De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 27
Conheço a garota da maldição...


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Então primeiramente, eu gostaria de agradecer todas as pessoas que estão lendo, e os reviews e recomendações [não deixem de fazer!]
Então, sem mais enrolação... novo capítulo pra vocês! Narrado por Nico di Angelo.



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Ξ Nico di Angelo – Conheço a garota da maldição...

Sonhos. Sonhos confusos, coisas explodindo, eu caindo na água como se fosse uma pedra. Ai! Minha cabeça ainda doía e rápidos flashes apareciam, mas ainda não conseguia me lembrar de todos os detalhes.

Acordei com Percy, Annabeth e uma menina que eu mal reconhecia me rodeando.

– Ai, minha cabeça vai explodir! Eu tive um sonho estranho, nós estávamos em uma missão e uma sombra explodiu então... – fixei meu olhar na garota desconhecida e perguntei: – Quem é você? Ah não! Tudo aquilo foi real? Eu quase morri?

– Está tudo bem agora. Nós cuidamos de você e aqui está a salvo. Sim, tudo foi real, o monstro, a explosão, você salvando seus amigos em um ato de muita coragem.

Eu assenti e disse:

– Você não respondeu a minha primeira pergunta.

Ela sorriu e disse:

– Sou Calipso, filha de Atlas. Você está em Ogiggia, bem-vindo a terra desconhecida.

Ah! Agora faz tudo sentido, ou quase tudo.

– Nico! Você nos deixou preocupados! Dá pra imaginar sua irmã falando de quinze em quinze minutos do quanto está preocupada com você? Quando Suzannah começa a falar, ela não para mais! – disse Annabeth.

– Hey! Eu estou aqui fora, mas ainda não estou completamente surda! – disse minha irmã. Com essa, todos nós começamos a rir. E eu só ouvi Jesse falar alguma coisa como “Calminha mi hermosa!”.

– Bem, a Suzannah teve a quem puxar. – eu disse, olhando para meu primo, que pra variar, estava boiando na conversa.

– Ai ai, Nico Nico... Nem com o cabelo todo bagunçado você perde o bom humor. – quando Annabeth disse isso, eu rapidamente tratei de dar um jeito no meu cabelo, com ajuda de Calipso. – Bem, Percy e eu vamos ver se sua irmã ainda não matou o namorado e os outros lá fora. Acho que Calipso pode explicar o que é esse lugar melhor do que nós. Tchauzinho! Não demorem! – ela disse puxando Percy pelo braço, me deixando sozinho com Calipso.

– Bem, você tem duas escolhas: 1) Pergunta e resposta, ou 2) Eu vou falando tudo que me der na telha. – como eu, por experiência própria, sei que as mulheres falam demais, eu escolhi a primeira opção.

– Pergunta e resposta não me parece tão ruim.

Ela se sentou ao meu lado e fez um sinal com a cabeça para que eu começasse a perguntar.

– Olhe, não quero que isso soe grosseiro, mas... Argh! Definitivamente, eu não sou bom com as palavras... Hm, mas... O que exatamente é você? – se eu perguntasse isso a qualquer outra garota, provavelmente agora eu esperaria por um soco ou um arranhão, ou um grito estridente ou um tapa na cara, sei lá. Mas ela era diferente, apenas se importou em responder a minha pergunta.

– Bem, como eu havia dito, eu sou Calipso, filha de Atlas, irmã das Hespérides, ninfas do pôr do sol e de Zoë, a caçadora. Eu não me lembro da minha mãe, então, estamos no mesmo barco. – ela disse, falando sobre saber quem ela era, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Eu sorri e comecei a fazer a segunda pergunta.

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Estávamos andando perto do lago enquanto eu fazia perguntas. Quando cansei desse jogo e já tinha todas as respostas que queria eu disse:

– Enfim, a terra desconhecida. Esse era o lugar falado na profecia?

– Sim, e obviamente, eu sou a garota da maldição, já que sou a única moradora dessa ilha por muito, muito, muito, tempo.

Ela disse a ultima frase, mas eu não prestei muita atenção. Calipso era linda se não a conhecesse, falaria que ela seria uma filha de Afrodite, ou até mesmo Apolo, pelo seu carisma e simpatia.

– E então, assim termina a história deste lugar.

– Hm, o que? Ah, claro! Certo, sim, sim! Concordo!

– Você não prestou atenção em nenhuma só palavra, não é?

– Não, eu prestei atenção em algo mais interessante. – ela corou quando viu que eu a olhava intensamente. Algo que eu também não havia percebido. Eu coloquei a mão em minha nuca bagunçando a parte de trás do meu cabelo. Um ato involuntário depois de ficar corado.

– Tudo bem, já me acostumei a ser ignorada. Os deuses passam aqui de vez em quando, mas uma visita nunca é o bastante para te livrar da solidão. Mas eu aprendi a lidar com isso. – ela respirou, mal contendo as lágrimas. – E, quando... Avisaram-me que eu poderia sair... Para ficar sozinha no mundo, livre... Livre para seguir com a minha vida... Eu fiquei tão assustada...

Ela sentou no chão, com lágrimas rolando pelo rosto. Eu me dispus a ajudar, afinal, posso ser meio sombrio, mas nunca trataria uma garota tão legal, como Calipso era, com frieza.

– Hey, olhe pra mim. – eu disse, sentando ao seu lado e tirando uma mecha de seu cabelo enrolado da frente de seus olhos e colocando atrás da orelha. Ela olhou e eu fitei seus olhos amendoados. Comecei a falar, para não perder o foco: – Calipso, não chore, por favor. Eu e meus amigos vamos tirá-la daqui. Posso não ter vivido imortalmente em uma ilha, mas sei bem como é viver sozinho.

– A solidão é um dos meus maiores medos, e eu a enfrento todos os dias que passo aqui. – ela disse entre soluços. Ela me abraçou e eu não recuei, nós dois precisávamos disso. Então eu me lembrei de uma frase da profecia.

– Hm, espere... O que a profecia queria dizer com a maldição reerguida?

– Eu temia que você fosse perguntar. Eu, eu, eu estava tão assuntada com a idéia de ficar solta em um mundo que eu não conhecia, de ficar sozinha com as pessoas ao meu redor, que... Eu... – eu completei a frase entendo o raciocínio.

– Resolveu ficar. Você resolveu ficar. Por medo. E levantou a maldição para continuar na ilha.

– Falando dessa maneira, soa como uma idiotice, mas na minha cabeça... Estava tudo tão claro... – ela falava, mas eu interrompi.

– Eu sei, mas agora você não está mais sozinha... – Eu disse, sabendo que aquela frase não se referia somente a ela, como a mim também.

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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
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