Ω Percy Jackson – Surpresas no refeitório.

[Raiva modo on] Sempre assim. Sempre. Quando alguma coisa legal acontece sempre tem alguém pra impedir nossa diversão. Será que é pedir demais ter um pouco de momentos felizes? [Raiva, modo off].

Pronto. Meu momento de: estou com raiva, quero que o mundo fique quadrado, acabou. Agora estou preocupado, apreensivo nervoso etc. Mas Drew foi muito má com a gente. Ela sempre tentou ser popular e andar com gente legal, mas só conseguia ficar com fama de galinha e metida.

– Percy, você está bem? – Nico me perguntou enquanto estava indo para meu chalé.

– Sim. Eu estou bem. – eu respirei e disse: – É que eu achei muito chata aquela historia de limpar o refeitório e ter que se arrumar pra entrar no Mundo do Titio Hades. – então eu me toquei que Nico era filho do cara. Meu rosto ficou vermelho e eu disse: – Hm, me desculpe, não queria te ofender.

– Tudo bem. Eu também ficaria apreensivo se entrasse no reino de Poseidon.

Ficamos em silencio e resolvi fazer uma observação besta [que, segundo Annie e Thalia, eu era muito bom em fazer isso]:

– E ai, como é ter uma nova irmã?

– Estranho. Sério é muito estranho. É que ela me lembra Bianca que, aliás, ficou muito feliz em descobrir que tem uma irmã.

– Então você pode falar com ela. Quer dizer, Bianca.

– Nós nos falamos com frequência, eu mando mensagens pra ela e ela também. – eu assenti e me despedi com um aceno.

Entrei no meu chalé, peguei minhas coisas e fui tomar banho.

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 Sozinho no meu chalé percebi o quanto sentia falta de meu irmão.

Já tinha tomado banho, estava esperando dar o horário para me encontrar com o pessoal e arrumar o refeitório.

Estava sentado na minha cama pensando na minha ultima viagem para o Mundo dos Mortos quando ouço uma voz muito conhecida de chamando:

– Hey, Percy!

– O que foi? – disse pensando que alguém gritou isso da janela do chalé.

– Deuses! Você não reconhece mais nem o próprio irmão? Magoou Percy, magoou.

– Ah, deuses Tyson! Que bom te ver. – depois que a palavra irmão foi dita eu me levantei rapidamente e encontrei uma mensagem de Íris flutuando no meio de meu quarto. – Como você está se saindo ai no Reino de papai, hein, grandão? Não vai vir nos visitar?

– É bom te ver também, eu não vou poder ir ai no Acampamento agora. – ele fez uma cara de choro, mas então se virou e abriu um sorriso: – Mas eu vou te mandar uma surpresa hoje. Eu fiquei sabendo que você vai sair em uma missão.

– Surpresa? Quem te contou isso? – eu perguntei curioso.

– Bem, a surpresa você vai descobrir hoje. Eu fiquei sabendo da sua missão por causa dos golfinhos, eles são bem fofoqueiros.

Eu ri da frase quando ouvi alguém chamando Tyson de longe.

– Eu vou ter que ir agora, estão me chamando. Tchau, irmão.

– Tchau, grandão! – passei a mão pela mensagem e ela se transformou em névoa. Saí do meu chalé e andei em direção do refeitório.

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– Oi Percy! – ouvi uma voz feminina me chamando. Contive um grito de reprovação. Drew. Era ela que me chamava. O que aquela garota chata queria? Respirei fundo e contei mentalmente até 10 para não sacar minha contracorrente e quebrar a unha dessa patricinha metida.

– Oi Drew! – fiz minha melhor imitação de pessoa simpática e acho que deu certo, pois ela sorriu e veio na minha direção. Senti uma movimentação estranha do meu lado, mas então a sensação sumiu. Ela foi chegando mais perto e disse:

– Você não está bravo comigo por causa daquela historia de limpar o salão não é? – ela fez uma de pessoa inocente e passou as mãos pelos meus cabelos. Eu segurei seu braço e disse:

– Vai procurar outro pra enganar vai. Vai lá! – e soltei seu braço.

– Você vai se arrepender de ter mexido comigo você ouviu seu cabeça-de-alga! Ouviu? – ela gritava como uma louca enquanto passava perto do chafariz. Então tropeçou em algo invisível que a fez cair de cara na água e borrar sua maquiagem. Algo não. Alguém.

– Chase! – ela gritou enquanto minha namorada tirava seu boné dos Yankees.

Eu ri demais da reação de Drew quando percebeu que sua cara estava toda borrada de lápis e sombra rosa. Annabeth se virou de costas para ela e olhou para mim. Pensei que ela ia me matar, mas ela apenas se limitou a sorrir e me dar um beijo enquanto ria da cara de menina.

– Então, você não vai me matar? – eu brinquei.

– Claro que não, ela é uma idiota! E você não ficaria com ela, não é mesmo?

– Pra que eu vou ficar com ela se eu tenho você?

– Que fofo! – e me beijou de novo. Andamos até o salão e encontramos o pessoal.

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– Vocês estavam matando uma galinha? Deuses! O que foram aqueles gritos? – Thalia perguntou e então Annie e eu contamos a historia.

Quando terminamos de falar, todos ficaram em silencio. E, um segundo depois, caíram na risada e se mataram de rir.

– Ah, eu não acredito nisso! Por que vocês não tiraram foto! – Nico se matava de rir como uma criança de 5 anos assistindo desenho animado.

– Está tudo explicado então! – Will soltou uma gargalhada e depois continuou: – Vocês não estavam matando uma galinha... Estavam afogando uma! HAHAHAHA’

– Santo Zeus! Por que esse salão ainda não está limpo? – Grover gritou e baliu ao mesmo tempo. – Ainda temos que ver as coisas para a missão, não é mesmo? Quanto antes for antes voltaremos. Percy traz um jeito de trazer a água pra cá.

– Hey, Grover! Você acha que eu sou o que? Hidrante?

– Não. Um cabeça-de-algas ambulante! – Clarisse respondeu revirando os olhos. – Agora faça seu trabalho!

– Ah, tudo bem estressada!

Eu concentrei toda a minha energia na água que fluía perto do refeitório. Um aperto foi consumindo meu abdômen e o barulho da água inundava meus ouvidos. Foi levando a água por todos os lugares e levando a sujeira embora. Quando todo o salão estava encharcado, eu transformei a água em vapor.

Pegamos panos limpos e começamos a enxugar o chão, as mesas e cadeiras. Tudo ficou pronto em pouco tempo. Assim que terminamos percebemos que deixamos o salão mais limpo e brilhante do que nunca havia ficado.

– Ah, isso aqui ficou lindo! Quem reclamar vai levar uma surra! – Suzannah disse e nós concordamos.

– Uau! – alguém gritou atrás de nós, nos assustando. Era Luke. E ele estava impressionado com o nosso trabalho. Rachel disse:

– Sem zoar, você tem que parar de fazer esse tipo de coisa! Não é muito educado ficar dando susto nas pessoas.

– É involuntário! – ele riu. – Sem ofensas, mas vocês saíram de que filme de fim de mundo? Olhem pra vocês! Estão acabados.

Depois essa limpeza geral, nós ficamos exaustos, cansados, suados, sujos. É já deu pra entender a situação. Não combinávamos nada com o lindo cenário que criamos. Ele nos olhou com um ar de reprovação e Connor disse:

– É, obrigado pro nos dizer o obvio. Bem, eu não sei vocês, mas eu estou vazando daqui pra poder tomar um banho decente! – todos assentiram.

Saímos de lá e fomos nos arrumar para a partida da missão.

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