π Jesse de Silva – Um café da manhã diferente.

Acordei de manhã, ainda muito cedo. Troquei de roupa e deixei Suzannah dormindo como uma anja. Inacreditável. Era a única palavra que eu conseguia encontrar para descrever os acontecimentos.

Viemos para um acampamento em NY, que eu descobri que era uma cidade muito bonita e barulhenta, um lugar cheio de semideuses que lutavam extraordinariamente bem com espadas, mi hermosa, além de muito boa com socos e chutes, ainda sabe usar uma espada melhor que muitos meios-sangues.

Ela deve ter ficado muito abalada com toda essa historia de ter um pai olimpiano, mas ela me deixava tão confuso que não sabia se ela estava aflita ou surpresa, com medo ou espantada. Talvez tudo isso junto.

Pouco antes de ela acordar eu estava fazendo abdominais, afinal, competir com filhos de deuses é exaustivo e eu precisava me preparar fisicamente para a missão. Estava concentrado na minha respiração quando a ouvi gritar levantando da cama:

– A há! Está comprovado! – eu não entendi o que ela estava querendo dizer por isso eu brinquei.

– O quê? Que eu faço abdominal? – ela fez uma cara estranha e disse:

– Ah meus deuses, como você sabe que eu estava pensando nisso?

– Hm, na verdade, você não só pensava, como também falava, suspirava e gritava... – e então comecei a rir muito e não conseguia mais parar. – Suzannah, vale lembrar que eu não sou um idiota completo. É nisso que você pensa em 50% do tempo que você me vê.

Ela fez uma careta e disse:

– Ótimo! Faz muito bem pra saúde! Continue assim. Bem... Eu vou me arrumar e depois conversamos mais. – ela correu e se trancou no banheiro antes que eu pudesse dar uma resposta.

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Esperei ela sair do banheiro, arrumada, pra falar:

– Você está linda e eu tenho um presente pra você.

– O que é Jesse?

– Nothing. Nada. Niente. Apenas vire-se enquanto eu pego seu presente.

– Tudo bem.

Eu peguei a caixa dentro da gaveta, abri e retirei o colar de duas correntes para dar a ela. Coloquei-o em seu pescoço, ela se virou para o espelho e abriu um enorme sorriso.

– J de Jesse? – ela se virou para me ver.

– Bom... Sim e a corrente de cima é um S de Suzannah.

– Ah, é lindo. Não vou tirá-lo por nada. – e me deu um beijo rápido. Eu me lembrei de uma coisa e disse:

– Suzannah... – e fui interrompido por Nico que dizia:

– Hey, vocês dois ai! Parem de se agarrar e venham logo tomar café, senão Grover não vai deixar nada pra vocês! – eu ri da frase e, como diria, minha ficha caiu. Ele e hermosa são irmãos. Ela riu e disse:

– Tudo bem, já estamos indo.

Abri a porta para ela e disse:

– Por favor, senhorita. – ela passou e me deu um selinho. É, estamos no século XXI, mas alguns costumes não mudam nunca. Ela deu um sorriso, segurou em meu braço e desceu as escadas, me levando com ela.

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Chegando ao refeitório, vimos uma cena muito estranha: todos os campistas estavam espalhados pelas mesas. Não vi aquela certa ordem de chalés como no dia anterior. Aquilo parecia um refeitório de colegial [apesar de eu nunca ter freqüentado um, sabia bem como era, a Junipeiro Serra era um exemplo].

Fomos até a mesa onde estavam todos os meus amigos: Percy, Nico, Paul, Connor e Travis, Rachel, Thalia, Clarisse, Annabeth, Will Solace, um filho de Apolo e Chris.

– Hey, o que está acontecendo?

– Quíron foi enfeitiçado. Pegaram uma poção do porão e colocaram na bebida dele. Agora tudo que nós falamos ele faz. Senhor D. foi para o Olimpo resolver uns assuntos e volta daqui a dois dias. – Clarisse disse se matando de rir.

Annabeth e Percy se olharam como se já soubessem o porquê de Senhor D. ir ao Olimpo. Eles trocaram informações silenciosas e voltaram a relaxar.

– Vocês roubaram uma coisa do porão? Isso não é tipo, hm, não sei... Ilegal? – Suzannah perguntou.

– Hey, esqueceu? Nós somos filhos de Hermes, deus dos ladrões. – Connor deu uma risada maléfica e todos acompanharam. – Ah, qual é? Ele vai sair do transe hoje de noite e amanha vocês saem pra ir à missão.

– Hoje nós vamos curtir. – Travis disse colocando os pés na mesa. Luke chegou de repente dando um susto em todos. Ele empurrou os pés de Travis da mesa e se sentou em cima dela, ficando ao lado de Rachel.

– Hey, ninguém te disse que é falta de educação colocar os pés na mesa? – perguntou Luke com um ar de irmão mais velho.

– Falou o cara que está sentado em cima dela.

Luke riu e assentiu. Todos nós terminamos de comer e estávamos sentados sem fazer nada. Então Will disse:

– O horário de café já acabou, mas... GUERRA DE COMIDA! – Ele gritou atirando geléia de uva em uma das filhas de Afrodite. Ela por sua vez, tentou revidar atirando um pedaço de torta na cara dele, mas acertou Clarisse. Percy jogou suco na cara de Nico e toda a confusão estava armada.

– Jesse! – Suzannah me chamou e eu me virei. Ela me acertou em cheio com um mamão. Eu paguei um pedaço de bolo bem recheado e taquei na sua cabeça. Estávamos nós, rindo, quando vimos o estado do salão: sucos voando, frutas jogadas, pães acabados, ou seja, um desperdício.

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? POR ZEUS, VOCÊS FICARAM LOUCOS?! – Quíron gritou. Mas como? O efeito da poção não deveria acabar só de noite?

– Quí... Quíron... Como você está em sã consciência? Não devia estar meio chapado? – Chris perguntou sem entender.

– Centauros são mais resistentes a feitiços, vocês deviam aprender as coisas antes de mexer comigo. Agora, quero saber quem começou com essa confusão! Se alguém mentir vai ter uma seria conversa com Dionísio! – todos engoliram seco. Acho que não era boa idéia ter uma conversa particular com o deus da loucura.

– Foram eles. – Drew, a filha de Afrodite que levou geléia de uva na cabeça, apontou para nós de um modo acusador.

– Sua idiota... – Connor começou a falar, mas todos nós o impedimos.

– Vocês todos terão que arrumar este salão, hoje à tarde, ele deve ficar brilhando! Entendido?

– Sim senhor Quíron. – falamos em todos juntos. Quando ele se virou todos e foi embora nós combinados de nos limpar e depois chegar ao salão às 1h. Saímos do refeitório indo para os respectivos lugares.

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