The Vampires Forest 2- The Golden Witch escrita por AnnySama


Capítulo 18
Colibri dá o primeiro passo.


Notas iniciais do capítulo

Hello o/ Tá aqui o tão esperado capitulo... Me desculpem pela demora, bloqueio criativo >.



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Saímos da floresta, e partimos para um lugar mais habitado. A velha aldeia estava lá, paralisada no tempo.

      -Então precisamos sair daqui e... Entregar isso á rainha das sereias-vampiras. - Orientou Sora.

      -Seria bom se pudéssemos ficar com ele, entende? É uma ótima proteção e nós realmente precisamos. - Alertou Viollet, olhando ambiciosamente para o amuleto de Nemêsis, seus olhos pegando fogo.

      -Sim, mas isso implicaria em nós termos que atravessar países e outros países para chegarmos até a outra entrada, em Boston, e isso levaria muito tempo. Precisamos mais de tempo do que de proteção. - Respondeu Sora, mas sua voz também era de pesar. Eu continuava silenciosa, sem me atrever a falar uma palavra, porque poderia explodir. - Mas... Você tem a sua capa. - Continuou ele, indicando a pequena mochila de Viollet, a qual ela guardara o presente das bruxas. - E Alice tem seu cetro... Estamos bem equipados!

      Ele tentava nos animar, mar era difícil. A perspectiva de que pelo menos uma pessoa, nossa amiga, iria morrer, era apavorante.

      -Certo, aonde é a saída para Missânia? - Perguntei, depois de longos minutos de silêncio.

      -Bem... Nós caímos ali, quando atravessamos o lago das sereias-vampiras. - Indicou Sora, um lugar perto de uma grande árvore obscura. - Será que não seria ali?

       -Ahn, só há um jeito de descobrir. - Falou Viollet, andando confiante até a imensa árvore. Nós a acompanhamos. Chegamos mais perto, e nos deparamos com um circulo perfeito, feito de folhas de carvalho. Viollet, curiosa, colocou um pé cuidadosamente dentro do circulo. Parecia confiante, mas quando colocou o segundo, ficando completamente dentro do circulo, sua expressão foi um mesclado e choque e medo, e numa fração de segundos, ela foi engolida por uma armadilha, um chão falso que cobria um buraco. - Ah!!! - Gritou, e eu e Sora chegamos mais perto, para olhar.

      -Ah meu deus! Viollet, você está bem? - Gritei, esquecendo da minha hostilidade com ela.

      Demorou um pouco, mas o eco chegou aos nossos ouvidos.

      -Ahn... Mais ou menos... Gente... Venham aqui! Quem está com o colar?! Droga, venham depressa! - Avisou-nos. Sora não hesitou, e mergulhou no buraco. Sem discutir, também fui, e me vi cercada pela escuridão subterrânea.

      Foi uma sensação horrível, parecia que o mundo tinha girado, nauseante. Ao invés de chegarmos, literalmente, no fim do poço, nós atravessamos, pela força da caída, outro buraco, como se estivéssemos subindo, e não descendo como estávamos. Fiquei confusa durante alguns minutos, até me deparar com a margem de um lago cristalino, que podia ser lindo se não tivesse pelo menos dez medonhas sereias-vampiras nos olhando com seus olhos vazios e suas bocas secas, procurando carne de vampiro. Aqueles dentes deviam ser dilaceradores para conseguir morder a pele de um vampiro, tão dura como pedra.

      A rainha das sereias, Caliara, segurava com força Viollet pelo pescoço, rosnando febrilmente.

      -É bom que essstejam com o que eu pedi! - Falou entre os dentes, a rainha.

      Tirei desesperada o colar da mochila, quase o deixando cair, e entreguei rapidamente á Caliara, que sorriu satisfeita.

      -Foi um prassszer fazer negóssscio com vocêsssss - Exclamou. - Com lissscensssça. - E submergiu nas águas profundos, e o resto das sereias a acompanharam.

      Nós ficamos algum tempo parados, meio assustados com aquela pequena aventura.

      -Vamos, temos que ir. - Falei, com a voz morta, apenas me levantando e mantendo os olhos desfocados.

      -Qual é o próximo passo? - Perguntou Viollet, e nós parecíamos ter esquecido nossa rápida rivalidade.

      -De acordo com a profecia temos que encontrar a filha perdida e a empregada adormecida. - E olhei incrédula para eles. - Certo... Mas, o que?!

      Sora pensou no assunto, enquanto Viollet se preocupava em arrumar sua roupa, quase rasgada pela rainha das sereias-vampiras.

      -A não ser que... - E Sora pareceu maravilhado com a sua descoberta. - Estamos tentando juntar os quatro elementos, certo?

      -Ahn, acho que sim. - Respondi.

      -E a empregada da Princesa de Oceânia tinha o incrível dom da Terra! - E ele tentava juntar as peças  de seu complicado quebra-cabeça. - Talvez a profecia queira que nós a resgatemos, e... não entendo por que precisaríamos da Princesa, já que o dom dela é como o seu, Alice, mas... a filha perdida... Tem que ser ela! - Disse, um tanto empolgado.

      -Mas Jaden me disse que, bem... Ela estava morta por causa da guerra entre Missânia e Oceânia. - Falei, sem graça. E senti os olhos de Sora tentarem desviar da triste realidade, e em minha mente, várias idéias foram se passando.

      -É o que todos acham... Outros pensam que talvez esteja escondida nas fortalezas de gelo de Arpis. Entende? O monstro, Perinus, está guardando lá, e dizem que Colibri, na mesma época da guerra, andou negociando com aquele idiota! Pior do que Colibri, só Arpis mesmo! - Disse com raiva, e senti seus olhos outra vez arderem de ódio.

      -Tudo bem! Outro monstro?! Cara, isso tá ficando chato! - Falou Viollet, depois de um tempo em silêncio.

      -É, mas se conseguimos matar um, conseguiremos matar outro. - Sora a encorajou.

      -Temos que ir ao reino de Arpis... - E eu parei, e rapidamente pensei na besteira que eu estava dizendo. - Nenhum de nós pode ir ao reino dele. Droga!

      Nem Sora, nem Viollet podiam desmentir aquele fato.

      -A menos que Arpis nos dê permissão. - Murmurou Sora, depois de longos pensamentos. - Se o convencermos, poderemos entrar no reino dele e sair normalmente. Mas é difícil que ele nos ajude, sempre foi muito amigo de Colibri.

      -Não há nada que belas palavras não seduzam. - Disse Viollet, dando um sorriso sorrateiro. - Onde podemos encontrá-lo?

      -Talvez devêssemos ir até a floresta, na casa dos Phillper e falar com Hillary, assim ela o chama. - Respondi. Meu coração fervilhava de esperança.

      -Ok, então vamos! - Bradou Sora.

      Seguimos até o campo de girassóis onde se avistava um lindo ipê lilás solitário. Ali era mais um portal, escondido como parte da natureza.

      Não esperei que eles dissessem nada, apenas abri uma porta disfarçada de pedaço de tronco do ipê e pulei no interior dela, sendo sugada para todas as direções. Sendo separada em pedacinhos e depois juntada, escuro e escuro. Eu odiava aquilo.

      Caí de forma desajeitada num mundo totalmente diferente daquele que estava a poucos minutos atrás. O chão era coberto de folhas, gramas e plantas rastejeiras escuras e secas. As árvores ao meu redor eram pinheiros altos e também de coloração sombria. Tudo era muito assustador naquela floresta, diferente do lindo campo de girassóis de Missânia.

      Me afastei logo, sabendo que os outros chegariam rápido. Levantei-me e continuei a examinar o lugar, sentindo-me como se estivesse retornando depois de alguns anos.

      O baque de algo amassando o chão foi ouvido depois de alguns segundos. E lá estava Sora e Viollet tão pertos um do outro, tão juntos. Comecei achar que estava ficando paranóica, qualquer ação que ela fizesse com isso me queimava até a alma - se é que eu tinha uma.

      -Mas... você sabe se ela está aqui? A última vez que a vimos foi na batalha contra Lizzy. - E nós dois trocamos olharemos singelos e rápidos.

      -Vamos ver. - Respondi secamente. Sora se encolheu e olhou para o chão, me senti imediatamente culpada por ser tão dura com a sua insinuação. Mas apenas continuei a andar.

      Corremos até chegar á casa colonial sombria e ao mesmo tempo muito bonita e elegante para estar no meio de uma floresta escura.

      Entramos, mas não havia sinal de movimentos.

      -Hill! - Gritei, chamando-a. Mas nenhuma indicação de caminhar pela casa, nenhum sinal da silenciosa vida de algum vampiro ali dentro. - Vamos subir, talvez ela esteja fazendo algo muito importante. - Falei, revirando os olhos.

      Subimos a escada de mármore e andamos até o final do corredor, onde ficava o quarto de Hillary. Nada de movimentação no cômodo.

      Entramos no quarto de Carl e Mary, no de Jaden e finalmente no meu, o antigo quarto de Henry.

      Hillary estava com as mãos apoiadas no balcão um pouco abaixo da linda janela com roseiras. Seu físico estava rígido e sua cabeça caia pesadamente para baixo enquanto o resto do corpo nem se mexia.

      -Hill? - Chamei-a novamente, e ela se virou tentando parecer despreocupada e feliz, mas seu rosto estava vermelho e seus olhos estavam apenas marejados, incapazes de fazer as gotas de lágrimas que nunca existiram saírem.

      -Hey! Como vão? - E olhando para Viollet, que parecia desconsertada, continuou: - Ah, bem... quem é ela?

      -É uma longa história... Visitamos as bruxas da Torre e elas apenas nos disseram para juntar Viollet a missão. - Respondeu automaticamente Sora.

      -Ah, prazer. - E Viollet deu um meio sorriso estranho e falso. Hillary devolveu um sorriso menos desanimado, menos tudo. Diferente da Hill que achava graça das horas mais difíceis.

      -O que houve? - Perguntei, colocando gentilmente uma mão em seu ombro e o acariciando.

      -É melhor você ver isso. - Falou ela, e percebi que prensado entre suas mãos rígidas e o balcão, estava uma folha de um jornal. Peguei-a rapidamente e esperei pelo pior.

20.12

Mulher é encontrada morta em sua residência

Liana Higer, uma das milionárias da LestVille foi encontrada morta em seus aposentos, deitada e sem nenhum sinal de luta. O fato é intrigante para os policiais. Conversamos com os seguranças da casa que afirmaram que não deixaram ninguém entrar aquela noite. O mordomo relatou que não ouviu nenhuma movimentação estranha, mas que quando subiu para verificar como estava a sua senhora, se deparou com uma cena terrível. Liana estava sangrando no pescoço e havia indícios de que algo o perfurou. Embora esta causa deveria ao menos ter sido recebida com um grito da mulher, ela apenas se encontrava de olhos fechados e minutos atrás ninguém da casa e nem da vizinhança teria ouvido algum barulho sequer. É simplesmente um fato misterioso que requererá muitas testemunhas e laudos.

      E no canto esquerdo, acompanhando a trágica história, tinha uma foto preto e branco de minha tia. Um coque alto e bem preso, seu rosto estava sereno e seu sorriso era sutil. Estava usando um vestido preto de gola canoa e mangas de renda justas. Reconheci a foto, era uma do velório de meu tio, e Liana, mesmo naquela situação, não podia estar menos elegante, menos "madame".

      Não conseguia raciocinar. Na minha cabeça, a idéia daquela pessoa tão alegre estar morta não estava se encaixando.

      Mas ela estava, e provavelmente a culpa era minha.

      se você não desistir nesse instante, nos próximos dias sua tia morrerá. Lembrava das palavras estridentes que Heidi me dissera talvez um dia atrás.

      Tudo estava se acabando, enquanto eu procurava a droga dos quatro elementos. Agora eu entendia: Não importava se eu conseguiria derrotar Colibri. Eu iria morrer de qualquer jeito, do jeito tradicional ou do psicológico. Porque aquela luta só terminaria quando todos a minha volta estivessem caídos.

      -Eu vou entender se você não quiser continuar a missão. Se quiser apenas ficar do lado de Colibri para protegê-las. - Hill me tirou de meu transe. E eu sabia que ela estava se referindo a Lorena e Sarah.

      Olhando ainda para o jornal, silenciosamente, uma gota de minhas estranhas lágrimas de sangue foram escorrendo, saindo pesadamente de meus olhos, e pingaram muito delicadamente no jornal, um pouco acima da foto de Lia.

      Apenas pisquei longamente e olhei para Hill, a raiva me dominando, mas tentei manter a calma.

      -Eu comecei isso. - E crispei os lábios. - E vou terminar.

      Dizendo isso, joguei o jornal de qualquer jeito em cima do balcão e passei pelos três, saindo da sala. Desci as escadas e saí da casa para tomar um ar fresco, antes que eu inundasse toda a cidade de Ottawa.

      Assim, longe dos olhos de todos que esperavam que eu aguentasse firme, eu desabei no chão, deixando as milhares de lágrimas vermelhas saírem de meus olhos.       


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