A Escolhida escrita por Sooh Bernardoni


Capítulo 4
3- Histórias do Passado


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa por ter demorado, eu escrevi esse capitulo 2 vezes, foi por isso... Espero que gostem...



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Eu ainda estava ali no meio da escuridão, parecia que eu estava em um poço sem fim, eu estava perdida não sabia se era um sonho ou se era realidade. Eu estava tentando sair de onde estava, queria ver uma luz, eu sabia que a escuridão não era o meu lugar. Eu estava sentindo que estava soando, não parecia a realidade, mas não tinha certeza do que era, então comecei a tentar abrir os olhos, queria logo ver o sol, a luz, eu estava ficando nervosa, até que eu vi um clarão que se juntou ao meu suspiro.

- Meu Deus que sonho horrível! – exclamei.

- Bom dia! – Cristopher? Era ele mesmo? Não estava acreditando. Por que ele estava ali? E onde eu estava? Meu Deus, que roupas eu vestia? Não eram as que eu vestia no dia anterior, ou melhor, não eram minhas. E porque meu braço está doendo tanto?

- Aonde eu estou? Porque você está aqui? – levantei rapidamente, que vergonha, eu não ficara de pijama nem na frente do meu irmão quem dirá de um estranho.

- Sophie, calma! Deixa eu explicar por favor! – Cristopher correu para mais perto de mim, ele estava nervoso. Eu estava extremamente de mal humor.

- Calma? Como você quer que eu fique calma? Dá pra você responder as minhas perguntas? – eu estava quase dando uns tapas na cara dele.

- Primeiro você está no meu quarto e segundo eu estou aqui tomando conta de você. – ele disse histericamente.

- No seu quarto? E eu não preciso que tomem conta de mim eu já tenho 16 anos na cara, não sou mais uma criança, nem a minha irmã de 12 anos precisa de alguém para tomar conta dela. – gritei – Olha só, você sabe onde eu deveria estar? NA ESCOLA! E o meu pai vai me matar, minha família deve estar louca atrás de mim, dependendo do meu pai deve estar com a polícia,  quer saber pra mim já chega, vocês são loucos mesmo. Eu to indo embora. – gritei mais alto ainda.

- Ei que gritaria é essa? Cristopher por favor vai pra sala, licença por favor. – Louise chegara no quarto já colocando Cristopher para fora, o que me deixou muito melhor, homenzinho mal educado.

- Olha só se vocês estão achando que eu vou ficar aqui que nem uma idiota, vocês estão muito enganado. Minha querida você me parece muito gentil, então por gentileza pegue as minhas roupas por favor, antes que eu chame a policia.- falei com o dedo na cara dela.

- Sophie se acalma!

- Se acalmar? Vocês são extremamente malucos. O que vocês acham que estão fazendo? Algum tipo de seqüestro? – berrei.

- Sophie se acalme! Ninguém aqui está te seqüestrando. – Louise estava nervosa e eu? ABSOLUTAMENTE ESTRESSADA.

- Eu só quero ir embora!

- Tá tudo bem! Você vai, mas antes Phil tem que conversar com você. Você querendo ou não.

- Só me faltava essa!  - disse em um tom de deboche. – Tá, mas dá pra ser rápido? Minha cabeça está latejando e meu braço está dormente.

- Tudo bem. Vou ver se tem algum remédio, pra você. – Louise abriu a porta.

-Louise! Espera só um minutinho. – Louise parou e se virou – Por que eu estou aqui? E o que aconteceu ontem a noite?

- Sério mesmo que você não lembra? – Louise falou assustada.

- Sério, a ultima coisa de que me lembro foi ter conhecido vocês depois disso mais nada. Mas me conte o que eu não lembro. Louise? – Louise estava espantada.

- Sim! Tá... – um momento de silêncio tomou o momento – A palavra “vampiro” não te lembra nada? – MEU DEUS! Eu havia esquecido do que tinha acontecido na noite anterior? Como? Eu lembrei de tudo desde a parte que conheci Phil e Reny até a parte em que Cristopher... Não conseguia completar a frase na minha mente, eu estava surpresa demais, nervosa de mais.

-Lembro! – assustada peguei o cobertor e me cobri – Louise, por favor não me machuque! Deixe eu ir embora, por favor. – comecei a chorar.

- Calma Sophie! Jamais te machucarei! Mas você terá que esperar Phil falar com você, ou então teremos que te dopar novamente. – Louise falou severamente.

- Tudo bem eu confio em você. – hesitei.

- Agora vai tomar um banho para relaxar. – ordenou-me Louise.

- Mas eu não tenho roupa, as minhas roupas de ontem estão molhadas. – gaguejei.

- Não se preocupe, Louise deixou uma muda de roupa para você no banheiro, pode usar o que quiser, qualquer coisa é só chamar.

- Tá OK. E você pode chamar o Cristopher para mim, por favor?! Depois que eu terminar o banho?! Fui muito rude com ele, acho que mereço pedir desculpas.

- Claro, chamarei. Vou pedir pra ele trazer seu café da manhã.

- Tá bem! – peguei minha mochila e fui andando até o banheiro. O banheiro era lindo, tinha o cheiro do perfume 212 masculino, imaginei que fosse de Cristopher. Eu precisava mesmo tomar um banho, minha cabeça latejava um pouco e meu braço estava dormente. Liguei o chuveiro e comecei a tirar a roupa. Olhei-me no espelho nem imaginei que fosse eu, minha pele estava macia como um pêssego, meu cabelo que estava meio desarrumado. Entrei debaixo do chuveiro e fiquei parada ali por uns 30 segundos, sem mexer um único músculo. Peguei o shampoo, e comecei a lavar o cabelo. Ensaboei-me, passei condicionador, sabonete... Enfim terminei meu banho e peguei a toalha. A toalha que Larissa separara para mim era macia como um algodão e branca como a neve. Sequei-me e peguei a roupa que Larissa separara para mim, era lindo. Era um vestido de seda azul turquesa, mais ou menos no joelho, era lindo. Passei um hidratante da Victoria Secret que tinha no balcão, penteei meu cabelo e coloquei o vestido. Me olhei no espelho e tive a pequena impressão de que havia sido feito especialmente para mim. Eu estava extremamente linda. Estendi a toalha no boxe e abri a porta.

- Sophie?! Me desculpe por  ter entrado sem falar com você, é porque esperei muito tempo e resolvi sentar para esperar.- Cristopher falou rapidamente.

- Não, tudo bem!

- Louise falou que voe queria falar comigo.

- Sim, ou melhor, me desculpar pelo modo como te tratei mais cedo.

-Desculpada, agora posso ir? Satisfeita?

- Cristopher!É sério, a gente mal se conhece, ou melhor, você nem veio falar comigo ontem a noite. Vamos recomeçar.

- Prazer, Cristopher Brown.

- Prazer é todo meu Cristpher, eu sou Sophie Collins. – abri um sorriso que ia de orelha a orelha.

- Obrigada. – Cristopher se levantou e ficou parado me olhando de cima a baixo. Eu fiquei envergonhada, minhas maças do rosto ficaram rosadas.

- O que foi?Tem algo de errado comigo? – tive que perguntar.

-Não há nada de errado com você! Você só está realmente linda.– Cristopher gaguejou.

- Obrigada. – disse envergonhada.

- De nada, desculpe se fui indelicado, mas estou sendo sincero.- Cristopher desviou os olhos de mim.

- Que nada. Mas como eu dizia, eu lhe chamei aqui para me desculpa. – Cristopher me interrompeu.

- Não precisa! Eu é que tenho que me desculpar. Ontem a noite nem me apresentei a você, desculpa.

- Desculpado. Mas agora estamos kits. – disse entusiasmada.

- Ah! Seu café da manhã! – Cristopher pegou uma bandeja atrás dele cheia de panquecas (que amo), suco de laranja e algumas frutas.

- Obrigada, vou te confessar uma coisa. Eu amo panquecas. – disse pegando a bandeja das mãos dele.

- Que bom! Eu mesmo que preparei. – eu fiquei surpresa, pois não sabia que “vampiros” sabiam cozinhar, na minha cabeça eles só tomavam... não consegui completar minha frase.

- Você?

- Sim, só porque eu sou um vampiro não quer dizer que não sei cozinhar. – senti que Cristopher ficou meio ofendido.

- Desculpa. É porque na minha cabeça vampiros só se alimentam de...sangue.

- Parcialmente. É porque antes de eu virar vampiro meu pai era chefe de cozinha, então ele me ensinou muitas coisas, que quando tenho oportunidade eu pratico o que aprendi.

- Ata.

- Mas come, e me diz o que você achou. – ordenou-me Cristopher.

- Sim, sim. – comecei tomando o suco de laranja, depois comi uma torrada, estava uma delícia, mas estava ansiosa mesmo para comer a panqueca. Peguei o garfo e a faca e num estante comi a maravilhosa e deliciosa panqueca. MEU DEUS, era a melhor panqueca que eu havia comido na minha vida inteira. – Cristopher! Que delícia. – falei com um pedaço de panqueca na boca. – Me desculpe! Falar de boca cheia é falta de educação.

- Que nada! Mas que bom que você gostou. – Cristopher abriu um sorriso lindo e fofo.

- Mas me explica esse negócio de vampiro, escolhida. Tô meio perdida sabe?!

- Sei. Vou te contar um pouco a história, mas Phil que vai te contar todos os detalhes.

- Tudo bem, agora sou toda ouvinte. – fixei meus olhos em Cristopher, como um cachorro faz quando seu dono esta comendo.

- Bom, à 1000 anos atrás Halls Wring era conhecida como “a cidade das sombras”, era aqui que vivia todos os vampiros do mundo, só os vampiros tinha o conhecimento da existência de Halls Wring, os humanos nunca tinham ouvido falar em Halls Wring. Aqui era como uma cidade isolada, cercada. Só que alguns humanos caçadores, cientistas, exploradores começaram a descobrir Halls Wring, eram poucos humanos, então os vampiros deixaram, só que em um mês muitos humanos já estavam aqui, se deixássemos acabariam descobrindo sobre nós, então chegamos à um acordo: matar todos aqueles que invadissem a nossa área. Com isso Rodolph Tunner, um vampiro muito poderoso, considerado o rei dos vampiros, matou a filha de Katerina Louren, a bruxa mais poderosa do universo. A filha de Katerina, Kristy viera a Halls Wring investigar os ataques, só que Rodolph a matou. Katerina ficou muito deprimida, então resolveu matar todos aqueles que estavam matando inocentes.

- Mas eu ainda não entendi aonde eu entro nessa história. – interrompi.

- Calma, já estou chegando lá. Como dizia, Katerina ficou muito deprimida e quis se vingar dos vampiros, ela declarou que todos aqueles que estavam matando seriam mortos, e os que não matavam viveriam, e Phil foi um dos sobreviventes.

- Phil e mais quantos sobreviveram? – perguntei curiosa.

- Phil e mais cinco. Mas os vampiros tinham que se alimentar, e não sabiam como, se eles matassem pessoas Katerina iria matar eles, então eles fizeram uma proposta para ela que era o seguinte: Eles poderiam se alimentar de humanos, mas que fossem bêbados, bandidos, fugitivos da policia, drogados...Ou melhor pessoas de mau caráter. Katerina avaliou bem a proposta e aceitou.

- Mas como os vampiros não entraram em extinção? E de onde vocês viram? – fiquei confusa.

- Calma. Bom, os vampiros sobreviventes pediram uma reunião com a bruxa, pois se eles transformassem alguém seriam mortos, se fossem mortos entrariam em extinção, então ele pediram a ela que resolvesse isso, e então Katerina declarou que a cada 100 anos cada um dos sobreviventes teriam a oportunidade de transformar uma pessoa e se essa pessoa possuísse irmão, seus irmão obrigatoriamente tinham que virar vampiros também.

- Ei, ei! Você tá achando o que? – perguntei entrando em pânico. – nem eu nem meus irmãos vamos virar sanguessugas. Prefiro morrer.

- Se você morrer seus irmãos morre também.

- Mas por que isso? Katerina era uma louca.

- Katerina dizia que os irmãos tinham uma ligação muito poderosa, e que com isso quando você fosse transformada em vampiro seus irmãos sentiriam uma parte disso também.

- Ata, e aqui algum de vocês são irmãos?

- Sim, eu e Larissa. Will e Armand. – Cristopher riu.

- OK. Preciso raciocinar cobre isso. É muita informação pra uma humana só. E por que eu fui a escolhida?

- Até hoje ninguém descobriu por que escolhem a gente, só quem sabe disso é Phil e os outros cinco.

- Nossa! Que curioso. – arregalei os olhos – Mas aonde é que tá os outros sobreviventes?

- Aqui, escondidos, como nós.

- Interessante. – eu ri.

- Nós chamamos de clã, famílias vampiros, entende? Tipo a sua família é a família Collins e a minha é clã Brown.

- Ata, entendi. Mas por hoje chega de histórias. Preciso ir pra casa pensar, mais sobre isso. Quanto tempo eu tenho?

- Você tem 1 mês até completar 100 anos.

- Tudo bem, vou pensar com calma.

- Mas me fale sobre seus irmãos. – Cristopher ficou quieto.

- Bom, eu tenho um irmão de 18 anos Ian e uma irmã de 12 anos Lucy. Eu amo muito eles, apesar de nossas brigas, implicâncias, eles são meus chuchus. - eu ri – Lucy agora está entrando na adolescência, essa semana ela veio me procurar pra saber como é beijar, nossa eu fiquei surpresa, pensei assim “minha irmãzinha, tão pequena, vindo me perguntar sobre beijo”. – ri mais ainda.

- Tudo bem, já entendi. – interrompeu-me Cristopher.

- Cristopher, agora posso ir para casa? – perguntei.

- Pode!Já te contei o suficiente. Eu te acompanho até a porta.

- Tudo bem. – Cristopher abriu a porta pra mim e ele veio andando atrás de mim, eu estava com medo de ir para casa sozinha depois de tudo que ouvi, então resolvi pedir pra ele me levar até em casa – Cristopher faz um favor pra mim?

- Diga. – ordenou-me.

- Me leva até em casa, por favor? Eu to com medo. – implorei.

- Claro. – Cristopher abriu a porta da frente, e começamos a caminhar.


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Notas finais do capítulo

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