo.

Os dois levantaram-se e foram chamar os outros. Demoraram um pouco para convencerem Daichi a levantar, mas, de alguma forma, com muita persuasão, conseguiram.

Foi depois de cinco minutos caminhando que Riki disse:

— Ah, sim, Aiko. Acho que já viu o jogo de xadrez, não é?

— Que xadrez? — disse Akita, curioso, mas parou ao sinal de silêncio de Hayato.

— Já — respondeu Aiko alegre.

— Então — Riki falava distraidamente — posso pedir para ser, ativamente, um dos peões, a partir de agora?

Aiko parou de andar, arregalando os olhos de surpresa.

— Peão?! — exclamou. — Você não é um dos bispos?!

Riki, pelo contrário, respondeu descontraído:

— Bispo? Claro que não.

— Mas você é tão forte, onii-sama, que eu pensei…

— Shh. — O Tsugumi mais velho deu um peteleco de leve na testa do mais novo. — Força não é tudo. Afinal, se dependesse só disso, haveriam muitos outros capazes de se tornarem peças.

— Então… quem é o bispo?

— Ele não vai contar — interrompeu Hayato, sério. — Não seja cegado só porque ele é o seu irmão. E mais — estreitou os olhos —, é bom explicarem tudo depois.

Riki deu um sorriso de lado.

— Estamos chegando na vila! — avisou Akita mais na frente, alheio à conversa dos outros. — Vamos ir para Terrae de ônibus?

— Não — respondeu o Tsugumi mais velho, se desvinculando do assunto anterior. — Daichi, se puder ligar para aquele seu amigo lá, Mikato, seria ótimo.

Mais uma vez, uma inexplicável consciência dos nomes de todo mundo.

— Hã? — disse o ruivo, confuso, que andava ao lado do pequeno. — Por quê? — Arqueou uma sobrancelha, desconfiado.

— Precisamos começar a reunir os peões, não é?

Eu sabia!

— Vai tragá-lo para isso tudo? — Daichi perguntou, mas pegando o celular do bolso. O sentimento fraternal que tinha pelo amigo gritando em seus ouvidos.

— Lembre-se: a culpa de ele ter sido envolvido é toda sua — falou Riki, lançando um olhar indescritível para os orbes cítricos. — Tarde demais para se arrepender.

O ruivo apertou o celular na mão, baixando os olhos.

— Vá em frente — incentivou o Tsugumi mais velho.

Vendo que não tinha muita liberdade de escolha, Daichi foi até a discagem rápida e clicou no primeiro contato que apareceu, levando o aparelho ao ouvido. Após alguns segundos, disse:

— Que bom que atendeu. Não se preocupe, estou bem. — Riu, e uma pausa. — É um favor sim de que preciso. Se puder, vamos estar na entrada de Caeli, pode nos buscar? — Outra pausa. — É o pessoal de antes e mais uma pessoa. — Uma última pausa. — Meia hora? Sim, pode ser. Obrigado. — E desligou.

— Deu certo? — indagou Riki, fingindo-se de tolo.

O ruivo amarrou a cara e continuou andando, com as mãos nos bolsos.

Akita correu a acompanhá-lo, com Hayato e os dois irmãos atrás, além do guarda-costas.

No caminho, tiveram que sair do meio da rua por conta de três carruagens que passaram sacolejando, pedir desculpas a um senhor quando Akita esbarrou nele e apartar uma briga furiosa entre dois cães de raça, os quais os donos se encolhiam apavorados.

Assim que chegaram ao arco que demarcava o limite da cidade, imediatamente ouviram uma buzina soar. Dentro do carro que se aproximava, um rapaz de olhos verde-água abriu o vidro e destrancou as portas.

— Se não se apressarem, vou deixá-los aqui — disse Mikato.

Era um modelo novo de carro, daqueles bem largos, com quatro lugares atrás. Sabe-se lá onde Mikato achara um daqueles tão em cima da hora.

— Eh? Aonde Yuurei foi? — perguntou Akita, antes de entrar no bando de trás.

— Ele foi resolver umas coisas — respondeu Aiko. — Ei, onii-sama, posso contar agora sobre ele?

— Vamos esperar todos as peças estarem reunidas — disse Riki. — É meio chato ter que ficar explicando a mesma coisa tantas vezes.

— Ah, tá bom.

O caminho até Terrae só não foi silencioso por causa da música que tocava no carro, mas ninguém falou muito.

As personalidades de Aiko e Riki eram meio parecidas, já que ambos gostavam de incomodar Daichi. Mas Mikato reclamou que ia bater o carro se continuassem com aquela bagunça, então pararam naquele mesmo instante, como duas crianças baderneiras.

Não demoraram até chegar na frente do apartamento de Mikato, onde desembarcaram. Subiram as escadas até o apartamento 23, entrando logo em seguida.

— Vamos ter que arranjar um outro lugar se tiver muito mais gente — disse Mikato.

— Não se preocupe, já pensei em tudo — falou Riki.

— Odeio estar anos atrasado com relação ao que está acontecendo.

Aiko riu, sentando-se no sofá.

— Onii-sama, o que temos de fazer antes?

— Vamos ver… Hayato, Akita, quem eram as pessoas que mais conversavam na escola enquanto estavam aqui, tirando os dois.

— Acho que… — disse Akita. — Suuji e Oliver, não é?

— Segundo ano e sétima série, certo? Podem ir chamá-los?

— Agora? — perguntou Hayato.

— É, hoje é quarta-feira, eles estão em aula. Vai ser fácil encontrá-los.

— Não é isso que eu…

— Agora vão!

Riki catou Akita pela cintura e Hayato pelo braço, jogando-os para fora da porta. Perguntando-se qual era o problema do irmão mais velho de Aiko, o pequeno acompanhou o albino escada abaixo, enquanto o mesmo resmungava algumas coisas ininteligíveis.

— Lembra-se de quais salas eles eram? — indagou Akita, enquanto saíam pelo portão do prédio.

— Nem, vamos ter que procurar.

— Vão nos deixar entrar?

— Arranjamos uma desculpa qualquer. Não, não é por aí, temos que virar para a esquerda.

— Ah, desculpe.

Apenas levaram quinze minutos para chegarem na frente da escola. Estranharam quando viram tanta gente no pátio, dispersada.

— Já é hora deles estarem nos clubes? — perguntou Akita, já que havia perdido a noção de tempo.

— Sorte nossa — disse Hayato. — Vai ser mais simples entrar assim. Suba nas minhas costas.

O albino abaixou-se para que o outro fizesse o que foi mandado. Assim que os finos braços do mais novo se seguraram em seus ombros para não cair, ele deu aquele impulso que o fazia praticamente sumir em um borrão. Sem que as câmeras de segurança os visse, ele pulou por cima do muro e parou, coincidentemente, exatamente ao lado do campo de baseball da escola, onde puderam ver Kasagara Suuji, do segundo ano, com o taco em mãos.

— Hey! — chamou Akita, descendo das costas de Hayato e se pendurando na grade, acenando.

Todos se viraram ao ouvirem a voz aveludada, surpreendendo-se ao ver alguém tão pequeno ali.

— Hideki-san! — exclamou Suuji, acenando de volta.

Para os que não se lembram, foi ele quem mostrou a escola para os dois rapazes quando ambos fizeram as aulas experimentais na escola.

— Ah, Raiden-san também está aqui! — continuou o segundanista, correndo até os dois.

Os cabelos um pouco mais claros que os de Akita brilhavam sob o sol, os orbes ônix pareciam empolgados de encontrarem os antigos companheiros.

— Que bons ventos os trazem aqui? — perguntou, apoiando o taco no ombro. — Já faz um tempinho que não aparecem.

— Precisamos que você venha conosco — falou Hayato, sem força de vontade para enrolações.

— Para quê?

— Sei lá, mas precisamos.

— É encrenca?

— Sim.

Após uns momentos pensando, Suuji disse, animado:

— Certo, estou dentro.

— Quê? Sério? — Akita não acreditava no quão simplista ele podia ser.

— É. — E voltando-se para trás, para os seus colegas de equipe, deixou o bastão no chão e disse para eles, mais alto: — Arranjem alguém para ficar no meu lugar!

E, sem dizer mais nada, pulou agilmente a grade em que Akita estava pendurado, pousando ao lado dos dois. Hayato arqueou a sobrancelha para isso, mas não fez comentários.

— Sabe se Oliver fica em algum clube? — perguntou Akita, enquanto passavam pela porta do pátio. — Precisamos falar com ele também.

— Quem? — Suuji demorou a se lembrar. — Ah, sei! Aquele que andava com você durante as aulas de educação física? Nem sei se conta como clube, mas ele faz parte do Conselho Estudantil.

— Eh?

— Ele virou assistente do presidente uns dois dias depois que vocês saíram. Quer que eu os leve até lá?

— Seria bom — respondeu Hayato.

Suuji subiu as escadas — dois lances — até que parou em uma porta, onde havia uma plaqueta dizendo: Conselho Estudantil. Bateu duas vezes antes de abrí-la.

— Com licença.

Assim que ela se abriu, puderam ver o pequeno Oliver — apenas quatro centímetros e meio mais alto que Akita — sentado em uma cadeira, grampeando alguns papéis, enquanto um rapaz do terceiro ano estava sentado atrás de uma mesa, observando-o por cima da tela do computador.

Suuji quase riu. Entrou na sala, puxou uma cadeira ao lado de Oliver e disse:

— Se ficar encarando tanto assim, vai ser considerado assédio, sabe, presidente?

O terceiranista pareceu acordar de divagações quando ouviu a voz do jogador de baseball, desviando o olhar para a tela à sua frente.

Oliver sobressaltou-se, já que não o ouvira se aproximando, e voltou o olhar para ele. Consequentemente, acabou vizualizando a porta também. Seu rosto se iluminou em um sorriso ao ver o amigo parado ali.

— Akita!

Levantou-se correndo e pulou no pescoço do pequeno, desequilibrando-o.

— Ei, ei! Calma! — riu ele, contendo o amigo loiro. — Não é como se eu fosse virar pó!

Oliver riu também, soltando-o. Parecia radiante.

— Querem entrar? — convidou. — Eu posso fazer chá, tem um pouco ainda. É rápido.

— Não vamos nos demorar, mas obrigado — falou Hayato. — Pode vir conosco? Precisamos te pedir um favor bem grande que ainda não sabemos qual é.

— Mas eu ainda tenho coisas para fazer!

— O presidente não vai se importar, não é? — Ele virou-se para o terceiranista mais ao longe, estreitando os olhos para o mesmo, que se arrepiou desagradavelmente.

— P-pode ir — disse o presidente imediatamente, sem pensar duas vezes.

Oliver piscou algumas vezes, surpreso com a rápida concordância do presidente, mas se animou logo em seguida.

— Para onde vamos?

Akita, ao invés de responder, deu um beliscão no ombro do loiro, sorrindo ao não ouvir reclamação.

— Certo, ele não tem muita sensibilidade à dor — constatou. — Não vamos ter grandes problemas agora!

Meio confuso com essa última afirmação do pequeno, Oliver seguiu-os escada abaixo, enquando Suuji dizia animado coisas de que ninguém entendia sobre jogadores de diversos esportes. O que menos ouvia era, sem dúvidas, Hayato, que pensava: “Não entendo… É muita coincidência, não? Que dois ‘peões’ de um jogo sejam conhecidos nossos, mesmo que de curta data. E ainda estou imaginando o que aquele irmão do Aiko, Riki, tem tanto a ver com tudo isso a ponto de me deixar desconfortável.”

Tomava automaticamente o pouco familiar caminho até a casa de Mikato, respondendo inconscientemente às perguntas que lhe eram feitas.

Não bateram na porta ao entrar no apartamento 23, arrancando reclamações de Mikato. Assim que cruzaram a porta, o segundanista estancou.

— Ah, você! — exclamou Suuji do meio nada, apontando Daichi, fazendo-o se sobressaltar. — Eu… lembro-me de você… De onde mesmo?

O ruivo olhou-o como se fosse louco.

— Andou tomando muito sol na cabeça? — disse. — Eu nunca te vi na vida. Deve estar me confundindo com outra pessoa.

— Talvez…

Mas Suuji não pareceu convencido de que havia visto errado, mas teve o bom senso de deixar isso quieto.

— Ah, Yuurei voltou! — exclamou Akita, ao ver o guarda-costas no canto do cômodo. — Aonde ele tinha ido?

— Lugar nenhum — respondeu Aiko com um sorriso, sem dar mais explicações.

Abrindo a boca para perguntar, mas fechando-a logo em seguida, Akita começou a bombardear — como sempre fazia — Oliver de perguntas sobre como havia ido parar no Conselho Estudantil.

•                                  •                                  •

— Eu já disse que não te conheço, que saco!

— Mas tenho certeza…

— CERTEZA NADA! Desgruda! Parece até chiclete!

Quando Daichi pensou ter se livrado de Suuji, sentiu a paciência esgotar quando a seguinte pergunta lhe entrou novamente pelos ouvidos:

— Tem certeza?

— CALE A BOCA, INFERNO! EU FURAR SEUS OLHOS SE NÃO FICAR QUIETO, OUVIU?!

Em frente a ameaça iminente do perigo dos olhos cítricos, a voz de Suuji obedientemente se aquietou, para alegria do ruivo.

No canto do cômodo, Aiko e Riki estavam sentados em cima de um tapete jogando xadrez. Estavam alheios à bagunça do resto da sala, nem se importaram em ir para uma outra parte do apartamento. O jogo era silencioso como num funeral, mas complicado. Ainda era a vez de Aiko, mas nenhum dos dois deixava de pensar. Eles tentavam antecipar os movimentos um dos outros, mas era… insano.

Tendo o cérebro que tinham, milhares de informações eram processadas a cada segundo. Aiko já pensava, literalmente, na milésima coisa que seu irmão faria, até que percebeu que as opções eram infinitas. Escolheu a que seria menos prejudicial.

— Xeque-mate — disse Riki simplesmente, com um único movimento de uma peça esquecida pelo mais novo.

— Quê?! Eu não acredito que não vi o bispo de novo! Que raiva!

Aiko se limitou a derrubar a peça que derrotara seu rei para extravasar a raiva.

— Você sabe jogar, o problema é que se esquece de algumas peças — falou Riki, indicando o bispo caído. Logo em seguida segurou um dos peões negros que usara e o levantou, colocando-o à frente do próprio rosto. — Entende o que quero dizer?

O Tsugumi mais jovem mordeu o lábio inferior, olhando de relance para Suuji e Oliver, que pensavam se iriam à cozinha preparar algo. Ou melhor, ajudar Hayato a preparar algo, já que o albino se adiantara aos dois e já estava na frente do fogão.

— Dê-me estimativas— pediu Aiko, agora sério.

— Metade — apenas uma palavra saiu da boca de Riki.

Enquanto o mais novo tentava entender, ele levantou-se e cruzou o cômodo para levantar um quadro que caíra da parede. Assim que tocou a moldura, o cérebro de Aiko deu um “clinc”, como se as engrenagens enfim tivessem começado a trabalhar perfeitamente.

O que veio ao seu rosto foi quase um sinal de depressão, ou talvez aquela famosa expressão de “ninguém merece”.

Mais provável a segunda opção.

— Só pode… estar brincando comigo — murmurou, sentindo o estômago afundar.

Riki abriu um sorrisinho discreto ao pendurar o quadro no prego.

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Notas finais do capítulo

Bom, nem sei se ficou corrido ou se as informações ficaram atropeladas, mas eu não sabia exatamente como acabar o capítulo e eu precisava dessas coisas para continuar efetivamente a história!
Ah, sim, devem ter notado que eu meio que centralizei o capítulo em Riki, certo? É que ele vai ser bem importante para os futuros acontecimentos ^^
Dúvidas, por favor, coloquem no review! Ficarei feliz em respondê-las, claro, se eu puder. Obrigada por ocuparem seu tempo lendo isso, muito obrigada! =3



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