Crooks And Cheers escrita por AnnaCleawater


Capítulo 2
Não com a minha irmã, seu idiota!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo um para os leitores mais adoráveis do mundo. Bjobjo



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Edward POV

Billy era o cara mais moralista que eu conhecia. O pai dele era o chefe de polícia da cidade e ele não conseguia roubar uma bala sem se sentir culpado. Pensei nisso o caminho todo, mas não podia desistir sem tentar. Os roubos nos rendiam mais de 2.000 por semana. Em meses bons, o valor dobrava. Nenhum ser humano podia pensar em recusar uma grana dessas. Nem o Billy.

Quando parei o carro em frente a casa dele, havia um outro carro lá. Não era a viatura, então não podia ser o pai. Talvez fosse Bella, mas eu conhecia Billy há anos e havia visto-a em casa no máximo cinco vezes. Infelizmente, porque a garota era uma gata.

Toquei a campainha e ela atendeu.

- Oi... Bella, não é? – perguntei com um sorriso torto.

Ela estava usando um mini-short colado e uma camiseta dos Knights. Não pude deixar de analisá-la de cima a baixo.

- É sim, o que você quer? – ela foi ligeiramente indiferente.

- Seu irmão está? – perguntei.

- Está sim, entre! – ela deu um sorriso educado e abriu espaço.

Fiquei esperando na sala de estar enquanto ela ia chamar o irmão. Havia fotos e medalhas da Bella por toda a estante.  Esse era o primeiro ano dela na escola, porque ela morou com a mãe a vida toda. Líder de torcida nata.

- Colé, Ed! – Billy disse com aquele jeito dele. – Já está viajando nas fotos da minha irmã, NE?- eu gargalhei.

- Não, que isso. – Sorri. Cumprimentei-o. – Billy, sua irmã é cheia de medalhas... E você, cadê? – zombei.

- É, você que pensa! Os Knights não ganham nada desde 2005! O colégio está falindo e a Bella está precisando de dinheiro pra manter essa equipe de merda dela. – Ele zombou. Eu ri.

Bella estava precisando de dinheiro? Só podia ser brincadeira! Com dois argumentos bons eu podia convencê-la a entrar para o nosso “negócio”. Ia ser perfeito! Eu não sabia como eu conseguiria falar com ela sem que Billy soubesse, mas eu ia dar um jeito.

Conversei com ele sobre alguns jogos novos de vídeo-game e sobre alguns outros assuntos inúteis. Depois disse que eu queria um copo de água, porque sabia que Bella estava na cozinha – ouvi o barulho do liquidificador. Ele como um bom melhor amigo me mandou ir buscar.

- Oi, Bella... – disse sem jeito. Ela ergueu uma sobrancelha indiferente.

- Quer água ou sei lá? – ela ofereceu por educação, mas não parecia querer se afastar da pia para pegar algo para mim.

- Quero te fazer uma proposta. – Ela pareceu se interessar. – Soube que precisa de dinheiro...

- Aquele Billy é um linguarudo mesmo! – ela me interrompeu com raiva.

- Estou disposto a ajudar. Mas preciso saber o que estaria disposta a fazer pra conseguir. – Eu disse sério e ela suspirou.

- Eu não sou uma prostituta, ok? Não vou... – eu comecei a rir.

- Alguém aqui tem um grande ego... – Fui irônico. – Ninguém aqui quer te c... Bom, eu quero, mas acho que eu posso conseguir isso sem pagar.

- É, aposto que sim. – Ela foi irônica. O barulho do liquidificador abafava o som da conversa. – O que quer que eu faça?

- Bom... Eu tenho um “negócio”. Não matamos, não vendemos garotas, nem nada disso. Antes de contar o que é eu quero que você saiba uma coisa: pra me denunciar vai precisar de provas. – eu não cheguei a ameaçar. Ela riu.

- Calmo aí, chefe! Não sou como o meu irmão. – ela sorriu. – Além disso, eu faria qualquer coisa pra salvar os Knights. Eu sou uma cheer desde o dia em que eu nasci; isso é mais importante que tudo pra mim.

- Bom saber... – Confessei. – Nós roubamos. Desde que eu tenho 15 anos e sempre deu certo. Mas agora nós estamos sem falsos reféns e eu não quero ter que usar outras pessoas.

- Então precisa de falsos reféns? Como é o plano de vocês?

- Me diga se está dentro primeiro. – estendi minha mão direita.

- Estou. – ela apertou.

- O que está acontecendo aqui? – Billy chegou de surpresa na cozinha.

Nós assustamos. Soltamos as mãos na hora – Bella colocou as dela sobre a pia e eu coloquei as minhas no bolso. Dei um sorriso sem graça e disse que nada estava acontecendo. Depois dessa, me despedi do Billy e fui embora.

Menos um problema na minha vida.

Emmett POV

Eu estava contando o nosso dinheiro quando alguém bateu na porta. Olhei pelo olho mágico e era só uma garota. O dinheiro estava no quarto do Edward, então minha cama e o sofá estavam liberados. Abri a porta.

- Ah! Bom, eu acho que bati na porta errada. Sinto muito! – ela disse meiga.

Apesar do jeito de falar ser meigo, o corpo não era nada disso. Ela usava uma mini-saia, botas de salto e uma camiseta colada. Definitivamente não era a porta errada.

- Acho que não. – eu dei um sorriso. – O que você está procurando?

- Jacob Black. Ele me emprestou azeite semana passada. – pela primeira vez notei que ela tinha um vidro de azeite nas mãos.

“Então foi ela que roubou o nosso azeite...”, pensei.

- Ele mora aqui mesmo. Quer entrar? – convidei.

Ela deu um sorriso e entrou. Fechei a porta e convidei-a a se sentar.

- Vocês moram juntos a quanto tempo? – ela perguntou.

- Uns seis meses. Ele é um cara legal. – eu disse por educação.

- Com certeza! – ela concordou com um sorriso.

Ergui as sobrancelhas pra ela e ela demorou uma fração de segundos para perceber. Então ela arregalou os olhos.

- Não! Não! Não é nada disso! – ela disse meio apavorada. – Ele é só um amigo!

Eu ri e ela relaxou. Encostei-me na parede perto do sofá.

- Você mora sozinha também? – perguntei para descontrair.

- Não, com a minha avó. Eu moro aqui há dois anos e nunca vi você antes! – ela franziu as sobrancelhas.  

- Não fico muito em casa. – Fui pra cozinha. – Quer comer alguma coisa? – ofereci.

O olhar que ela me lançou dizia “Quero, mas talvez não esteja no cardápio”. Mas ao invés de dizer o que pensava, só disse:

- Não posso comer. Não nas próximas duas horas.

- Algum tipo de dieta maluca?  - perguntei sorrindo. Peguei algumas coisas na geladeira.

- Infelizmente... Sou líder de torcida, preciso controlar a alimentação. – Ela contou com pesar.

- Isso é sério? – perguntei sorrindo. Ela assentiu. – Legal... Então você não come porcaria.

- É... Às vezes como um pouco de chocolate, mas acabo fazendo 500 abdominais devido a culpa. – ela disse como se fosse uma coisa normal.

Eu ri. Ela era meiga, espontânea, gata e líder de torcida... Ela devia ser uma ilusão, quero dizer, ninguém é perfeito. Preparei um sanduíche e peguei uma garrafa de cerveja na geladeira. Sentei-me na poltrona.

- Mas e você? Pratica algum esporte? Trabalha? – controlei o riso quando ouvi “Trabalha?”. – Faz academia?

A última pergunta dela trazia segundas intenções. Flagrei-a admirando meu abdômen, então me lembrei que estava sem camisa. Sorri.

- Fiz academia durante sete anos da minha vida, então eu cansei. Cansei de tudo. Eu era aquele tipo de cara que toda mãe adoraria ter como genro, sabe? – ela assentiu. – Então eu abandonei tudo e vim pra cá. – contei.

- Eu queria ter metade da coragem que você tem... – ela confessou com os olhos baixou.

- A vida está difícil? – perguntei,

- Um pouco... A escola está falindo e minha equipa vai ser extinta. Precisamos urgentemente de dinheiro. – ela contou triste.

Ela precisava de dinheiro! Eu não conseguia acreditar! Ela era realmente perfeita. Eu ia resolver os nossos problemas com ela!

- Está falando sério? As cheers precisam de muito dinheiro? – perguntei tentando manter a calma.

- É, foi o que eu disse. Mas por que está sorrindo? – ela perguntou um pouco assustada.

- Eu acho que posso te ajudar. Mas... Bom, não é uma forma muito honesta de conseguir dinheiro. – confessei.

- Está falando de roubar? – ela perguntou animada. – Como em 11 Homens e Um Segredo?

- Não somos tão sofisticados, mas o dinheiro dá pra ajudar vocês. – respondi.

- Isso é fantástico! É claro de eu aceito! Vai ser muito divertido! – ela estava realmente animada.

- É, mas você não pode contar pra ninguém! – avisei calmo.

- Claro que não! – ela ficou um pouco ofendida. Eu sorri.

- Você é fantástica, sabia? – ela sorriu de volta.

- Obrigada. Posso? – ela apontou pra cerveja.

- Se não for fazer abdominais no meio da minha sala... – brinquei. Dei a garrafa para ela.

- Pretendo fazer outra coisa no chão da sua sala... – ela ergueu uma sobrancelha.

Joguei meu sanduíche no chão e me levantei. Ela colocou a garrafa na mesinha de centro e se levantou também. Coloquei minhas mãos na cintura dela e ela colocou os braços em volta do meu pescoço. Eu a beijei, então alguém abriu a porta.

- Alice? – Jacob disse assustado.


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