Where Are You Now? escrita por Kaah_1


Capítulo 7
Não sentir nada...


Notas iniciais do capítulo

Oiii amores!
Demorei ? SUAHUSH bom, mas, aqui está um capitulo escrito com amor e carinho pra vocês ! Espero que gostem :D



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(...)

Mais um dia. Mais um horrível dia. Ainda viva.

Lá estava eu, andando pelo comprido corredor da escola, carregando meus livros na mão. Algumas pessoas trombavam em mim de leve, sem nem ao menos se importar. Mas, eu já estava acostumada com tudo aquilo. Estava acostumada a ser totalmente invisível. Tinha vezes que parecia que eu ficava ali sozinha, e ninguém me via. Mas, tudo bem. Eu já me acostumei com isso. Me acostumei a ser a estranha da turma. A problemática, a louca... Me acostumei a ser chamada de qualquer nome ofensivo.

Vi uma das garotas populares da escola, Melissa, se aproximar de mim com um sorriso sarcástico no rosto. Ela passou por mim, batendo nas minhas coisas fazendo com que caíssem no chão e me empurrou, me deixando caída de joelhos ali no meio do corredor.

– Tenha um bom dia, estranhazinha. – ela riu, e praticamente chutou minhas costas antes de finalmente sair dali.

Eu... Eu me segurei ao máximo para não derramar lagrimas ali. Eu tentava não chorar em publico, me mostrar forte, corajosa e sorridente. Mas, quando o mundo inteiro conspira contra ti, é totalmente difícil continuar forte sempre. Parece que quanto mais tenta, mais vai se enfraquecendo. Meu sorriso não é mais como antes, minhas forças, tanto como minha força física ou emocional estão enfraquecendo. Eu me sinto fraca e perdida neste mundo horroroso.

– Papai anda te batendo muito queridinha? Não consegue mais ficar de pé? – alguém passou ao meu lado debochando, mas, eu nem ao menos me importei para ver quem era.

Era nessas horas que eu percebia o quanto seria bom se eu realmente morresse.

Há uma semana, Thomas havia me prometido que iria me levar ao show do Justin. Mas, eu aprendi a crescer sem me iludir. Eu não achava que seria possível isso. Não acreditava de forma alguma que ele iria realmente me levar lá, então, não criei esperanças.

Na noite passada eu chorei. Eu choro toda noite. Pensando que eu talvez nunca possa conhecer Justin e que meu pai jamais deixara minha mãe e eu em paz. Eu sempre penso nisso, sempre me vejo pensando nas possibilidades ruins e então, eu começo a chorar. Eu grito com a cabeça enterrada no travesseiro, grito e choro. Choro com medo de que nada de bom aconteça, de que nada disso possa mudar. Eu choro de horror, eu choro por que sinto, por que amo, porque tenho medo.

E algumas vezes, eu desejo não sentir nada.

Me levantei por fim, ajuntando meus materiais e me dirigindo até o meu armário. Guardei as coisas ali, e vi que o corredor já estava vazio. Agora era hora do intervalo e como sempre, eu peguei minha maçã embrulhada em um plástico e saí indo me sentar debaixo da arvore cheia de flores amareladas.

Eu gostava de me sentar ali. Ao menos eu ficava sozinha... Com meus pensamentos e sem que me irritem.

Aline tinha suas outras amigas e às vezes acho que ela me esquecia, apesar de sempre dizer o quanto me ama e se importa comigo. Mas, eu nunca sei se isso é verdade.

Dei uma mordida na minha maçã e fiquei observando fascinada uma borboleta branca que voava ao meu redor. Ela era incrivelmente linda. E eu sorri, observando aquela criatura voando ali perto de mim.

– Gosta de borboletas? – ouvi uma voz masculina soar ao meu lado.

Virei meu rosto, vendo Thomas se sentar do meu lado. Eu suspirei, quase sorrindo.

– É... Eu gosto de borboletas. – ri fraco, enquanto voltava a fitar a borboleta branca. – Me faz lembrar que na vida tudo se transforma. Sempre. – olhei para Thomas, que assentia com um meio sorriso no rosto.

– Isso. É bom te ver assim... Sendo positiva. – ele sorriu, enquanto levava a mão até minha bochecha e a apertava de leve.

Eu ri.

– Eu tento... – suspirei fraco, mordendo a maçã.

– Não tentou se matar mais, certo? – ele riu, mas, mesmo rindo, parecia totalmente sério ao perguntar.

– Bom... Não exatamente. – mordi os lábios.

– Me deixa ver seus pulsos. – ele disse, estendendo a mão para que eu o mostrasse. Eu praticamente me encolhi, com medo de mostrar. – Vai! Me deixa ver! – pediu, mais autoritário dessa vez.

– Tudo bem. – dei-me por vencida.

Ele puxou minha mão, abaixando a manda da blusa e vendo os cortes marejados que estavam bem visíveis ali. Ele parecia fazer uma cara de reprovação e passou os dedos pelos cortes, me fazendo segurar para não reclamar da dor que causava, mesmo sendo pouca.

– Não ta cumprindo sua parte do trato? – ele fez bico.

– Trato?

– Sim o trato. – ele suspirou, mexendo em um dos seus bolsos da calça. – Será que eu vou ter que vender os ingressos para outra pessoa? – ele parecia sorrir.

– Ingressos? – perguntei incrédula.

Dei um grito totalmente alto quando o vi tirar do bolso e me mostrar dois ingressos totalmente perfeitos que eu tanto havia sonhado. Eu estava quase chorando ao ver o nome “Justin Bieber” e “Show” na mesma frase e em dois ingressos com números de assento e tudo mais.

Eu não me agüentei, eu pulei em cima do Thomas, lhe abraçando totalmente forte. Beijei sua bochecha, enquanto sentia suas mãos em volta da minha cintura.

Afundei minha cabeça em seu pescoço e comecei a derramar lagrimas. Pela primeira vez, eu estava chorando de felicidade. Eu simplesmente não consegui me conter, não me cabia felicidade.

Me afastei, limpando as lagrimas e sorrindo que nem uma hiena.

– Eu estou sonhando? Ou isso é de mentira? Por favor, Thomas... – minha voz falhou. Eu tampei minha boca com a mão e solucei, sentindo as lagrimas caírem.

– Não esta sonhando e são reais. – ele balançou os ingressos em sua mão, rindo abobalhado.

– Por... Por... Porque esta fazendo isso? – minha voz era fraca e eu gaguejava. – Gastando seu “dinheiro à toa”... Você o odeia. E o que vai ganhar com isso, hein? – perguntei, ainda não acreditando.

Eu estava perto de realizar um sonho, de viver um sonho... E eu... Simplesmente não conseguia acreditar.

Vou ganhar o seu sorriso. Vou te ver sorrindo, pulando e gritando de felicidade. – ele passou o dedo na minha bochecha, limpando algumas lagrimas. – Ver você feliz... É o que importa, pequena. – ele sorriu.

– Oh, meu deus... – eu chorei mais.

Mais e mais.

Thomas me envolveu em seus braços, enquanto eu molhava sua camiseta com lagrimas de felicidade.

Eu não sabia o porquê de ele se preocupar tanto, de ele querer me ver sorrir e querer realizar meu sonho... Me ajudar a realizar. Mas, por esse motivo, eu já o amava. E eu não conseguia parar de sorrir, de gritar, de ver minha cabeça girar e meu cérebro gritar dizendo “GAROTA, VOCÊ VAI TER SUA CHANCE. VAI VER O MENINO QUE VOCÊ AMA!”

Meu coração pulsava batendo forte e parecia que ia sair pela boca. Clamava por ele. Chamava por Justin. Queria vê-lo logo o mais rápido possível.

Sabe como é a sensação de saber que esta perto de realizar o seu maior sonho?

– Não vai mais se cortar? Promete? – ele disse baixo, enquanto afagava meus cabelos.

– Não vou. Parece que não. – fitei seu rosto, sorrindo. – Acha que vou conseguir vê-lo? Tocar em sua mão ou abraçá-lo? – me separei de Thomas e comecei a imaginar tudo.

– Vai vê-lo totalmente bem e talvez toque em sua mão. Vamos estar na pista Premium, bem na frente. – ele piscou, todo sorridente.

– MEU DEUS! EU VOU MORRER, THOMAS! ME SEGURA! – eu gritei e ele começou a rir. – ISSO NÃO É POSSIVEL! É UM SONHO... CALMA... – respirei fundo.

– É tão bom te ver feliz desse jeito. – ele ainda ria, enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Eu sorri, enquanto fitava seus olhos. Ele era tão adorável... Tão fofo... Tudo seria mais fácil se as coisas fossem boas assim pra mim. Se eu não fosse apaixonada por alguém errado e se não tivesse problemas em casa ou na escola. Seria tudo tão mais fácil.

– Obrigado. – eu disse, depois de um tempo nos encarando.

– Já disse que vou estar sempre aqui quando precisar.

– Você não existe Thomas... Não existe... – eu ri, enquanto o empurrava de leve.

Ele riu junto.

Thomas parecia um tipo de anjo, que havia sido mandado aqui para me ajudar. Me ajudar a passar pelos problemas e a realizar meus sonhos. Ele sempre aparecia quando eu estava passando por algo difícil. Ele sempre estava ali, quando eu precisava de um apoio, quando eu precisava sorrir.

Sempre estava...

Nada mais me importava naquele momento. Eu estava prestes a realizar meu sonho. Fitava os ingressos ‘coloridos’ e perfeitos – para mim – na mão de Thomas e me imaginava no show, conhecendo o garoto ao qual sou apaixonada. Eu iria abraçá-lo e dizer exatamente tudo que eu sempre quis dizer.

Eu vou ser feliz. Ao menos uma vez. Ao menos, por um tempo.



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Notas finais do capítulo

O QUE ACHARAM, BEBÊS?
aaaaaaaaa acho q TALVEZ a vida da nossa Nina possa ficar mais coloridinha agora :') KKKKK
Espero que tenham gostado.
Por favor, nao deixem de comentar! Os comentarios de vocês me incentivam demaaais sério!
kkk
enfim, OBRIGADO POR EXATAMENTE TUDO, MINHAS DIVAS.
Beijos, nao deixem de comentar! Até o proximo nhac :3



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