Where Are You Now? escrita por Kaah_1
Notas iniciais do capítulo
Oi gente. Obrigado pelos reviews, de verdade.
E eu escrevi meio rápido, então, desculpem se não ficou muito bom. Tentei deixar realista, mas, seilá...
Bom, nos vemos lá em baixo.
Me tranquei no banheiro do quarto. Sentei no chão frio, abraçando minhas pernas e deixei que as milhares de lagrimas escorressem pelo meu rosto. A verdade é que eu já não tinha forças para nada, há muito tempo.
Os gritos que vinham lá de baixo e as fotos e palavras que eu havia visto no notebook ainda estavam atormentando minha mente, me deixando completamente louca. Me deixando acabada.
Eu havia tentado ligar para a policia, mas, meu pai viu, arrancou o telefone da minha mão, deu um tapa me derrubando no chão e me surpreendeu com um chute que doía até agora. Por qual motivo ele fazia aquilo tudo, afinal? Se ele nos odiava tanto a ponto de nos bater, porque continuava atormentando a vida de mim e mamãe? Não era mais fácil ele apenas nos deixar? Claro que não, tem que nos fazer sofrer. Sofrer muito. Ninguém, exatamente ninguém, sabe o que eu passo.
E Justin... A coisa que eu mais temia estava acontecendo. Não tinha como negar e não tinha como não se importar, ele estava mudando. Parece que ele pouco se importava com os sentimentos das fãs apaixonadas como eu. Sabe, nós que não podemos o ver pessoalmente, tentamos ficar mais perto dele, pela televisão. Premiações onde ele aparece. E agora, nem isso temos. Sua namoradinha posta fotos nos tentando “provocar” e encher de ciúmes. E acho que só uma belieber entende a dor que estou sentindo no momento. Eu devia amá-lo apenas como fã, apenas por admiração do seu trabalho. Mas, havia se tornado algo bem mais que isso. Eu o amava bem mais do que deveria. Era intenso e confuso. Eu não sabia explicar, eu só o amava com todas as minhas forças.
Me levantei, caminhando até a banheira e liguei a torneira, deixando que ela enchesse. Entrei na mesma, quase cheia, me ajeitando sentada ali e submergi, querendo morrer ali, afogada.
Eu já estava ficando ser ar ali, lógico. Estava me afogando em meio à água, querendo que o sofrimento fosse embora. O medo e a angustia já tomava conta de mim. Eu queria gritar.
Desejei morrer rápido, gritando por baixo d’agua. Minha vida era horrorosa, não tinha um pingo de felicidade. Só havia dor e sofrimento nela. Ao menos a morte não doía. Ela era rápida e tudo acabava com ela. Eu não precisaria me preocupar, não sofreria mais com a briga de meus pais, com bullying e nem com um amor impossível... Não se estivesse morta.
Automaticamente, meu corpo emergiu, subindo para fora d’água rapidamente. Lá estava eu, ofegante, tentando tomar ar. Tossindo com a água que eu havia engolido. Eu ainda estava viva.
Depois de um tempo, voltando a respirar normalmente, estiquei meu braço para fora da banheira, pegando a lamina prateada que estava ali ao lado. Meu braço tremeu inteiramente, mas, não liguei. Respirei fundo e me ajeitei, sentando na banheira, enquanto esticava meu braço esquerdo.
Quando a lamina entrou em contato com a minha pele, eu me arrepiei e senti uma pontada de dor, mas, continuei. Cortei meu braço desde o cotovelo até o pulso. Doeu, eu chorei mais. Só que, a dor física não é nada comparada a dor emocional. O coração dói mais... Isso é só um modo de me fazer esquecer esse estúpido sofrimento em vão.
Eu queria morrer. Eu via o sangue escorrer do meu braço, enquanto eu apertava mais ainda a lamina ali e via a água da banheira ficar vermelha, encher de sangue. Poderia estar ficando fundo o corte, mas, eu não ligava. Minha visão era embaçada e eu estava delirando, querendo que exatamente tudo passasse, mas, não passava. As coisas nunca passavam. Queria que todo o sofrimento fosse embora com o sangue que estava escorrendo por entre meus dedos, mas, não ia embora.
Meu corpo estava fraco, parece que a qualquer momento eu ia tombar e cair pra fora da banheira. Mas, o continuei ali, fazendo mais e mais sangue escorrer. Eu já mal tinha lagrimas pra chorar. Elas caiam incontrolavelmente.
– Pare! O que esta fazendo com você, Nina? – ouvi uma voz martelando na minha cabeça. Parecia a voz de Justin. Olhei ao lado, vendo sua imagem distorcida, perto da pia do banheiro.
– Justin? – murmurei.
– O que eu te ensinei? Você vai desistir mesmo depois de tudo que aprendeu? Lembra? Never say never! Não desista agora. – sua voz era calma e serena dentro da minha mente. Sua imagem era fraca. Era só uma alucinação. – E sua mãe? Vai deixar ela assim? Não desista tão fácil, Nina! É isso que eles querem... Te ver assim, não dê esse gostinho a eles. – pisquei varias e varias vezes, ouvindo a voz, as palavras.
Não desista. Martelava na minha mente.
– Estou cansada disso tudo. – falei entre soluços.
– Não é motivo pra desistir. – sua voz falou de novo.
Fiquei fitando aquela imagem distorcida desaparecer aos poucos. Me arrastei pra fora da banheira, com um corte profundo e grande no meu braço, escorrendo sangue. Eu teria que limpar isso depois. Mamãe jamais poderia saber que eu já tentei suicídio tantas e tantas vezes. Ela não podia saber que eu me auto-mutilava.
(...)
Eram quatro horas da tarde e eu resolvi sair um pouco. Minha mãe não estava em casa, muito menos meu pai e isso me preocupou. Mas, eu não queria mais me preocupar. Não queria sentir mais nada.
Coloquei uma blusa de mangas compridas pra tentar esconder a cicatriz ainda dolorida – e mal cicatrizada na verdade - que estava no meu braço e saí andando pelas ruas, procurando uma praça ou qualquer lugar onde eu pudesse sentar e relaxar.
Logo me vi sentada em uma pequena praça. Com poucas árvores, uma grama verde e bancos de madeira. Fiquei fitando as pessoas passarem, os carros, o céu azul... Crianças rindo, todos felizes e só eu ali... Totalmente triste e acabada. Havia tentando me matar, mais uma vez. E já pensei em me jogar do prédio mais alto da cidade, mas, ainda não tive coragem para isso.
Puxei minha blusa, tentando esconder ao máximo aquilo. Aliás, as pessoas passavam e me fitavam diferente, já estava começando a achar que estavam vendo meus pulsos marcados e cicatrizados.
– Nina! – ouvi uma voz masculina, pouco conhecida.
Ergui meus olhos, vendo Thomas que logo se sentou ao meu lado.
– O que esta fazendo aqui? Se te verem comigo vão começar a tirar sarro. Alias, sou a esquisita. – o fitei, vendo-o rir. Aliás, sempre diziam coisas desse tipo quando viam alguém próximo a mim, sabe?
– Não é esquisita. – ele me fitou. Eu fiz careta. Eu era definitivamente bem esquisita. – Só é... Diferente. E com problemas. – ele deu de ombros.
– Problemas pessoais. – sorri de canto.
Ficamos em silencio. Desviei o olhar para não ficar constrangedor, fitando algumas criancinhas que corriam pela praça. Deviam estar brincando de pega-pega ou algo do tipo. Ah, como eu sinto falta de ser criança! Quando minha única preocupação era cuidar para que minhas bonecas não estragassem ou ficassem com cabelos feios.
– O que é isso? – Thomas disse com voz de surpresa ao meu lado. Quando o fitei, ele estava olhando com olhos arregalados para o corte no meu braço.
– N-nada! – puxei a manga da minha blusa, cobrindo rapidamente aquilo.
Droga!
– Não é nada? Você não pode fazer isso, Nina! Quer morrer? – se levantou, me olhando incrédulo.
– EU QUERO! É ISSO QUE QUERO! – gritei. E logo depois percebi o que havia dito. – E-eu...
– Quer morrer? – franziu a testa. – Sabe quantas pessoas lutam pela vida e você querendo se matar? – suspirou.
– Você não sabe o que eu passo, Thomas. – percebi meus olhos marejados e suspirei.
– Qualquer motivo, não é o bastante pra fazer isso. – apontou pro meu braço.
– Porque se preocupa tanto? ME DEIXA MORRER. – me levantei também, ficando a sua frente.
– Me preocupo por que eu gosto de você. – segurou meus ombros.
Dei um passo pra trás. Ele havia me dito mesmo aquilo? Qual pessoa seria capaz de gostar de mim, afinal? Até mesmo meu próprio pai me odeia.
– É por causa daquele garoto famoso, certo? Eu vou te levar ao show dele. – deu um meio sorriso.
– Ta falando sério? – ri da sua expressão. – o próximo show que ele vai fazer é em uma cidade há seis horas daqui. – cruzei os braços.
– Eu andei vendo... Não fica tão longe. Tenho uma tia que mora lá e eu prometo que vou te levar. – ele segurou minha mão.
Me assustei por um minuto.
– Nem gosta dele. Me disse milhões de vezes que o odeia. – eu ri sem humor.
– Faço por você. – murmurou, levando uma de suas mãos até meu rosto e acariciando minha bochecha.
– Se fizer isso mesmo... Vai realizar um sonho. – sorri. Mas, acho que pela primeira vez, eu dei um sorriso verdadeiro. – Promete mesmo? Promete que não vai me iludir com isso? – mordi os lábios.
– Eu prometo... Eu te levo, se você prometer que não vai mais fazer isso. – apontou pro meu braço novamente.
– Se os motivos pra fazer isso sumirem, então... É uma promessa.
– Temos um acordo. – vi seu rosto se aproximar, e por um segundo, achei que ele ia me beijar, mas, ele apenas tocou seus lábios molhados em minha testa.
Eu sorri e o abracei. Bem forte.
– Obrigado. – sussurrei.
Ainda tinha muito que agradecer. Se é que isso seria verdade. Eu ainda não tinha levado realmente a sério.
Estava boba.
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E então.. Ta muito ruim? Gostaram? Sugestões? Opiniões? KKKKKKKK Ta muito dramatico gente? HSUAHSU, acho que talvez as coisas melhorem pra Nina daqui pra frente... Talvez!
COMENTEM TÁ? me deixem happy :33 NHAC, até o proximo, meus amores. s2