Where Are You Now? escrita por Kaah_1


Capítulo 9
Grandes garotas não choram.


Notas iniciais do capítulo

oiii gente
desculpem se demorei muito
espero q gostem
ignorem os erros e BOA LEITURA



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(...)

Thomas havia me levado até uma praia deserta. Eu nunca tinha vindo a essa praia, mas, era bem bonita.

Ele estendeu uma toalha na areia e nos sentamos por cima, enquanto observava o mar e sentia a brisa bater leve no meu rosto. Era um dia de sol, estava quente e não devia passar da uma hora da tarde. Acho que eu devia ir pra mais lugares assim, eu precisava me distrair no dia a dia.

Era tudo tão lindo. Como um paraíso. As ondas eram calmas e tinha alguns pássaros voando no horizonte. Podia se ver uma ilha lá no meio, o que conseguia deixar a paisagem ainda mais linda.

Se Justin estivesse aqui... Pensei, logo após impedindo que meus pensamentos continuassem. Fechei os olhos por um minuto, me lembrando um pouco do meu sonho. Do meu perfeito sonho. Pude sentir uma lágrima escapar e a limpei rápido. Thomas devia estar cansado de me ouvir e me ver chorar todos os dias por causa de Justin. Ele já me disse que tenho que esquecê-lo. Que talvez seja um amor impossível... Várias pessoas já me disseram isso! Minha mãe não canse de dizer e Aline, minha amiga, é a mesma coisa. Mas, eu não consigo as ouvir. Eu ainda tenho esperanças, que poderá ser um dia Justin no lugar de Thomas. Cuidando de mim, me levando a uma praia linda.

Mas, pensando nisso, me senti meia... Falsa. Como se eu não me importasse com Thomas, sabe?

Suspirei.

– No que está pensando? – Thomas disse e eu o fitei rapidamente.

– No meu sonho. – dei de ombros.

– Ainda? – ele bufou e riu em seguida.

– Claro! – o empurrei de leve, enquanto me ajeitava, me virando pra ficar de frente pra ele. – Acha que é difícil esquecer algo assim? – eu ri fraco.

Ele apenas riu junto, enquanto parecia me fitar atendo. Nunca tinha notado que seus olhos eram tão verdes... Eram lindos e brilhavam tanto...

Balancei a cabeça. Enquanto tentava dar um meio sorriso.

– Porque tenta ser amigo de uma menina tão estranha? – ergui as sobrancelhas.

– Estranha? Quem é estranha? – ele se fingiu de desentendido e olhou aos lados.

– Eu sou estranha, boboca. – bati no seu ombro. – E chata, e chorona e feia... –

– Chorona sim, mas, feia nunca! – riu, franzindo a testa. – Nenhuma garota é feia. Todas são bonitas da sua forma. – ele meio que piscou e sua voz parecia um pouco tensa.

– Você é o único menino que diz esses tipos de coisa. – sorri, enquanto o observava.

– Meninos não têm muita coragem pra dizer muitas coisas... Mas, eu sou um homem. Certo? – pegou um fio do meu cabelo que caía pelos olhos e colocou-o atrás da orelha.

– Claro. Grande homem. – acabei rindo

– E você... – ele tocou em meu nariz, me fazendo sorrir meio sem graça. – Tem que acreditar mais em si mesma. – ergueu os ombros.

– E tenho que parar de ser uma chorona. – bufei.

Big Girls Don’t Cry... – ele pareceu cantar baixinho uma parte daquela música, perto de meu ouvido.

Eu apenas ri, enquanto me sentia arrepiar.

É... Grandes garotas não choram... Chegou a hora de eu ser uma garota grande.

Mas, se os motivos desaparecessem... Se as coisas mudassem... Pelo menos, quem sabe assim eu poderia parar de ser uma chorona problemática. Minha mãe já pensou em me mandar pro psicólogo e meu pai apenas discutiu com ela dizendo que jamais iria pagar algo como aquilo. Que se ele tivesse uma filha problemática, ele mesmo ia resolver este problema, ou seja, me bateria até que não restassem mais lágrimas pra chorar.

Eu suspirei de novo. Enquanto me aproximava de Thomas e colocava minha cabeça sobre seu peito, e ele envolvia seus braços em volta do meu corpo.

Levantei a cabeça, o fitando. Ele apenas observava o mar.

– Esse lugar é tão bonito. Devíamos vir aqui mais vezes. – murmurei.

– Devíamos mesmo. – ele me fitou, sorrindo fraco e beijando o topo da minha cabeça.

Sorri, me afastando um pouco dele e me sentando novamente, ajeitando-me. Fiquei fitando o mar, com o pensamento meio longe. Mamãe... O que será que deveria estar acontecendo em casa agora? Ela mencionou que faltava papai assinar o contrato para o divorcio. Ele iria em casa.

Eu me preocupava com minha mãe. E sentia saudade do tempo em que tudo era bom. Dos meus 5 e 7 anos... Era tudo tão bom.

– O que foi? Pensando no sonho de novo? – perguntou e eu o fitei.

–Sim – menti, é...

– Porque não me conta como foi? – ele sorriu de canto.

– Foi... Foi tão bom. Eu tava no M&G, eu entrei tremendo na sala e caí no chão. Justin me chamou de princesa e disse pra me acalmar, que ele estava lá. – eu sorri, lembrando do sonho nitidamente. – Eu mal conseguia falar. E ele disse que eu era linda, que eu tinha olhos lindos... E que me amava mais. Ele viu os cortes no meu pulso. – estendi os mesmos. – e disse que não queria me ver machucada... Disse que eu era sua belieber favorita. – suspirei, terminando de contar.

– Entendo... – ele disse simplesmente, sem nenhuma expressão no rosto.

– Você não liga pra isso, certo? Acha tudo uma besteira, não é? – bufei

– Não... Eu sei que é importante pra você. – ele riu

– Sério? É que era... Tão real. – me abanei com uma mão e abaixei a cabeça, tentando não chorar mais.

Thomas pareceu se aproximar e prensou seu polegar em meu queixo, levantando minha cabeça e me fazendo olhar em seus olhos.

Vai se tornar real. – ele sorriu

Eu apenas sorri junto.

E em seguida, ele se aproximou devagar, colando seus lábios nos meus. Eu... Eu simplesmente cedi ao beijo, correspondendo e sentindo seus lábios se movimentarem com os meus em um beijo lento. Sua mão passou para minha nuca, enquanto ia aprofundando aquele beijo. Seus lábios eram doces, igualmente a ele. Eu acabei rindo em meio ao beijo.

E em meio dele... Fiquei imaginando como seria o de Justin. E me senti tola por isso! Ei, você esta beijando Thomas, Nina! Não pode pensar em outro nesse momento!

Tentei despistar qualquer pensamento e me envolver naquele momento... Me entregar aquele pequeno sentimento e formigamento que aquele beijo me causava. E eu me esqueci de tudo por um tempo.

(...)

Cheguei em casa suspirando alto. Fechei a porta e me encostei a ela, enquanto mordia os lábios.

Eu sorri em seguida. Um sorriso que eu não dava há muito tempo!

Thomas me deixava feliz de certa forma. Depois de ficarmos trocando algumas caricias no meio da praia... Bom... Eu simplesmente esqueci-me de outra qualquer coisa. De tudo! E... Talvez o meu coração estivesse começando a dar espaço pra eu gostar de outro garoto que não fosse Justin. Mas, eu ainda o amava muito mais. Eu sempre sentiria algo mais forte por Justin. Sempre!

Talvez aquilo fosse idiota e eu não queria deixar Thomas magoado, mas... Eu jamais esqueceria Justin. Ele era meu eterno amor. Um amor que talvez nunca aconteça, mas, era inesquecível.

– Onde você estava? – ouvi uma voz grossa e rancorosa.

Dei alguns passos e lá estava a minha frente... Só pra acabar com meu dia maravilhoso.

– Pai? O que está fazendo aqui? – perguntei, me encolhendo.

De uns tempos pra cá, eu havia ficado com um tremendo medo de meu pai.

– A onde você estava? – ele cruzou os braços.

– Eu... Eu sai... Com... Com um amigo. – engoli em seco

– Amigo? AMIGO? –ele berrou. – Eu por acaso te autorizei a sair com esses amiguinhos? Esses imprestáveis! Duvido que estavam tendo só uma conversa! O que aconteceu lá, mocinha? – ele se aproximou, segundo meu braço esquerdo.

– N-nada, s-senhor. P-pai. – murmurei ainda totalmente assustada, gaguejando.

– Você é igual a sua mãe. – ele me empurrou e eu rapidamente senti minhas costas baterem no chão. Segurei as lágrimas. – Duas... Vadias. Imprestavéis e mentirosas. – ele me olhou com certo nojo.

– Não diga nada da minha mãe! – falei firme e em seguida ele riu alto.

– É melhor calar a boca mocinha e apenas ouvir. – ele se aproximou e deu um chute exatamente no meu estomago.

Eu achei que ia vomitar. Morrer de vez. Me encolhi no chão, dando um berro de dor.

– A propósito... Encontrei isso no seu quarto... – ele mexeu no bolso da calça e logo vi lá... Meu ingresso do show... Brilhando reluzente na sua mão. – Aonde conseguiu essa porra? Eu já tinha deixado bem claro que você não iria nessa merda! – senti meu sangue ferver e eu queria me defender, fazer algo.

Mas, eu estava ali no chão, tão indefesa... Com o estomago doendo, a cabeça revirando e com lagrimas nos olhos.

Não podia fazer nada a não ser... Ouvir.

– Responda! – ele gritou, fechando a mão em punho.

– Foi um presente! – disse rápido antes que ele me acertasse.

– Ah, então... – o vi segurar o ingresso. Meu precioso ingresso. Ele... Ele... Ah, não. Ele estava o rasgando lentamente. – Acho que não vai precisar disso. – sorriu sínico.

– NÃO! Por... Por favor... Pai... – fechei os olhos.

Eu não queria ver aquilo. Era o meu sonho! O meu sonho estava sendo destruído pelo meu próprio pai!

Apenas ouvi sua risada sarcástica, enquanto ouvia o papel sendo rasgado aos poucos. A essa altura, minhas lágrimas já caíam rapidamente, várias... Seguidamente! Eu não controlava mais elas.

Me levantei do chão, vendo os papéis picados jogados. Eu os peguei dali, chorando cada vez mais.

– Eu te odeio! – gritei, fitando meu pai friamente.

Subi correndo pro meu quarto e tranquei a porta. Se eu ficasse lá embaixo, ficaria aleijada.

Meu estomago e minhas costas ainda doíam. Mas, meu coração doía mais. Eu prometi que não choraria mais... Mas, cá estava eu, morrendo, chorando... eu estava destruída, que nem o ingresso em minhas mãos. Sentei-me encostada na porta e coloquei os papeis picados ao meu lado... Eu... Numa tentativa inútil tentei juntar os pedaços... Mas, nem ao menos os pedacinhos do meu coração poderiam ser juntados, e aqueles papeizinhos então?

Eu estava morta por dentro.

Tentei pegar meu celular que ainda estava no bolso. Minhas mãos tremiam, mas, eu consegui escrever uma mensagem.

“Thomas, me ajude! Meu sonho... Acabou. Tudo está perdido. Meu coração está em cacos!” – e logo enviei aquilo. Chorando, derramando milhões de lágrimas.

Aquele sonho que tive... Não poderia mais se realizar. Por causa do meu pai! Eu nunca queria odiá-lo... Mas... Agora... Eu o odeio! Nunca achei que fosse dizer isso, mas, odeio.

Parece que a felicidade nunca ficava instalada na minha vida. Parece que tudo me impedia de ser feliz.

Talvez, a melhor coisa mesmo, seria se eu morresse.

Eu suspirei, enquanto fitava uma tesoura que estava em cima da minha cômoda.

Estava na hora de acabar com tudo.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente?
Gostaram? Não esqueçam de deixar reviews.
Continuo? Digam..
Reviews? Posso pedir uma recomendaçãozinha?? Que tal heinnn?? bubu'
--
O próximo capitulo pode ser..tragico. Bom, depende da minha criatividade né u.u kkk
Algumas sugestões?
Obrigada por tudo..Beijos.. s2



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