A Escolhida escrita por Sooh Bernardoni


Capítulo 3
2- O Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, me inspirei nas músicas do Evanescence que AMO!!!



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Enquanto eu, Lucy e Ian íamos para casa, por uma estrada totalmente deserta e cercada por uma pequena floresta, eu comecei a escutar alguém me chamando de dentro da floresta, e então comecei a procurar de onde vinha a voz, Ian e Lucy estavam na minha frente então não perceberam minha agitação. Mas a voz ainda insistia em me chamar, mas agora me chamara com outra frase:

- Sophie, venha aqui sozinha! – a voz sussurrou, e eu nem pensei duas vezes.

- Ian! Lucy! Vão andando na frente porque eu preciso voltar à escola. Eu esqueci o meu fichário.

- Tudo bem. Mas você não acha aqui muito perigoso? Pode haver animais perigosos aqui. – disse Ian meio preocupado.

- Não se preocupe Ian, eu vou ficar bem. Qualquer coisa ligue para o meu celular. Beijo. – mandei um beijo para eles e fingi estar voltando só para eles não perceberem, depois deles estarem bem longe eu entrei dentro do mato e comecei a procurar por alguém. Eu chamava e ninguém respondia, então comecei a recuar, mas de repente um vulto passou na minha frente e eu gelei. As folhas das árvores começaram a se mexer, eu estava morrendo de medo, minhas pernas paralisaram, eu não conseguia me mexer, eu estava trêmula, sem ação, o medo fluía em meu corpo, até que um casal saiu de trás de uma árvore. A mulher era linda, cabelos castanhos curtos, a pele branca como a neve. Já o homem era alto e magro, cabelos curtos e espetado, elegante na verdade.

- Então você que é Sophie Collins? – a mulher sussurrou no meu ouvido.

- Sim. – gaguejei.

- Reny, não seja assim! Tão misteriosa, a menina vai ficar com medo de nós. – o homem disse com um tom tranqüilizante que me fez relaxar um pouco, a mulher também havia se afastado uns cinco passos de mim.

- Phil, nós temos que falar logo com ela, antes que as coisas se compliquem. – a mulher falava nervosa.

- Calma! Reny, você não virá mais comigo! Você é muito... – o homem interrompeu-se e olhou para mim, ele percebeu que eu estava completamente perdida e assustada com a pequena discussão dele e da mulher. – Me desculpe menina! Agora podemos nos apresentar. Eu sou Phil Brown e essa é minha esposa Reny Brown, ela não é nem um pouco simpática. – o homem se apresentou, mas eu ainda não entendia o que eles queriam comigo.

- Sophie Collins, prazer! – gaguejei um pouco.

- Eu sei! – disse a mulher num tom irônico.

- O que vocês querem comigo? – perguntei curiosa.

- É um pouco complicado, é melhor você nos seguir. – o homem virou as costas, e desapareceu no meio das árvores, a mulher ainda estava ali na minha frente, me encarando.

- Andem logo! – a voz veio de dentro da floresta. – Reny, traga Sophie! – berrou o homem.

- Está bem Phil1 Já estamos indo! – a mulher gritou – Vamos menina, nosso tempo é curto. – a mulher me puxou pelo braço, e saiu correndo comigo do lado, parecia que estávamos em uma maratona, eu estava com medo de bater em alguma árvore, estávamos correndo muito rápido, até que a mulher foi diminuindo o passo até parar e eu acompanhei-a. O homem apareceu na nossa frente, todo sujo.

- O que aconteceu? – perguntou a mulher preocupada.

- Eu só escorregue. – o homem disse com uma voz engraçada, que quase me fez rir. – Venha Sophie, vou lhe mostrar nossa casa. – andei em direção ao homem, que me abraçava com um braço. Eu tinha ficado curiosa para saber onde eles moravam, quem moraria no meio do nada? E por quê? – Chegamos! – a casa era linda, era de dois andares, a arquitetura era moderna, novidade para mim em Halls Wring, tudo lá era tão velho. A casa tinha uma cor bonita, um amarelo meio creme. – Entre a casa é sua! Sinta-se a vontade. – o homem abriu a porta para mim e tirou meu casaco para pendurar. A mulher chegou uns minutos depois de nós. Eu ainda não me sentia a vontade para chamar o homem de Phil ou Sr. Brown, nem a mulher de Reny ou Sra. Brown. Era estranho, parecia que eu estava em casa, o medo que eu sentira na floresta havia desaparecido, eu me sentia a vontade no meio daquela gente que nunca ouvira falar na vida.

- Sophie, venha aqui! Vou lhe apresentar ao resto da família. – disse Phil.

- Tudo bem.

Andamos por um corredor longo até chegarmos na sala. Quando chegamos havia dois rapazes conversando no canto da sala, duas meninas assistindo televisão e um menino sentado no chão, que aparentava ter uns 14 anos jogava PSP.

- Pessoal! Conheçam a Srta. Collins. – Phil cantarolou ao dizer Srta. Collins.

- Oi! – levantei a mão e dei um tchauzinho, morrendo de vergonha.

- Então você que é a Sophie? – uma das meninas que assistira televisão saltou do sofá para me abraçar e falar comigo.

- É, sou eu sim. – falei meio envergonhada

- Prazer! Eu sou Louise Brown, filha mais velha do Senhor E Sra. Brown. Will vem aqui conhecer a Sophie. – Louise gritou para um dos rapazes no canto da sala. Quando ele se virou, meu queixo foi no chão e voltou, ele era lindo, os cabelos loiros eram até os ombros, alto e magro.

- Olá. Eu sou Will Brown, noivo da Louise. – Will pegou minha mão delicadamente e à beijou. Sua mão era fria como um gelo, que meus pelos da nuca se levantaram.

- Oi, sou Sophie Collins, você já deve saber, todos já sabem. – disse tagarelando.

- Sim, sim. Todos aqui já sabem quem você é. – Will sorriu e virou-se para chamar alguém. – Larissa, Armand e Cristopher venham conhecer a Sophie. – berrou Will.

A menina se levantou e veio andando em minha direção, o menino que jogava PSP levantou a cabeça e me cumprimentou, ele parecia tímido, mas eu nem dei muita bola para ele, a menina parou na minha frente e me disse:

-Oi. Eu sou Larissa Brown, filha mais nova do Senhor e Sra. Brown. Prazer em conhecê-la, espero que sejamos boas amigas. – a menina era super simpática, eu adorei ela de cara, queria mesmo ser amiga dela.

- Prazer. Espero que sejamos boas amigas mesmo. – Larissa abriu um sorriso largo que me deixou empolgada. Só não entendi por que o outro rapaz que conversara com Will não viera falar comigo, ele ficava me encarando como se fosse uma estátua, só que o modo dele de me olhar me intimidava, eu já estava ficando rosa. – Larissa, quem é aquele no canto da sala? – não me segurei, tive que perguntar.

- Ele é o Cristopher, ele é muito tímido, não se preocupe com ele, ele é um chato. – Larissa e eu rimos discretamente enquanto Will falava com Cristopher, pude escutar um pouco da conversa.

- Cristopher, vá cumprimentar a menina. Ela está te achando um mal educado, ignorante. – disse Will.

- Deixe ela achar o que quiser de mim. Você sabe que não apoio essa idéia, e além disso sinto que ela não é boa o suficiente para nós! – disse Cristopher. Depois disso não ouvi mais nada, eu estava pensando em que Cristopher falara antes, eu não era boa pra quê? Que idéia ele não apoiava? O que eu tinha feito? E depois do Will ter falado com Cristopher, ele ainda não viera falar comigo, eu estava me achando estranha por isso.

- Bom Sophie você deve estar se fazendo várias perguntas. Calma, todas elas vão ser respondidas. Mas primeiro é melhor você se sentar e relaxar. – disse o Sr. Brown.

- Tudo bem. – disse enquanto sentava no sofá já relaxada.

- Sophie vou direto ao assunto. – eu fiquei curiosa e nervosa, todos estavam na minha frente menos Cristopher. – Você foi a escolhida.- disse o Senhor Brown.

- Escolhida pra quê? – perguntei.

- Para ser a próxima vampira da cidade. – ele disse gaguejando na palavra “vampiro”. Eu quase cai no chão só que comecei a rir muito, eu não acreditava nessas coisas, isso era coisa de criança nem a Lucy que tinha 12 anos acreditava nisso.

- Bom vocês escolheram a pessoa errada, isso é impossível. Nem vampiro, nem papai Noel, nem fada dos dentes existem. Mas se vocês acreditam “bom pra vocês” mas eu não, e eu acho melhor eu ir logo pra casa, meu irmão já deve estar preocupado comigo. – hesitei, pegando minha mochila até que Cristopher berrou:

- EU SABIA QUE ELA NÃO ERA BOA O SUFICIENTE PARA ISSO.

- Não para tudo! Vocês acreditam mesmo nisso? Vocês são loucos mesmo. – sai correndo em direção a porta até que Cristopher me agarrou.

- Phil! Pega o sedativo! Rápido. – ele berrou para Phil. Depois de eu ter ouvido a palavra sedativo eu comecei a me bater e a tentar a gritar mas Cristopher era mais forte do que eu. Eu estava com medo, e se vampiros existissem mesmo? O que eu ia fazer? Eu não iria mais ver minha família? Pra que eu deixei Lucy e Ian irem para casa sozinhos? E segundos depois Phil estava lá com uma seringa na mão que Cristopher pegou rapidamente.

- Me desculpa, não precisava ser assim. – Cristopher olhou nos meus olhos, e seus olhos eram lindos mas demonstravam medo e pena. Já os meus demonstravam medo, terror até que de repente tudo ficou escuro, eu não enxergava mais nada, nem ouvia mais nada.


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Notas finais do capítulo

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