Radioactive escrita por Grace


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Amorees, desculpem a demora, de verdade. Tenho um capitulo bem legal aqui pra voces, entao nao me matem.
Apesar de ainda nao te o proximo capitulo pronto, vou tentar postar o mais rapido que der.
PS: esse capitulo, na verdade eram dois, mas eu resolvi juntar para nao ficarem tao pequenos.
beijoss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/181445/chapter/10

Ela era tao estupida. E tao ingenua. Sera que ela nao percebia que aquele cara so queria leva-la pra cama? Mas eu vou cuidar dela, por mais que ela nao queira, eu vou protege-la, custe o que custar.

Ja eram sete horas da noite. Nas a via desde de manha. Alguma coisa estava errada. Eu estava no quarto ensaiando um pouco quando vejo a porta abrindo.

– Thalia! Finalmente. Onde voce esteve? – ela me olhou ferozmente.

– Nao interessa Di Angelo.

– O que eu fiz Thalia? – ela me olhou com os olhos azuis faiscando – Caramba, deixa de ser infantil garota. – ela conseguiu me irritar, larguei a guitarra na cama e me levantei, ficando cara a cara com ela. – Ve se cresce.

– Eu? Infantil? – ela olhou para cima para me encarar. Estavamos realmente proximos. Eu estava me segurando para nao beija-la – Voce pensa que eu sou uma criança, e que voce e meu pai. Mas nao e’ bem assim. A gente tem a mesma idade. Eu sei me cuidar, nao preciso que alguem me defenda. Agora, com licença. Preciso me arrumar.

– Se arrumar? Pra que?

– Arg garoto. Voce e taaaao irritante. Ja disse que nao te interessa o que eu faço ou deixo de fazer.

– So quero saber onde voce vai. Talvez eu possa ir junto.

– Vou a uma festa. Em uma boate no fim da rua. Fique a vontade para ir. Mas nao fale comigo.

– Com muito prazer senhorita independente. Vou tomar banho. – Fui para o banheiro antes de receber uma resposta.




Ele era extremamente irritante. Serio mesmo. Separei uma roupa para vestir, nada demais.

Finalmente temos algo para fazer nessa cidade. Quero pegar todos nessa festa.

– AAAAAH. CARALHO NICO. QUAL O TEU PROBLEMA? – olha gente, eu nao sou nenhuma santa mas eu entrei em choque quando vi ele so de toalha na minha frente.

Eu estava tao cega pela raiva (e surda tambem pelo jeito) que nem vi ele sair do banheiro, e quando olhei ele estava so de toalha. Quer dizer, na verdade isso nao me incomodava nem um pouco. Ele era muito lindo e muito gostoso. Mas na hora a primeira coisa que me veio na cabeça foi gritar.

– Esqueci de pegar minhas roupas – ele deu de ombros. Eu nao conseguia parar de olhar para ele. Ver ele sem camisa era uma coisa. Agora, ver ele so de toalha era outra completamente diferente. Eu juro que me segurei para nao agarrar aquele deus grego na minha frente.

– E-e-eu v-voutomarmeubanho – gaguejei e depois falei tudo rapido demais. Puta merda. Como essa garoto conseguia fazer isso comigo? Peguei todas as minhas coisas (roupas, maquiagens, etc...) e me tranquei no banheiro.

Depois de uma banho quase gelado, pra ver se esquecia daquele tanquinho maravilhoso. Me arrumei e sai do banheiro (saia de cintura alta preta, regata branca de caveiras soltinha, ankle boot preta e muito rimel no olhos).





Eu morri e fui pro ceu.

E tem uma deusa saindo do meu banheiro no ceu.

No ceu tem banheiro?

Concentraçao Di Angelo. Ela odeia voce, lembre-se disso.

– O que ainda ta fazendo aqui? – Nao respondi. Nao consegui responder. Ela estava linda demais, mais do que o normal. Os cabelos compridos com leves cachos nas pontas... caramba, ela e’ perfeita. – Nico? – ela abanava a mao na frente do meu rosto.

– o que foi?

– Nao sei. Voce estava com uma cara de babaca ai.

– N-nao tava nao. – merda. Ela riu.

– Gostou do que viu Niquinho? – ela piscou pra mim. CARA, QUAL O PROBLEMA DESSA GAROTA? Dei um sorriso safado pra ela.

– Gostei muito. – ela riu e foi ate a porta.

– Voce nao vem? – Me levantei e fui ate ela e saimos juntos do hotel para ir para a tal boate.

Sera que ela havia esquecido da nossa pequena discussao? Espero que sim.

Caminhamos um pouco e chegamos a porta da tal boate. Alguns carros estavam estacionados na frente.

– Ok Di Angelo. Eu nao te conheço e voce nao me conhece. Nao precisa falar comigo. Vou chegar no hotel a hora que eu quiser, nao importa se for antes ou depois de voce. Me esqueça ta bom?

– So por essa noite Grace.

– Ja esta de bom tamanho pra mim.

Ela foi caminhando para dentro da boate e sentou-se em um canto do bar. Sentei-me do lado oposto e fiquei observando-a. Ela bebia uma tequila e sorria. E isso nao me agradava em nada.

Pedi um whisky e comecei a olhar em volta, haviam muitas garotas ali e eu fiquei me perguntando onde elas tinham se enfiado nos outros dias.

Eu estava distraido revezando minha atençao entre as mulheres que estavam ali e a Thalia, que por sinal em apenas meia hora ja estava bastante alterada, que nem vi quando uma garota sentou na minha frente.

Acho que ela deveria estar tentando chamar a minha atençao, pois quando a notei ela bufou e murmurou um “finalmente” com o proposito de eu nao ouvir.

– Oi – ela sorriu – voce esta sozinho aqui? – Pensei por um minuto e respondi:

– Estou – sorri de volta para ela. – qual o seu nome?

– Julie e voce e’...

– Nico.

Ela era bonita, loira com os olhos verdes e um corpao de ficar a noite inteira babando em cima dele. Paguei algumas bebidas a ela enquanto conversavamos mas em momento algum deixei de prestar atençao no que Thalia estava fazendo.

– Vem Nico. Vamos dançar... – Julie falou me puxando para a pista de dança. Eu nao sei dançar, mas no momento, nao estava em condiçoes de discordar.

Ela dançava sensualmente pra mim e confesso que aquilo estava me deixando exitado. Aquela garota parecia uma stripper. Eu nao sabia mais onde Thalia tinha se metido, e nao queria saber tambem. Se ela nao estava nem ai para mim, porque eu teria que me importar com ela?

Eu e Julie nos agarravamos no meio da pista mesmo. Eu ja estava um pouco bebado e ela completamente descontrolada. Com certeza nao iria pensar duas vezes antes de levar ela para a cama, so que isso nao poderia ser feito no hotel.

Foi quando eu vi alguem arrastar Thalia para fora da boate.

Eu sei que havia prometido a mim mesmo que nao ia dar bola para ela, mas eu pude ver que ela estava sendo levada contra a propria vontade.

Larguei Julie no meio da pista sem entender nada e fui desviando de todos com passos largos ate chegar na porta da boate.

Ouvi respiraçoes ofegante vindas do lado na boate e nao pensei duas vezes em ir ate la.

Quando cheguei reconheci o cara do cafe da manha. Thalia tinha lagrima nos olhos e tentava resistir enquanto ele tentava tirar sua blusa.

Meu sangue ferveu ao ver ela daquele jeito, tao indefesa.

– Larga ela agora! – gritei. E o cara me olhou assustado. Com certeza nao esperava ninguem ali. Mas logo depois de provavelmente me reconhecer, deu um sorriso maroto e olhou para Thalia.

– Ora, ora, o que temos aqui. O seu namoradinho veio te salvar princesa? – ele distribuia beijos pelo pescoço dela e ela soluçava e tentava afasta-lo.

Nao podia ver mais um segundo daquela cena. Nao medi tamanho ou consequencias, simplesmente fui pra cima do cara que acabou soltando ela e se voltando pra mim, eu tinha acertedo um soco no olho dele, mas estava com um corte no labio superior.

– Essa putinha nao vale tudo isso. Pode levar pra cama. Ela e toda sua. Pode comer a vontade.

Meu sangue ferveu novamente ao ouvir ele falar assim dela, mas tentei ignorar e me virei para Thalia.

Ela estava encolhida em um canto, soluçando muito.

– Hey, Lia. Ta tudo bem agora. – Me abaixei na sua frente e levantei seu rosta fazendo-a olhar pra mim com aqueles olhos azuis.

– Nico... – foi a unica coisa que conseguiu falar antes de pular no meu pescoço nos derrubando no chao.

Ela chorava compulsivamente encostada no meu ombro.

– Lia... vem, vamos pra casa.

– Nao Nico... eu nao quero te atrapalhar, volta la para a loira, ela e muito bonita. – ela tentou dar um sorriso e eu limpei algumas lagrimas que caiam pelo seu rosto.

– Nao Lia, no momento, voce e muito mais importante que a loira. Vem, vamos pro hotel. – Eu peguei ela no colo e fui caminhando em direçao ao hotel. Ela se aninhou em mim e aconchegou seu rosto na curva do meu pescoço, de modo com que eu podia sentir sua respiraçao quente e seus batimentos cardiacos acelerados.

Cheguei no quarto e coloquei-a em cima da cama. Ela abriu os olhos devagar.

– Descanse. Eu vou tomar um banho. Ja volto aqui.

Tomei um banho frio, coloquei uma calça de moleton e sai do banheiro. Thalia estava sentada na cama e encostada na parede. Ela chorava baixinho.

– Lia... o que acha de tomar um banho? Tira essa maquiagem, toma um banho e vem dormir, amanha ja vai estar tudo muito melhor.

Ela deu um sorrisinho fraco e entrou no banheiro segurando um pijama.

Quando ela saiu do banho se deparou com um sanduiche que eu tinha preparado para ela.

– Melhor? – ela deu um sorrisinho fraco.

– Um pouco...

– Coma isso. Vai ficar melhor. – ela pegou o prato e comeu o sanduiche em apenas algumas mordidas. Voltou ao banheiro pra escovar os dentes e deitou do meu lado de baixo das cobertas.

– Um pouco menos bebada?

– Nao cheguei a ficar tao bebada... fiquei feliz demais talvez, mas nao bebada. Mas ja passou. – eu sorri pra ela e abri os braços, como um convite para ela se deitar no meu peito. Ela entendeu e se aproximou sem medo. Se aninhou em meu peito e suspirou. Olhou para cima me fitando nos olhos.

– Me desculpa.

– Pelo que?

– Por tudo. Por estragar sua noite, por ser grossa e mal educada, por te chamar de criança. Eu que sou a criança aqui.

– Nao Thalia. Voce nao e’. Me desculpe tambem.

– Se nao fosse por voce eu nao sei o que teria sido de mim.

– E’ isso que colegas de quarto fazem, nao e’? – fiz essa pergunta mais pra mim do que pra ela. Mas algo dentro da minha consciencia dizia que nao, isso nao era alguma coisa que seria feita por alguem que fosse apenas um “colega de quarto”.

Ela sorriu. E pareceu ter reparado apenas agora no corte em minha boca.

– Meu Deus! Nico. Ele te machucou.

– Nao foi nada Thalia... – comecei, mas ela ja tinha levantado e estava revirando sua mala. Pegou um pequeno frasco e se aproximou de mim.

– Vai arder um pouco... – ela borrifou o liquido em mim e meus olhos se arregalaram. UM POUCO? Parecia que estavam arrancando meu labio fora. Ela deu uma risadinha e sorriu – Arde agora, mas depois passa e esse machucado vai ficar bem melhor. Prometo.

– Se esta dizendo... – ela colocou o frasco em cima da cabeceira e voltou a se aninhar no meu peito, o que confesso, me deixou muito feilz.

– A proposito... – ela falou depois de um tempo, ate achei que ela ja estivesse dormindo. – eu gosto muito quando voce me chama de Lia.

Eu sorri. Ela nao faz ideia de como aquelas palavras me fizeram bem.

– Boa noite Lia. – pude sentir ela sorrir e entao sua respiraçao ficando mais suave.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

digam o que acharam, eu particularmente achei tao fofo *-* e ate o proximo!