De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 28
... E sinto que não estou mais sozinha.


Notas iniciais do capítulo

Oooooi [desculpe se demorei]
Aqui está o capítulo! É narrado pela Calipso, contando o seu ponto de vista da chegada dos visitantes.
Aproveitem!



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Γ Calipso – ... E sinto que não estou mais sozinha.

Andava perto da água pensando que finalmente teria companhia. Vários meio-sangues e os mediadores apareceram aqui, na minha ilha isolada. Nunca me senti infeliz ou com vontade de me matar, mas isso nunca me impediu de me sentir solitária e agoniada por estar “presa”. Às vezes me perguntava se teria feito a escolha errada. A resposta sempre me decepcionava.

Eu estava pensando nisso quando ouvi barulhos estranhos a minha volta. Corri para perto da água e vi corpos boiando. No plural. E isso nunca tinha acontecido. Foi quando eu o vi. Perseu. De novo na minha ilha, junto com o que eu chamaria de amigos de viagem e para bagunçar a minha vida, novamente.

Ele pediu para que cuidasse dos amigos e eu assenti. Fui ajudando os criados invisíveis a retirar os corpos, um a um. Contei 4 meninas, uma loira, que eu presumi ser Annabeth, e 5 garotos, sendo que um deles era um sátiro. O ultimo corpo a ser retirado da água era do menino mais novo, e ele estava mal, muito mal.

Roupas pretas rasgadas e queimadas, cabelos pretos e eu podia supor que os olhos também eram negros, como a escuridão. Enfim, tudo muito preto, mas não comentei nada. O tornozelo estava inchado e pelo modo que estava parado algumas costelas quebradas. O que ele havia feito devia ter quase lhe tirado a vida. Seu pulso estava quase imperceptível ao toque, mas seu coração ainda batia, eu podia sentir.

 Cuidei de todos na ilha e lentamente foram dormindo, pois precisavam descansar. Deixei meu tempo livre para cuidar do tal garoto de preto. Havia algo diferente nele, eu podia sentir.

Enquanto cuidava dele, a garota de cabelos loiros acordou. Ela se virou para mim e disse:

– Como todos estão?

– Bem, na medida do possível. Alguns arranhões e torções, mas nada que uma boa musica curativa não ajude. Desculpe-me, mas será que você podia me contar o que vocês estão fazendo aqui? E quem são vocês?

Ela, que eu acertei em falar que era Annabeth, namorada de Perseu, foi me contando sobre tudo e todos. Missão; mediadores; explosão; nomes, muitos nomes; fantasmas e oráculo; então Suzannah, a garota de cabelos cacheados e olhos verdes de levantou. Ela veio na nossa direção e começou a disparar uma torrente de palavras, tive que ficar atenta para entender todas as sílabas que ela juntava, acho que falava demais quando estava apreensiva.

Quando o namorado se levantou, Hector ou Jesse, ela foi correndo abraçá-lo e ficou assim por um longo tempo.

– E esse? – apontei para o garoto que eu cuidava. – Qual é o nome?

– Nico. – ela disse e acrescentou. – Nico di Angelo.

Eu pensei um pouco.

– Semideus ou mediador?

– Semideus, filho de Hades.

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Di Angelo estava ao meu lado andando perto da água. Ele me fazia perguntas e eu ia respondendo.

– Enfim, a terra desconhecida. Esse era o lugar falado na profecia? – ele perguntou.

– Sim, e obviamente, eu sou a garota da maldição, já que sou a única moradora dessa ilha por muito, muito, muito, tempo. Ogígia ou Ogygia (do gregro Ὠγυγίη or Ὠγυγία) é uma ilha mencionada como repouso da ninfa Calipso. – eu disse, apontando para eu mesma. – a filha do Titã Atlas, conhecido também como Atlantis. Vários heróis já passaram por aqui, como por exemplo, Odisseu. Ogígia é o paraiso na Terra, onde tudo é perfeito, e se alguém aceitar a oferta de ficar aqui, recebe a imortalidade.

Eu parei e pensei na imortalidade... Mas resolvi deixar de lado essa parte e disse:

– E então, assim termina a história deste lugar. – eu ocultei alguns fatos que poucas pessoas conheciam [Afrodite e as Parcas eram um forte exemplo]: eu me apaixonava por uma pessoa que não podia ficar; que tinha que ir embora, me deixando sozinha. Como sempre.

– Hm, o que? Ah, claro! Certo, sim, sim! Concordo!

– Você não prestou atenção em nenhuma só palavra, não é?

– Não, eu prestei atenção em algo mais interessante. – eu corei quando vi que ele me olhava intensamente. Ele colocou a mão na nuca bagunçando a parte de trás do cabelo.

– Tudo bem, já me acostumei a ser ignorada. Os deuses passam aqui de vez em quando, mas uma visita nunca é o bastante para te livrar da solidão. Mas eu aprendi a lidar com isso. – eu respirei, mal contendo as lágrimas. – E, quando... Avisaram-me que eu poderia sair... Para ficar sozinha no mundo, livre... Livre para seguir com a minha vida... Eu fiquei tão assustada...

Eu sentei no chão, deixando as lágrimas saírem e se livrarem de mim, e eu delas.

– Hey, olhe pra mim. – ele disse, sentando ao meu lado, tirando uma mecha de cabelo na frente dos meus olhos. Eu levantei o olhar e fitei seus olhos negros. – Calipso, não chore, por favor. Eu e meus amigos vamos tirá-la daqui. Posso não ter vivido imortalmente em uma ilha, mas sei bem como é viver sozinho.

– A solidão é um dos meus maiores medos, e eu a enfrento todos os dias que passo aqui. – eu disse entre solução, e o abracei. Ele não recuou.

– Hm, espere... O que a profecia queria dizer com a maldição reerguida?

– Eu temia que você fosse perguntar. Eu, eu, eu estava tão assuntada com a idéia de ficar solta em um mundo que eu não conhecia, de ficar sozinha com as pessoas ao meu redor, que... Eu... – ele completou a frase, entendo o raciocínio.

– Resolveu ficar. Você resolveu ficar. Por medo. E levantou a maldição para continuar na ilha.

– Falando dessa maneira, soa como uma idiotice, mas na minha cabeça... Estava tudo tão claro... – ele me interrompeu, outra vez.

– Eu sei, mas agora você não está mais sozinha... – ele me disse, enquanto eu estava aninhada em seu colo, desabafando com um completo estranho. Mas o que não era novo e estranho para mim? Nada. Mas, pela primeira vez, eu não me senti sozinha. Estava protegida... Agora eu tinha um amigo pra me manter segura.

Eu me avisei, secando meu rosto com as mãos e disse:

– Obrigada. Eu me sinto melhor.

Ele sorriu e disse:

– É, eu também estou me sentindo melhor. Sabe, eu sei bem como é isso. Ficar com medo de estar sozinho no meio de muita gente. Você não precisa se assustar agora, eu vou estar com você, todos nós vamos estar com você. Então... Acho melhor nós voltarmos pra perto dos outros. Eles podem estar matando suas plantas. – eu ri da frase e o acompanhei até perto da caverna.

Todos estavam sentados lá, esperando por nós. Quando chegamos, Rachel disse:

– Ainda bem que vocês chegaram.

– Por quê? Vocês estavam se matando por aqui? Calipso não gosta que as plantas dela vejam gente idiota brigando. – Nico disse, me fazendo sorrir. Eu me sentei em um canto que ainda não estava ocupado, do lado de Rachel, a menina das visões.

– Haha, engraçadinho. – ela mostrou a língua para Nico, que riu e se sentou do lado de Percy. Ela deu de ombros e continuou: – Mandamos uma mensagem de Iris para o acampamento e eles nos mostraram as ultimas noticias do mundo mortal. E se eu posso dizer algo, é que não são nada boas.

– O que dizem essas reportagens, pra até os mortais publicarem?

– Bem, o que posso dizer é que a Névoa não está fazendo um bom trabalho, ou está ficando cansada porque, hm, bem... As casas mal-assombradas, sabe, das lendas e programas de TV, estão finalmente cumprindo o papel direitinho, exatamente como diz o nome. Assombrada. – Thalia começou a falar e deixou Annabeth continuar o raciocínio.

– Aqui na internet estão dizendo que desde os locais mais pobres até a Casa Branca, já apresentaram sinais de coisas estranhas.

Nico franziu a testa e disse:

– Internet? Como você sabe disso?

Annabeth levantou uma peça estranha e retangular com um Delta, a marca de Dédalo para Nico e disse:

– Eu carrego pra todo o canto, e o sinal pega aqui nessa ilha muito bem... – todos chegaram perto da estranha maquina [é isso que dá ser desatualizada!] e ela abriu uma tela que tinha uma matéria muito parecida com um pergaminho ou algo assim.

– Casas abandonadas têm janelas quebradas provocadas por arremessos de objetos como cadeira e mesas. A polícia científica já foi até o local, mas não encontrou nenhuma prova, visinhos afirmam não terem visto ninguém entrar nessas casas.

Nós vimos outra matéria:

– Reviravolta na Casa Branca: após chegar de uma reunião com o congresso o nosso excelentíssimo presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, vê toda casa bagunçada, com cortinas rasgadas e objetos de luxo quebrados. O presidente afirma que nada foi roubado, mas que houve um grande estrago.

– Vamos entrar em um canal de TV ao vivo, hm, perto do mundo inferior... Aqui está! – ela entrou em um site: – Um canal no Estado da Califórnia! – as pessoas que apresentavam o programa falavam as mesmas coisas, acontecimentos estranhos, coisas inexplicáveis... Nada do que os outros lugares já haviam dito.

– Hey! Califórnia! Espera... É a minha mãe! – Suzannah gritou ao que parecia que a moça do jornal era a mãe dela.

– Ela é bem bonita. Parece com você. – Nico disse e nós desligamos o aparelho e sentamos para conversar e pensar no próximo passo da missão. Minha caverna parecia um terrível Coliseu. Todos gritavam e falavam ao mesmo tempo esperando por uma atração. É, antes no meio da loucura do que acompanhada da solidão.

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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Mandem reviews e quem sabe uma recomendação!
Espero que vocês vejam as minhas outras historias e comentem também:
https://www.fanfiction.com.br/historia/179169/The_Chance_To_Love_Again
https://www.fanfiction.com.br/historia/177754/Poseitena
Espero que possam ver! Até o próximo capitulo.



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