Card Fighters escrita por warick


Capítulo 2
Descubro que sou noob


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo não tem ação, tem explicações



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Capitulo 2 – Descubro que eu sou noob

Acordei de manha cedo para ir para a aula, o que tinha acontecido ontem tinha me perturbado muito, para saber que eu não estava louco eu materializava a carta de tempos em tempos, é materializava, ela não vinha de lugar nenhum quando eu queria que ela aparecesse simplesmente vinha na minha mão.

Ela tinha mudado um pouco, agora um dos quadrados de baixo estava preenchido com a figura da carta espada que eu tinha ganhado ontem e a imagem do espadachim tinha a mesma espada agora não mais oculta, notei também que a carta tinha um 1 no canto superior direito e que do lado desse tinha um circulo preenchido até a metade com azul, não sei porque eu achava que aquele azul no circulo se mexia fazendo o circulo ficar cada vez mais preenchido.

Tomei banho, comi, escovei os dentes e fui para o colégio.

Como sempre fui andando para o colégio, por estranho que pareça isso me dava mais sono ainda, era um dia quente, abafado e nublado, iria chover daqui a pouco, eu estava rezando para não chovesse antes de eu chegar ao colégio.

Cheguei no colégio cedo, o que eu estranhei geralmente eu chegava tarde ou um pouco atrasado.

Fui para sala e me sentei no meu lugar e fechei os olhos para dormir de novo. Duas pessoas entraram na sala, mesmo estando com os olhos fechados eu pude saber isso, uma delas sentou atrás de mim e a outra do meu lado.

- E ai espadachim – disse uma voz conhecida.

Eu abri os olhos e olhei para o lado, sentado na carteira do meu lado tinha um guri de cabelos negros e com uma cara de nerd, o mago.

- Não vai nos cumprimentar não? – perguntou uma voz da carteira atrás de mim.

Atrás de mim tinha uma garota com cabelos castanhos quase ruivos e olhos castanhos penetrantes, a arqueira.

- E ai galera – falei – assim está bom?

Eu estava calmo por fora, por dentro eu fiquei muito aliviado por aquilo ser verdade e eu não estar louco e muito assustado por aquilo ser verdade.

- Sim – disse a arqueira – meu nome é Mary. – disse estendendo a mão.

Apertei a mão dela.

- Meu nome é Nick.

- E o meu é Leonardo, mas pode me chamar de Leo – disse o mago.

- O que vocês...

- Bom dia! Vamos começar a aula – disse a professora que tinha acabado de chegar.

A aula demorou a terminar, já perceberam que quando você quer que a aula acabe rápido ela demora mais ainda? Eu olhava direto para o meu relógio para ver as horas que não passavam, eu até pensei que o relógio estivesse quebrado, o que não era possível já que ele era digital (se ele estivesse quebrado o mostrador apagaria).

O sinal para o recreio bateu, nós saímos e fomos para o meu lugar de sempre no pátio da escola, embaixo da arvore.

- E então? – perguntei.

- E então o que? – perguntou Mary.

- Para com isso Mariana. Temos que explicar para ele o que aconteceu.

- Você sabe que eu odeio esse nome.

- Ta bem, eu paro de te chamar assim.

- Está muito legal ver a briga de casal, mas eu queria saber o que foi que aconteceu ontem. – falei calmamente.

Os dois olharam para mim um pouco surpresos, mas nada disseram sobre isso.

- Ontem abriu um portal de outro mundo aqui no pátio da sua escola – disse Leo – a horda de zumbis e o Trasgo montanhês passaram.

- Isso é lógico – respondi – fale algo que eu não sei.

- Você é um idiota. – disse Mary.

- Fiquem quietos – repreendeu Leo – esta bem lá vai algo que você não sabe: nós somos guerreiros escolhidos por um ser muito poderoso para proteger esse mundo das criaturas que estão invadindo.

- E porque elas querem invadir?

- Isso não sabemos.

- Como vocês desapareceram ontem e tudo pareceu voltar no tempo?

- Quando destruímos algum ser que passou por um portal isso acontece, não sabemos quem faz, sabemos que fazem isso para não criar um pânico geral dos civis.

- Posso ver a sua carta? – perguntou Mary.

Eu peguei a minha carta e fui dar para ela, mas antes de dar eu senti como se eu tivesse dando algo valioso demais.

- Não precisa se preocupar, não vou fazer nada – disse ela me acalmando.

Ela pegou a minha carta e examinou um pouco.

- Ele tem só uma espada mesmo, e ainda está na metade do nível um.

- Hein?

- Você não joga RPG? – perguntou Leo.

- Jogo.

- Essas cartas são como o menu dos personagens. – disse ele pegando a minha carta da mão da Mary e mostrando para mim. – esses quadrados são os equipamentos, o primeiro é a arma, que você tem uma espada, o segundo é um escudo, grimório no meu caso ou uma aljava no caso da Mary, o terceiro é uma roupa de proteção e o quarto é um amuleto. O numero que tem no canto superior direito é o seu nível e a bolinha do lado é a sua experiência.

- E o que acontece se eu passar de nível?

- Você fica mais forte, mais rápido, não desmaia tão fácil, igual nos jogos de RPG, só que o importante nos jogos geralmente é o nível do personagem, enquanto aqui na vida real também conta a estratégia, como ontem que você derrotou um monstro muito forte somente por causa da sua estratégia.

- Eu achei muito legal o que você fez ontem. – falou Mary me fazendo corar, eu não costumava a receber elogios.

O Leo me entregou a carta de volta e eu fiz ela sumir de volta.

- Que nível vocês são? – perguntei.

- Eu sou nível quatro e o Leo é nível três.

- Demora para passar de nível?

- Depende os oponentes, eu demorei quatro dias para chegar ao nível 2, mas você eu acho que chega em dois com a nossa ajuda.

- Porque vocês iriam me ajudar?

- Porque queremos que você entre para o nosso grupo – respondeu Leo. – Igual os grupos dos jogos, eles tem que ser equilibrados o nosso não é, duas pessoas de ataque de longe não é um grupo muito bom.

- Apesar que nos viramos muito bem.

- Existem outros grupos?

- Sim existem vários espalhados pelo mundo, cada um em sua cidade ou país natal.

- Já viram algum outro grupo?

- Sim – disse o Leo olhando para Mary.

Ela parecia não querer responder essa pergunta. O sinal tocou.

- Depois da aula, que tal vir com agente treinar um pouco? – perguntou Leo

- Treinar o que?

- O que você acha? – Mary perguntou ironicamente.

Depois da aula eu liguei para minha mãe e disse que eu ia sair com alguns amigos, ela deixou então tudo bem.

Caminhamos um tempo por ai.

- Onde vamos?

- Achar um lugar onde não tenha muitas pessoas. – respondeu Leo.

Fomos até um beco com nenhum movimento. Leo tirou uma carta.

- Carta de campo, clareira de treinamento.

Um círculo apareceu embaixo dos nossos pés e ficou tudo escuro por um tempo.

Quando eu abri os olhos estávamos em uma clareira um tanto familiar.

- Não se preocupa depois de um tempo você se acostuma com o teleporte. – disse o Leo

A clareira não era muito grande, mas era o suficiente para três pessoas treinarem, observando melhor essa clareira eu me lembrei que nessa mesma clareira o mago, ou o quer que fosse tinha me entregado a carta de espadachim.

- Sempre quando venho aqui me lembro Dele. – disse Leo

- Dele? – perguntei.

 - Sim do cara que entregou nossas cartas.

- Que tal começarmos a treinar agora? – perguntou Mary.

- Vamos.

Cada um pegou a sua carta e as acionamos. A Mary ganhou um arco e uma aljava, o Leo ganhou um cajado e um grimório e eu ganhei a minha espada.

- Porque o nome da minha espada é Espada Mágica?

- Porque ela deve fazer algo mágico. – respondeu Mary.

- Vocês sabem o que é?

- Não – disseram os dois.

Alguma coisa desviou minha atenção.

- Um novo portal. – disse Mary.

- Como você sabe? – perguntei.

- Eu sou uma rastreadora de portais, cada grupo tem um, sempre é o primeiro integrante de um grupo, mas podem ter outros, como você.

- Eu?

- Sim, você sentiu o Trasgo vindo e percebeu agora o portal, é só treinar um pouco que saberá onde e quando um portal vai se abrir.

- Que tal vocês pararem de conversar e irmos para esse portal? – perguntou Leo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
e para alguém que tenha sentido falta de algo no próximo capitulo aparece.