Curtas: Lily Evans e James Potter escrita por Larissa Oliveira


Capítulo 8
Curta VIII - Decepções e algumas surpresas


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas lindas! Espero não ter demorado muito, e como prometido, um curta BEM grande pra vocês! Obrigada por tudo, novamente.



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Alguém me explica porque esse maldito sentimento está me corroendo novamente? É claro que eu aprendi a lidar com a distância com o Potter, e para isso tive que me isolar das meninas, o que foi um tanto difícil, mas por algum motivo James parece ter percebido o quanto ficar longe das minhas melhores amigas (que disseram que minha atitude não foi nada legal, e tentaram me aproximar, mas eu simplesmente não podia, não com ele ali), e se afastava muitas vezes para que eu pudesse estar junto a elas. Aquilo me incomodava? Sim, muito, mas eu não podia fazer muita coisa. Eu simplesmente não sabia como lidar com os acontecimentos anteriores e os guardei, numa tentativa de trancá-los e não precisar tomar uma decisão sobre.


Eu sei, isso soa covarde. Mas ninguém pode me culpar, certo? Oh meu Merlim, eu estou tão, tão ferrada!


Marlene estava tagarelando algo sobre os próximos jogos de Quadribol, do qual eu fingi prestar a atenção e logo em seguida lhe disse que iria a biblioteca. Ok, mentir para a melhor amiga não é muito legal, mas acreditem em mim quando eu digo que Lene estava totalmente do lado dele nisso.

Olhá-lo muitas vezes me causava esse sentimento constrangedor mesclado a nostalgia, e eu tinha que controlá-lo sempre para não fazer besteira. Agora como eu fui nutrir algo por James Potter, eu realmente não sei. E eu muito menos sabia o que se passava na cabeça dele, porque o garoto não tentara nenhuma aproximação. Tudo bem, eu admito, eu lhe mandei uma carta nada ameaçadora, mas acho que dessa vez fui longe demais e o magoei. E não venham me dizer que eu deveria ir falar com ele! Já não basta as férias em que fiquei remoendo isso... Ah droga! Aonde eu fui parar?


Olhei para o céu, eu adorava vir no jardim desde que minha cabeça se tornara essa confusão. E isso eu culpo totalmente James Potter! Porque antes dele eu era uma excelente aluna e só precisava me preocupar em estudar, e não com um o fato de ter o magoado, sobre meus sentimentos... Bem, eu fiz meu ponto.


E estou totalmente certa, não é mesmo? Ok, não me matem, juro que eu se eu tomar um pouco de vergonha na cara, vou falar com ele. Ou não.
Sabiam que ele voltou com muitas das brincadeiras idiotas dele? Isso foi a minha primeira decepção, decididamente.


Severus e eu tínhamos mantido uma boa relação nesse ano e meio, mas eu sinceramente acho que às vezes ele fica um pouco... Estranho. Como se estivesse distante ou algo assim, sabe? Isso me preocupa, porque às vezes eu sinto que meu amigo simplesmente não está mais ali. E não venham me dizer que eu sou paranóica. Talvez um pouco. Ok, vocês têm razão!


– Não sabia agora que andava mentindo, Lil - disse uma voz feminina, muito familiar. Ops.


Sorri em falso e olhei uma Marlene com as mãos na cintura muito brava.


– Oi Lene. Tudo bem com você? Está um dia lindo, não?


Ela se sentou ao meu lado e suspirou. Lá vem sermão. Quem quer apostar?


– Está pensando nele?


– Eu não faço ideia de quem você está falando.


– Você realmente devia ir dar explicação ao James. Ele ficou completamente desvatado com aquela sua carta nas férias, e me disse que te daria um tempo. Um tempo para pensar, refletir em tudo, e parece que você é tão cabeça dura Lil, que continua fugindo de tudo e fingindo que nada aconteceu.


Eu ganhei a aposta, só para saberem. Comecei a brincar com a grama, distante dali. Relembrei o dia em que quase nos beijamos. Trágico. E não riam!


– Naquele dia... Eu me lembrei de quando ele me apostou com o Sirius, Lene. Aquilo doeu, e eu nem ao menos sei o que sinto por ele.


– Por Merlim, Lil! Quando você vai enxergar que o ama?


Lene me encarou por alguns segundos e eu baixei o olhar. Eu disse, totalmente covarde, huh?


– Olhe para mim, Lil.


Ela riu quando eu levantei a cabeça com os olhos fechados.


– Vamos lá, criançinha.


Sorri e abri os olhos, e nas mãos da minha melhor amiga estava um pedaço de pergaminho, muito pequeno. Possuía apenas três palavras.


"Eu sinto muito."


Sabe quando você tem uma vontade louca de rir e chorar? Foi o que eu senti. Me levantei, e disse para Lene antes de ir:


– Tenho que fazer uma coisa. Obrigada, Lene.


– Faça a coisa certa. Boa sorte, Lil.


Lhe dei um aceno e saí, a procura do idiota do Potter. É, vendo isso agora, parece mais um elogio.


Eu só não sabia que iria dar de cara com a minha segunda decepção.
Corri pelos corredores, o procurando. Os pensamentos rodopiavam muito rápidos na minha cabeça, e eu pouco me importo com a confusão de tudo aquilo. Afinal, eu era Lily Evans, a dona da complicação. E comparado ao um ano e meio atrás, isso era pouco.


Eu precisava dizer a ele que não importava que eu não sabia exatamente o que sentia. Eu podia descobrir, certo? Do jeito certo, e eu podia muito bem esquecer da aposta estúpida. Claro que eu podia.
De repente, eu parei de correr. Meus pés paralisaram e minha respiração ficou presa por alguns segundos. Por algum motivo, eu senti uma lágrima descer pelo meu rosto.


À minha frente, uma loira qualquer estava se agarrando com um garoto de cabelos negros rebeldes. Com James Potter. Ele interrompeu o beijo por um instante, e me viu. Eu não conseguia desviar meu olhar do dele, e claro que uma surpresa repentina passou por seus olhos. Ah, mais é claro! Quando ele adivinharia que eu estaria ali, não? Eu queria poder ter xingado ele naquele hora, mas poucas palavras saíram da minha boca. Mas foram o suficiente.


– Então é isso que você chama de me dar tempo para pensar, Potter? Agarrando uma vadia qualquer?


E corri.


Parece que correr era a solução para tudo, pensei irônica. E de pensar que eu estava prestes a dar uma chance a ele! Como eu sou uma idiota!


– Lil, espere!


– Não quero que venha atrás de mim! - gritei contendo as lágrimas.


Maldita lágrimas.


– Lil! Não é isso que você está pensando...


– Ah, claro. - eu ri. Uma risada meio distorcida.


– Me faça um favor? Suma da minha vida - falei. Subi às escadas para o dormitório, e o ouvi esmurrar alguma coisa.


– Eu errei, Lil! Eu prometo que irei esperar por você, certo dessa vez.Por favor, acredite em mim.

Foi a última coisa que ouvi.


**

– Eu já fiz. - Severus disse, quando perguntei sobre o dever de Herbologia.


– Eu também. Na verdade, fiz todos os deveres para me manter ocupada.
Ele me observou por um tempo. Fazia duas semanas desde os acontecimentos e eu havia evitado Potter como podia.


– Eu soube do que houve no corredor.


Eu dei de ombros, já que ele fizera uma afirmação. Eu não queria falar a respeito, muito menos com Sev.


– Só quero saber se está bem, Lil.


– Sev - falei calmamente, o fitando. - Por que eu não estaria bem?

Depois disso, voltamos a falar vagamente sobre o dever, e ele subiu às escadas para o Salão Comunal da Sonserina. Vi Alice e corri até ela.


– Que milagre! Normalmente estou acostumada a ver você ocupada com a língua enfiada na boca do Longbottom.


– Lil!


Eu ri, e equilibrei meus materiais.


– Salão Comunal? - perguntei.


– Biblioteca. - ela suspirou.


– Deixe-me adivinhar... Você não fez o dever de Herbologia e agora está com tudo acumulado.


– Lil, suas habilidades em Adivinhação são incríveis! Por favor, me diz que você não está ocupada e pode me ajudar. Sim?


Viram? Eu não duvido nada que Lene está no mesmo barco. E é uma boa pergunta aonde arranjei essas duas. Aliás, vivo me perguntando.
– Você e seus olhinhos brilhantes. Como dizer não?


Ela sorriu e nós fomos até a biblioteca, onde começamos um trabalho árduo com os pergaminhos.


– Eu fiquei sabendo. Me conte como está. - ela falou bem baixo.


– MEU MERLIM! - gritei. Ganhei um olhar ameaçador para manter-me quieta.


– É incrível como as coisas se espalham. - sussurrei.


Ela deu de ombros e continuou.


– O incrível é como essa fofoca tem se mantido quente, Lil. Você e James são o assunto preferido de Hogwarts, considere-se famosa.


Ela riu e eu lhe lancei um olhar assassino.


– James foi um idiota. Mas ele te ama.


Olhei para o pergaminho em que escrevia e percebi que nesse momento escrevi com força demais.


– Você deve estar brincando comigo, Lice.


Ela me fitou.


– E se ele mudasse?
Opa. Eu vi um brilho maligno nos olhinhos da morena, e isso normalmente não significa coisa boa. Mesmo assim respondi:


– Eu não sei, Lice. Eu estava disposta... Eu não sei.


– Não seja tão dura com ele. E vamos, precisamos terminar isso logo.
Dei um breve sorriso, na verdade, meio triste e voltei a escrever. Já disse que aquele feitiço para forjar a letra era realmente bom? Pois é.
Tão bom que fui enganada.


"Lil, preciso falar com você. Venha assim que acabar com a Lice.Marlene"


Quando o pergaminho pousou na mesa, eu fui ao ataque curiosa. Alice pareceu não se importar e já estavámos acabando, quando eu disse que tinha que ir. Ela me agradeceu apenas e disse para que eu continuasse pensando.


O que a Lene poderia querer falar de tão importante?


Cheguei ao Salão Comunal, que estava vazio, exceto por James Potter.


Droga.


Droga.


Mais uma vez, droga.


Quando eu tentei sair, ele se postou na minha frente.


– Espere, você precisa me ouvir.


– Acredite, eu não estou nem um pouco afim. - respondi.


– Lil... - ele bagunçou os cabelos. Aquilo me despertou memórias e por um segundo me deixei levar. Droga Lil!

– Eu fui um idiota. Acho que na verdade, ainda sou. Mas eu queria pelo menos explicar que quando decidi te dar um tempo para pensar sobre aquele dia, eu realmente não tinha a intenção de sair com nenhuma garota. Mas Emma foi uma ótima amiga, e me ajudou de uma certa forma, e eu não a via como nada mais. Quando a beijei, eu pensei em você, e de repente você estava lá na minha frente, vendo tudo aquilo, e eu pensei "O que eu estou fazendo?", e quis mais do que tudo que nada daquilo tivesse acontecido. Eu sinto tanto, tanto Lil. Eu preciso que você acredite em mim.


Ouvir sua voz doía.


Olhar em seus olhos agora parecia uma tortura.

De certa forma, eu nutria um ódio profundo por ele.


Tudo bem, mágoa. Eu nutria mágoa.


E novamente (me matem), eu fiz algo que não me orgulho muito.

Considerem apenas que a imagem dele a beijando estava na minha cabeça.


– Ótima história. - falei.

No próximo minuto, eu só vi a marca da minha mão em seu rosto. Eu lhei dei um tapa forte, como se a dor fosse o suficiente. Na verdade, doeu mais em mim que nele.


– Você se sente melhor? - perguntou ele.


Eu fitei seus olhos, os meus marejando. Lágrimas idiotas.


– Não, eu não me sinto.


E se vocês adivinharem, eu dou meu pacote de jujubas. É, eu corri.


Por isso eu digo a todos, se precisarem de uma solução rápida e simples, corram!


– Eu te odeio, Potter. Odeio por me fazer sentir assim! - sussurei, ao pé da escada.


Droga. É, parece que essa é a palavra do dia.


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Notas finais do capítulo

Reviews? E não me matem, o próximo é de algumas coisas ou do sexto ano, ainda não me decidi... Faltam quatro curtas já!! Então o próximo vai ter que ser gigante :/ Beijos!