Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 23
Baile


Notas iniciais do capítulo

É, sei lá como ficou. Apenas os avisos de sempre (perdão pelos erros ortográficos etc.etc.) e boa leitura!



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O lugar onde seria realizada a festa era muito grande. Quase três vezes o salão de entrada do visconde, embora a mansão em si, interligada por um corredor alto e largo ao salão, fosse um pouco menor que a de Theo. O caminho até a porta, desde uns duzentos metros da entrada, era decorado com archotes grandes, envoltos por uma espécie de vidro, o que garantia que continuariam acesos até a manhã seguinte.

Já havia uma coleção de carruagens bonitas na frente da porta. Luzes douradas e convidativas vinham das janelas cujos vidros estavam límpidos, e das portas duplas abertas. Escadas de pedra — três degraus — levavam à larga entrada. Uma música singela podia ser ouvida do lado de fora, junto com conversas animadas, porém não muito altas.

A carruagem do visconde Khan sacolejava com barulho, seguindo atrás de outro veículo semelhante. Até mesmo os cocheiros das carruagens estavam elegantes.

Ambas passaram à frente da porta, uma a uma, deixando as pessoas de dentro descerem e indo estacionar nos fundos. A de trás descarregou um rapaz ruivo e uma garotinha bonitinha de cabelos negros.

Nem é necessário dizer quem eram, creio eu.

Daichi agora agia como um perfeito lorde, um cavalheiro. Ele conduzia Akita pelas partes cheias do salão, segurando sua mão com delicadeza e firmeza. O pequeno se esforçava para não tropeçar na saia comprida e macia que ia até o chão. E, por mais difícil que pareça na situação, não inspirava vulnerabilidade, e sim inocência. Afinal, apesar de tudo, branco é a cor que representa virgindade, embora ele próprio nunca ter descoberto isso.

Quando conseguiram alcançar a mesa com bebidas (uma pirâmide de taças e taças de cristal com champanhe cor de mel), Daichi soltou a mão de Akita e pegou a taça superior mais próxima de si. O pequeno nem notara a grande mesa à frente. Olhava em volta, fazendo o aplique ondular nas costas.

— Já que, com certeza, vão querer dopá-lo uma hora ou outra — disse o ruivo —, não beba uma única gota do que lhe oferecerem.

Akita assentiu, alisando a manga direita da roupa sem interesse.

— Olhe às três horas de mim — sussurrou ele discretamente —, Hayato acabou de entrar.

O ruivo virou-se com o pretexto de descansar a taça na mesa. Com isso, viu inconfundíveis cabelos prateados esvoaçando para lá e para cá, indo entre os convidados. Hayato levava uma bandeja larga cheia de aperitivos variados, servindo uns cinco de cada vez.

— Vou lá buscar canapés antes que acabem — disse Daichi, jogando a taça vazia para cima e indo em direção ao albino.

Akita atrapalhou-se ao amparar o objeto antes que se estilhaçasse no chão. Endireitando-se, entregou a taça para um servente que passava ao lado. Nesse momento Daichi e Hayato estavam entretidos em uma conversa descontraída. Era aquela a sua deixa.

Colocou-se nas pontas dos pés, olhando ansioso em volta, buscando alguém que parecesse o anfitrião. Não demorou a localizar uma roda de pessoas a um canto, após uma barreira amontoada de gente. Com um gemido desanimado, Akita andou até essa "barreira", empurrando de leve as pessoas e pedindo licença.

Não foi necessário abrir caminho, já que todos davam espaço para a pequena mocinha passar. Porém, Akita não sabia se já estava na roda ou não e continuou andando. Eventualmente encontraria o anfitrião.

Fechou os olhos quando um lenço comprido e bordado vermelho passou por seu rosto. Nesse momento, trombou com alguém e caiu no chão. Um silêncio mortal pairou sobre as pessoas à sua volta.

Lentantando os olhos, mirou a pessoa com quem trombara.

Ele tinha os cabelos castanhos brilhantes, um sorriso (misto entre sedutor e gentil) e a mão estendida. Usava uma espécie de fraque/terno branco, com uma rosa vermelha no bolso de cima.

— Queira me desculpar, senhorita — disse.

Akita aceitou a ajuda e levantou-se, limpando a saia logo em seguida. Antes de pronunciar qualquer palavra, lembrou-se do que Daichi lhe falara no caminho para a festa.

— Quando encontrá-lo, aja naturalmente — dissera o ruivo.

— Como assim? — Akita perguntou, confuso. — Eu não deveria abordá-lo convincentemente?

— Sim, deve. Por isso que lhe sugiro agir da maneira que sempre faz. Mas não bata nele, sim?

Akita sentiu um arrepio ao lembrar que não deveria repelir o anfitrião. Estremeceu imperceptivelmente. Só então que percebeu que todos à sua volta lhe encaravam.

— Permita-me apresentar-me, senhorita — disse o rapaz à frente. — Sou eu que moro aqui, sou Sakai. Em outras palavras, o anfitrião.

O pequeno sentiu o coração perder um compasso.

— E qual o seu nome, adorável jovem? — perguntou Sakai.

— A-Alice — o garotinho estava com a garganta seca.

— Oh, que nome lindo! Daria-me a honra de sua companhia esta noite?

— Sem problemas.

— E foi assim que se iniciou a principal parte do plano e os problemas daquela noita.


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Hayato servia agora drinques para os convidados enquanto conversava com Daichi.

— Há uma outra pessoa junto de Akita, além de Sakai — murmurou o albino. Sim, pelo visto já sabia o nome do anfitrião.

— Aquela garota de vestido vermelho? — indagou o ruivo.

— Garota? — repetiu Hayato, arqueando a sobrancelha. — Tem certeza?

Foi como se o ruivo levasse um leve choque no cérebro. Ele deu uma virada brusca para a direção de Sakai, observando por alguns segundos a moça junto dele e Akita.

Ela tinha cabelos loiros e lisos, presos em um elegante coque com tranças, a franja quase cobria os olhos esverdeados. Usava um vestido vermelho e dourado, com linhas finas bordadas no peito e babados na altura do busto. A saia solta e comprida se abria em um leque de tecido cinzento na frente.

Após alguns segundos pensativos, Daichi caiu na gargalhada, mas uma nervosa.

— Só pode estar brincando... — disse ele. — Justo aqui?

Hayato assentiu, estendendo a bandeja para um rapaz ao lado.

— E quem é?

— Adivinhe — sussurrou o albino, semicerrando os orbes safira em direção ao chão.

Daichi amarrou a cara, revirando os olhos cítricos.

Um pouco ao longe, Akita inventava histórias convincentes para contar uns dias no vilarejo de Caeli que nunca existiram. Mas Sakai acreditava em tudo, pontuando a conversa com comentários de vez em quando. A outra garota, que se apresentara como Lily, ouvia tudo com atenção.

Akita não a achou com cara de Lily ("Combina muito bem com você!", dissera Sakai), e pensou seriamente que sua voz parecia muito artificial. Porém, não pronunciou nada quanto a isso.

— Eu encontrei meu acompanhante em Terrae — disse Akita, supostamente Alice na conversa. — Nos encontramos na rua mesmo. Amigos de longa data, sabe?

— Ah, eu ia encontrar-me com o meu lá no vilarejo um tempo atrás, pois recebi o convite há algumas semanas — falou Lily entristecida. — Mas nos desencontramos e não consegui entrar em contato com ele.

O pequeno segurou seu braço (não alcançaria o ombro tão facilmente, ela estava de salto) e disse algumas palavras confortadoras bem escolhidas. Ela aceitou-as com um sorriso e Sakai foi perfeitamente engabelado, pois começou a bajular as duas supostas moças o máximo que conseguiu.

Akita voltou os olhos ao salão por uns momentos, procurando seus dois companheiros. Mas só viu Daichi, que não conversava com ninguém no momento. Perambulava pelo salão como quem não quer nada, espiando os outros convidados. Hayato não estava em parte alguma, mas ninguém além de Akita — e o ruivo, claro — notara isso. "Ah, então ele já foi lá para dentro", pensou Akita com suspiro, varrendo o lugar mais uma vez com o olhar.

Definitivamente, o albino não estava ali. Ele andava pelos corredores já da mansão, sem velas nem nada para iluminar o caminho. Ele tocava com as pontas dos dedos em algumas portas, mas passou reto por todas. "Nem mesmo um cadáver até agora...", pensou Hayato. "Nem dinheiro guardado, nada. Talvez esteja em um local menos acessível..."

— Ei, o que está fazendo aqui?

Uma voz repentina não sobressaltou Hayato muito, mas ele fingiu dar um pulo de susto. Virou-se.

Quem estava ali era um outro servente que lhe ajudara mais cedo. Quando teve de chegar antes da festa, fora ele quem lhe indicara o caminho de tudo, embora o albino já soubesse cada centímetro da mansão.

— Ah, Ikeda! — disse Hayato, com um sorrisinho aliviado. — Que bom que lhe encontrei! É que caiu um botão da minha blusa, estou achando que soltou quando passamos por aqui mais cedo. Estou procurando-o para costurá-lo de volta.

— Não seja por isso — respondeu o outro. — Não precisa costurar de volta, levará muito tempo. Tem uma caixa de camisas reservas nessa sala ao lado, é só pegar uma.

— Puxa, obrigado. Podemos entrar?

— Sim, sim. É bem aqui.

Ikeda abriu uma porta alguns metros à frente, dando passagem ao albino. Após acender as luzes — o que mesmo assim deixou o ambiente meio escuro —, começou a procurar no guarda-roupa ao canto uma blusa extra.

Hayato cerrou os dentes, sentindo a chance para vasculhar a mansão ir embora. Achava Ikeda agradável, mas estava atrapalhando.



Enquanto Ayumu ajeitava Akita para a festa, Daichi escapulira discretamente (de forma que Goto não notasse). O ruivo só voltou bem mais tarde, quando Hayato já estava quase saindo para a mansão do marquês Mountbatten. Ele parou à frente da janela de um cômodo ao cantinho, pequenino, onde o albino tinha acabado de fechar-se.

— Conseguiu? — o albino perguntou apenas.

Daichi deu um sorriso de lado com um "hn" embutido. Apoiou-se no parapeito da janela aberta, sacudindo um papel para cima.

— Claro que sim! — respondeu o ruivo. — Foi fácil arranjá-lo, o problema foi aterrorizar cada um dos empregados daquele marquês idiota, toda noite, o suficiente para que me fizessem um mapa detalhado da casa dele. Aqui, veja. Os quartos, o quarto dele inclusive, as salas escondidas, o porão, a despensa, a sala para guardar tralhas, está tudinho aqui. Está até incluído as estruturas mínimas do salão onde vai ter a festa.

— Que ótimo — elogiou Hayato impressionado, apanhando o papel que Daichi lhe estendia e dando uma olhada.

— Acha que consegue decorar esse mapa antes de sair daqui?

— Talvez.

Depois dessa resposta incerta, o ruivo soltou da janela, já que estavam no segundo andar, e pousou na grama fofa do jardim, espanando a blusa e entrando na mansão do visconde pela porta da frente.



Após menos de um segundo pensando, o albino decidiu.

— Ikeda... — chamou ele. O outro servente virou a cabeça. — Considere isso como um adeus, ok? Não pretendo encontrar-me com você novamente.

O rapaz nem teve tempo de ficar confuso, pois Hayato sumira de onde estava, como fumaça. Logo em seguida sentiu uma pancada forte na cabeça, mas, inacreditavelmente, não doeu. Foi simples assim e Ikeda desmaiou, soltando o corpo para trás. O albino conseguiu pará-lo antes que batesse no chão, pousando-o com leveza em seguida. Sem dizer mais palavras, Hayato saiu do cômodo no mais absoluto e sepulcral silêncio. Discreto como uma brisa de verão, ele continuou a passar pelos corredores, verificando cada porta.



Para Akita, infelizmente, as coisas complicavam. Mas ele, desligado como sempre, não percebeu. Ele e Lily eram conduzidos quase imperceptivelmente até um cantinho isolado do salão, que não seria notado nem mesmo por Daichi ou Hayato. Era mais como um cômodo separado.

Infelizmente, Daichi não podia ficar com os olhos pregados o tempo todo em Akita, e as presenças constantes em todo o salão dificultavam a tarefa de vigiar o menor, então demorou a notar a ausência do mesmo. Só quando perdeu de vista o topo da cabeça do alto Sakai que percebeu a burrada que fizera quando distraíra-se. Era exatamente isso que o albino prevenira muitas vezes que não fizesse.

Fechando os olhos e forçando sua mente ao máximo, quase ao ponto de sentir os neurônios se auto-destruindo, conseguiu sentir uma ínfima presença, certamente marcante, isolada das outras. Porém, junto, havia outra — que não poderia ser notada misturada a outras tão banais no salão —, e com certeza não era a de Sakai.

— Eu sabia... — murmurou Daichi.

Esgueirando-se como uma cobra, mas tão espontâneo e gracioso quanto possível e impossível, passou pelos convidados e foi até o espaço onde Akita decerto estava.

Quando chegou lá, o que viu foi completamente inesperado.

Muito sangue escorria pelo chão, vazando até outros cantos do cômodo escurecido pela noite. Um corpo estava no chão, não desmembrado, mas completamente dilacerado. Os cabelos castanhos escorriam em vermelho. Era Sakai. Seu rosto quase não era mais reconhecível, a carne viva estava em frangalhos, assim como a pele que não dava-se mais para ver. Os olhos, antes belos, agora estavam arrancados e jogados ao canto como lixo. Os braços estavam completamente retorcidos, rasgados. As pernas também não estavam em melhor estado. Mas o que mais assustava era a parte central do corpo.

Estava aberto, como que cortada por um médico usando um bisturi afiado. Era nojento e aterrorizante, pois os órgãos internos estavam completamente visíveis, desde o intestino delgado — que caia para fora, pela lateral do corpo — até o coração que ainda pulsava de leve.

Arregalando os olhos, sentindo o estômago revirar e engolindo em seco, Daichi levantou os olhos do cadáver. Quem estava ao lado era, ninguém mais ninguém menos que Akita. Ele estava com o vestido alvo quase completamente manchado de sangue alheio, as mãos banhadas em vermelho. Seu rosto estava salpicado pelo líquido também, além do pescoço delicado. Ele tinha os olhos ouro arregalados por uma alegria lunática, como se pertencessem à outra pessoa. O pequeno abraçava o próprio corpo com os braços, gargalhando alto de uma forma doentia e histérica. Entre seus dedos finos, tinha uma faca de cortar carne, grande, provavelmente achada na cozinha da mansão.

Aquilo horrorizou Daichi mais ainda, que chegou a recuar um passo de tanto choque.

Com um grande esforço, conseguiu virar a cabeça para verificar o cômodo mais uma vez. Logo pertinho de Akita estava Lily. No chão havia uma peruca muito benfeita, loira, jogada de qualquer jeito. Daquele jeito, Lily parecia menos com Lily. Quer dizer, confirmava o que Hayato dissera antes: não era uma garota. A saia do vestido elaborado estava rasgada até as coxas, mas Lily — ops, é um garoto —... ex–Lily, usava uma calça até os joelhos branca. Ele também acabou sendo atingido pelo sangue de Sakai, mas estava sem um arranhão. Seus cabelos macios eram, na verdade, de um tom azul.

Certo, sinto-me no dever de explicar o que aconteceu.

Voltaremos cerca de dois minutos no tempo, ou um pouquinho mais...

Assim como você já sabe, os três entraram lá como Lily ainda sendo Lily, Sakai ainda estando em perfeitas condições e Akita ainda estando ciente de si. Após uns momentos embaraçosos e completamente pervertidos, Sakai quase abusou de Akita e a próxima (sim, ainda sendo ELA) seria Lily. Mas a garota não deixou que se estendesse por muito. Esperou Sakai distraír-se ao máximo (não demorou muito) e ela, tirando uma pequenina lâmina da manga, tentou atingir o anfitrião no pescoço.

Este, por sua vez, esquivou-se com facilidade e tentou acertá-la com um golpe certeiro. Akita não se moveu um centímetro, surpreso demais pela repentina ação para reagir.

Lily abaixou-se e fez um movimento reto, com mais uma tentativa de cortá-lo. Mais uma vez foi repelida. Frente a um novo golpe, ela recuou com um mortal com as mãos no chão. Sua peruca escorregou lentamente até cair no chão, nesse momento. Quando parou, derrapou um pouco. Sem perder tempo, enquanto Sakai se concentrava em seus movimentos abertos, Lily tirou debaixo da saia, amarrada junto à calça, uma faca de cozinha de prata grande. Sem querer, com esse movimento, acabou fazendo um corte pela extensão do tecido. Sem se importar com isso, jogou a faca para Akita, dizendo baixinho:

— Pense rápido.

Com a audição ótima do pequeno, foi como se falassem ao seu ouvido. Como puro reflexo, sem ver o que lhe era atirado, segurou o utensílio pelo cabo. Foi só com isso que seus olhos tornaram-se sanguinários e, em menos de uma fração de segundo, a retaliação começou. Só não vou descrevê-la porque foi realmente aterrorizante.

Agora, voltando à situação atual, Daichi encarou Akita por uns segundos, ainda congelado, até que o pequeno finalmente notou sua presença ali e virou a cabeça. Seus orbes completamente doentios eram de arrepiar o corpo inteiro.

— Daaichi... — disse Akita com a voz arrastada, soando completamente e desagradavelmente diferente da usual. — Veja só! Não é lindo?

Que parte daquilo era "lindo", isso eu próprio nunca soube. Só sei que Daichi, com a voz trêmula, conseguiu tomar algum controle da situação.

— Certamente é — disse, insincero. — Agora, solte essa faca e vamos voltar para a casa do visconde. Temos que achar Hayato também.

Como o nome de Hayato, nesse caso, foi mencionado com a voz de Daichi fez algum efeito em Akita. O pequeno soltou a faca no mesmo instante. Mas, assim que o fez, seus olhos voltaram ao brilho habitual e se encherem de puro terror ao mirarem o cadáver mutilado. Seus joelhos cederem quase imediatamente e ele tremia muito, muito mesmo. Levou as mãos à boca e deu um grito alto e agoniado, que ecoou por toda a mansão. Lágrimas grossas e amargas começaram a verter e a escorrer pelo rosto, levando junto parte do sangue em sua face.

Nesse momento, Hayato entrou pela abertura larga que ligava o salão àquele cômodo. Não esboçava muita reação.

— Onde estava? — perguntou Daichi com a voz aguda e meio desafinada de choque.

— Tirando o resto dos convidados daqui — Hayato respondeu. Só quando levantou os olhos, até então cobertos pela franja, que deu para se ver a preocupação refletida em seus orbes safira. — Eles começaram a entrar em pânico com a primeira risada de Akita, tive que mandá-los irem embora antes que causassem um alvoroço.

Daichi encostou na parede, deslizando as costas até sentar-se no chão. Depois disso, o albino andou até Akita, ignorando o sangue e abraçando-o pelos ombros. Pousando o queixo no topo de sua cabeça, murmurou com um tom caloroso e tranquilizador:

— Acalme-se, acalme-se... Está tudo bem agora, estou aqui...

Akita abraçou-lhe forte pela cintura, umedecendo seu fraque com lágrimas.

Hayato levantou olhos duros para a outra pessoa ali, que ainda não se movera um centímetro e já estava esquecida pelos outros dois.

— É bom que possamos ter uma conversa mais tarde — disse ele.

A pessoa, bonita e com feições tão delicadas quanto água corrente, sorriu amigavelmente.

— Com todo o prazer! — respondeu, com um tom muito diferente do que usara até então. Era harmonioso, como o canto de pássaros.


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Notas finais do capítulo

É, eu sei, ficou comprido. Espero que não tenha ficado enrolado, ou apressado, ou nada do tipo. Onegai, deixem reviews! Estou muuito insegura com esse capítulo T-T



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