The Stripper escrita por Annye, Raah Lima


Capítulo 24
Capítulo 23 – Perigo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou atrasada, para variar. Mas estava sem net, desde sexta-feira, e só voltou hoje.
Temos um capítulo ENORME em recompensa, o antepenúltimo da fic.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/169915/chapter/24

Capítulo 23 – Perigo

P.O.V. Bella

Assim que voltei ao meu quarto, percebi que meu andar estava silencioso. Provavelmente Alice e Jacob tinham saído, então não me preocupei.

Tomei banho e fiquei a procura de uma roupa. Eu não fazia idéia de onde exatamente Edward me levaria, então não podia ser nem muito casual, nem muito elegante. Sorri espontaneamente ao lembrá-lo. Como alguém podia me fazer tão feliz? Ele me aceitava, toda doida, do jeito que sou. Acho que amor é a única palavra que pode definir minimamente nosso sentimento.

Confesso que estou com medo de perdê-lo. Mas não é como se eu pudesse esquecer que Tânya fez tanto mal, a mim e aos meus amigos. Não quero e não vou perdoá-la, e espero que com o tempo ele se conforme com isso.

Assim que terminava de me trocar, alguém bateu em minha porta. Sorri para aquele apressado, afinal, não tinha demorado nem uma hora direito.

- Eu disse duas horas. – Falei sorrindo, quanto abria a porta, mas não dava passagem a ele. Ele me pegou pela cintura e me afastou da passagem, enquanto me dava um beijo.

- Senti sua falta. – Ele disse em meio a um beijo, enquanto nos colava mais, apertando minha cintura. – E eu vim te apressar. – Ele me disse, mas pela forma maliciosa que sorriu estava bem claro que não sairíamos daqui tão cedo. – Ou talvez não. – Então ele me prensou na parede, me dando um beijo selvagem. Eu me deixei levar, levando minhas mãos aos seus cabelos e puxando os fios, enquanto aprofundava o beijo.

Suas mãos estavam em minha cintura, até que uma desceu e apertou meu bumbum por cima da calça que eu usava. Dei um gemido em sua boca, enquanto o empurrava até sentá-lo na cama, e eu me sentar em seu colo. Soltei minhas mãos de seus cabelos para começar a desabotoar sua camiseta, enquanto suas mãos entravam debaixo da minha, uma já alcançando meu seio por cima do sutien.

Mas então o barulho do meu celular me atrapalhou. Eu juro que se estivesse em minha casa, ia mandar tudo às favas e deixar o celular apitando para sempre. Mas eu não estava em casa, minha mãe estava em estado de risco, e nesse instante meu pai devia estar uma fera (só de pensar que eu tinha dado um toco em Jacob). Então eu precisava atender. Edward soltou um muxoxo, mas não me impediu de atender. Me estiquei na cama a fim de alcançar o celular que estava na cabeceira, e antes que eu pudesse atender, Edward me puxou, me fazendo ficar cara a cara com ele, alem de ter colado nossas cinturas de modo que eu podia sentir sua ereção na minha coxa.

- Alô? – Eu disse gemendo, graças a Edward que ficava me provocando. Maldito.

- Bella? É a Alice. – Quando ela se identificou eu fiquei mais tranqüila de não ser meu pai a ouvir meu gemido. - Estou próxima ao “Red Velved” e aconteceu um lance meio bizarro, e você precisa vir me buscar. – Nessa hora fiquei um pouco preocupada. Alice não era de depender de ninguém para ir e vir.  

- O que aconteceu? – Perguntei preocupada empurrando Edward, que fez uma cara curiosa.

- Eu acho que estou sendo seguida Bells. Um cara tropeçou comigo na rua, e me chamou pelo nome. Mas não era ninguém que eu conhecesse muito menos alguém que acertou por acaso. Estou com medo de ser alguém querendo me seqüestrar. – Ela explicou e eu fiquei desesperada.

 – Ok Alice. Entra na cafeteria que é mais movimentado, e espera um pouco que eu já vou te buscar.  – Os cupcakes da Red Velved eram famosos, então eu conseguiria chegar lá em dez minutos de carro, se o transito cooperasse, claro.

- Ok. – Ela disse desligando. Me levantei rapidamente e fui terminar de me arrumar (ou melhor, consertar o que já estava arrumado e foi bagunçado).

- O que aconteceu? – Edward me questionou, também se arrumando.

- Alice. Ela está se sentindo ameaçada e pediu para que eu a buscasse. Te conto melhor no caminho. – Fui pegar a chave do meu carro alugado, mas não achava. Até que lembrei que todo meu molho de chaves tinha ficado nas coisas de Alice, provavelmente na bagunça que foi escolher uma roupa decente ontem. – Droga! – Reclamei, e Edward veio, já totalmente recomposto ao meu lado.

- O que foi? – Ele perguntou preocupado.

- Estou sem chaves do carro. Será que é mais rápido pedir um táxi na recepção ou tentar a sorte nas ruas de Nova York? – E então, antes de me responder ele puxou chaves do seu bolso.

- Como você acha que eu ia te levar pra algum lugar bobinha? – Ele disse dando um sorriso muito fofo, enquanto balançava as chaves do seu carro em minha frente.

- O que eu seria sem você? – Perguntei retoricamente me aproximando. Ele apenas me presenteou com mais um de seus sorrisos perfeitos e me beijou.

No caminho eu expliquei exatamente o que tinha acontecido com Alice, o que fez Edward ir ainda mais rápido. Eu pude ver também, o celular de Edward tremer. Várias vezes. Quando eu o alertei, porem, ele mandou eu deixar para lá que depois ele atenderia. Confesso que fiquei grilada. Ele não estaria me escondendo nada, certo? Resolvi esquecer, problemas urgentes primeiro.

Assim que ele estacionou, nos entramos na padaria. Alice estava estática, parada no balcão olhando para TV e chorava histericamente. Fui correndo em sua direção tentando acudi-la.

- Allie? Allie! Allie? O que aconteceu? – Gritei diversas vezes, até ela me responder:

- Pre-pre-ci-sa-mos vol-tar. – Foi o que conseguiu dizer em meio a soluços. Eu estava totalmente perdida. Será que alguém já havia feito mal a ela? Porque ela teria desistido de achar o irmão?

- Como assim Allie, o que aconteceu?  - Perguntei novamente, e novamente vi o celular de Edward tocar. Dessa vez, no entanto, ele atendeu. Mas eu já sentia que não era nada de bom.

- NÃO! Por quê? Não acredito! – Eu podia ouvir gritos histéricos de Rose, o que me deixou super assustada. Céus, o que havia ocorrido? Tentei prestar atenção na ligação, mas Emmett parecia bem controlado, e controlando Rose. Edward arregalou os olhos, e todo o brilho que existia em suas esmeraldas sumiram.

Comecei a encarar ele e Alice em busca de respostas. Até que ele disse o que eu temia.

- Era Rose. Na verdade Emmett. Os meus tios faleceram, Bella. – Eu estava bem chocada. Lilian e John eram novos. Eu não sabia qual a causa de sua morte, mas me dava uma angustia de pensar que eles deveriam ser da mesma idade dos meus pais. Não pude divagar em muitas coisas mais, pois quando eu me dei conta, Alice desmaiava e era amparada por Edward.

Rapidamente os atendentes do estabelecimento trataram de ligar para a emergência, mas se tratando de uma cidade como Nova York, eu tinha a impressão que eles iriam demorar. Edward carregou até um sofá e a depositou ali. Passados alguns minutos e algumas tentativas de acordá-la com água e cheiros fortes, ela foi abrindo os olhos. Algumas lágrimas ainda saiam dos seus olhos, mas não soluçava mais. Estava controlada na medida do possível.

Esperamos até ela se sentir minimamente estável, e apesar do gerente da confeitaria insistir que esperássemos para levar Alice no médico, ela garantiu que estava bem e naquele momento só queria um avião que a levasse até a Califórnia.

 Dirigimos de volta ao hotel num carro em estado fúnebre. Eu estava me sentindo uma bagunça. Primeiro por gostar de Lilian e John. Eram próximos, pais da minha amiga, que me acolhiam como família. É lastimável perder pessoas boas como eles eram. Segundo por eles serem partes essenciais de pessoas essenciais para mim. Eu estava assistindo de camarote Alice chorar por aqueles que um dia já foram de fato sua família. Tinha Edward, que eu ainda não sabia se era próximo ou não dos tios, mas independentemente, seja o seu pai ou sua mãe, iria sofrer diretamente com a morte de um parente. E tinha Rose e Jasper. Ah, Rose... Vinha lágrimas ao meu rosto só de pensar no seu estado. Ela aceitara tantas coisas por amor aos seus pais... E no fim, em seu único momento de rebeldia acontece essa tragédia. Ela irá se culpar, eu tenho certeza.

Quando chegamos ao hotel, Alice estava relativamente controlada. As lágrimas desciam, mas eram totalmente silenciosas. Edward estava apenas muito quieto, mas nada de anormal em nossa atual situação. Quando caminhávamos no salão até chegar ao elevador, Edward me puxou e deixou Alice indo na frente.

- Eu vou cuidar das coisas. Você cuida de Alice? – Ele perguntou sussurrando, e eu apenas assenti. – Ótimo. Eu te ligo quando acertar as coisas, mas vou pegar o primeiro vôo disponível, ok? – Eu assenti novamente, mas dessa vez eu o beijei.

Edward era bom de mais. Ele estava cuidando de mim, mesmo depois de eu ter criado uma grande bagunça. Nesse momento eu poderia estar na Califórnia com Rose, mas graças a minha teimosia e mania de não ouvir as pessoas, eu estava longe, quando ela mais precisa de mim...

Sem contar que, eu devia estar cuidando de Edward! Ele perdeu alguém tanto quanto eu, (ou até mais). Me dei conta disso, quando já estávamos dentro do elevador, ele me abraçava de lado, e Allie estava distante, olhando para baixo.

- Hey. – Eu chamei sua atenção e me virei pra ele. – Você pode cuidar de tudo sozinho? Você não tinha que passar em um lugar hoje? - Perguntei me lembrando dos nossos antigos planos de hoje de manhã. Eles pareciam tão distantes agora que eram até estranhos.

- Não faz mais diferença. Eu ia ver minha mãe, mas agora, ela vai pra Califórnia, tenho certeza. Não a verei em um bom momento, mas a verei mesmo assim.  Não se preocupe comigo, Alice está abalada e ainda tem Rose pela frente. E seus pais. Não sei o grau de aproximação de Renée com minha tia, mas uma morte é sempre um baque, e na situação dela, não deve ser nada bom.  – Eu assenti. Ele estava certo. – Eu só tenho coisas de viagens para acertar, mas não acho que será difícil. Você por outro lado, terá um grande trabalho fazendo as malas de Alice. - Eu dei um riso fraco. Soou estranho, mas foi bom saber que apesar de um momento difícil e cheio de drama, eu podia contar com alguém para rir.

Despedimos-nos com um beijo e ele desceu no seu andar. Eu e Allie continuamos no elevador, me aproximei e a abracei.

Entramos direto no quarto dela, eu iria ajudá-la a fazer as malas e guardar as coisas, e depois ia deixá-la se arrumando e descansando enquanto guardava minhas coisas.

Ela se manteve bem silenciosa, as lágrimas ainda vertendo silenciosa e automaticamente.

- Vou tomar banho. – Ela anunciou quando terminamos suas coisas. Eu apenas assenti e a deixei a sós. Allie precisava ficar sozinha, era assim que ela agia quando ficava chateada. Não adiantava pressioná-la, ela precisava de um tempo consigo mesma e depois se sentiria bem para compartilhar seus sentimentos.

- Fui para o meu quarto, arrumei minhas malas e lembrei que eu tinha alugado um carro que precisava ser devolvido e precisava fazer o check out do hotel. Então eu me lembrei do verdadeiro motivo de eu estar ali. Droga, eu precisava cuidar das malditas reuniões... Enquanto pensava nisso, minha campainha toca. Fui atender rapidamente pensando ser Allie, mas para minha surpresa dei de cara com Jacob.

Ele me encarava sério, entre uma mistura de rancor e vingança nos olhos.

- O que você quer? – Fui sucinta. Não tinha cabeça para discutir, principalmente para discutir o que já foi resolvido.

- Seu pai me mandou assumir daqui pra frente. Ele te quer em casa agora. – Ele disse ácido, achando que o motivo do meu pai me “demitir” foi a fofoca que ele provavelmente fizera que eu estava com Edward agora. Sorri o mesmo sorriso ácido dele.

- Ótimo. Da próxima vez mande que ele me ligue, afinal de contas você não é garota de recado. Passar bem. – Eu disse batendo a porta na sua cara. Eu sei que não foi educado, mas eu não o deixaria sair por cima. E minha nova capacidade de ignorar e desprezar Jacob era tão deliciosa que eu queria aproveitar ao máximo.    

Tomei meu banho, e naquele momento que eu percebi o quão cansada estava. Saí do banho e terminei de me arrumar,

Após isso, fui atrás de Alice. A porta de seu quarto estava destrancada do jeito que eu deixei, mas ela estava apenas enrolada em uma toalha na cama. Ela estava relativamente melhor, já que já não saia mais nenhuma lágrima de seus olhos. Ela respirou fundo quando eu me sentei próxima a ela na cama e começou a falar.

- Vou sentir falta deles. Mesmo sabendo que provavelmente eles não sentiriam falta de mim. – Ela soltou o ar e começou a falar naturalmente. – Minhas lágrimas secaram. Acho que despejei todas no ralo do banheiro. Vou me maquiar.

E a partir daí foi tudo normal na medida do possível. Alice fez questão de se maquiar com tudo que não era a prova d’água, pois ela garantiu a si mesma que já derramara lágrimas suficientes. Quando ela terminava de se trocar, Edward me ligou avisando que conseguira três passagens no vôo, dali a três horas. Ele disse que faria nossos check outs, e eu comentei do carro, e ele disse que cuidaria daquilo também.

Eu apenas terminei de arrumar as coisas e logo estávamos no hotel partindo para o aeroporto, e dando adeus para a cidade.

Eu não pude deixar de dar um pequeno sorriso ao reparar nas malas de Edward. Ele me explicou que viera às pressas graças a vovó, e tinha pegado o que conseguira em sua casa aqui em NY.  

Quando embarcamos, tínhamos dois assentos juntos e um separado. Alice insistiu que eu fosse com Edward, mas Edward insistiu que eu fosse com Alice. No fim das contas eu fiquei irritada e mandei-os irem juntos que eu iria separada (assim ninguém sairia satisfeito).

Meu assento ficava bem atrás no avião, o que me dava uma visão de tudo que acontecia. Durante a primeira hora de vôo foi tudo normal, mas eu comecei a reparar em um homem. Moreno, cabelo encaracolado, olhos castanhos. Parecia bem comum. Mas estava encarando Edward. Ou Alice. Ou a mulher que estava ao lado de Alice. Enfim, ele olhou para eles durante todo o vôo, e até enquanto fazia uma ligação os encarava. Nunca fui paranóica, mas essa foi a coisa mais estranha que já tinha acontecido. Quando o avião pousou, me assegurei que Alice, Edward e eu fossemos os últimos a descerem. O rapaz foi o “penúltimo”.

Os dois já estavam perguntando o que estava acontecendo, eu apenas apontei minha cabeça em direção ao rapaz, que mesmo em nossa frente ficava olhando para trás para encarar alguma coisa. Ou melhor, alguém.

Allie ficou imediatamente amedrontada, e lembrou-se do cara que na manhã anterior tinha tropeçado nela. Ela garantiu que não era o mesmo, mas eles podiam se conhecer. Ficamos numa área bem publica do aeroporto, e ela ligou para o pai, que mandou um carro e seguranças.

Já era madrugada, e, se o aeroporto estava apinhado de gente, as ruas estavam vazias. Após entrarmos no carro, ficamos em dúvida de onde ir. 

- Meu pai com certeza está me esperando preocupado em casa. – Allie falou enquanto pegávamos a rodovia.

- Eu também preciso ir pra casa. Mas acho que queria ver Rose antes. – Eu disse.

- Pelo que Emmett me contou, ela ainda está lá em casa. O teto da mansão foi destruído, e a própria está em ruínas. Jasper está cuidando das coisas, mas ainda não sabem onde será o funeral. – Eu notei que Alice se mexeu desconfortável ao ouvir o nome de Jasper, mas ela continuava firme.

- Então eu acho que eu vou com você, ligo para os meus pais para avisar que já cheguei e onde estou. – Terminei.

O resto do caminho foi feito em silencio. O carro pertencia ao tio George, o pai de Allie, mas ela nos emprestou quando chegou a sua casa. Ela foi escoltada pelos seguranças que estavam dirigindo, e eu podia ver certa movimentação ao longe, na mansão. Logo mais eu ligaria e garantiria que tudo estava bem. Edward assumiu o volante, e seguimos a caminho de seu apartamento; eu ficava cada vez mais nervosa de chegar lá. Não queria nem imaginar como estaria Rose.

Para me acalmar decidi ligar para meus pais. Eu sabia que não seria tranqüilizador, mas já seria uma tarefa a menos. Não me importei de ser madrugada, uma vez que eu tinha certeza que meu pai estaria acordado, provavelmente atrás de mim.

Assim que liguei meu aparelho constatei que tinha razão. Inúmeras chamadas perdidas de casa, ou de Renée, ou de Charlie. Até a vovó Marie entrou na dança. Liguei para o celular do meu pai.

- Alô?

- Bella, onde você está? – Perguntou meu pai. Suspirei, sabia que seria assim.

- Já cheguei à Califórnia, estou bem, não precisa se preocupar. – O acalmei.

- Não preciso me preocupar? Estranho você dizer isso horas depois de George ligar para me avisar que Alice e você foram seguidas no aeroporto. E não pense que não vamos conversar sobre o jardineiro mentiroso que te seguiu até Nova York. 

- Pai, eu liguei para te avisar, e não pra brigar. Vou ver Rose agora, e quando amanhecer eu passo ai em casa, ok? – Disse o cortando e sendo clara. Acho que acalmei a fera quando eu citei Rose.

- Certo. Você está bem? Quer que eu mande seguranças para te escoltar?

- Não é preciso. Estou acompanhada. – Suponho que ele tenha entendido quem era minha companhia, uma vez que ele bufou alto.

- Tudo bem. Você tem até ás dez da manhã para aparecer aqui em casa. Não hesite em trazer Rose. E se você não aparecer, não mandarei seguranças, mandarei sua mãe, fui claro? – Ah claro. Golpe sujo, mas tinha funcionado.

- Tudo bem Charlie. Até ás dez eu apareço.

- Boa noite querida. – Ele se despediu.

- Boa noite. – Então eu desliguei.

- Ele foi muito duro com você? – Edward perguntou assim que eu guardei meu celular.

- Não. Pegou leve quando eu falei que iria ver Rose, mas está bem insatisfeito com nosso provável relacionamento. – Expliquei para ele, que soltou uma mão do volante e pegou na minha mão.

- Não tiro a razão dele. Eu estou errado. Ele confiou em mim, e eu entrei na casa dele e menti...

- Não esqueça que você desvirtuou a filha dele. – Disse em tom de piada, recebendo um sorriso de lado dele.

- Eu espero que um dia ele me perdoe. E me aceite. Até porque, eu pretendo ficar por muito tempo na sua vida. – Ele disse levando minha mão até seus lábios e a beijando.

Acho que aquela seria minha vida dali pra frente. Não mais perfeita, no meu apartamento, tendo tudo pago pelo meu pai. Eu tinha que amadurecer para ficar com Edward; e mesmo que fosse um sacrifício entrar no mundo real, eu estava realmente disposta.

Eu estava disposta a tudo por Edward. Ok, quase tudo (já que nem por um decreto de lei eu pediria desculpas a Tânya). Mas eu o amava e estava disposta a lutar pra ficar com ele, e já era um bom começo.

  

P.O.V. Desconhecido

- Estou na linha vermelho dois. Qual a situação?

- A ruivinha está fora do meu campo de visão, já a garota está bem a minha frente.  Ela está conversando com um rapaz, o que protagonizou o show com a ruiva no restaurante. – Fiquei indignado com o parecer dele.

- Já falei para evitar apelidos, vermelho dois. Por isso usamos códigos. Eu sou o líder vermelho, você é vermelho dois, a garota é B., a “ruivinha” é S., e o rapaz, pelas minhas pesquisas é Edward Cullen, então, C. Fui claro?

- Espere, você falou Cull...

- Shiu! Não seja incompetente, você está no meio de um vôo com o rapaz a alguns metros de você. Sim, ele é o filho do C., um motivo a mais para finalizar esse trabalho. No entanto, não se esqueça da palavra-chave. Descrição, vermelho dois, descrição. Entendido?

- Sim, entendido.

- Ótimo. Não os perca de vista, e eu te ligo mais tarde.

Ele desligou e eu suspirei. Novatos, odeio trabalhar com eles. Mas era o que eu tinha. Isso que dá aceitar uma missão desse porte. A porta abriu e lá estava a vermelho um, provavelmente a mais confiável nessa missão.

- Temos novos relatórios. Com os acontecimentos, temos mais coisas a resolver, e considerando que agora estão todos reunidos, provavelmente será mais fácil de observar e agir. S. não está na mira, mas não se sabe, ela pode ser útil mais tarde. Fora ela, C. com certeza estará no funeral, e pode ser nossa chance.

- Não creio que seja a hora, vermelho um. Atenção é tudo que queremos evitar.

- Temos que agir uma hora, vermelho líder. O chefe vai cobrar.

- Eu sei vermelho um, eu sei. Mas cautela é fundamental. Quando se come pelas beiradas, tudo fica bem. Mas quando optamos pela brutalidade, o teto cai sobre nossas cabeças.

- Literalmente, você quis dizer.

- Talvez. Ainda não tenho certeza e por isso queria esperar.

- Você nunca desapontou o chefe, então confio que irá finalizar essa missão. Agora, posso colocá-lo a par das novas informações? – Eu apenas assenti. Ela se aproximou, sentou-se na mesa e começou a ler, relatório por relatório.

Vermelho um fazia jus a seu codinome nessa missão. Uma ruiva de tirar o fôlego. Entretanto, segundo as informações que obtive, mesmo com seus cabelos sensuais e volumosos num tom de laranja, ela podia passar despercebida tranquilamente. Ela era muito sensual, e com certeza eu daria uma escapada com ela assim que tivesse oportunidade. Fui tirado dos meus devaneios, com o meu celular designado para a missão tocando.

- Vermelho líder, nós temos um problema. A ruivinha, a S., me notou. E pior, me entregou para o C. e a B. Eles estão bem no meio da movimentação do aeroporto, e será impossível tirá-los daqui sem chamar a atenção. – Ótimo. Aquele incompetente tinha conseguido. Parabéns.

- Muito bem feito em vermelho dois. – Disse ironicamente. – Saia daí, e não levante mais suspeita. Vou mandar o vermelho cinco, e você volta para base, fui claro? – Nem o deixei responder, desliguei a ligação. Maldito. Agora teremos que agir rapidamente.

- Ligue para o vermelho cinco e o mande segui-los. – Eu disse para a vermelho um, que me acatou rapidamente. – Se livre do vermelho dois, ele é muito incompetente. E garanta que o vermelho três e quatro sejam totalmente eficientes em captura.

- Certo vermelho líder. Temos que estar preparados para quando?

- Hoje à noite. Sem faltas e sem atrasos. – Não iria dormir enquanto a parte um dessa missão não estivesse feita. Agora era pra valer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço Reviews? Ansiosas para a nova temporada?
Há! Muitas surpresas ainda, novos personagens e muitos personagens antigos voltando para conquistar nosso amor e ódio.
Sábado ou domingo, de costume, o penúltimo capítulo.
Até semana que vem! ;**



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Stripper" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.