Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 35
Armadilha


Notas iniciais do capítulo

Ah, me desculpem a demoraaa! T-T
Estava completamente sem inspiração para terminar o capítulo e tenho a sensação de que ele ficou um lixo. Não se surpreendam ao encontrar um conteúdo sem nexo abaixo, sim? Não me matem!



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Boquiaberto, Akita verificou mais uma vez a pele do albino, espantando-se novamente quando não viu ferimentos. De onde veio aquela quantidade absurda de sangue?

— Hayato, Hayato… — começou a chamar o pequenino com a boca seca, surpreendendo-se por ela produzir algum som. — Está acordado? Hayato!

Como não fazia a mínima ideia de como fazer alguém voltar à lucidez, começou a cutucar a testa de Hayato, da mesma forma que uma criança faz.

— Hayato, acorde logo. Precisamos da sua ajuda lá. Vamos, acorde!

Cansado de cutucar o mais velho, deixou a mão cair no peito dele, dando um suspiro pesado quase desistente. Ficou alegre quando sentiu sua mão sendo segura pelo outro, levantando o rosto. A alegria murchou como um balão furado ao ver a expressão de Hayato.

Era doentia.

Psicopata.

Sanguinária.

Mas não era dirigida à ele. A expressão era apenas fruto de um acontecimento anterior.

— Sabe de quem é isso? — perguntou Hayato com a voz igualmente alterada, levantando a mão que transbordava de sangue alheio. Deu uma risadinha deliciada. — Era de uma garotinha que perambulava por aqui. Não sei quem era, mas parecia tão… estupidamente ingênua que seus gritos foram exaltantes! Sei que sabe do que estou falando!

Akita se espantou um pouco com os comentários incomuns do albino. Uma pessoa protetora e gentil nunca esfaquearia alguém simplesmente porque era uma garota inocente, muito menos se deliciaria com isso.

— Você está bem? — perguntou incerto, pensando se Hayato tinha batido a cabeça ou algo do tipo.

— Nunca estive melhor! Ah, é tão boa essa sensação! Que tal se eu te mostrasse como é?

— Quem pretende matar? — Akita testava a sanidade do albino superficialmente. Talvez fosse suficiente.

— Ih, aí complica… Todos com quem convivo ultimamente são intocáveis… Não pode ser uma pessoa qualquer que encontrarmos? Não faz a mínima diferença se não a conhecermos!

— Cale a boca, você está ficando louco. Recomponha-se e vamos ajudar os outros.

Akita tentou levantar-se, espanando o excesso de sangue que caíra em suas roupas. Antes que se endireitasse completamente, Hayato segurou sua mão direita.

— Seu dedo está cortado — comentou. — Alguém te fez isso?

— Não, fui eu.

— Aah, vejo… Você é um masoquista por acaso?

Akita deu um tapa na cabeça do albino com a mão livre.

Claro que não! Foi para marcar o caminho!

— Ahã, sei.

Resistindo à voltade de dar um chute no estômago de Hayato (ele nem se lembraria depois mesmo), puxou sua mão de volta e escondeu o dedo machucado na dobra da blusa.

— Que tal irmos atrás dos outros três? — propôs Akita em tom de conversa. — Eles devem estar nos esperando.

— Que tal tirarmos o cérebro da pessoa atrás daquela porta? — sugeriu Hayato peguiçosamente, apontando uma porta de aço rígida ao canto que o pequeno não notara antes.

— Como é?

— Isso, tem alguém ali faz tempo me incomodando, mas eu não queria me mover, sabe? Estava tão confortável lá.

— Você está pirando! Pare de falar coisas sem sentido! Desde quando ficar pendurado em uma parede é confortável?! O masoquista aqui é você!

Hayato balançou negativamente com um sorrisinho.

— Não, não — disse. — É Daichi.

— Hã?

Antes que respondesse, os olhos do albino se voltaram para a porta. Revirando-os com ar de puro tédio, levantou-se.

— Não ouse fazer o que acha que vai fazer — disse. Akita demorou alguns instantes para notar que não era com ele. — Não acabei de dizer que ele é intocável?

Reprimindo a vontade de perguntar o que estava acontecendo, Akita recuou um passo. Mas quando ia pousar o outro pé no chão, Hayato segurou seu braço e o puxou novamente para a frente.

— Use o bom senso e não se mova — disse o albino rispidamente. — A não ser que queira morrer, claro. Aí pode sair gritando para o mundo sua localização.

Akita amarrou a cara e fez biquinho. Não gostou muito daquele Hayato grosseiro, preferia mil vezes o gentil de sempre. Mas afinal, o que diabos houve com ele?

— Se puder sair por aquela porta, volte para a sala — instruiu Hayato. — Não garanto sua segurança aqui, certo?

Antes que o pequeno pensasse no que fazer, sentiu um zunido veloz passar ao lado de sua orelha, só não acertando por conta do albino que o puxou novamente.

— Não se distraia, caramba! — exclamou irritadiço. — Vai dar trabalho se você for acertado na cabeça! Vamos, mova-se!

— Eu… não consigo.

Ele voltou o olhar para Akita.

— Hah?

— Minhas pernas… não se movem — disse Akita, a voz tremendo um pouco.

Agora Hayato começou a se preocupar. Se abaixou um pouco e levantou o cabelo no lado onde o suposto projétil passara voando segundos atrás. Viu um cortezinho mínimo acima da orelha.

— A lâmina estava impregnada de paralisante — murmurou. — Sorte que não acertou em cheio. Se tivesse, acho que até seu coração paralisaria.

Soltando os fios e sem sequer pedir licença ou aviso prévio, levantou-o pela cintura e o apoiou no ombro.

— O que está fazendo?! — Akita se sobressaltou.

— Tentando te tirar daqui. Infelizmente a inércia do seu corpo não ajuda.

Akita mordeu a parte interna da bochecha, emburrado. A verdade? Queria dar uns tapas no albino para ver se voltava ao normal. Só não fez isso por causa de seus braços imóveis.

Antes que Hayato pudesse cruzar a porta, algo semelhante a uma faca — porém maior que as que o albino usava — fincou-se com força na parede ao seu lado, por pouco não acertando o ombro do maior.

— Opa, tinha me esquecido desse empecilho — comentou aborrecido. — Fica aqui, não saia até que eu volte.

— Você fala como se eu tivesse escolha.

Hayato ignorou o comentário altamente sarcástico, deixando-o do lado de fora e fechando a porta. Logo fez isso e Akita já pôde ouvir o som de uma luta se iniciando. Sabendo que o albino estava fora de si e… louco, suspirou e tentou colocar-se de pé, sem se importar muito com as ordens do mais velho. Ou seu corpo era fraco demais ou o paralisante muito forte, pois não conseguiu mover nem um músculo sequer.

“Ótimo!”, pensou. “Estou sendo inútil de novo! Qual o meu problema?! Vamos, mova-se logo!”

Suas pernas não lhe obedeciam. Demonstrava em sua face que estava furioso consigo mesmo. Estavam todos dando tudo de si e o máximo que conseguia fazer era ficar caído esperando que o resgatassem? De jeito nenhum!

Já ia pensando em como faria para que suas articulações fizessem um mínimo de movimento, quando ouviu o som de um corpo sendo rasgado, a pele se abrindo e o sangue caindo com ruído no piso. Akita queria dizer que não conhecia o som daquele volume de massa caindo no chão logo atrás da porta, mas infelizmente sabia de quem era.

Trêmulo, com os músculos enrijecidos, usou uma fenda na parede — feita pela movimentação mecanizada dos corredores — para se levantar. Quase despencou ao sentir seu peso sobre as pernas fracas, mas conseguindo ao menos se manter em pé, mesmo que de um modo precário.

Identificando pelo som a falta de movimentação do outro lado da parede, encaminhou-se vagarosamente para a porta, como se arrastasse a perna direita em câmera lenta. Foi só apoiar seu peso ali que a fração de parede logo se afastou para o lado, dando-lhe passagem.

Não pôde dizer que ficou morrendo de medo ao ver uma parede e parte do chão pintados em vermelho, mas também não ficou feliz. Segurando em tudo que alcançava para não ter uma queda para lá de cômica, foi em direção à poça de sangue. Como era um milagre apenas estar se movendo, não foi surpresa quando seus joelhos começaram a tremer e ele escorregou no líquido escarlate, caindo e manchando ainda mais as roupas negras.

Sentando-se, com o ossinho do quadril meio dolorido, procurou com o olhar cansado algo que evidenciasse se era Hayato ou não que havia se ferido. Por sorte ou por azar, encontrou no cantinho um fio de cabelo prateado metade para dentro da poça, o resto coberto de sangue seco. Com um nó no estômago, Akita viu que, definitivamente, o albino fora gravemente machucado. O tamanho do rasgo no corpo… Não! Pare de pensar nisso! Ele está bem! É o Hayato, não é?

“Pensou nele como um porto seguro? Mesmo sabendo que ele te enganou completamente? Mentiu para o você o tempo todo? Ainda confia nele?”

Seu cérebro puxou diversas palavras desconexas e inseriu-as nas frases que Iosef dissera um tempinho atrás. Não era novidade para si que sua mente gostava muito de lhe torturar sempre que possível, jogar-lhe culpas inexistentes. Seu subconsciene adorava mutilar sua boa vontade e confiança. Não era à toa que odiava depender integralmente de alguém… Desconfiado até a alma.

Varrendo com esforço os pensamentos obstrucionais da cabeça, sentiu a forte toxina paralisante bombeando nas veias, dissipando-se de pouquinho em pouquinho. Conseguiu finalmente sentir os ombros e movimentá-los, firmando os tornozelos e pulsos finos em meio à sujeira carmesim, levantando-se da melhor maneira que conseguiu.

Por um segundo, não sabia o que fazer. Levou a mão à testa, procurando pensar. Sentiu o incrível aroma adocicado do fio de cabelo se misturar ao do sangue — que ainda lhe exaltava e ao mesmo tempo lhe causava vertigens de nojo. No instante em que o cheiro foi processado no cérebro, um outro exatamente igual foi captado uns metros à frente, virando em um corredor que não estava ali antes (“Provavelmente outro mecanismo de movimento”, pensou Akita).

Lançou-se à direção, ansioso. Estava tenso, aquilo tudo não lhe fazia nada bem. Não, não era frescura de jeito nenhum. Havia entrado em um dos patamares mais profundos do submundo de forma tão brusca que seria estranho se não sentisse um grande impacto psicológico. E o pior… um lado obscuro seu acordava: o lado que tanto odiava.

Diante a mínima visão de sangue, apenas isso, tinha que se controlar enormemente para não deixar a personalidade Serial Killer emergir. Infelizmente, era fraco para lâminas, enquanto seu outro lado as amava. Por estar tão concentrado no rastro de Hayato pelo corredor, não notou um canivete de prata deslizando sutilmente pelas sombras até a sua mão.

•                                              •                                              •

— Ele sumiu de novo!

Daichi acordou de sua soneca rápida quando ouviu uma exclamação raivosa de Aiko.

O Tsugumi perdera Iosef de vista pela quinta vez e, embora não parecesse cansado, estava tão irritado e frustrado que lhe atrapalhava do mesmo jeito. O ruivo deu um suspiro pesado e se levantou preguiçosamente.

— Saia daí, é o meu turno agora, Tsugumi-san — disse, espreguiçando-se.

— Não!

— Deixe de onda e sente logo!

Amarrando a cara e fazendo bico, Aiko limitou-se a sair do meio do enorme cômodo, recostando-se na parede, completamente relutante.

Daichi certamente tinha uma natureza descolada, claramente visível simplesmente pelo jeito que andava ou fazia as coisas.

— Aprenda com o mestre — disse, olhando para Aiko e obviamente falando de si mesmo.

Claro, muito modesto e humilde também.

Como se fosse tirar uma foto, fez um retângulo com as mãos, passando-o por todos os lados e observando através dele com um olho fechado. Parou repentinamente em um local qualquer, próximo do teto e ao lado de uma plataforma de metal. Deu um sorrisinho satisfeito, deslizando da manga pontas de fios finos e praticamente transparentes — meio esbranquiçados — que prendeu com um único movimento nas pontas dos dedos graciosos.

Com um movimento rápido do antebraço para cima, os fios deram uma estendida quase infinita, chegando à plataforma em menos de um segundo. Era quase impossível enxergá-los de tão fininhos que eram, mas dava-se para distinguir o brilho pálido das linhas.

Daichi aumentou o sorriso.

— Achei — murmurou.

Dando um puxãozinho para o lado, foi como se facas invisíveis cortassem um corpo invisível. Deu-se a impressão de que bolsinhas de sangue estouraram, com o líquido espirrando um pouco para todos os lados. As linhas ganharam uma trilha vermelha percorrendo-a lentamente.

Assim que sentiu os cortes na pele, Iosef se viu obrigado a desfazer sua minuciosa camuflagem, reaparecendo aos ofuscos. Logo que notou que seu corpo estava começando a se tornar visível, o homem tratou de sair dali o mais rápido que conseguiu, saltando para bem longe.

Daichi não ficou embasbacado pela reação veloz do outro, imediatamente puxando os fios para cima de Iosef, barrando seu caminho e abrindo-lhe mais alguns cortes furiosos. Antes que tivesse um dos braços arrancados fora, o homem conseguiu de um jeito muito ligeiro voltar ao chão.

O ruivo recolheu alguns fios dos dedos anelar e indicador. Dando um pulo alto por sobre Iosef, a muitos metros de distância, enrolou os fios em torno do homem, que, com passos rápidos, desviou-se sem maiores danos. Daichi não parecia nem próximo de desesperado pelas fugas do adversário. Na verdade estava mais feliz e satisfeito do que nunca.

Em um gesto completamente divergente das outras ações, Iosef não foi atrás de Daichi, e sim foi para cima de Aiko. O projeto de conde (lembra-se? A família Tsugumi é de condes e condessas) não se alarmou ou sequer se moveu. Ainda fitando os pés e com as mãos nos bolsos, não alterou sequer a boca que não esboçava nem um sorrisinho.

— Yuurei — murmurou.

No instante em que pronunciava a última letra, o guarda-costas ao qual o chamado se referia sumiu diante dos orbes cítricos que o encaravam. O ruivo não demonstrou, mas ficou muito espantado com isso, chegando a recuar um passo.

Uma ventania nevoenta envolveu Iosef, fazendo-o estancar em meio ao passo e arregalar os olhos. Não dava para definir exatamente como algo semelhante à fumaça e muito menos algo sólido, era… completamente diferente, indescritível na verdade.

Aos poucos, uma imagem pálida foi se formando, lentamente. À medida que se tornava mais visível, a aparente névoa desaparecia, rareando. A última coisa que a figura de Iosef viu antes de perder a consciência foi um olho violeta-lilás brilhoso, de onde escorria algo vermelho… como se derramasse lágrimas de sangue.

            ficaria. Na verdade recuou mais um passo, olhando em volta e arqueando a sobrancelha.

Yuurei também não demonstrou absolutamente nada, embora já fosse o normal de si. Na verdade, esperava que aquilo acontecesse.

Iosef não estava ali, caído. Na verdade não estava em local algum.

A única coisa que havia no chão era um pedacinho rasgado do tecido da capa do mesmo.

•           •           •

— Uma ilusão — sussurrou Aiko. — Lutar com um ilusionista é um saco. — Passou a aumentar o tom de voz: — Deve estar nas paredes ou no centro da sala. Não se movam.

Daichi mobilizou-se, segurando a respiração. Como se os outros dois tivessem feito o mesmo, o absoluto silêncio pairou pela sala. Quase dava para escutar os batimentos cardíacos um do outro. O ruivo tinha os olhos fixos na linha que prendera ao teto, girando-a nos dedos. Esta estremeceu levemente em uma fração de segundo, dando uma repuxadinha para noroeste, o que já foi o suficiente para ele entender a situação atual.

— Merda, o que o albino estúpido está fazendo aqui? — disse ele, ligeiramente alarmado. Não o tinha sentido chegando de nenhuma direção, apenas sentiu o baque de sua presença aparecendo do nada.

Assim que concluiu sua frase, a voz do dramático Iosef apareceu, vinda de algum lugar.

— Finalmente a atração principal chegou!

O primeiro a notar a fonte da voz foi Yuurei, que imediatamente virou-se para a direção certa, incitando os outros a fazerem o mesmo. Havia uma gaiola muito grande, com barras pouco espaçadas e largas na horizontal e vertical. Sentado no topo estava Iosef, sua estravagante roupa com a pontinha rasgada. Demoraram alguns segundos para notar que havia alguém dentro da gaiola, os cabelos alvos caindo um pouco para fora das grades de aço.

— O que Hayato está fazendo aí? — murmurou Daichi impaciente. — Foi nocauteado? Que vergonha…

O albino estava de fato desacordado, banhado em escarlate. “Qual o problema de Iosef com Hayato?”, pensou Aiko. “Não parece nem um pouco uma simples cobrança de uma aposta ou rixa. Só se…” Sorriu quando chegou à uma conclusão, sabendo que era 100% correta.

— Tão previsível — disse, sustentando o sorriso amigável. Suas palavras não combinavam com a expressão. — Tão lamentavelmente previsível que até me dá pena.

Iosef ficou sério de repente, o ar maníaco-alegre evaporando num piscar de olhos.

— Cansei de você — disse em um tom cortante. — Espertinho demais para sua própria segurança. Falando em segurança, a sua não é nada ruim. — Olhou para Yuurei, que colocou um pé atrás caso o mais velho decidisse atacar de repente.

O homem desceu da gaiola, pousando exatamente na frente de Hayato.

— Foi por sua culpa que ele saiu — Iosef encarou Daichi diretamente, fazendo-o se sobressaltar.

— Eeh?!

— Sua e daquele andrógeno minúsculo. Hayato nunca teria saído para procurar vocês se sequer tivessem nascido.

— Não fique jogando a culpa em mim! Não o obriguei a nada.

— Obrigar? Hn, como se houvesse alguma escolha para as Selected Children. Agora que você tem aquela marquinha em algum lugar do corpo, tem menos escolha ainda.

A expressão de Daichi endureceu, pensativa. Quer dizer então que essas pessoas amaldiçoadas e azaradas são obrigadas a encontrar outras pessoas semelhantes e gastar o resto da vida tentando não morrer de forma torturante? Que ótimo. Esse mundo é realmente gentil com adolescentes incompreendidos.

— Não preciso que me dê um aviso inútil desses — disse, revirando os olhos. — Não sou burro o suficiente para não ter adivinhado metade disso, sabe?

BLAM!

O som alto e repentino fez Aiko pular de susto e se agarrar no braço de Yuurei. Surpreendentemente, não era nenhuma parede que havia sido aberta com um chute ou qualquer coisa do tipo. Havia uma fenda na parede razoável, rodeada de poeira e inúmeras partes quebradas de pedra espalhadas.

— Não acredito que você estava aqui o tempo todo — uma voz aborrecida ecoou, vinda de trás da parede quebrada.

Akita andava para fora do pó que levantava-se, parecendo mais uma aparição de filme de terror do que qualquer coisa. Tinha um canivete pequeno de prata na mão, ambos encharcados de sangue. A roupa negra não destacava o sangue, mas indicava que deveria ser jogada fora assim que saíssem dali, o tecido parecia podre. O que mais lhe tornava amedrontador era o corte que se abria na testa, tornando o rosto adorável completamente assustador e ressaltando a pele pálida. Os orbes ouro estavam ligeiramente arregalados.

— Você! — disse agressivamente, apontando Iosef com a faquinha do canivete. — Como ousa me deixar lá atrás com um bando de vagabundos miseráveis?!

Colocou a mão no bolso e tirou de lá algo redondo, jogando para o homem.

— Um presente do último inútil.

Iosef apanhou o objeto.

Era um globo ocular, com o nervo óptico rompido e pendendo, manchado em vermelho.

Um sorriso psicomaníaco surgiu no rosto de Akita.

— Espero que goste.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me pelos possíveis erros, e mais: se errei no nome daquela coisinha que sai do olho, me desculpem também não faço a mínima ideia de qual seja a estrutura de um globo ocular XD
Se houverem dúvidas e eu puder respondê-las, coloque no review e eu esclarecerei tudo =3



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