Where Are You Now? escrita por Kaah_1


Capítulo 8
Sonho ou realidade?


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! desculpem se eu demorei... kk
Bom, eu espero que gostem, de verdade >
Ignorem os errinhos e boa leitura, minhas divas, nhac :3



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(...)

Eu andava em um corredor comprido e estreito. Podia ver algumas garotas passando por mim, praticamente correndo e outras já lá na frente.

Eu não me importava, eu não tinha presa. Minhas mãos tremiam a cada passo que eu dava e já podia sentir algumas lagrimas rolando. Meu corpo inteiro estava tremulo, minhas pernas eram bambas e podia sentir meus joelhos como gelatinas. Eu já não sabia como estava conseguindo ficar em pé.

Eu estava com os ingressos do Meet&Greet brilhando nas mãos. Thomas os havia conseguido pra mim, de algum modo. Ele me esperara do lado de fora.

Eu ouvia vozes e gritos ao longe, e não me importei de estar sozinha naquele momento. Passei a mão pelo meu rosto e o senti úmido, me vi chorando de felicidade. Era tão raro me ver chorando de felicidade.

Encontrei uma fila bem grande, cheia de garotas, segurando câmeras e algumas revistas nas mãos. Eu fui pro fim da fila e a cada vez que se aproximava de mim, eu começava a tremer mais ainda. Eu queria gritar, gritar muito, mas, tinha medo de me acharem uma louca e me expulsarem dali. Aquela era a melhor coisa que acontecera na minha vida inteira.

Alguns minutos se passaram e eu contei quantas pessoas ainda estavam na minha frente. Eram quatro garotas, pra ser exata. Elas davam pulinhos e conversavam eufóricas. Eu apenas observava, segurando minha câmera em mãos. Estava com medo de deixá-la cair. Aquela era realmente uma emoção que não se dava para descrever.

Respirei fundo umas quinhentas vezes. Olhei pros meus pulsos as marcas neles, eu havia tentado cobri-las colocando algumas pulseiras. Eu iria até colocar uma blusa de mangas compridas, mas, hoje estava um dia quente. Então, achei algumas pulseiras e as coloquei para disfarçar os cortes mal cicatrizados.

Apertei minhas mãos vendo que agora tinha apenas duas garotas a minha frente.

Mexi nos meus cabelos, tentando os deixar mais arrumados. Puxei minha blusa, vi se eu estava bem para ver a razão dos meus sorrisos. Eu ainda não acreditava naquilo. Era tudo tão mágico que me fazia rir e chorar ao mesmo tempo. Eu estava eufórica. Eu não sabia o que pensar. O que eu diria a ele? Como eu diria? Eu deveria me apresentar dizer meu nome e minha idade ou deveria começar dizendo o quanto eu o amo? Deveria contar sobre minha família... Não, isso talvez o assustasse.

As mãos grandes do segurança a minha frente interrompeu meus pensamentos. O ouvi dizer com a voz grossa:

- Entre, garota. Vamos lá. Sua vez. – enquanto abria a porta branca para mim.

Senti meu coração bater mais forte, querendo sair do peito. Eu não sentia minhas pernas, elas tremiam, estavam bambas e eu tive que me apoiar na parede.

Quando entrei naquela sala, não consegui reparar em mais nada além do garoto loiro, parado de costas pra mim.

Quando ele se virou e abriu um sorriso a mim, eu não conseguia dizer nada. Ele parece falar comigo, mas, eu não ouvia, eu estava ocupada demais pensando se aquilo era real. Eu desabei de joelhos no chão e comecei a chorar muito, muito mesmo. Minha visão já estava embasada e eu não conseguia nem ao menos me levantar. Há tantos anos, ele havia sido com um refugio a mim, eu o amava mais que tudo nesse mundo e quando estava de frente a ele, eu não conseguia dizer nada, apenas chorar.

- Hey, não chore princesa. – ouvi sua voz rouca e suave perto de meus ouvidos.

Olhei ao lado o vendo agachado e com um sorriso torto nos lábios. Ele segurou minha cintura pra me ajudar a se levantar e eu pirei.

Levantei com sua ajuda e cambaleei pro lado, e eu teria ido pro chão mais uma vez se ele não me segurasse.

- Opa! Te peguei, querida. Se acalme. – ele segurava meu rosto com uma das mãos e beijou minha testa de leve.

- D-d-desculpe. E-e-eu... Eu... – fechei os olhos por um momento e respirei fundo, tentando guardar tudo aquilo na minha mente e pensar em algo para dizer. – Estou nervosa... Você... Eu... OH, MEU DEUS! – gritei e antes que eu pudesse fazer algo, ele me abraçou totalmente forte, enquanto eu afundava meu rosto no seu ombro e deixava minhas lagrimas escorrerem.

Inalei aquele seu perfume maravilhoso. Querendo guardar seu cheiro, seu abraço... Fechei os olhos. Sentindo ele, seu corpo colado com o meu, seu abraço apertado e suas mãos afagando meus cabelos. Aquilo era um momento mágico. Eu estava delirando, e todas as minhas emoções iam transbordando através das lagrimas.

- Shhhh... Que tal uma foto? – ele se separou, pegando a câmera de minhas mãos. Uma moça, que até agora eu não havia visto na sala, pegou minha câmera e posicionou para tirar uma foto.

Eu não consegui me conter, olhei para Justin que sorria abertamente. Ele virou o rosto e beijou minha bochecha e eu só consegui sorrir e envolver as mãos ao redor da sua cintura.

- Justin... Me... Desculpe. Sou... Uma... Uma boba, imperfeita e... –

- Você é linda. Tem olhos lindos. – ele sorriu, enquanto acariciava minha bochecha com o polegar.

- Eu te amo, Justin. – senti mais algumas lagrimas caindo, e ele passou os dedos, limpando-as, enquanto mais algumas caiam.

- Eu te amo mais. – beijou minha testa pela segunda vez. – Qual seu nome? – segurou uma de minhas mãos.

- Nina. Nina Audrey. – sorri

Minha felicidade tornou-se desespero, quando vi os olhos de Justin pregados nos meus pulsos. Ele abaixou as mangas da minha blusa e olhou abismado para os cortes que tinha ali. Em seguida, fitou meus olhos. Suspirou, e levou os lábios até meu pulso, beijando os marejados cortes mal cicatrizados que tinha ali.

- Não quero ver minhas garotas machucadas assim. – ele disse, soltando minha mão e fitando meus olhos.

Fitei os seus olhos caramelados. Eu sempre os quis ver de perto e eu acabei me perdendo naquele brilho intenso.

Quando se esta cara-a-cara com Justin Bieber, é difícil raciocinar.

Mas, meu corpo se estremeceu e arrepiou-se ao o ouvir dizer minhas garotas. Eu tentei sorrir.

- Prometa... Que não vai mais fazer isso. Você sabe que é linda, exatamente como é. E você é forte. Minha belieber forte e determinada. – ele praticamente me puxou pela cintura, me envolvendo em mais um abraço.

- Eu... Eu... Vou tentar. – lá estava eu, com a voz embargada novamente. – Você é a razão pela qual eu ainda estou viva. – ergui a cabeça, fitando seu rosto.

- E você é razão pela qual eu levanto todos os dias e saio trabalhar e seguir o meu sonho. Você, assim como outras garotas, é a razão por eu estar onde estou hoje. – beijou o topo de minha cabeça e eu senti que meu mundinho ia desabar.

Eu estava tremendo. Chorando, tremendo, morrendo por dentro. Morrendo de felicidade.

Mas, tudo que é bom dura pouco e logo o segurança entrou no local, avisando com a voz grossa que eu teria que ir embora.

- Nos vemos no show? – Justin perguntou se soltando do abraço e segurando minhas mãos.

- Com toda a certeza. – dei o meu melhor sorriso. – Promete não se esquecer de mim? A garota que quase desmaiou ao te ver? A louca, compulsiva... –

- E linda, Nina Audrey. – ele completou. – Não me esquecerei de você, princesa. Você é única. – beijou minha mão e eu quase caí de joelhos novamente com aquilo.

- Você é o meu favorito. O meu garoto favorito. – toquei seu rosto, só para poder sentir sua pele.

- Você é a minha belieber. Minha favorita. – ele terminou e em seguida eu fui quase arrastada pelo segurança para fora da sala, alegando que tinha mais gente para atender.

Aquela imagem se dissolveu e vi tudo ficar preto.

Meus olhos se fecharam ali e quando os abri, eu estava em meu quarto, sendo chacoalhada por alguém que eu ainda não tinha visualizado direito.

- Vamos, acorde, Nina! – alguém gritava a minha frente.

Quando olhei direito, vi que era Thomas, que estava a minha frente. Como ele estava no meu quarto? E tudo aquilo do Meet & Greet, os abraços e todos os carinhos? E o Justin?

- Foi... Foi... Foi tudo um sonho. – falei em um sussurro. Um sussurro completamente desesperado. – Thomas, foi apenas um sonho. Parecia tão real. – já podia sentir meus olhos arderem e as lagrimas querendo transbordar pra fora deles, mas, eu estava contendo. Não queria chorar mais uma vez na frente de Thomas.

- O que?! O que parecia real, Nina? – ele se sentou na minha cama, ao meu lado.

- POR FAVOR, THOMAS, ME DIGA QUE NÃO ERA UM SONHO! ME DIGA QUE FOI REAL. POR FAVOR, DIGA! – praticamente berrei e dessa vez era eu que o chacoalhava.

Passei a mão pelos cabelos totalmente desesperada e dei um pulo da cama, andando de um lado pro outro no quarto. Porra, aquilo era impossível. Tudo era tão nítido, tão real... Eu senti seu perfume, senti suas mãos me segurarem, seu beijo estalado na minha bochecha.

Andei até a cômoda do meu quarto e abri a gaveta onde eu guardava minha câmera fotográfica. A peguei tremendo e liguei.

Tinha que ser real! Não podia ter passado de um sonho!

- Não está aqui! Cadê a foto? Não ta aqui! – eu quase gritava, com a minha voz se perdendo, enquanto eu vasculhava a câmera.

- Nina, eu... Não to entendendo. – Thomas parecia sem saber o que fazer.

Me virei pra ele e senti que eu chorava muito mais do que previsto.

Caí sentada no chão, me encostando-se à cômoda. Soquei o chão e chutei meu bichinho de pelúcia que estava ali perto. Eu já não me importava com a presença do garoto a minha frente. Eu não ligava pra mais nada.

E se a historia de que Thomas havia comprado os ingressos também houvesse sido um sonho? Droga... Eu... Eu não posso estar vivendo de sonhos.

- Nina, me conte. – Thomas se agachou a minha frente.

Eu ergui a cabeça e o olhei nos olhos. Podia ver seu rosto... Sua expressão preocupada, a testa franzida e os olhos lacrimejando. Eu balancei a cabeça negativamente.

- Vamos... Não quero ver minha garotinha machucada assim. – ele disse e eu ergui as sobrancelhas com surpresa. Aquela frase parecia tanto com a que Justin havia me falado no sonho. – Pode ficar melhor se contar. Vamos, Nina. Eu quero ajudar. – eu não conseguia entender essa obsessão que Thomas tinha em me ajudar.

Mas, bom, eu suspirei e me ajeitei, ficando com pernas de índio.

Fiquei pensando em como eu poderia começar a contar a ele. Ele poderia achar total idiotice.

Mas, o modo como eu me sentia tão realizada e feliz naquele sonho. Como Justin sorria e falava palavras aconchegantes a mim. Ele me chamava de “minha”, “princesa”, “querida”, “linda”... Ele era tão perfeito e o modo como ele beijou os cortes marejados do meu pulso parecia ser tão inacreditavelmente doce.

Aquele momento parecia tão tremendamente real. Tão... Ah, parecia simplesmente real. Como uma lembrança. Eu tinha todas as falas, gestos e tudo guardado a minha mente. Mas, nada adiantava. Era apenas um sonho.

- Eu... Eu sonhei que você tinha me dado ingressos para o Meet & Greet. E eu acabei conhecendo Justin. – suspirei, antes de continuar e desviei meu olhar para o chão. – Ele foi tão fofo, perfeito e incrível comigo. Ele me ajudou, não me julgou, me abraçou e disse que me amava mais. Dizia que não se esqueceria de mim, que eu era única. E tudo... Tudo parecia tão real, Thomas. Que eu não posso acreditar que foi apenas um sonho. – mais uma lagrima escorreu pelo meu rosto.

Thomas apenas foi ao meu lado e me puxou, me abraçando e fazendo com que eu deitasse a cabeça no seu peito. Ele tinha esse jeito fofo e engraçado de me confortar.

- Os ingressos são reais? Nós... Vamos ao show? – perguntei com a voz fraca.

- Claro que sim. – ele disse, com um longo suspiro. – Nina, não se abale por um sonho que você achou que fosse real. Se isso ainda não aconteceu, é porque Deus esta preparando esse momento pra você. Vai ser melhor ainda do que você espera. Vai ver só! – sua voz era tão doce e calma, que acabou me fazendo sorrir.

- Espero que esteja certo. – me aconcheguei ainda mais em seu peito.

- Eu estou. – ele disse. Mas, sua voz não transmitia total certeza, era como se... Se ele estivesse tentando convencer a si mesmo daquilo.

Ficamos mais algum tempo daquele jeito.

Suas mãos afagavam calmamente o meu cabelo e aquilo, me fez lembrar-se do meu sonho.

Era triste como sonhos perfeitos e tão reais eram difíceis de concretizar e tornarem realmente realidade. Eu não era uma garota de muita fé, por isso mesmo eu me cortava. Sempre tentei ser positiva, mas, parecia que as coisas nunca davam certo pra mim. Eu estava sempre achando que o mundo conspirava contra mim e que as coisas nunca iriam se acertar na minha vida. E talvez, nunca se acertassem mesmo.

- Afinal, o que veio fazer aqui, Tho? – eu acabei soltando um risinho pelo nariz e ergui a cabeça, o fitando.

Ele estava com uma cara pensativa.

- Sua mãe deixou eu te levar ao show. – ele riu.

- Veio pedir permissão? Que fofo! – me sentei novamente, saindo do seu colo.

- Ela disse algo sobre seu pai não gostar disso. – ele pareceu morder os lábios, talvez nervoso com o pensamento.

- Ele não vai precisar saber. Ele já traz muitos problemas pra minha vida. – dei de ombros, enquanto me levantava. – Mas, veio apenas pedir permissão e me acordar? – dei um pequeno sorriso.

- Quero te levar a um lugar. – o vi se levantar do chão.

- E precisava ser às 10 horas da manhã? – ri fraco.

- Ahn... Sim. – bagunçou seu cabelo. – É um lugar especial. Eu vou lá quando preciso pensar, acho... Acho que vai gostar. – arqueou uma das sobrancelhas.

- Onde é? Que lugar é esse? – perguntei, um pouco curiosa. Talvez muito.

- Surpresa. – murmurou, me deixando implorando com um beicinho e fazendo birra.

Mas, ele apenas disse para eu se trocar e viria quando chagássemos lá.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? :c Eu nao sei se ficou bom.. Eu escrevi algumas das coisas q eu queria que ele me dissesse, seilá... Espero mesmo que tenham gostado, assim como adorei escrever :D
--
COMENTEM, me deixem happy, ta? :c E se nao for pedir muito.. Que tal uma recomendaçãozinha? Oun..
USAUSH
Obrigada por tudo! Mesmo!
NHAC, até o proximo :3



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