Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 24
Aliados, sinônimo de problemas


Notas iniciais do capítulo

Bom, já para ir adiantando, o capítulo vai começar com uma curta narração de Daichi. Já avisando, não vou ficar falando toda vez que isso acontecer, então vou dizer agora: Akita-sublinhado | Hayato- negrito | Daichi- sublinhado e itálico.
Então, o resto fica por sua conta, sim? ^^
Boa leitura!!



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Ceerto, como estou ainda confuso com tudo isso, vamos recapitular o que aconteceu até agora: depois de observar Akita por um tempinho na escola dele lá naquele fim de mundo esquisito, onde apanhava muitas vezes, voltei para Terrae porque tinha que cuidar de alguns negócios (não, não vou dizer o que era). Encontrei-o junto de Hayato em uma pracinha adorável que eu amo ir, virei uma espécie de amigo deles em alguns dias e consegui ser aliado dos dois em um plano maluco. Fomos para a festa do filho pedófilo de um marquês. Akita se vestiu de garota, fui como seu acompanhante e Hayato como um dos serventes.

Aquele baixinho estraçalhou o pedófilo safado, virou maníaco e depois voltou ao normal. Virou açúcar de tanto chorar depois disso. Demos de cara com um carinha estranhamente estranho que induziu Akita a matar aquele anfitrião patético... E agora estamos aqui, na casa do visconde INTERROGANDO esse carinha. E me surpreendo por não ter notado antes imediatamente sua presença forte.



O dia despontava da escuridão recente da noite, colorindo as nuvens que vagavam e pintando aos poucos raios dourados no céu que, lentamente, ia mudando de cor.

Embora os empregados da mansão Khan ainda dormissem, nos andares superiores não havia uma única alma adormecida. Na verdade, todos estavam na sala de visitas.

Ayumu fora acordado no meio de um sono pesado, então estava desnorteado e zonzo, lutando para manter os olhos abertos. Ao contrário dele, todos os outros estavam acordadíssimos.

Theo permitiu que o rapaz de cabelos azuis tomasse um banho ali, logo após Akita — ambos estavam manchados com sangue. Hayato estava atrás do sofá, secando os cabelos do pequeno com uma toalha branca macia. Ayumu ofereceu-se para secar o cabelo do outro rapaz ("Não precisa", disse ele de modo gentil).

— Certo, comece com quem você é — disse Daichi. — Depois pode contar o resto.

Sem responder de imediato, o rapaz apoiou-se em uma bancada, passando a toalha pelos fios azulados que pingavam água.

Ele era realmente encantador. Olhos grandes, quase como os de Akita — um formato diferente, óbvio — e cinzentos (só para constar, na festa usara lentes coloridas verdes). Os cabelos macios levantavam um pouco no meio, voltando ao rosto na altura do queixo. A pele clara praticamente refletia fragilidade (certo, não era realmente frágil).

Olhando naquele momento, não era exatamente possível acreditar que se passara por garota tão facilmente, apesar do quadril ligeiramente mais largo e dos braços finos. Agora não usava um vestido e estava sem aplique, usando roupas emprestadas do visconde, então estavam largas. Era evidente para qualquer idiota que era um garoto.

— Meu nome é Tsugumi Aiko — disse o rapaz, repetindo a voz de canto de pássaros. Antes que dissesse algo mais, foi interrompido:

— Tsugumi? — repetiu Hayato, parando em meio ao gesto de massagear o topo da cabeça de Akita com a toalha. — A família treinada para matar?

Aiko assentiu, pousando a toalha nos ombros.

— Sou o segundo de três irmãos.

— Quantos anos você tem? — perguntou Daichi.

— Bom, se eu ainda estivesse na escola, sem repetir nenhuma série, estaria no primeiro ano do ensino médio.

Daichi se espantou.

— QUÊ?! — exclamou. — Você é mais velho que eu?! Não é nem dois centímetros mais alto!

— Yup — respondeu Aiko com um sorriso alegre.

— Tch.

Akita e Aiko riram da expressão aborrecida do ruivo, enquanto Hayato apenas soltou o ar pelo canto da boca com um sorriso.

Theo não estava ali, fora para as casas de outros nobres para tentar encobrir o incidente. Mas Takeshi não estava ausente, e, embora derrubasse distraído água e champanhe na garrafa de vinho — estragando o conteúdo , ouvia tudo.

— E por que estava na festa? — indagou Akita curioso.

— Fui lá especialmente para matar Sakai — Aiko disse. — Que nem vocês, decidi fazer algo quanto ao mercado negro de pessoas. Não que eu me importe, na verdade, mas é um hábito meu eliminar esse tipo de gente.

Ele voltou os olhos para Hayato,

— Você achou evidências no quarto do marquês, não foi? Chegou a entrar lá?

Hayato puxou a toalha do cabelo já seco de Akita.

— O que tinha lá? — perguntou Aiko.

— Não tenho que responder se já sabe.

— Hum, na verdade eu não sei, sério. Não cheguei a verificar o interior da mansão. E aquele garoto... Ikeda, o que fez com ele?

O albino arregalou os olhos.

— Como você sabe? — disse. — Nunca citei ele.

— Eu sei que não, mas você me serviu uma vez lá na festa, lembra? Coloquei um transmissor na sua roupa naquela hora.

Hayato ficou muito surpreso, perdendo a fala por uns momentos.

— Ah, que irritante — falou por fim. — Coloquei Ikeda dentro de uma carruagem qualquer para que fosse embora sem virar um suspeito.

— Agora me diga, Tsugumi-san — disse Daichi —, não é melhor você voltar para sua casa antes que seus pais decidam procurá-lo?

— Vocês não sabem? — disse Aiko. — Minha família se desfez três anos atrás. Meu irmãozinho caçula decepou a cabeça dos meus pais em um ataque de raiva, mas foi sequestrado um tempinho depois. O onii-sama o salvou e os dois desapareceram de repente sem deixar vestígios.

— E o que você ficou fazendo esse tempo todo? — o ruivo expressava incredulidade.

Aiko levou um dedo indicador aos lábios pequenos e, com um sorriso e uma piscadela divertida, disse:

— Se-gre-do.

Aquilo realmente irritou Daichi, que jogou com força uma almofada que tinha ao lado bem na cabeça dele. Aiko desviou-se apenas virando a cabeça, deixando a almofada bater na parede.

— Há! Não me acertou! — disse ele feliz, correndo pela sala.

— Ora, seu... — falou Daichi, perdendo cada vez mais a paciência. Deu um pulo do sofá. — Volte aqui! Vou te acertar com esse copo!

— Aaahh! — Aiko acelerou o passo. — Não, não!

— Deixem-me brincar também! — exclamou Akita, pondo-se de pé e tentando correr na direção de Daichi. Acabou tropeçando nos sapatos do ruivo e, antes de cair, segurou-se na primeira coisa que viu. Por azar, era a toalhinha de mesa. — Kyaa!

Ele caiu de costas no tapete, só para ver um vaso de vidro de cerâmica baratear pelo canto da mesa e cair bem na direção de seu rosto. Akita cobriu a cabeça com os braços e se encolheu para o lado. O vaso caiu bem ao seu lado, e, por sorte, não se quebrou.

— Akita! — disse Hayato, se adiantando na direção do pequeno. — Tudo bem?

Antes que percebesse, o albino levou uma almofadada repentina em cheio no rosto.

— Opa — murmurou Daichi. Ele e Aiko congelaram em meio à bagunça.

— Ai, querem ficar quietos? — Takeshi finalmente se pronunciou na conversa, rabugento de cansado.

Ele levantou do sofá, se espreguiçando.

— Ayumu, você... — começou, interrompendo-se ao ver que seu criado adormecera profundamente na poltrona. — Francamente... onde fica o quarto dele? Ah, merda, vou ver com Ray se ela sabe onde é e eu que não vou levar. Vou dormir, até mais.

Com isso, Takeshi deixou a sala.

Não demorou nem dois minutos e a porta se abriu de novo. Quem entrou foi Ray, a empregada. Ela ajeitou Ayumu com cuidado em seus braços, saindo da sala carregando-o. Daichi soltou uma risada inevitável pelo nariz, o que foi ignorado por todos ali.

— Ei, eu estava me perguntando... — disse Aiko, iniciando uma nova conversa. — Eu poderia passar a, hum, viajar com vocês?

— Hã? — disse Daichi. — Por quê? — Ei, avisando: Daichi já era um companheiro de Akita e Hayato, então também podia responder, ok?

— Ah, não tenho de verdade um lugar para ir... não, não quero pena de ninguém. E não gosto da solidão. Então estou me convidando para ser aliado de vocês!

— Hãã? — o ruivo repetiu.

Aiko levou as mãos para trás das costas, segurando uma à outra, e sorriu infantilmente. Um sorriso bobo, mas um sorriso francamente sincero.

— Ih, não sou eu o manda-chuva aqui, tem que ver com eles dois — disse Daichi, apontando Akita e Hayato.

O outro voltou-se com um olhar quase suplicante aos dois.

— Eu não sei... — começou o albino sem jeito.

— Claro! — respondeu Akita por si próprio. — Vai ser divertido ter mais gente! — E retribuiu o sorriso.

Foi nesse momento que Hayato se perguntou aonde tinha ido aquela desconfiança de pedra do pequenino, mas não sabia que ele próprio era a resposta para isso. Akita não tinha medo de confiar nos outros, pois, intimamente, sabia que o albino não deixaria que se machucasse novamente por isso.

— Então eu posso mesmo? — Aiko perguntou, cheio de esperanças.

Hayato olhou para Akita, que tinha os orbes cintilantes o encarando, e para Daichi, que não mostrava ser contra nada. Por fim, suspirou e disse:

— É, sei lá, acho que não tem problema...

— Eba! — exclamou Aiko, resplandecente de felicidade. — Obrigado!

E abraçou a pessoa mais perto de si, que era Akita. O pequeno pulou no mais velho e começou a bombardeá-lo com perguntas realmente estúpidas, mas que Aiko não deixou de responder uma sequer.

— Ah, parece que a gangue está aumentando... — murmurou Hayato, trocando olhares significativos com Daichi. O albino pensava na carga inimaginável de problemas que com certeza viriam.


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Notas finais do capítulo

Bom, desculpem por quaisquer erros. Espero que esteja bom, pois não queria escrever mais nesse capítulo, seria enrolação. Quando der coloco mais um! Até o próximo! Kissuss!!



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