Whos That Boy? escrita por Kaah_1


Capítulo 5
04.


Notas iniciais do capítulo

Não tive tempo de revisar, entao, me desculpem pelos erros e se ficou ruim e pá. beijos, espero que gostem >< KK



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Encostei-me na parede e fiquei fitando as pessoas dançarem pela sala. Minha casa tremia por conta da musica incrivelmente alta que tocava. Eu mal fazia idéia de quantas pessoas estavam por ali, eu mal ligava pra isso. As luzes deixavam o ambiente ainda mais divertido. E ainda tinha garrafas e pedaços de vidros e copos quebrados por cima do tapete e em alguns cantos da sala ou cozinha. Minha casa era enorme, admito e eu adorava dar essas festas meio que proibidas.

Podia ver algumas pessoas se agarrando no sofá, na escada ou em qualquer outro canto. Exatamente por isso que eu deixava a porta dos quartos trancada. Sério. A essa altura, boa parte da escola estava ali. Eu já tinha expulsado umas dez pessoas, que eram desconhecidas e nem eram do meu colégio. Ou que eram da vizinhança e haviam entrado de penetra ou algo do tipo.

– Não está nem um pouco preocupada com esse monte de gente, Chelsea? – Maddie apareceu a minha frente, praticamente gritando por causa da musica alta.

– Não. Porque estaria? – dei de ombros.

– Algumas pessoas vomitaram no jardim e tem gente fazendo... Sexo no sofá. – ela apontou, fazendo uma cara de nojo. O que me fez rir.

– Deixe eles, Maddie. Você se preocupada muito. – bati em seu ombro, rindo. – Depois as empregadas limpam tudo... Pra que você acha que elas servem? – perguntei, completando.

– Sei não, Chel... Essa festa passou dos limites hoje.

– Maddie, vai encontrar alguém pra você dar e me esquece? – perguntei com um sorriso sínico e ela bufou.

– Só to avisando... – apontou pras pessoas que dançavam eufóricas. Eu dei de ombros.

– Festa maneira, Chelsea! Ta incrível! – um garoto que vestia uma blusa do time de basquete da escola disse, passando por mim. Eu apenas sorri e agradeci balançando a cabeça.

– Viu, Maddie? Estão todos gostando, só você é a certinha aqui. – sorri debochado e ela cruzou os braços, murmurando um “fazer o quê, alguém tem que ser.”

Apenas ri e tomei uma garrafa de vodca ou qualquer outra coisa das mãos de uma garota que passava por mim. Ela reclamou, mas, apenas mandei ela pastar e logo tomei um gole da garrafa. Maddie continuava a minha frente, me fitando de olhos arregalados enquanto eu virava metade do liquido que estava na garrafa, passando ardendo por minha garganta.

– Hm, chegou companhia. Clarisse Kingston e seus dois clones. – Maddie apontou pra um canto, no meio das pessoas que dançavam.

As três garotas vestindo uma mini saia e um top de lideres de torcida andavam pela minha sala. Era só o que me faltava.

– Segura aqui. – entreguei minha garrafa para Maddie e logo caminhei até elas.

– Lestrange... É você que está dando a festa? Por isso é tão sem classe. – ela sorriu debochado.

Eu já fechei minha mão em punho pronta para dar um soco nela, mas, revidei.

– E vocês... Só tem essa roupinha de líder de torcida? Não tem outra? – perguntei com o mesmo sorriso debochado que ela.

A garota me olhou, empinando seu nariz. O que me deixou irritada e riu.

– Eu gostaria de perguntar se você só tem essa cara feia mesmo, mas... Já sei a resposta.

– Eu já deixei bem claro que não é pra você mexer comigo, Clarissa. – coloquei as mãos na cintura. Aquela garota me dava nojo.

– E eu já disse que não tenho medo de você, Lestrange. E meu nome é Clarisse. – sorriu.

– Ok. De qualquer jeito, aproveite a festa enquanto pode. – dei um meio sorriso. Ela retribuiu o sorriso e saiu andando na minha frente, rebolando. – Ah, Clarisse... – chamei.

– O que foi? – me fitou.

– Eles pagam qualquer coisa. Pode faturar hoje, querida. – ri, debochado e ela estendeu a mim seu dedo do meio.

Eu saí rindo. Maddie nem estava mais no mesmo lugar, tive que pegar outra garrafa de bebida e me coloquei no meio daquele povo para dançar um pouco.

Clarisse era mesmo uma tremenda vadia. Ouvi algumas pessoas comentando que éramos até que parecidas. Tirando o jeito patricinha de Clarisse e que eu era um pouco mais má. Se bem que eu não estava tão má assim a um bom tempo. Eu estava boazinha agora, não estava? Apenas irritava quem eu queria. Ou precisasse.

Amber não tinha aparecido hoje, talvez seja porque ela acha que vou cortar seus dedos. Talvez eu os corte mesmo.

Fiquei dançando ali no meio, nem me importava com que musica estava tocando. Eu dançava que nem louca enquanto bebia. Era bom se divertir um pouco. Extremamente bom. Já tinha sentido algumas mãos bobas, mas, acho que aproveitaram que eu estava começando a ficar bêbada e estava boazinha demais hoje.

– Que festa hein, Lestrange! – ouvi alguém falar perto de meu ouvido e segurar em minha cintura.

– Minha diversão já era! – gritei, quando me virei e vi Justin na minha frente. – O que ta fazendo aqui? Não foi convidado! – empurrei seu peito.

– Não vai me botar pra fora, né? Eu vim com o Ryan. – deu um meio sorriso. Maravilhoso, pra dizer a verdade.

– Pode ficar. – revirei os olhos e vi ele gritar um “yeeeeah”. – Não acredito que disse isso. Devo estar bêbada. – bufei e ele riu.

– Deve estar. – deu de ombros. Justin dançava animadamente na minha frente. Parecia nem se lembrar do nosso “confronto” na escola. Se bem que nem eu me lembrara, mas, eu ainda ia acabar com ele.

– E aí, ficou com quantas garotas até agora? – bufei. Não sabia nem ao menos porque estava conversando com ele. Mas, foda-se.

–Com umas 15. – deu de ombros.

– Mentira. – arqueei as sobrancelhas.

– Ta bom... Foi só com umas cinco ou oito. –riu. E eu acabei rindo junto.

– Como elas tiveram coragem? Que nojo! – gritei, fingindo vomitar. Ele riu.

Ele me puxou pela cintura, colando seu corpo no meu. Eu ia me afastar, mas, uma parte de mim também queria ficar ali. Chelsea. Ta louca?

– Aposto que você queria ficar comigo. – ele falou perto do meu ouvido, fazendo uma voz sexy e eu apenas revirei os olhos.

– Eu nunca, NUNCA ficaria com você. – disse olhando em seus olhos caramelados e dando um sorriso debochado.

– Duvido, Chel. – distribuiu alguns beijinhos em meu pescoço, me fazendo arfar. Parece que ele percebia que aquilo meio que estava dando certo e continuava, subindo e descendo, beijando meu pescoço, o mordiscando e saboreando.

É. Ele não presta.

– Então... Me acha... Me acha gostosa, Stromberg? – perguntei, tentando fazer uma voz meio sexy, enquanto empurrava seu peito de leve e me afastava dele.

Eu não estava mais com consciência, com certeza. Porque perguntei aquilo?

– Você é gostosa. Mas, não passa de uma menininha mimada, Lestrange. – ele ergueu os ombros e passou as costas de sua mão em minha bochecha. Bati na mesma e me afastei. – Toda essa sua beleza, nunca esconderá essa podridão que você tem por dentro. Você sempre será assim. Sozinha e podre. Sombria. – fitava meu rosto.

Eu apenas respirei fundo e tentei não bater nele. O que era extremamente difícil.

– É... Mas, bem que você queria pegar essa garotinha mimada aqui, né? Seu... Vai se fuder. – dei um tapa na sua cara, rapidamente e saí dali. Ele era um idiota. E acho que provocar o Justin seria legal, quem sabe brincar com ele um pouco. Mas, hoje não. Ele é um imbecil e merece ficar sozinho.

– Porque você não vai, já que gosta disso e esta acostumada. VADIA. – ouvi o mesmo gritar. Acho que ele havia esquecido que estava na minha casa.

Eu até ia revidar. Mas, em vez disso, tirei um dos meus saltos e ataquei nele. O mesmo bateu em sua barriga, fazendo ele dar um passo pra trás e colocar a mão na mesma, fazendo uma cara de dor.

– Eu vou te atormentar tanto, que você vai pedir pra ir embora, Justin. Ah, se vai. – falei praticamente pra mim mesma, sorrindo meia sarcástica.

Fui até a cozinha e enchi um copo d’água, tentando me acalmar. Aquele menino me dava raiva. Me encostei no balcão enquanto fitava a parede branca, imaginando que fosse ele. Tomei a água e depois ataquei o copo na parede com todas as forças, vendo o mesmo cair no chão e se quebrar em pedaços. Ele não me conhece, não sabe nada sobre mim ou sobre minha vida, não tem direito de dizer nada.

Passei a mão pelos meus fios de cabelo, respirando fundo. Aquilo já estava me torturando por dentro. Peguei dois copos que estavam sobre o balcão e ataquei novamente os dois seguidos um do outro na parede. Porque eu estava fazendo aquilo? Porque não atacava os copos em Justin? Droga, que vida horrível a minha.

– Está nervosinha, gatinha? – ouvi uma risada sarcástica. Olhei a frente e Ryan estava entrando na cozinha e fitando os cacos de vidro pelo chão.

– Não é uma boa hora. – cruzei os braços.

– O que foi? –se aproximou, me entregando um copo com alguma bebida dentro. O peguei.

– Porque trouxe aquele garoto imbecil? – bufei, enquanto virava a bebida em um só gole e colocava o copo sobre o balcão de mármore.

– Justin? Sei lá, é engraçado ver vocês juntos. Brigando como cão e gato. – ele riu.

– Idiota. – revirei os olhos.

– Qual é, Lestrange... Isso é uma festa. Pra que esse mau humor? Vamos nos divertir. Esquece ele. – ele abriu os braços, rindo. E depois colocou uma das mãos em minha cintura.

– Tudo bem. Seja minha distração, Ryan. – falei. Quase como em um sussurro.

Em minha vida inteira, sempre precisei de algo pra me distrair. Ou eu apenas descontava tudo nos outros, ou tomava alguma coisa, comia ou... No caso da minha adolescência, simplesmente fazia o que estou prestes a fazer. Além de bater nos outros e provocá-los,claro. Aliás, tenho pais ausentes, fui criada por babas que me batiam e me maltratavam tanto e que já até tentaram me afogar ou coisa parecida. Minha mãe sempre me forçando a comer algo e eu aqui sofrendo de anorexia sem mesmo ela perceber. Meu pai batia em mim, chegava a me espancar e perdi minha virgindade aos nove anos sendo estrupada por um dos motoristas da mamãe ou coisa parecida. Tanta coisa na minha vida, eu tenho tantos segredos. Essa não é nem a metade do que já aconteceu comigo.

Enfim, voltando... Ryan me beijou lentamente. Com o longo beijo, o ritmo foi aumentando, e os amassos ficando cada vez mais fortes. Ele me pressionava no balcão, enquanto eu percorria minhas mãos pelos seus cabelos. Levei minha mão por baixo de sua blusa e arranhei seu abdômen, fazendo ele contrair o mesmo.

Enquanto ele passava seus lábios por meu pescoço, coloquei uma mão no cós de sua calça, o fazendo estremecer. Ele me pressionou mais ainda contra ele, esperando que eu descesse minha mão. Eu o olhei e sorri, recebendo uma cara de decepção ao tirar minha mão de lá. Ele beijava meu decote, fazendo uma parte de meus seios sair um pouco. Aquilo o excitou. Ri em meio disso. Eu queria me divertir, me distrair e esquecer o que me fazia mal, só isso.

Mordi o lábio dele com força fazendo-o soltar um gemido abafado e senti sua mão apertar minha cintura.

– Vamos subir. – sussurrei, apontando pras escadas do outro lado e ele sorriu malicioso.

Até que Ryan não era tão mal assim. Qualquer dia eu brincaria com Justin. Ainda tenho que bolar um plano pra meio que “acabar com ele”.


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