(...) Ao ver um carro preto vindo em nossa direção, batendo na lateral do carro com tanta força que foi capaz de jogar Justin para fora do carro, fazendo com que ele batesse em uma arvore a desmaiasse no meio da rua.

Eu estava presa no cinto de segurança (pela segunda vez) com a perna direita trancada nas ferragens do carro, me fazendo gritar, chorar e agonizar pedindo socorro. Tenho que confessar que na hora, eu pensava que íamos morrer. Eu fazia de tudo para conseguir me esquivar e chagar a um ponto que eu podia vê, quando cheguei a este ponto, Justin estava jogado no chão todo torto, ensangüentado, desmaiado. Em poucos minutos os paparazzi e os fãs chegaram, gritando e chorando, vendo Justin atirado no chão, como se ele tivesse sido bombardeado. Os paramédicos chegaram minutinhos depois, o primeiro a ser atendido foi Justin, pois seu estado de saúde era extremamente crítico.

Aos poucos a dor em minha perna estava se amenizando, meu coração batia fraquinho, minha outra perna começou a ficar dormente com o tempo em que eu tive que esperar agonizando de dor, meus olhos começaram a se selar lentamente, eu estava me preparando para a morte.

Os selei.

Quando acordei novamente, eu estava deitada em uma maca de hospital, com minha perna engessada e minha mãe segurando meu braço. Eu me sentei na cama e respirei fundo, logo minha "mãe" veio me perguntar:

- Você bebeu ontem à noite?

- Bom dia mamãe, eu estou bem, obrigada por se preocupar com a sua filha que sofreu um acidente e poderia ter morrido junto com o cantor mais desejado do mundo! - Falei sarcástica.

- Me desculpe meu bem, eu apenas fiquei preocupada, como se sente?

- Meio dolorida, não me lembro muito bem do que aconteceu ontem a noite, eu apenas me lembro de flash e pessoas gritando!

- Bom, já passou, quer alguma coisa para comer?

- Quero, traga qualquer coisa. Mãe espera, onde esta Justin? - Perguntei puxando o braço dela.

- Os médicos ainda não têm noticias dele, ele ainda não acordou, mas as primeiras noticias dele vão vir para nós.

- Hum... - Falei deitando na cama novamente.

Eu realmente não me lembrava da maioria dos acontecimentos de ontem à noite, foi estranho pensar que eu estava em um hospital, com amnésia temporária (pelo menos eu pensava que era).

- Precisamos conver... Ops me desculpe moça - Falou a enfermeira interrompendo meus pensamentos.

Confesso também que fiquei curiosa pra saber qual era a conversa, me levante e me apoiei sobre a cama, gemi baixinho, fui me direcionando a porta mancando, a abri devagar e escutei a conversa que a enfermeira tinha com minha "mãe" e a "mãe" de Justin:

- Então moça, como ele esta?

- O estado do Justin não é muito bom, na verdade, não é NADA bom, ele quebrou uma costela e ela perfurou o pulmão, Justin não conseguia respirar, foi atendido a tempo de sobreviver mas as chances de morte é muito grande, ele esta em coma, indeterminado o tempo de duração!

- O MEU DEUS! - Eu gritei interrompendo a conversa das mães.

Meu coração parou naquela hora, minhas pernas tremeram e eu cai dura contra o piso gelado do hospital, as mães me olharam e foram correndo me atenderem, eu não queria me levantar eu recusava ajuda. Um grande desespero tomava meu corpo, me fazia negar qualquer tipo de ajuda ou de atendimento, o choro era o único modo de eu me refugiar. Naquele pequeno período eu podia sentir meus pais e meus amigos que morreram no acidente de avião, algo me dizia que se eu morresse eu seria feliz, eu estaria com pessoas que eu amo e com a pessoa que eu mais amava: o Justin. Minha mãe me pegou pelo braço, mas eu não quis levantar, ela sentou no chão e me abraçou, eu deitei em seu colo e desabei em lágrimas, eu me sentia tão culpada por ter distraído Justin, eu sentia como se EU tivesse matado o Justin, eu pensava em vários modos de acabar com este sofrimento, mas o mais convincente era tentar suicídio!