Whos That Boy? escrita por Kaah_1


Capítulo 4
03.




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Intervalo. Finalmente!

Passei deixar minhas coisas no armário e depois caminhei ate o refeitório. Passei meus olhos por aquele lugar cheio de pessoas idiotas, inúteis e nojentas. Parei meu olhar no garoto novo, que estava ali, pegando comida. Sorri sarcástica enquanto pegava uma bandeja e me colocava ao lado dele, batendo minha bandeja na sua, que já estava um pouco cheinha.

– Olha só se não é a garotinha malvada da escola. – ele bateu seu ombro no meu, enquanto eu ria pelo nariz. – Sabia que agora todos me chamam de “o cara que sofre de idiotice aguda”? – completou, o que me fez rir.

– Ah, desculpa... Eu não queria espalhar sobre sua doença para todos. – fiz beicinho. Ele riu. Garoto idiota.

Estiquei minha mão, pegando um hambúrguer e uma caixinha de suco de laranja.

– Você é sempre assim? Engraçadinha e malvadinha desse jeito? – me fitou, e eu direcionei meu olhar a ele também.

– Depende do seu ponto de vista. – dei de ombros, enquanto ria sínica.

Ficamos em silêncios por uns minutos, enquanto eu pegava uma maçã que estava ali. Realmente, até que Justin era bem gatinho. Mas, o que estou pensando? Não esqueça, Chelsea, tem que provocá-lo e aproximar dele pra descobrir aquilo que se diz ser ponto fraco. Ri comigo mesma e o garoto me fitou por alguns segundos, rindo junto.

– A gente se vê por aí, Chelsea. – ele disse sorrindo, enquanto se direcionava até uma mesa. A mesa dos caras do time de futebol pelo que vi.

– A gente se vê, James. – pisquei.

– É Justin. – o garoto fez careta.

– Tanto faz. – dei de ombros, enquanto ria sarcástica e procurava a mesa das meninas da torcida.

Passei meus olhos pelo refeitório... Não havia visto Amber, vai ver ela não achou mais nada e resolveu não aparecer achando que eu ia cortar os dedos dela. E acho que vou mesmo cortar os dedos dela... Quem sabe. Ri comigo mesma, enquanto erguia minha cabeça e andava até a mesa onde estava Maddie e as outras garotas da torcida. Sorri sínica e coloquei minha bandeja em cima da mesinha. Elas pararam de conversar e me fitaram.

– Olá meninas... Noticias! Eu vou voltar pra torcida! – disse tentando fingir entusiasmo. Todas ficaram quietas e se entreolharam. Maddie começou a bater palminhas pra descontrair o clima tenso.

– Isso não é incrível meninas? Estávamos mesmo precisando de uma líder! – ela disse para as garotas que apenas assentiram sem animo.

– Mas, temos novas regras aqui, Lestrange. – uma garota loira se levantou da onde estava sentada e veio até mim. – Eu sou a nova líder das lideres de torcida. – ela sorriu sarcástica.

– Que bom pra você, querida... Mas, eu vou avisando que eu não sou lá muito de seguir regras. – coloquei as mãos na cintura. - E por acaso... Conheço você? – perguntei. Eu nunca a tinha visto. Devia ser uma desconhecida qualquer que entrou pra torcida e ficou popular.

– Sei bem que não cumpre as regras, e por isso mesmo que eu e mais a metade das garotas não concordamos em ter você conosco. – ela arqueou as sobrancelhas. Será que ela não sabe com quem está mexendo? Eu entro aonde eu quiser, entendeu? Consigo o que quero. E essa vadia não vai me impedir. – Ah, a propósito... Meu nome é Clarisse. – ela sorriu e estendeu sua mão a mim.

– Querida, eu vou participar dessa porra de qualquer jeito. To pouco me fudendo se você e seus clones não me querem. – cruzei os braços e a fitei, semi serrando os olhos.

– Você não me assusta, Chelsea. – me fitou do mesmo modo.

– Então, vamos ver. – pisquei. – E que horas é que vocês treinam ou sei lá o que? – sorri, sínica.

– Quinta aula. – ela respondeu, suspirando. – Não se esqueça de colocar sua roupa. Vai estar no armário.

– Claro, líder. – ri, enquanto pegava a caixinha de suco que estava em minha badeja e tomava um gole.

– Só vou te aceitar por que sei que as garotas foram muito bem quando você estava na torcida. – ela era séria. Tinha um tom arrogante e nariz empinado demais pro meu gosto. Era uma perfeita patricinha.

– Tudo fica melhor quando eu estou incluída, querida. – sorri sarcástica, dando de ombros.

Terminei meu suco e logo o deixei sobre a bandeja. Peguei minha maçã e saí da mesa das lideres de torcida. Me sentei em uma mesa que ficava no centro. Em meio à das lideres de torcida e dos meninos. Dei uma mordida na maçã. Meu celular estava no bolso e o senti vibrar. O peguei no mesmo instante, vendo que era uma mensagem de minha mãe.

“Querida Chelsea, eu e seu pai fomos viajar. Voltamos amanhã cedo. Juízo, beijos.” – revirei os olhos ao terminar de ler. Que ótimo. Meus pais, sempre assim, sempre viajando. Sabe a parte boa de ter pais sempre ausentes? Posso fazer festinhas em casa. E olha, eu sou bem popular minhas festas são incríveis. Então, por que não fazer uma festinha essa noite? Uma festinha de “bem vindos ao retorno de aulas.” Entende?

Ri com meus pensamentos e subi em cima da mesa. Assobiei alto e todos me olharam. Alguns meninos fizeram gracinhas falando coisas idiotas e assobiando. Mostrei-lhes meu dedo do meio.

– AÍ, GALERA. FESTA NA MINHA CASA HOJE A NOITE, ESTÃO TODOS CONVIDADOS! – gritei. Eles comemoraram. – MENOS VOCÊ! – apontei pro Justin, e o garoto fez uma cara emburrada. E perguntou “está falando sério?” Apenas assenti.

Terminei de comer minha maçã. Logo o intervalo havia acabado. Saí dali, andando pelo corredor.

– Chelsea, posso levar alguém na sua festa hoje? – perguntou um garoto, parando na minha frente.

– Só uma pessoa. Se passar de uma, terá conseqüências. – arqueei as sobrancelhas, dizendo sem fitá-lo.

– Tudo bem. Só umazinha. Não vai incomodar. – ele completou.

– Ok. Agora, saí da frente. – o empurrei. O vi quase cair, mas, não dei importância.

Essa minha vida era mesmo clichê demais! Era legal fazer festas quando meus pais viajavam. Os empregados sempre limpavam tudo e eu os fazia prometer que não contaria nada aos meus pais. Era o que eles faziam. Se meus pais soubessem, acho que eu apanharia pelo resto do ano inteiro. Ou eu sei lá o que. Meus pais eram meio rígidos, sempre cobravam de mim e eu odiava isso.

Logo parei em frente ao meu armário, o abri e logo fiquei me olhando no espelho que tinha ‘grudado’ por dentro de sua porta. Ele estava todo rachado por eu dar tanto socos na porta e essa coisa toda, mas, tudo bem.

– E aí, garotinha malvada. – ouvi aquela voz rouca e irritante soar perto de meus ouvidos. Me virei e lá estava ele... Justin.

– Oi James. – disse enquanto o fitava. Com um sorriso um pouco sarcástico.

– É Justin. Quantas vezes vou ter que dizer? – ele riu.

– Eu te chamo do jeito que eu quiser, falou? – bufei, enquanto me virava para pegar a folha pra ver qual era a próxima aula. – Física, que ótimo. Acho que vou cabular. – suspirei enquanto guardava o papel.

Acho que Justin falava alguma coisa, mas, não dei importância. Peguei uns livros, minha bolsa e saí dali. Voltando a andar pelos corredores. Não queria ficar perto dele. Ele era tão irritante! Argh, odeio esse garoto!

– Sabia que é falta de educação deixar os outros falando sozinhos? – ele apareceu ao meu lado. Revirei os olhos e apertei o passo. Nada adiantava, ele continuava me seguindo.

– Para de me seguir, caralho! – falei um pouco alto.

– Não! – ele praticamente sussurrou e segurou meu braço. – Para de fugir. – riu.

– O que você quer? Sei que sou linda e maravilhosa, mas, não posso ficar perdendo meu tempo com um sem futuro como você, então, fala logo. – arqueei as sobrancelhas.

– Ok... Então, como vamos fazer nosso trabalho de química?

– Trabalho de química? Que trabalho de química? – franzi a testa. Eu nunca fazia trabalhos, nem prestava atenção nessa bendita aula.

– O que o professor passou hoje na aula, não prestou atenção? – o vi cruzar os braços.

– Ah. Não. Faz você e coloca meu nome. – dei de ombros e já ia voltar a andar quando ele segurou meu braço. Que droga. – O que você quer?

– Não vou fazer sozinho!

– Pede pra Amber te ajudar, nerdzinho. – ri

– Você é mesmo impossível.

– E você é irritante. – sorri sarcástica mais uma vez. – Agora, tchau e não fale mais comigo. – bufei enquanto voltava a andar.

– Chelsea. – ele parou em minha frente, fazendo uma cara de interrogação. Mas, que droga.

– James... Justin... Seja qual for o seu nome. – apertei uma de suas bochechas. Claro que eu sabia seu nome, mas, adorava fingir não saber. O irritava e eu gostava de o ver irritado. – VAI VIVER A MERDA DA SUA VIDA E ME DEIXA EM PAZ ANTES QUE EU CORTE ESSE NEGOCIO QUE VOCÊ TEM NO MEIO DAS PERNAS. – gritei e depois comecei a rir. As pessoas que estavam ao redor nos olharam e riram também.

Justin ficou me olhando com raiva. Seus olhos pareciam arder de raiva. Sorri satisfeita. Eu não sabia por que, mas, adorava ver as pessoas assim... Queimando de raiva. Era tão engraçado... Me fazia um pouco melhor sabia? Ri sarcástica e logo voltei a andar o deixando pra trás.

Mas, em questão de minutos, senti alguém, provavelmente ele, segurar meu braço... Ou melhor, apertar meu braço com força.

– Hey, ta machucando, porra! – eu disse tentando fazer com que ele me soltasse. Ele me ignorou e me encostou nos armários, me prendendo contra eles. Me assustei. Que porra é essa?

– Eu não tenho medo de você, Chelsea. Você pode intimidar todos dessa escola, mas, a mim não. – ele disse baixo, perto do meu ouvido. Ele estava me machucando, mesmo. Tentei o empurrar, mas, ele segurou minhas mãos. Droga, ele era mais forte que eu. – Eu tentei ser legal com você. Achei que você não fosse exatamente como eles diziam. Mas, me enganei. – ele parecia fitar meus olhos. Fitei os seus.

Sua expressão tão fria... Me fez se lembrar de quando eu era... Aquela garotinha, que tinha medo. Que sofria bullying.

– Ótimo, Justin. Agora que já fez seu desabafo de garotinha, pode me soltar? – ergui meu rosto, deixando próximo do seu, tentando parecer superior, e sorri.

– Você é perturbada, Chelsea. É problemática. Você não passa de uma garotinha problemática que desconta sua tristeza ou sei lá o que nos outros. Você só tem medo. Tem medo de ser você mesma e ser só mais uma no meio deles. Tem medo de ser julgada e se sentir inferior. – cuspiu as palavras na minha cara. Ual, como se me conhecesse há muito tempo.

– VOCÊ NÃO ME CONHECE! NÃO PODE DIZER NADA! – gritei, o empurrando com todas as minhas forças. Saí de perto dele e corri pelo comprido corredor, tentando me afastar desse garoto imbecil.

– E NEM PRECISO CONHECER PARA SABER ALGO QUE ESTA OBVIO. – gritou de volta.

Não eu não ia chorar por uma coisa tão boba. Não mais uma vez.

Estranho como a verdade nos derruba, não é? Idiota, idiota e idiota! Mil vezes idiota! Agora é oficial... Eu vou acabar com ele. Ou não me chamo Chelsea Lestrange.


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Notas finais do capítulo

OMGGGGGGGGGG. nao acredito que postei um capitulo desse! O: SÉRIO, que capitulo horrivel :( kkkkkkkkkkkkkk
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reviews... please. sei q o capitulo ta horrivel, mas... OBRIGADO, LINDASSS *-*