Amor Sulista escrita por Nynna Days


Capítulo 21
Dinnie Ray


Notas iniciais do capítulo

Meus amados sulistas, me desculpm pela ausência, tive alguns problemas, mas estou de volta.
Novo capítulo, fresquinho. Perdoem os erros de português.
E no final tem notícias. Bjs.



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Capítulo 21 – Dinnie Ray

Eu não queria falar. Eu não queria pensar. Meus pulmões não ardiam, porque eu não precisava respirar. Se meu coração ainda batesse, estaria a mil por hora. Minha mão ainda estava em seu peito exposto, sentindo a sua pele se esquentando por debaixo de meus dedos. Me pressionei contra o seu corpo, vendo com satisfação como ainda nos encaixávamos.

Passei os dedos lentamente por seus cabelos negros e finos, sentindo-os se despenteando contra a palma de minha mão. Daniel segurava os meus cabelos com firmeza apenas com uma mão e a outra estava em volta de minha cintura, enquanto ele me puxava com mais força contra ele. Sua língua quente invadiu a minha boca subitamente e eu gemi contra os seus lábios.

Só então eu percebi o quanto realmente sentia falta daquele toque. Era como se fosse uma peça que tivesse voltando ao seu lugar no quebra cabeça. Sua mão que estava em minha cintura deslisou para baixo, até a minha coxa e a colocou entorno de sua cintura.

Fez a mesma coisa com a outra perna, e me vi em seus braços sendo carregada até a cama. Ele separou os nossos rostos e eu vi os seus olhos cinzas pegando fogo. Respirávamos com força, por um momento esquecendo nossa verdadeira natureza. Éramos apenas Dinnie Ray e Daniel. Dois amantes pegando fogo.

Ele me pôs suavemente deitada na cama e deu um passo para trás, como se encarasse uma obra de arte. Franzi o cenho levemente e senti as presas se pressionando em meus lábios, deixando evidente a minha excitação. Passei a língua levemente por elas e vi os olhos de Daniel brilhando. Ele colocou a mão em sua blusa e a tirou em poucos segundos, deixando seu torso totalmente exposto.

Me segurei para não levantar e ir até ele. Sabia que ele queria ter o seu próprio tempo. Abriu as calças. Engoli em seco. As presas começaram a furar meus lábios e eu tive que abrir a boca. Fiquei surpresa com o segundo gemido que escapou do fundo da minha garganta, como um rosnado.

Daniel jogou a calça no outro lado do quarto, fazendo-a cair perfeitamente em cima de uma cadeira. Olhei seu corpo quase nu parado a minha frente. Era como a personificação de Adones. Cada sombra de sua antiga pele morena humana, misturada com o pálido vampírico que agora lhe pertencia. A única peça de roupa que ainda estava usando, era uma cueca boxe preta.

Não conseguindo mais me segurar, me levantei na velocidade vampírica e fui na direção dele, parando a poucos centímetros de seu rosto. Ele me olhava sério e eu pude ver o desejo queimando no seu olhar cinzento. Levantei uma mão para tocar seu rosto, mas ele rapidamente segurou meu pulso. Tentei repetir esse movimento com a outra mão, e ele segurou novamente meu outro pulso.

Aproximei o meu rosto do dele, sentindo seu hálito invadindo meu nariz, como o mais perigoso dos perfumes. Nossos narizes se roçaram e um pequeno sorriso foi se formando em seus lábios. Fiz de seu sorriso, o meu. Era como se correntes elétricas entrassem em minhas veias. O sangue grosso em minhas circulação corria em uma velocidade incrível por conta da adrenalina. Estava na espectativa de que ele me beijaria a qualquer momento.

Senti nossos lábios se roçando e entreabri-os, dando uma passagem generosa para a sua língua. Sendo pega totalmente de surpresa, ele me jogou de volta na cama. Antes que eu pudesse me levantar, ele pôs o seu corpo quente por cima do meu, prendendo os meus pulsos acima da minha cabeça.

“Nada disso, Senhorita Dallas.”, ele sussurrou com a voz rouca.

Me arrepiei toda. Ele sorriu ainda mais, revelando as presas. Comecei a respirar com rapidez por conta daquela visão. Seus lábios roçaram mais uma vez nos meus, mandando correntes elétricas para todo o meu corpo. Fechei os olhos, desfrutando daquele mar de sensações.

Deixei minhas guarda baixa mais uma vez e Daniel se aproveitou disso. Suas mãos soltaram os meus pulsos e se moveram para a frente do meu vestido. Eu soube o que ele ia fazer antes de escutar o barulho do tecido se rasgando. Ele o fez como se fosse apenas uma simples folha de papel e não um complexo vestido de um século distante.

“Agora estamos em vantagem”, ele disse olhando para a minha lingerie vermelha. Meus peitos subiam e desciam no ritmo da minha respiração. “Na verdade, quase em vantagem”

Ele soltou os meus pulsos e saiu parcialmente de cima de mim, apenas para tirar os retalhos do vestido da cama. Então, avançou em mim como um animal. Nem deu tempo de desviar e eu estava de volta na cama, sem o sutiã. E antes que eu pudesse reconstituir os movimentos de Daniel em minha mente, senti suas presas roçando por meu corpo.

O que restava de nossas roupas foi rapidamente retirado. Logo, estávamos unidos em um único ritmo e uma só respiração. E quando ele entrou dentro de mim, foi como se o mundo todo se resumisse há somente aquele momento. Nós paramos e nos olhamos. Foi como a primeira vez. Estávamos fazendo amor. Eu estava amando novamente.

Meu corpo pegava fogo de um jeito que eu pensei que estava queimando de verdade. E antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa que pudesse atrapalhar esse momento, Daniel começou a se mexer. Eu gemi alto. Ele rosnou. Não importava para mim que no andar de baixo tivesse um bando de vampiros com super audição. Só o que importava era que eu estava ali, com Daniel.

E pensar que ele esteve tão perto da morte a poucos dias. E pensar que nós dois estivemos separados por mentiras e segredos que eu guardei. Abri meus olhos, que nem tinha percebido que tinha fechado e me vi encarando as esferas acinzentadas que eram os olhos de Daniel. Sua testa estava franzida e a boca pressionada em linha reta. Ele estava se segurando por mim.

Sem pensar duas vezes, joguei o cabelo para o lado, deixando o meu pescoço exposto. Daniel passou a língua pelos lábios e aproximou a boca dali. Primeiro deu um beijo suave bem onde eu tinha uma veia pulsando. Então, jogou sua cabeça para trás, revelando totalmente as suas presas e me mordeu ao mesmo tempo que entrou com força dentro de mim.

Meu corpo todo pareceu se partir em mil pedaços e relaxar, mas me mantive firme. Daniel continuou mordendo, mesmo depois que meu corpo parou de tremer e eu voltei a respirar. Afastei meu pescoço de suas presas e devolvi o favor. Daniel gemeu como um animal e eu senti ele se derramando dentro de mim. Me senti inteira e caí ao lado de seu corpo na cama.

“Eu te amo”, sussurrei em sue ouvido, passando um braço em volta de seu torço.

Escutei o seu riso rouco.

“Pensei que nunca mais diria isso”, ele riu mais uma vez. “Te amo, Ray. Mais que tudo. Eu poderia dizer mais que minha vida, mas você já fez dela, sua.”, ele beijou a minha testa e eu pude sentir o seu sorriso. “Durma. Amanhã será um longo dia.”

Eu fechei os olhos e quando dei por mim, apaguei.

***************************

Tateei a cama, a procura do dono do meu coração, encontrando apenas o vazio me acompanhando. Abri os olhos, alarmada, e olhei ao redor do grande quarto. Vazio. Respirei fundo. O cheiro dele ainda era recente, então não tinha saído a muito tempo. Ampliei minha audição o bastante para escutar o som do chuveiro e da voz de Daniel.

Suspirei aliviada. Sorri, ao perceber que o gosto metálico do sangue de Daniel ainda estava em minha boca. Me espreguicei, escutando todos os meus ossos estalando e olhei para a janela. O sol atravessava a sacada preguiçosamente e tocou a minha pele, fazendo-a pinicar um pouco. Toquei em meu pescoço, sentindo alguns buracos onde Daniel tinha me mordido.

Enquanto eu esperava ele terminar de tomar banho, deixei a minha mente vagar pelas últimas horas. Eu tinha visto Marco e ele tinha dito que não tinha acabado. Engoli em seco. Se ele fizesse com outras pessoas tudo o que tinha feito comigo e com Daniel, sua morte seria iminente. Eu poderia lavar as minhas mãos e deixá-lo, mas tinha algo dentro de mim que não conseguia.

Não. Era a antiga Ray, aquela de 20 anos atrás que não queria que nada de ruim acontecesse com seu amor. O meu antigo amor. Por um segundo me perguntei se realmente amei Marco. Eu queria ter a certeza que tinha ao dizer que amava Daniel. Não, eu sabia que tinha amado Marco, mas não aquele Marco.

Éramos pessoas diferentes, bastante distintas. Eu ainda acreditava na possibilidade de eu e Marco ficarmos juntos, hoje em dia, tinha certeza que isso nunca mais aconteceria. Quando Marco ainda era humano tinha uma essência doce que exalava da sua inocência. Atualmente, só exala morte e ironia. Passei a mão por meu rosto, me repreendendo por estar pensando em Marco quando seu filho – grande amor da minha existência – estava a uma pouca distância de mim.

Parecendo estar se sentindo chamado, escutei a porta do banheiro se abrindo. Segundos depois, Daniel apareceu. Eu ainda me impressionava com a sua beleza. Estava parado no batente da porta, os braços cruzados e os cabelos escuros e molhados penteados para trás. Os olhos cinzas estreitos em sinal de diversão e um belo sorriso, deixando os dentes brancos e perfeitos em contraste com os lábios vermelhos e carnudos. A pele pálida lisa e sem nenhuma fila. Macia e resistente.

“Bom dia”, ele disse me olhando de cima a baixo. Ele parecia me estudar com a mesma intensidade que eu o estudava .

Sorri.

“Ótimo dia.”, eu me sentei olhando ao redor do quarto mais uma vez e vendo uma roupa pendurada atrás da porta. A lembrança me alcançou. “Ou talvez nem tanto.”

Daniel seguiu o meu olhar e pegou a roupa, também fazendo uma careta.

“Luanne passou aqui mais cedo e deixou.”, ele explicou colocando a roupa na cama e se sentando na beirada. “Ela me disse que você nunca dormia nesse castelo, mesmo que por lei te pertença.”, ele abaixou os olhos e eu tive certeza que não tinha sido só aquilo que Luanne tinha falado. Ele hesitou. “Ela também me explicou um pouco sobre as divisas. E que você era muito importante.”

Mordi o lábio.

“Não sou tão importante”, tentei me justificar.

“Na verdade, é sim. Não sei porque tem vergonha de dizer que é Senhora de todo Washington e não só de Seattle.”

“Não é vergonha”, pressionei os lábios juntos. “É medo.”, sentei e toquei a roupa que Luanne tinha escolhido para mim. “Eu vi quantos Senhores e Senhoras foram corrompidos pela grandeza. Eu não quero isso. Eu não sou assim. Então, dizendo que eu sou Senhora apenas de Seattle, é como se eu me contentasse com pouco.”

“Mas, eu nunca te vi saindo de Seattle.”, ele meditou pendendo a cabeça de lado. “Como você administra as outras cidades?”

“Noah”, respondi brevemente. “Luanne.”, dei de ombros.

“Oh”, ele assentiu consigo mesmo, pensativo.

Sorri passando a mão por seu rosto. Não gostava quando ele se metia nesses assuntos burocráticos. Me levantei, ignorando o meu estado de nudez. Daniel me olhou com um sorriso no rosto, mas eu o ignorei. Peguei a roupa que Luanne tinha escolhido e a analisei. Era um terninho feminino. Uma saia branca que quase tocava as minha coxas, uma blusa vermelha sem mangas e de gola alta e um casaquinho branco.

“Luanne sabe escolher bem as roupas.”, Daniel comentou. “Tem que estar tão séria hoje?”

“Preciso, mas não tanto.”, disse descartando o casaquinho. Estava um belo dia de sol. “A votação para o novo Senhor do Norte é importante, mas eu já sei em quem votar. Carmem. Ela é um pouco convencida, mas comparados com os outros concorrentes é a mais preparada.”

“Ela trabalhou com um Senhor não foi?”, Daniel divagou.

Assenti.

“E um Senhor tão ou mais severo quanto o meu antigo Senhor.”, fiz uma careta e suspirei. “Vou me arrumar.”, me inclinei e pressionei os meus lábios contra os de Daniel, suspirando ao sentir o seu hálito no meu. Me afastei.

Daniel mordeu o lábio e seus olhos brilharam de desejo.

“Minha Senhora.”, ele fez uma rápida mesura e voltou a se sentar. Eu ri.

“Meu amado”, eu fiz minha saudação e ele riu.

Suspirei. Seria um dia cheio de surpresas.


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Notas finais do capítulo

E como será o dia da votação. Te garanto que terá bastantes surpresas, hem.
Bem, estamos chegando no final. Sim, Amor Sulista também só terá 25 capítulos. E os capítulos 24 e 25 já estão escritos. Mas, para a alegria de vocês, terá uma terceira e última parte chamada Destino Sulista. E é o final definitivo.
Mas, entre o final de Amor Sulista e Destino Sulista, darei uma pequena pausa para me concentrar nas minhas outras fics abandonadas. Mas, para avisar a todos quando eu começar a postar Destino Sulista, vocês tem duas opções. Ou comentam no capítulo para eu mandar uma mensagem ou deixam o e-mail qe eu aviso.
Bjs, amores.