Knives and Pens escrita por Prouvairee


Capítulo 10
Capítulo 10 - You're All That I Need (Pt. 2)


Notas iniciais do capítulo

Hi Sweeties!
Bem, me desculpem pela demora. Meus pais estavam me enchendo.
Okay, ficou longo esse cap. e eu deixo vocês apertarem minha bochecha (e as do Gee e do Frankie).
Falando nisso: YAAAAAAAAAAAAY O GEE E O FRANK VOLTARAM NO TEMPO /desmaia QUE LINDO *-* E AMANHA É ANIVERSÁRIO DO NOSSO PEQUENO!! ♥
Se eu tivesse começado a postar antes, talvez daria certo a cronologia da história, mas, infelizmente não rolou.
Espero que gostem *-*
Boa Leitura.



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Capítulo 10

– Definitivamente, você é tudo que eu preciso.

O coração de Gerard que antes permanecia com batimentos lentos, disparou ao que a voz rouca e chorosa de Frank foi ouvida, como resposta de sua pergunta. Suspirou e deu um sorriso de canto, os olhos brilhando. Abraçou Frank com mais força ao que o outro começara a soluçar,as lágrimas molhando a camiseta de seu pijama.

– D-desculpe, Gee... – o menor levantou a cabeça, que antes estava apoiada no ombro do maior, para visualizar melhor o rosto do mesmo, por mais que sua visão estivesse turva. – Eu atrapalhando seu tempo e aproveito pra molhar sua camiseta...

– Como se eu ligasse ou nunca tivesse feito isso... – revirou os olhos mas logo voltou-lhes para olhar os esverdeados do menor. Levou novamente o polegar até o rosto do menor para limpar as lágrimas que escorreram dos belos olhos e lhe deu um sorriso sincero e reconfortante. – Agora pare de chorar, certo? Não tem coisa pior do que te ver chorando, é como se eu estivesse sendo torturado pelo James:dói, você não faz idéia como...

– I-isso é sério, Gee? Ou foi uma ironia? – disse o menor entre soluços.

– Sério?! Isso é mais que sério, Frank. Eu fico mal quando você está mal...

– Como Elliot e o E.T... – disse Frank na forma mais inocente possível. Gerard riu baixinho enquanto acariciava o rosto do menor.

– Sim, Frank, como Elliot e o ET. – sorriu.

– Então vou ficar feliz, pois quando te vejo mal me sinto da mesma forma. – Retribuiu o sorriso do maior, mas logo fez uma expressão confusa e olhou para o relógio do criado mudo. Ainda havia tempo suficiente para se arrumarem. Voltou a encarar os belos olhos verdes a sua frente. – Você consegue tomar banho sem se machucar, não? – disse com um das sobrancelhas arqueadas.

– Claro, Frank,não sou uma criança... – disse revirando os olhos.

– Mas parece... – disse Frank baixinho rindo de leve ao se virar em direção a porta, caminhando até a mesma rapidamente por ‘medo’ de ser “atacado” novamente pelo maior e ter uma crise de risos – por mais que quisesse que tal coisa acontecesse. –

– FRANK! – disse tentando parecer irritado, mas não contendo o sorriso a contragosto que sempre povoava seus lábios ao que o menor fazia uma piada sobre si. Frank ria enquanto saia do banheiro, olhando Gerard por uma fresta da porta.

– Vou pegar sua roupa e os curativos, okay? Não faça nenhuma loucura... – fechou a porta, mas logo a abriu novamente. – e não ouse tentar tirar os panos para ver os “rabiscos”, Sr. Way!

– Entendido, Capitão Iero! – disse revirando os olhos. O menor riu e fechou a porta. Gerard suspirou enquanto tirava suas roupas, agradecido por ter conhecido alguém como Frank. Nunca havia se sentido completo dessa forma, nunca havia sentido vivo. Frank era a única coisa que ele precisou a vida inteira e telo agora consigo parecia ser um sonho, um sonho que jamais gostaria que terminasse.

Tirou as roupas, ficando apenas com sua boxer e se olhou no espelho do banheiro, o mesmo ainda estava quebrado, porém, não estava no estado de ontem, ensangüentado e rodeado por seus cacos. Sentiu uma pontada no coração ao ver o quanto havia sido machucado e o quanto se machucara. Cortes, arranhões, marcas roxas, cicatrizes de cortes passados e arrependimento. Tinha ódio de si próprio por ter feito Frank ver aquilo e se não fosse pelas palavras do menor não pensaria duas vezes em repetir o processo de quebrar o espelho e “desenhar” linhas por seu corpo com os cacos afiados do mesmo, mas simplesmente não podia. Frank não saia de sua mente e as palavras que o mesmo dizia ecoavam pela mesma, a dor que o outro sentiria e o fato de ter medo de perder mais alguém em sua vida. Frank era sua proteção contra tudo, e esquecer suas palavras estava fora de cogitação.

Gerard estava magro e cada vez mais pálido.Profundas olheiras rodeavam os olhos verdes de expressão cansada mas que o de olhos esverdeados tanto olhava maravilhado. Decidiu não demorar, afinal, o menor ainda teria que refazer seus curativos, lhe obrigar a comer algo e tomar seus remédios. Logo retirou a boxer e adentrou o Box, sentindo a água morna escorrendo por seu corpo e uma leve ardência na área machucada, por mais que está estivesse envolvida em curativos.


Frank andava pelo quarto de Gerard, procurando uma roupa para o mesmo usar. Abriu a porta do guarda roupa de madeira escura e ficou maravilhado ao ver as camisetas do maior. Iron Maiden, Misfits, Smashing Pumpkins, variadas bandas que admirava. Pegou a do Misfits e colocou a mesma sobre a cama. Já havia pego a calça e o All Star surrado do mesmo. Fechou as portas do armário e sentou-se na cama, observando o quarto. Achou incrível ter um quarto no porão e o mesmo possuir uma decoração gótica. Olhava cada detalhe, os posters, os desenhos na escrivaninha, as garrafas de Coca-Cola sobre a mesma, até que algo lhe chamou atenção: O criado mudo. Quando chegara e vira Gerard ensangüentado, o mesmo tinha a gaveta aberta e o maior se encontrava jogado a seu lado. Esticou a mão até o puxador e ao abrir, sentiu uma pontada no coração. Sangue, laminas, canivetes, facas, pílulas, alguns papeis e canetas. Levou uma das mãos tremulas até um dos papéis e viu que no mesmo não havia nada, apenas gotas vermelhas. Mordeu o lábio inferior e respirou fundo. Sua vontade era de jogar tudo aquilo fora, mas sabia que em certos momentos tudo aquilo era necessário, possuía cicatrizes em seu braço para comprovar. E, alem do mais, confiava em Gerard. Colocou o papel de volta na gaveta e quando ia fechar a mesma, notou um outro papel, mas parecia que o mesmo estava preenchido com algo. Levou uma das mãos até o fundo da gaveta, tomando cuidado para não encostar em uma das “armas” e pegou o papel. Sua cor era amarronzada, e a mesma tinha as bordas com cortes. A parte em que Frank olhava possuía números escritos numa caligrafia bonita, ambos formando 1985. Virou a foto e arqueou as sobrancelhas, um sorriso de canto povoando seus lábios. Na foto dois garotos estavam sentados na grama de um jardim repleto de flores, arvores floridas e dois balanços, um ao lado do outro, próximos a um banquinho de madeira. Ambos sorriam, se abraçando pelos ombros. Um deles,que aparentava ser o mais velho,tinha cabelos negros um pouco acima do queixo, pele alva, usava uma camiseta de algum personagem de quadrinhos e um shorts preto, seus joelhos tinham arranhões, provavelmente devido a algum machucado que fizera enquanto brincava. Seus olhos verdes, olíva logo sendo identificados por Frank. O outro tinha cabelos castanhos, olhos que lembravam o do garoto ao seu lado, e usava uma camiseta azul clara, com um shorts bege, ambos usavam All Stars. Frank estava tão maravilhado com a foto que nem ao menos notou que estava sendo observado por alguém que tinha um sorriso bobo povoando seus lábios.

– Eu e Mikey devíamos ter respectivamente 5 e 4 anos nessa foto... – a voz de Gerard foi ouvida por Frank que se assustou, o maior soltando uma risada leve e sentando-se ao seu lado. Já estava vestido, entrara no quarto silenciosamente para pegar a roupa que Frank havia deixado na cama – se surpreendendo por Frank ter escolhido a camiseta do Misfits, da qual queria vestir – e correu de volta para o banheiro. Apoiou a mão sobre o ombro do menor e os dois ficaram analisando a foto.

– Vocês eram tão fofos... – Os olhos de Frank brilhavam e sua voz tinha o tom mais doce possível.

– Mikey continua sendo, agora eu... – Gerard virou o rosto para o lado, mas sentiu as mãos macias e quentes do pequeno lhe puxando para olhá-lo novamente, Os olhos verdes encarando os esverdeados, ambos brilhantes.

– Você ficou ainda mais fofo, Gee. Ainda mais fofo. – Frank sorriu.

– Mas ninguém ganha do Sr. Iero... Pode ter certeza. – Disse ao bater com a ponta do dedo indicador no nariz do menor. Frank riu e corou levemente.

– Eu tenho alguns álbuns em casa, se quiser podemos vê-los hoje quando você for lá... – disse ao tirar um dos fios que caiam sobre o rosto do maior.

– Eu adoraria, Frankie. Se quiser eu levo um meu, não temos muitas fotos, por mais que minha avó tirara. Minha mãe as jogou fora ou só pegou as que tinham o Mikey, rasgando a parte em que eu aparecia, mas minha avó escondeu algumas, então eu as guardo aqui. – sorriu.

– Seria Incrível... Seção nostalgia, com direito a doces, Coca-Cola e meus discos de bandas dos anos 60! – ambos riram, mas Frank mudou sua expressão para uma curiosa. – Você gosta de Beatles, Gee?

– Sem duvidas! – Disse com um sorriso.

– Então vai ter que me agüentar cantando as músicas do Rubber Soul a tarde inteira... – deu um sorriso maníaco, o que fez Gerard lhe achar mais adorável.

– E você vai ter que me agüentar acompanhando, pois é meu disco favorito.

– Sério!? – disse o menor com os olhos brilhando. – o meu também!

– Então temos mais alguma coisa em comum: gostamos de Beatles e nosso disco predileto é o Rubber Soul. – sorriu docemente o maior, e nem notara que de seu braço escorrera um liquido vermelho, ao contrario de Frank.

– Gee, seu braço! Quase me esqueci... – disse o menor se levantando rapidamente enquanto Gerard fora olhar o que acontecia. Com a outra mão colocou a foto na cama e esperou o menor chegar. Ambos se sentaram no chão para não sujar a cama e ao fazer, Frank pegou cuidadosamente o braço do maior, retirando as faixas que lhe envolviam. Os cortes eram fundos, grandes assim como a angustia que Gerard tinha ao ver aquilo.

– Se quiser, olhe para o lado, Gee. Sei como é... – disse o menor, sua voz soando preocupada, porém doce. O maior concordou com a cabeça e assim fizera, focando os olhos em um ponto qualquer do quarto. A dor que sentia era quase imperceptível, pois Frank fazia tudo aquilo com calma e leveza nas mão. No mínimo dois minutos se passaram até que a voz do menor foi ouvida.

– Pronto. Está doendo,Gee?

– Já terminou? Frank, você é o Flash? – Gerard lhe perguntou incrédulo. O menor riu fazendo um gesto negativo com a cabeça. – Bem, parece que eu nem me cortei, não sinto dor alguma. Obrigado, Doutor. – Riu.

– Mas eu não terminei ainda. – Disse Frank ao se levantar, Gerard lhe olhando confuso. Estendeu a mão para o maior e o mesmo aceitou, logo se levantando.Frank pegou um frasco que estava na cama e um copo de água que estava na escrivaninha. – Faltam os remédios, e você vai tomar, querendo ou não. – sorriu.

– Eu não vou tomar, sem chance. – disse Gerard cruzando os braços sobre o peito, fechando a cara.

– Okay, se não quiser pílulas, quem sabe injeções funcionem, já que você não tem medo delas... – Frank disse com um ar sínico, virando as costas com um sorriso de canto. Mikey havia lhe contado sobre o pavor que o irmão tinha de agulhas.

– NÃO! – gritou Gerard, correndo até Frank e virando o mesmo para si. – Qualquer coisa menos agulhas... HEY!COMO VOCÊ SABE SOBRE–

– Mikey. – sorriu o menor enquanto o outro franzia os olhos. – Agradeça por ter um irmão que se preocupa com você, Gerard. – o maior continuou emburrado, o que fez Frank rir baixinho. – Tome, só uma pílula. – disse ao estender o copo e o frasco para o maior, este pegando uma das capsulas pequenas e a água, logo já havia ingerido a pílula.

– Espero que eu não tenha que tomar mais milhões desse... – disse entregando o frasco para Frank.

– Ah, Gee,como você é dramático... Já fez teatro? Iria se dar bem nisso... – disse ao revirar os olhos, um sorriso de canto povoando seus lábios cheios.

– Já... – o maior corou fortemente e olhou para algum ponto do quarto, evitando encarar os olhos esverdeados que brilhavam no momento.

– Verdade!? – perguntou Frank maravilhado.

– No quarto ano, como Peter Pan... A primeira vez que cantei em publico. – Coçou a nuca num gesto sem graça.

– Incrível... Imagine só, você, um mini rockeiro, vestido de Peter Pan, cantando... – O menor começou a rir, segurando no braço do maior. – Tem alguma gravação disso?

– Não, e mesmo que tivesse eu não te mostraria. Já tiram sarro de mim o suficiente. – Disse cruzando os braços sobre o peito, sua expressão ainda mais emburrada. Arregalou os olhos ao que sentiu os braços do menor envolvendo sua cintura e o mesmo apoiando o queixo em seu ombro.A respiração quente de Frank lhe causando arrepios.

– E quem disse que eu seria idiota a ponto de tirar sarro? Eu queria apenas ouvir a sua voz e ver o quão fofo você devia estar. – Disse calmamente, olhando Gerard de esguelha, o mesmo tinha as bochechas ainda mais coradas. – Mas já que não tem gravação você me deve algo...

– O que? – disse o maior arregalando os olhos em pensar nas possibilidades do menor pedir algo que não faria nem morto. Frank riu levemente.

– Calma, Gee,não vou pedir que você se vista de Peter Pan... Só que você cante, nem que seja um trecho de qualquer música. Não agora, pode ser quando você quiser, quero apenas um dia ter o privilégio de te ouvir cantar.

– Você fez tanto por mim que até pensaria na possibilidade de me vestir de Peter Pan... – ficou pensativo por um minuto e imaginou a cena, arregalando os olhos em seguida. – NÃO! Isso é definitivamente algo que eu não faria.

Frank riu e apertou Gerard ainda mais, num gesto carinhoso. Ambos nem notaram que Gerard tinha as mãos sobre a de Frank e que a acariciava carinhosamente. Se pudessem ficariam assim pelo resto da vida, mas deviam ir à escola e queriam que o tempo em que estivessem na mesma passasse rápido, afinal, iriam para a casa de Frank ao saírem de lá. O menor se afastou e segurou a mão de Gerard, caminhando até a porta. Gerard suspirou ao que suas mãos se encontraram.

– Vamos, Temos que tomar café da manhã antes de ir. Café-Da-Manhã e não só café, Sr. Way. – Disse arqueando as sobrancelhas.

– Já entendi, Mãe... Quero dizer, Sr. Iero. – Disse com a voz em um tom entediado, sorrindo a contragosto. – Mas onde estão nossas mochilas?

– Já estão na sala. Fiquei feliz em saber que não sou o único que leva “tijolos” na mala... – Disse contente. Gerard riu e apertou mais a mão do pequeno enquanto desciam as escadas,pensando sobre Frank o mesmo que o menor lhe dissera: “Você é tudo o que eu preciso”



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Notas finais do capítulo

Eu revisei só metade do capítulo,Então se tiver erros,me desculpem. Tentei ser fofa e eu quero apertar o Frank na parte do "Elliot e o ET." Yay >w
É, sweeties, o Frank se cortava também... Mas vou falar disso no próximo cap. Vou parar de enrolar vocês. o/
Bem, espero que tenham gostado. Vou fazer de tudo pra postar amanha, pois tenho prova, e se eu não conseguir, me desculpem.
Mas vou tentar,okay? ♥
Ja Nee~
Sayonara!