Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 42
Não entendo!


Notas iniciais do capítulo

Ah, que drooga!!! Por que tive que ficar doente bem quando estava acabando o capítulo??? TT-TT
Gomen mesmo pela demora!! Mas eu fiquei com febre alta e dor de cabeça nos últimos dias XD
Desculpem quaisquer erros, amanhã mesmo eu reviso! ^^
Obrigada por ocuparem o tempo de vocês >.



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— Ahn… Akita?

— Hum? O que foi, Oliver?

— Não que seja muito importante, mas… por que estou aqui mesmo?

Oliver olhou meio nervoso para baixo.

Ele e Akita estavam sentados em grossos galhos no meio de uma árvore alta, o loiro tinha um rifle em mãos. A arma de repetição era daquelas com alcance de mais ou menos 300 metros, com mira telescópica.

Estavam em uma floresta que ficava entre Caeli e Terrae. Com uma caminhonete bonita que Mikato magicamente conseguira emprestada, conseguiram chegar a uma parte bem isolada onde havia um campo espaçoso, mas cheio de árvores.

— Parece que Aiko queria testar sua mira ou algo do tipo — respondeu Akita, tirando do bolso uma barrinha de chocolate. — Não entendi muito bem, mas ele disse que você sabe atirar e quer ver o quão bom é.

— E ainda não sei como ele descobriu — resmungou Oliver, carregando o rifle como se já fosse familiarizado com a arma. — Quero dizer, fiz aulas quando era mais novo, mas não foram muitas. Além disso, nunca contei para ninguém.

— Ah, não deve ser grande desafio para ele! Não se surpreenda se Aiko souber até sobre as brigas que você já teve em casa, chega a ser meio assustador.

O loiro arqueou a sobrancelha, mas nada perguntou.

— Eei! — uma voz chamou de baixo.

Os dois olharam, tentando enxergar através das folhas repolhudas. Vizualizaram a silhueta meio borrada de Aiko.

— Acerte nos alvos que enxergar! — gritou ele. — Em todos! Menos nos que tiverem o centro de cor verde! Entendeu?

— Acho que sim! — disse Oliver, ajeitando-se em posição.

Aiko se afastou, cantarolando uma canção infantil.

Momentos depois, do meio do mato, começaram a surgir alvos de tamanhos variados. O primeiro que apareceu foi um bem grande, o branco alternado com o vermelho e o centro azul. Oliver mirou, usando a mira embutida, e puxou o gatilho. O trajeto da bala pôde ser vagamente visto, até atingir exatamente o centro do alvo, nem um centímetro a mais ou a menos para nenhum dos lados.

Mal acertou, Oliver já mirava no outro que aparecera, disparando. E assim foi, sucessivamente. Alguns alvos apareciam entre folhas, outros tão longe que era difícil ver sequer onde estavam. Mas, surpreendentemente, Oliver conseguia distinguir rapidamente as cores no centro, evitando acertar alguns alvos. E os que atirava em, acertava certeiramente no centro.

Akita ficou assombrado com a habilidade do loiro, batendo palmas quando os alvos ficavam muito longes ou estavam escondidos.

Riki e Hayato observavam a distância, atentos.

— Francamente, estou impressionado — comentou Hayato, acompanhando com o olhar a última bala disparada. — Não achei que ele fosse assim tão bom.

— Não se deve à quantidade de aulas que ele teve, e sim ao talento nato — disse Riki, apoiando-se na árvore ao seu lado.

Hayato não respondeu, mantendo a atenção fixa nos alvos.

O som dos tiros ecoava alto entre as árvores, incomodando Mikato que estava dentro do carro, tentando dormir.

— Eu vou matar todos eles algum dia — murmurou ele mal-humorado, cobrindo os ouvidos e virando para o lado.

Encostado do lado de fora, rindo do rapaz de olhos verde-água, estava Suuji. Ele mudava constantemente seu foco, do rapazinho no alto do galho ao ambiente ao redor. Procurava algo diferente para fazer. Tinha muita energia sobrando. Vizualizou, pelo canto dos olhos, um objeto comprido de metal no chão. Aproximou-se e pegou o tal objeto.

— Um cano? — disse, balançando-o. — Será que caiu de algum carro que já passou por aqui?

O peso era semelhante ao de um bastão de baseball, o que o fez sentir-se confortável.

Segurou-o da maneira que faria com um taco e balançou-o.

Hayato viu isso. Como quem não quer nada, o albino tirou do bolso uma faca e lançou-a precisamente em Suuji, de forma que atingiria seu ombro. Mas, claro, a lâmina não fora lançada com muita força.

O de orbes ônix percebeu o objeto de prata se aproximando e, por puro reflexo, literalmente rebateu-o como uma bola de baseball. O movimento pegou bem na parte achatada da faca, desviando-a com um tinido.

O albino sorriu, voltando à mesma posição de antes. Suuji procurou confuso em volta a pessoa que havia lançado algo tão perigoso. Sem encontrar ninguém que parecesse ter feito isso, ainda meio em guarda, sentou-se na grama.

Daichi estava sentado a algumas árvores de distância de Oliver e Akita, manipulando os alvos com seus fios para que levantassem ou não. Tinha uma expressão de puro tédio no rosto.

— Certo, esse foi o último alvo! — gritou Aiko, que estivera sentado no capô da caminhonete. — Desçam aqui!

Oliver não sabia como sair dali de cima, já que fora o ruivo quem o levara até o galho. Saiu da posição de tiro, que era deitada, e sentou-se. Foi só então que percebeu que Akita não estava mais ao seu lado. Imediatamente olhou para baixo, vendo o amigo já na base da árvore, correndo na direção de Hayato.

Ficou alguns momentos sem fazer nada, até que resolveu sair daquele lugar. Pendurando o rifle no ombro com a alça que havia na arma, segurou-se no galho e apoiou o pé no de baixo. Meio hesitante, assim foi fazendo. Estava feliz porque as folhas eram densas e dificilmente alguém o veria passando vergonha.

Quando estava a alguns metros do chão, sua mão escorregou e não deu tempo de se segurar. Fechou os olhos com força, esperando o impacto na grama. Mas o que sentiu foi algo bem diferente.

Braços quentes lhe envolveram pela cintura antes que se esborrachasse no chão, levantando-o no colo logo em seguida. Oliver levantou os olhos para ver exatamente quem o tinha segurado.

— Essa foi por pouco, hein? — Suuji riu, soltando-o de pé no chão.

O loiro sentiu o rosto queimar até as orelhas. Virou de costas para esconder seu embarassamento, murmurando um “obrigado” meio gago antes de correr para junto de Akita. Suuji riu novamente antes de sentar no mesmo lugar de antes.

— O que houve? — o pequeno perguntou ao ver o rosto de Oliver. Estava tão vermelho que chegava a contrastar com os cabelos claros.

— Hum? Nada. Por quê?

Akita sorriu de lado.

— Por nada — disse, acompanhado de uma risadinha.

— Entrem no carro — disse Aiko, descendo do capô e sentando-se na caçamba espaçosa da caminhonete, onde Yuurei havia permanecido o tempo todo. — Daqui a umas duas horas vai escurecer, então é bom voltarmos logo.

— Suuji! — exclamou Akita, chamando a atenção do jogador de baseball que estava longe. — Venha! Estamos indo!

Após um momento pensando, o outro disse:

— Vão na frente!

— Como é que é? — falou Daichi, antes de pular para dentro da caçamba. — Você não pretende voltar a pé, não é?

— Exato, vou a pé.

— Idiota!

— Por que fazer barraco? Vão logo! Não é como se fosse acontecer algo comigo no caminho. E mais, nem é assim tão longe.

Hayato, que havia acabado de subir ao lado de Aiko, puxou o ruivo pela camisa para cima.

— Certo — falou o albino. — Estou confiando em você, hein? Não faça nenhuma besteira.

— Entendi.

Riki também estava ali em cima, mas quando exatamente subira, isso ninguém sabia.

Akita estava sentado no banco do passageiro, do lado de dentro, ao lado de Mikato. Este estava aliviado por poder dirigir sem ter que ouvir discussões barulhentas no banco de trás, já que nem havia banco de trás.

— O que será que vai ter para o jantar? — perguntou o pequeno, mais para si mesmo.

Ainda assim, Mikato tomou a liberdade de responder.

— Pelo que ouvi, Hayato estava pensando em fazer lasanha.

— Eba! Será que eu posso ajudar?

— Pergunte para ele depois, não tem nada a ver comigo mesmo. Mas acho que sim.

Akita riu, abrindo o vidro da janela inteiro. Assim que o vento forte começou a soprar em seu rosto, fechou os olhos. Poderia estar parecendo um idiota, mas adorava aquilo. Apoiou-se na janela, quase colocando a cabeça para fora. Estava… cansado.

Não cansado fisicamente. Quanto a isso, estava perfeitamente bem. Aliás, nem sabia do que estava cansado. Só sabia que aquilo estava o incomodando profundamente.

Nem percebeu quando caiu no sono, absorto em pensamentos. Só notou quando acordava lentamente, com a voz de Hayato chamando-o do lado de fora do carro. Esfregando os olhos para enxergar direito, Akita esperou o albino abrir a porta e tirá-lo de lá com cuidado, pousando-o de pé no chão. Meio zonzo, passou pelo portão e subiu lentamente as escadas, entrando pela porta do apartamento de Mikato e sentando-se no sofá.

— Aah, que bagunça que está esse lugar — comentou Hayato, assim que cruzou a porta. Quando todos entraram, ele disse: — Enquanto vou fazendo o jantar, por que não arrumam a casa? Melhor do que fazerem ainda mais bagunça.

O albino entrou na cozinha, sendo seguido de perto por Akita, que estava ansioso por ajudar o mais velho a cozinhar.

Daichi, como sempre, resmungou um pouco para deixar claro sua preguiça. Só se levantou quando viu que não tinha nada melhor para fazer.

Os quartos ficaram a cargo de Oliver, Aiko e Yuurei.

— Onde eu coloco isso? — o loiro perguntou, levantando uma caixinha, que estivera enterrada embaixo de roupas até então.

— Ah, deixe que eu guardo — falou o Tsugumi mais novo. — Fica ali em cima do armário.

Yuurei, em silêncio, tirava de cima de um criado-mudo muitos objetos virados e espalhados.

Daichi e Mikato ficaram arrumando a sala, ambos mal-humorados e sem vontade nenhuma. Organizaram mais ou menos as almofadas, o tapete, os cobertores… Mas não entendiam o motivo por trás de arrumar tudo, já que iriam bagunçar de volta depois.

E Riki… Bem, ele sumiu. Em algum momento entre descer do carro e subir as escadas, desaparecera. Parecia ser até moda, ficar sumindo do meio do nada.

O banheiro ficaria aos cuidados da diarista que ia até lá uma vez por semana.

— Como eu faço isso, Hayato? — Akita perguntou.

— O que foi? Nunca quebrou ovos? — disse o albino, abaixando o fogo e se aproximando dele.

— Não. Por quê? É difícil?

— Não é difícil, só não use muita força. Tem que bater de leve na borda da vasilha. Não tão de leve assim, só o suficiente para não esmigalhar o ovo. Isso, desse jeito.

Hayato terminou as simples instruções de como quebrar um ovo rapidamente, logo voltando à panela e subindo o fogo.

Mais ou menos uma hora depois, a porta da frente se abriu. Riki entrou calmamente, como se tivesse estado o tempo todo sentado do lado de fora. Olhou em volta, não estranhando muito o ambiente organizado. Perfeccionista, ajeitou o quadro torto na parede — aquele mesmo que caíra no chão dias atrás.

Sentados no sofá estavam o ruivo e Mikato. Como os dois tinham uma paciência realmente curta, nem olharam quando o Tsugumi mais velho fechou a porta. Assistiam televisão em um canal aleatório.

— Onii-sama! — Aiko exclamou, assim que saiu de uma porta e passando na frente dos dois enfezadinhos, sem se importar se estava ou não incomodando. — Onde estava?

— Vendo se Suuji ia se desviar do caminho para cá ou não — respondeu Riki. — Ele está subindo as escadas nesse exato momento. Mas fiquei meio surpreso quando vi que ele correu desde a clareira até aqui, sem interromper por um único segundo. Afinal, são quilômetros.

Daichi assobiou, demonstrando sarcasmo.

— Sei que para você, correr essa distância é pouco — falou o Tsugumi mais velho. — Mas para ele, que até agora era apenas um jogador de baseball do time da escola, é surpreendente.

O ruivo revirou os olhos, trocando de canal.

Dito e feito, bem nessa hora, a porta atrás de Riki se abriu novamente e Suuji apareceu. Tinha o olhar meio vago.

— Ah, bem na hora! — Hayato, que em algum momento entrara na sala. Ele tinha nas mãos o recipiente de vidro retangular e grande, onde estava a lasanha que fizera. — Me ajudem a arrumar a mesa para jantar.

Pousou-o na mesa antes de voltar à cozinha e guardar o avental que usava.

Depois de colocarem os pratos, talheres e copos sobre a mesa, sentaram-se para comer. Oliver e Akita tiveram a boa vontade de servir suco para todos antes de começarem.

A energia de Suuji voltou durante a refeição, junto com o humor de Daichi. Ambos ficaram competindo para ver quem contava piadas mais engraçadas — o que era realmente inoportuno, já que Akita e Aiko se engasgaram um monte de vezes dando risadas.

Não demorou e acabaram de comer, o ar de piada no ar ainda continuava.

— Quem quer sobremesa? — perguntou Hayato, levantando-se.

— Tem sobremesa? — perguntou Daichi interessado.

— Brownies de chocolate. Akita ajudou a fazer.

— Eu esquento a calda — ofereceu-se Oliver, pondo-se de pé também e indo à cozinha.

•                                  •                                  •

Enquanto havia aquela quantidade de pessoas, era possível continuar na casa de Mikato. Até pensaram em ficar na residência Khan, em Caeli, mas com certeza seria recusado por Takeshi. Afinal, da última vez ele cabulara tanto seus deveres que devia estar empilhado agora.

Ninguém, além de Riki — Aiko tinha apenas uma ideia —, tinha ideia do que exatamente estavam esperando. Passavam os dias exatamente como estudantes em férias. Ou seja: fazendo nada.

Mais ou menos uma semana depois, quando estavam jogando cartas de tão entediados, mais uma vez a rotina foi quebrada.

Jogavam mentira na sala, sentados em roda no tapete. Riki estava beliscando umas maçãs na cozinha e Mikato dormia em seu quarto. Tirando os dois, todos estavam na sala — embora Yuurei não estivesse jogando. Ah, e Daichi havia saído para fazer algo importante já fazia umas duas horas.

— Dois cincos de copas — disse Hayato, colocando uma carta virada no montinho.

— Valete de ouro — falou Suuji, que estava em seguida, fazendo o mesmo.

— Mentira — disse Aiko imediatamente, sem nem olhar para o mesmo.

Relutante, o outro virou a recém colocada carta, revelando um valete de copas. Era a terceira vez que o Tsugumi pegava Suuji mentindo no jogo.

O jogador de baseball pegou todas as cartas do grande montinho, de alguma forma conseguindo acomodá-las na mão.

— Acho melhor você parar de mentir, Kasagara-san — disse Oliver. — Se continuar assim, você vai acabar ficando com todas as cartas dos dois baralhos.

Antes que Suuji respondesse, uma batida na porta soou. O silêncio se fez presente e todos olharam para ela.

Akita levantou-se, com suas cartas na mão, e encostou o ouvido na porta.

— Quem é? — disse, cauteloso.

— Abre logo, sou eu — respondeu uma voz familiar.

— Daichi chegou! — o pequeno anunciou para os outros, animado, destrancando a porta e abrindo. — Bem-vindo de volta!

Akita notou que havia alguém junto do ruivo, assim que abriu a porta, no momento subindo as escadas.

— Trouxe uma surpresa — disse Daichi, tirando o moletom e entrando. — Duas, na verdade.

— Por que esse barulho todo?

Mikato entrara na sala, meio descabelado e com as roupas um pouco amassadas, reclamando.

O jogo de cartas fora deixado completamente de lado, todas as atenções voltadas para a porta aberta. O primeiro a reagir quando viu as duas pessoas que chegavam foi Akita. Seus orbes ouro brilharam de felicidade.

— Eu… não acredito — sussurrou, para depois gritar: — Kenichi! Jin!

Ele correu para abraçar o jovem enfermeiro, Kenichi, que havia se abaixado e aberto os braços.

— Yo — Jin cumprimentou Hayato, que sorriu de volta.

Como muitos não devem lembrar, devo refrescar suas memórias. Kenichi era o enfermeiro que cuidava de Akita quando este ia à escola, era também quem lhe ensinava todas as matérias de que precisava saber — e às vezes até um pouco mais adiante. E Jin era o responsável por Akita no orfanato e foi quem conversou com Hayato quando o mesmo foi visitar o pequeno.

Mikato deixou escapar um grunhido de desanimação. Com certeza não caberia mais gente naquele apartamento.

— Quem são? — perguntou Oliver curioso, juntando todas as cartas.

— Longa história — disse Hayato.

— Finalmente — falou Riki, sobressaltando o loiro que não o percebera entrando na sala. — Enfim vamos poder esclarecer tudo?

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— Certo, entendi quem vocês são, ao menos — disse o loiro. — Mas você sempre foi azarado assim, Akita? Jura mesmo?

— Pois é — respondeu o pequeno, não muito feliz em relembrar seus momentos na escola. — Não há muito o que fazer quanto a isso. Mas tem umas coisinhas que vêm me incomodando, se me permitirem…

— Diga — falou Jin.

Por que estão aqui e como chegaram?

— Ah, isso… — disse Kenichi com uma risadinha, amarrando os cabelos castanhos compridos (um pouco mais que os de Hayato) em um rabo baixo. — Eu não sei exatamente, para ser bem sincero. Mas Jin apareceu de repente na escola acompanhado de uma garotinha e me trouxeram junto.

— Garota?

— É — Jin disse. — Lembra da Leeta? Aquela que ficava no quarto em frente ao seu?

Akita levantou-se de um pulo.

— Ela veio também?!

— Mais ou menos — o ex-responsável pelo pequeno falou. — Já expliquei para Kenichi sobre onde estamos, então não se preocupe com isso, ele já sabe. Mas foi mesmo estranho o que houve...

— Diga — incentivou Hayato.

— Não sei se sabem, mas eu não nasci do lado de da porta. Meu lugar de origem é aqui, em Aqua, mais especificamente.

A cidade de luxo? Então ele é rico?

— Enfim, comecei a trabalhar no orfanato por conveniência. Ah, sim! Eu sabia onde ficava aquela porta à beira do rio, provavelmente a mesma que vocês dois — apontou Akita e Hayato — usaram, porque vivo dando umas passadas por aqui para dar ver se ninguém roubou nada em casa. De qualquer maneira, esse carinha aqui — indicou Riki — conversou comigo umas semanas atrás e já me explicou tudinho. Então eu pensei em trazer mais aliados, talvez como suporte. Como Kenichi disse, eu quis trazer a Leeta também. Só que…

Uma pausa por parte dele fez os demais prenderem a respiração.

— Bom, chegamos na porta e tudo mais. Eu a abri, mas quando eu a disse para entrar, ela respondeu com um “entrar onde?” Para encurtar a história, ela não enxergava a porta aberta. Então, já que é assim, ela tampouco poderia passar por ela. Enfim, fingi que era uma pegadinha e a levei de volta para o orfanato.

— Então você entrou em Caeli junto de Kenichi? — disse Hayato.

— É. Assim que passamos por algumas coisas, perto da ponte, encontramos com Daichi. Por algum motivo, ele nos esperava.

Todos os olhares agora se fixavam no ruivo, que ficou meio desconfortável.

— Não é como se eu tivesse câmeras instaladas! — exclamou ele. — É que, por algum motivo, eu sinto uma agitação quando alguém entra ou sai por qualquer uma das portas de todas as cidades. Então, devido ao que anda acontecendo, eu supus que era para ir até lá. Simples assim.

Aiko arqueou a sobrancelha.

— Como todos já estamos aqui, podemos nos encontrar com os dois últimos peões e começar a jogar de verdade — disse Riki.

— Tem certeza? — perguntou Akita.

— Hum? Por quê?

— Ora, eu não entendo nada desse negócio de “xadrez”, mas você contou certo? Me corrija se eu estiver errado, mas em um jogo tem dezesseis peças, não é? Então falta uma.

— Não está errado, é só que o último vai vir até nós por conta própria. Mas não como esses dois últimos, entende?

— Não, eu não entendo! — o pequeno exclamou, amarrando a cara e fazendo biquinho.

Riki riu.

— Não precisa entender — disse ele com um sorriso, completando de uma maneira quase sombria, em um sussurro: — Desde que não morra…


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Notas finais do capítulo

Não fiquei nada satisfeita com esse capítulo ¬¬
Enfim, deve ter ficado bem confuso, então não hesitem em colocar suas dúvidas nos reviews, sim? ^^
E toda a questão do jogo de xadrez, que com certeza deve estar boiando no cérebro de todo mundo, vai ser respondida no próximo capítulo o/
Muito obrigada por lerem!!!! =3



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