No caminho para casa, minha cabeça estava doendo, era muito informação para uma cabeça só, ou melhor uma cabeça humana só. Eu que desde pequena sonhava em ser Engenheira Naval, não poderia realizar meu sonho? Construi minha vida até aqui para virar uma sanguessuga? Eu realmente não queria que minha vida acabasse agora, e a do meus irmãos? Lucy só tinha 12 anos, ela ainda nem descobrira o que era viver direito, e Ian meu querido irmão, apesar de todas as nossas brigas de irmão, eu o amava incondicionalmente. Eu não tinha saida, ou eu me matava ou eu morria mas vivia! MInha vida estava se passando pela minha cabeça o tempo todo, minha mãe brigando comigo, meu pai me levando para trabalhar junto com ele. Eu não queria perder o gosto de viver. A última coisa que eu queria na minha vida era ser um morto vivo. Mas eu ainda tinha alguns meses para pensar.

– Sophie? - Cristopher balançou a mão na frente dos meus olhos.

– O quê? Fala? Hum? - falei meio desorientada.

– Nada. É que você não abriu a boca desde que saimos de casa.

– Vou falar o quê? - falei meio triste.

– Não sei... quem sabe... sobre seus irmãos! - Cristopher disse dando uma sugestão.

– Bom, eu tenho um irmão de 18 anos, Ian. Ele é implicante mas eu o amo, adoro vê ele me pertubando. E eu tenho uma irmã de 12 anos Lucy. Ela é meio estressada, ciumenta, carinhosa... Eu a amo demais também, ela me pertuba D-E-M-A-I-S! - eu ri.

– Que legal, depois quero que me apresente à eles.

– Pode ser, mas posso te perguntar uma coisa? - perguntei mudando de assunto.

– Claro, até duas.

– Posso te chamar de Cris? É mais fácil. - pedi.

– Sim.

– Eu amo tanto a minha família - sussurei.

– Que bom! Toda família deve se amar. - Cris disse me abraçando. Enquato ele me consolava ouvimos um barulho de trás dos carvalhos, eu abraçei Cristopher o mais forte que pude e escondi minha cabeça em seus peitos, ele cheirava a Hugo Boss, muito bom. Cristopher me abraçou e levantou a cabeça procurando por alguma coisa, parecia um animal procurando pelo caçador.

– Cristopher tira a gente daqui! Eu tô com medo. E se for um leão? - choraminguei.

– Silêncio!

Cristopher me soltou, e foi em direção ao carvalho. Eu estava trêmula. Quando Cristopher chegou no carvalho ele encontrou um papel e olhou para mim.

–SOPHIE CUIDADO! - disse Cristopher que em menos de um segundo estava em cima de mim.

– O que foi isso? - houve um silêncio.

– Godric!

– Hã? Quem é Godric?

– Um vapiro, de uma das familias sobreviventes.

– Ok, ok... MEU DEUS. - suspirei passado as mãos no cabelo. - mas o que ele fez?

– Tentou te matar!

– Como?

– Ele ia pular em seu pescoço. Mas agora ele já se foi! Pode ficar tranquila. Agora vamos mais rápido, você não pode ficar muito tempo por aqui. - Cristopher me colocou em sua costas e começou a andar muito ráido.

– Nossa, isso é uma das habilidades dos vampiros?

– Sim - Cris riu - uma delas.

– E quais são as outras?

– Com o tempo você descobre!

– Pronto, chegamos. - Cris me desceu.

– Obrigada, por tudo hoje. Por salvar minha vida e por ser legal comigo. - agradesci.

– Que isso, não foi nada. - Cris pegou minha mão e a beijou.