Musica do capitulo: Florence and the Machine - Dog Days are Over

- Quando posso ver o chapeleiro? Gosto tanto dele, ele é tão louco... Me lembra... Me lembra...não consigo me lembrar que pessoa ele me lembra! Esse lugar me deixa tão confusa!

- Talvez te lembre do seu pai...

- Meu pai? Minha família, como era a minha família?

- Seu pai era um homem cheio de ideias, muitas consideradas impossíveis. Ele queria expandir o seu comercio por toda a Europa e Ásia. Morreu pouco tempo depois de te internarem. Ele não queria fazer aquilo, lutou muito para você não ir, mas no final de nada adiantou. Sua mãe era uma mulher que seguia todos os padrões da sociedade, cheia de regras e odiava quando elas eram quebradas. Ela apoiou a sua ida para o hospício, acreditava que assim os demônios seriam expulsos de você. Ela tinha esperança de que depois de você ser internada as pessoas parariam de falar mal deles. Você tinha uma irmã mais nova, seu nome era Cynthia e vocês eram muito ligadas, ela sofreu muito quando você desapareceu. Sua sobrinha ainda mora em algum lugar em Biloxi com a família.

- Qual é o meu verdadeiro nome?

- Mary Alice Brandon.

- Mary? Credo, isso é tão sem criatividade! Todo mundo velho tem no nome Mary. Esse nome é tão clichê que já saiu ate de moda e...

- Calma Alice, minha santa centopéia! Você não era assim da ultima vez que veio aqui, gostava de aventuras e parecia um menino com seus pensamentos fora de ordem! – e então ela começou a rir, rir muito, juro que a cabeça triplicou. Se ela já era cabeçuda antes imagina agora. Ainda bem que ela não era o ruivo do piano que pode ler mentes (que faz parte da família de vampiros vegetarianos que eu sempre vejo em minhas visões), se não eu perderia a minha linda cabeça de tamanho normal!

- Cadê o cha...

- Vossa Majestade, venho informa-lhe que o Chapeleiro Maluco está aqui e trouxe novos chapeis para que Vossa Majestade experimente.

- Deixe-o entrar.

- Vossa Majes... A... Alice?

- Chapeleiro Maluco?

- É você! É você mesma, eu te reconheceria em qualquer lugar. Você voltou como prometeu da última vez, mas demorou muito.

- Perdoe-me – falei indo ao seu encontro.

- Você está menor. Por que você nunca tem o tamanho certo?

- Está me chamando de baixinha? – juro que se corresse sangue em minhas veias ele já estaria fervendo! Pensar em sangue fez minha garganta arder e me lembrou de que eu não cassei antes de vir parar aqui. Meus olhos devem estar mais negros do que antes, se é que isso é possível!

- Ainda acha que isso é um sonho?

Pensei um pouco e concluir que não. Agora que sou uma vampira e não posso dormir mais, então é impossível isso ser um sonho. Se eu ainda fosse humana eu certamente diria que sim.

- Não, tenho certeza que isso é real e que todos vocês existem.

- Você se lembra de mim?

Chapeleiro Maluco(N/A: imaginem ele com a roupa e a cartola do chapeleiro)