Like A Boss escrita por Carrie Collins


Capítulo 13
Capítulo doze.


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao prólogo, hahaha!
Estão gostando? Me digam o que está faltando para que eu complemente nos próximos capítulos. *-*



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- Você não vem? – Inclinou-se para a janela do carro aberta e lhe sorriu.

- Vou aproveitar que Harry está distraído para ir a uma festa... – Piscou, em seguida acelerou o carro, ele se afastou, para que a fumaça subisse e ela disparasse na pista de barro.

Edward suspirou e olhou diretamente para a mansão. Na verdade, não era uma mansão, era um castelo. Era uma arquitetura gótica, com torres enormes mal iluminadas. As pedras gigantescas que se empilhavam uma nas outras estavam sujas, com aspecto de velhas. Era um castelo antigo, com uma escadaria imensa na frente, com um portão gótico e uma porta de madeira logo depois de uma fonte de pedra com vários demônios ao redor cuspindo água. A primeira porta, de madeira, abriu-se e saiu um homem que parecia que andava cambaleando, porém rapidamente, com uma protuberância nas costas que era coberta com um casaco pesado e surrado.  Ele abriu o portão de ferro e com a cabeça baixa subiu os olhos até Edward.

- Pode entrar Sr. Edward. – O estranho deu espaço para que entrasse, ele subiu as escadas e seguiu até próximo a fonte.

Seus olhos percorreram todo o jardim-morto e as árvores longas e feias dali. Deixou que o corcunda passasse em sua frente e percorresse rapidamente o caminho de ladrilhos até a porta de madeira desgastada.

- Onde ele está? – Edward quebrou o silêncio enquanto entrava no castelo.

Ele percorreu os olhos por aquela sala pitoresca, com uma escadaria logo a sua frente de mármore belíssima que era revestida de um tapete vermelho gigantesco, que ia até em cima, onde tinha uma parede com um quadro enorme de Van Gogh. Noite estrelada. Era um dos trabalhos de Van Gogh que mais Edward gostava. Era o significado de toda sua vida depois de se tornar vampiro. À noite. Onde tudo acontecia, onde saciava sua sede incessantemente. Não tinha saída. Eram seus instintos que falavam mais alto. Não podia negar a si próprio de combater essa sede, que tomava conta de toda sua mente. Ocupava cada momento de sua vida.

Era pela noite que Edward demonstrava a fera que tinha dentro de si. Pela noite que se comportava como um animal. Sem se importar se as pessoas que já matara tinham famílias, amigos, companheiros, filhos... Nada, ele apenas se importava com si mesmo. Em matar aquela sede que lhe corroia por dentro, o fazendo não pensar em nada.

Pela noite também, Edward se divertia com mulheres. De todas as raças e línguas diferentes. Importantes ou não. Ele tinha a mulher que queria, na hora que lhe dava vontade. Era a eternidade que queria, com essa latente loucura de ter relações com a mulher que queria. Sem se importar se ela tinha opção sexual contrária ou se era casada. Edward usava-as, como um brinquedo. Usava e abusava-as, depois as largava. Mortas. Seu corpo sem nenhum pingo de sangue.

Subiu as escadas silenciosamente enquanto observava o teto. Havia vários demônios com olhos vermelhos e corações nas grandes e afiadas garras. Era um desenho sombrio, mas muito bem feito. Com cores frias e apenas os olhos vermelhos se destacavam mais. E o grande lustre deixava o vermelho muito mais chamativo com sua iluminação meio amarelada.

Passou por um corredor que não havia muita coisa, apenas candelabros acesos presos na parede, e várias portas. Já estava começando a ficar desconfiado, não sabia ao certo onde o homem estranho estava levando-o. Poderia avistar que ainda iria andar muito...

Era um daqueles castelos que parecia mais de filmes sobre o Conde Drácula, ele era daqueles típicos vampiros. Edward realmente não sabia nada sobre ele, só havia recebido um convite para visitá-lo, dizendo-lhe ser amigo de Carlisle.

Caminhou silenciosamente sobre o tapete persa, que parecia ter vários milênios sem ser lavados. Então, observou aquele corredor imenso, cheios de cabeças de vários animais mortos. As paredes eram altas e largas. Não havia uma janela sequer. Aquilo, definitivamente, não era nada normal. Porém, continuou caminhando atrás do serviçal, que parecia mais um morto-vivo correndo quase a tropeçar sobre seus próprios pés. Ele precisava mais de um banho. Mas Edward podia escutar seu coração bater rápido demais e seu sangue se distribuir em todo o seu corpo. O que o dava água na boca, mas não iria matá-lo. Não podia. Estava apenas de visita para um velho amigo que precisava de um favor. Não iria matar o serviçal dele.

Avistou rapidamente um candelabro prateado apagado sobre uma mesa de quatro pernas da mesma prata deste, e logo ao lado uma porta escancarada, que dava para um corredor sem paredes e sem teto. Onde a noite dominava e o vento fazia um barulho desagradável, parecia mais querer assustar todos que fossem ali. Continuou a caminhar, quando chegaram próximo ao candelabro, o serviçal apressou-se, que parecia mais que ia cair, e pegou este e continuou a andar normalmente.

A noite parecia agradável, se não estivesse próximo ao sol nascer. Edward percebeu que tinha que ficar ali até que o sol se escondesse novamente. Ou seja, iria dormir neste castelo estranho por bem ou por mal. Mesmo que não o aceitassem ali, iria para o porão e ficaria ali até o pôr-do-sol. Além do mais, era isso ou queimar até a morte. E não haveria anel, magia, nem nada que poderia salvá-lo.

Todavia, passou por mais um corredor cheio de cabeças de animais emolduradas e entraram em uma sala. Escura, mas ele poderia enxergar claramente, mas o humano não. O estranho tirou um isqueiro do bolso e acendeu as velas do candelabro. Pelo o menos, o isqueiro que segurava era algo mais moderno que toda a casa. Caminhou mais rápido que o monstrinho e entrou em outra sala iluminada. Não estava muito a fim de ficar passeando por aquele castelo imenso sem saber o que o vampirinho de milhões de anos queria. Então escutou uma respiração pesada, de alguém que parecia ter subido e descido umas dez vezes das escadas que passara.

- Até que enfim! – Uma garota de cabelos castanhos andou rapidamente até ele. Ela parecia ser imunda, com uma touca branca e um vestido com várias partes pretas de sabe-se lá o que.

Ela puxou-lhe pela mão e andou para o sentido contrário de onde vinha. Edward teve a vontade de puxar a sua mão da dela, teve repulsa. Como uma humana poderia ser tão imunda?

- Me chamo Bella. Sou serviçal. Meu mestre quer vê-lo já. – Falou rapidamente, mas clara para que ele pudesse absorver tudo de uma vez. – Não fale mais alto que ele. Não lhe der as costas. Não lhe diga “não”. Concorde com tudo. E se ele estender-lhe a mão corra.

- O que? – Ele havia entendido tudo, menos a história da mão.

Mas era tarde demais para ela lhe responder algo.

Estava em uma sala toda dourada e com um trono na parede central. Onde dava para ver todas as partes daquela sala gigantesca. Era um trono vermelho-aveludado. Um homem pálido e com um sorriso irônico sentava-se de um modo malandro. Com as pernas abertas e estava apoiado em uma de suas mãos sobre o braço de veludo da cadeira. Ele usava uma espécie de capa, era toda preta e uma parte dela descia pela lateral aberta do braço do trono até o chão levemente.

- Olá Edward! – O homem levantou-se rapidamente, com uma das mãos na capa. Ele parecia ter por volta de quarenta anos. Mas nos olhos dos vampiros, parecia ter muito mais que mil.


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