De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 20
Partimos em busca da terra desconhecida. Parte 1.


Notas iniciais do capítulo

Então, sentiram minha falta?
Esse capítulo é narrado por Nico di Angelo.



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Ξ Nico di Angelo – Partimos em busca da terra desconhecida. (Parte 1)

Sozinho no meu chalé eu arrumava minhas coisas para ir ao Mundo dos Mortos. Não que eu me importasse em ir para lá. Nem um pouco, afinal filho de deus dos mortos com mortais, semideus “mortinho” é.

Depois de arrumado, limpo e penteado. Sentei em minha cama e comecei a pensar. Caramba, até Suzannah parece mais normal que eu menos... Sombria. Tinha um namorado e tudo mais.

Sempre me senti sozinho. É, eu sei. É uma frase de pessoas deprimentes, emotivas, excluídas e que ninguém quer ter por perto. Mas ainda sim, eu sou feliz. Tenho uma família gigante [é, eu reconheço o Acampamento como uma grande família cheia de defeitos, pessoas loucas, crianças alucinadas, seres estranhos, mas feliz]. Agora posso ver Bianca novamente e quando vou para a Terra das Sombras, eu supervisiono o local e reencontro os amigos mortos.

Antes de me encontrar com o pessoal e resolver como nós iríamos seguir com a nossa missão, eu andava pela praia no estreito de Long Island, a água salgada batia em meus pés descalços, a areia molhada me acalmava.

Sentado em uma duna de areia, eu pensava em Bianca. Então alguém me deu um tapa na cabeça.

– Hey! Por que você fez isso? Você é idiota sabia? – gritei.

 – Calma! Só vim ver como você estava, algum problema? – Luke me perguntou.

– Não eu estou bem. – falei fazendo uma careta.

– Só vim aqui te avisar que você não vai mais se sentir sozinho. Tudo está para mudar. Até o seu coração tapado. – ele riu.

– Tapado? O que você quer dizer com isso?

– Quero dizer que tem umas gatinhas por ai no acampamento que babam por você e aparentemente você não está nem ai pra nenhuma delas. – ele começou a enumerar as garotas do acampamento que falam comigo. Acho que elas saem atrás de mim só porque tenho um olhar sombrio, sou misterioso e possuo um corpo escultural com um tanque de morrer, haha. Fala sério.

– Eu estou procurando uma garota certa pra mim só isso! Será que é pedir demais respeitar minha opinião? Eu não gosto de curtir com a cara das pessoas.

– É, parece que eu tenho muito a aprender com você. Por isso as garotas daqui vivem falando “Ai, como o Nico é fofo!”, “Ô lá no meu chalé, hein?” ou então “Owns, olha a carinha que ele faz quando está com vergonha!” e algumas coisas que eu não vou repetir. Eu não quero ver sua carinha de envergonhado. – eu corei mesmo não querendo.

– Como você sabe que meu coração “tapado” vai mudar?

– Eu sou um fantasma. Fantasmas sentem as coisas.

– Simplificando, vocês são fofoqueiros. – eu ri coloquei meus AllStars pretos e andei em direção a Casa Grande.

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Coloquei minha mochila nas costas no meio do caminho. Não havia nada de especial apenas os itens essenciais para um meio sangue não morrer.

1)      Ambrosia e néctar;

2)      Celular desligado;

3)      Dólares e dracmas;

4)      Roupa;

5)      Comida;

6)      Minha faca de ferro estígio;

7)      A foto de Bianca.

Entrei na Casa Grande e todos me esperavam, ansiosos. Rachel me olhou e disse:

– Ah, estávamos esperando o príncipe se arrumar para ver por onde nós começarmos a missão. Então, senhor, por onde começamos? – eu ri da frase e me sentei na cadeira.

– Bem, já que temos que ir ao Mundo inferior, vamos pra lá pela passagem no Central Park. Isso vai nos poupar tempo e trabalho. Sra. O’Leary pode vir conosco já que não gosta de ficar sozinha aqui. Ela sente falta do Percy.

– Calma ai! Entrarão na terra desconhecida. Isso não me parece o Mundo Inferior. Parece que temos que descobrir onde fica. Como uma charada. Vamos parar e pensar em um lugar onde não conhecemos, mas todos já ouvimos falar. – Annabeth suspirou e continuou. – Acho que é isso que a profecia fala.

– A terra, do tipo, que ninguém conhece? Onde ninguém entra e ninguém sai? – Paul perguntou e nós assentimos.

– Um lugar que é desconhecido, com uma garota que tem uma maldição. E que provavelmente nós teremos que libertar. – Thalia completou o raciocínio. Espera, eu me lembro de algum lugar assim... Mas não pode ser! Como chegaremos lá se fica em algum lugar e perto de lugar nenhum?

– Hey! Eu já sei! – eu contei a todos a minha idéia.

– É, faz sentido. Mas não tem como nós procurarmos por um lugar que não quer ser encontrado. Minha canção de sinalização pode funcionar, mas...

– Eu tenho que ir. Já passei por isso antes! – Percy disse. Annabeth disse que teríamos que ir juntos, mas isso foi por insegurança de deixá-lo sozinho. Eu pensava em uma maneira de ir para lá com todos. Por água: nem sabíamos se era uma ilha; Carro: fora do continente, com toda certeza; Voando: não, definitivamente não. A não ser...

– Eu já sei como vamos... – falei completando meu raciocínio. – Pelas sombras. Não acontecerá nada com vocês porque estarão comigo, Suze, Paul e Jesse. Aliás, temos a Sra. O’Leary, que nós protegerá. As sombras sempre nos mostram o caminho. Só precisamos de cuidado para não nos perdermos. Entenderam? Nós ficaremos cansados. Muito cansados, mas daremos um jeito. O que acham?

– Ahn, olha, eu não sei não. Eu e Thalia nos domínios do titio... – Pery falava e um trovão soou de longe. – Me desculpe titi... Quer dizer, Senhor Hades! Os filhos dos outros deuses mais poderosos.

– Com toda a certeza, é melhor do que irmos voando. – Grover disse.

Thalia, Percy e eu assentimos. Thalia era filha de Zeus, mas morria de medo de altura. Isso sim era meio estranho, mas tudo aqui era não é mesmo? Dei de ombros. Senti um arrepio em minhas costas e estremeci. Algum fantasma apareceria, e não era Luke. Podia sentir.

– Olá. Eu vim do mundo de Hades avisar a vocês que deverão seguir seu coração. A viagem pelas sombras será a única opção. Os perigos serão grandes e todos provarão a coragem que tem. Eu não vim até aqui para plantar falsas esperanças. – a voz que eu reconheci imediatamente parou e a pessoa deu um enorme suspiro. – Acho que todos me conhecem. Para quem ainda não sabe quem eu sou e está pensando que eu sou louca, eu Bianca di Angelo, filha de Hades, irmã de Nico, e agora de Suze.

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– Bianca. – dei um aceno de cabeça e ela me mostrou a língua e riu. É incrível, ela nem parece a irmã mais velha [apesar de agora, depois que ela morreu, eu ser mais velho]. – Que bom que você apareceu, veio nos dar boa sorte?

Ela assentiu e disse:

– Vocês precisam ficar atentos a tudo entenderam? Nem toda ajuda é verdadeira e nem toda a bronca é pro mal. Lembrem-se disso. Nos encontraremos durante a missão. Até mais! – e sumiu do nada, assim como apareceu.

– Hm, acho que ela não tinha permissão para aparecer. Ela falou tão rápido que eu não entendi nada. – Grover disse. Explicamos pra ele tudo e estávamos saindo quando um brilho ofuscou a nossa visão. Viramos para ver quem era e demos de cara com o mensageiro dos deuses. Hermes.

– Entrega para Percy Jackson! – ele disse.

– Quem mandou?

– Hm... Bem a julgar pela letra grande e torta com uma carinha do lado, eu diria que é do seu irmão. Abra e veja, oras! – Percy pegou o pacote, assinou seu nome e abriu a caixa. Acho que era mágica. Nunca vi tantas mochilas saírem de lá tão fácil.

Percy leu o papel em voz alta:

Irmão Percy,

Fiz essas mochilas com a ajuda de algumas naiádes que entendem de magia. Elas me disseram que você pode colocar qualquer coisa ai dentro que não vai pesar nada! Até um pônei, mas acho que Arco-íris não iria gostar de ficar dentro de uma mochila. Eu já coloquei kits de primeiros socorros, ambrosia e néctar. Gostou da minha surpresa?

Tchau! Do seu irmão, Tyson. [:

– Bem, eu acho que podemos colocar nossas coisas nessas mochilas não é? Minhas costas estão doendo! – Reclamou Suzannah. Todos pegamos uma mochila e colocamos nossas coisas. Sobraram 3 mochilas então eu as peguei e coloquei na minha.

Saímos da Casa Grande e como um ato “simbólico” de uma missão, ficamos perto do pinheiro de Thalia. Ládon, o dragão, bufou quando nos viu e voltou a dormir. O Velocino de Ouro reluzia. Então passamos pelas fronteiras mágicas com todos nos olhando de longe da colina. Quíron acenou e nos desejou boa sorte.

Eu me virei para encarar a todos e disse:

– Prontos?

– NÃO! – responderam em conjunto. Eu sorri e mandei Sra. O’Leary encontrar uma boa sombra. Ela farejou o ar e correu em direção a uma pedra. Não, ela não bateu a cabeça, apenas afundou na grande sombra que a pedra produzia.

Mandei todos a seguirem e quando o ultimo integrante passou, eu mergulhei nas sombras para enfrentar a missão.

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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Desculpem pela pequena aparição de Bianca, se pedirem eu coloco mais!
Mereço reviews? Até o próximo capítulo!



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