Love, Simply Love. escrita por Jajabarnes


Capítulo 15
Sei o que estou fazendo.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/168891/chapter/15

POV. Lucia.

            Abri os olhos e sentei na cama improvisada, ao olhar para o lado deparei-me com a cama onde Susana dormia. Faz vários dias desde que ela foi levada, o rei telmarino não fez mais contato e a paciência de Pedro está se esvaindo. Ontem Pedro estava planejando fazer algo, não chegamos a nenhuma conclusão e hoje a reunião teria continuidade. Já se passou tempo demais, precisamos fazer alguma coisa para tirar Susana do castelo daquele monstro chamado Caspian.

            Levantei e saí à procura de meus irmãos, no caminho, uma centaura me ofereceu frutas, encontrei-os na Mesa de Pedra.

            - Bom dia – cumprimentei só por educação, aqueles dias não tinham sido nada bons.

            - Bom dia - responderam os dois, automaticamente.

            - Então, Pedro, o que você vai fazer hoje? – perguntou Edmundo.

            - Outra reunião. Eu tenho um plano. – respondeu ele.

[...]

            - Um ataque?! – perguntei eu.

            - Lucia, temos que tirar a Susana de lá! – arrematou Pedro.

            - Mas estaremos arriscando a vida dela desse jeito! – rebati.

            - Lucia, não vai ser um ataque surpresa. – falou Edmundo. – Só acontecerá uma batalha em ultima circunstância. Se Caspian não atender nossas exigências, então tiraremos Susana de lá a força.

            - Ed, você escreve. – disse Pedro, mesmo Edmundo já estando com o pergaminho, a pena e o tinteiro a postos.

[...]

POV. Caspian.

            Saí às escondidas do quarto de Susana e fui para o meu tomando cuidado para não ser visto nem ouvido. Pela primeira vez em anos, meu coração sentia paz, sentia alegria, alegria pura e não aquela dada por meros momentos. Eu me sentia completo, realizado. Por nenhum momento em minha vida inteira eu fora amado, nem por meu pai, por mais que eu fizesse de tudo para impressioná-lo, nem por minha mãe, que morreu logo após o meu nascimento. Talvez fosse por isso que meu pai não me dava tanta atenção, talvez ele me culpasse pela morte do amor da vida dele...

            Mas agora tudo isso não passava de lembranças distantes. Susana me fizera esquecer tudo isso. Ela me faz feliz, inexplicavelmente feliz. Meu coração, antes inabalável, vacila a cada sorriso que ela dá, cada vez que cora com algo que eu tenha dito, ou feito. Varias vezes, durante aquela noite, meu coração fora arrebatado por sua beleza, delicadeza... Por sua simples, mas significativa, capacidade de me encantar.

            Tomei um banho, troquei de roupa e desci para o café da manhã. Nele eu teria a companhia de Edward e Andros, além da de Susana, claro, e de Prunaprismia. Encontrei com os dois a caminho da mesa, logo depois de nos assentarmos Susana e minha tia chegaram. Susana usava um vestido rosado (http://www.polyvore.com/susana_lsl/set?id=49187070 ) e Prunaprismia um preto (http://www.polyvore.com/mia_lsl/set?.locale=pt-br&id=49180723), as duas se sentaram ao lado direito da mesa, de frente para Andros e Edward. 

            - Bom dia – as duas cumprimentaram.

            - Bom dia – respondemos. Pude ver Susana corar e dar um leve sorriso quando lhe lancei um olhar. Não pude deixar de sorrir também. As empregadas vieram nos servir e o café da manhã transcorreu tranquilamente e durante esse tempo, não consegui evitar o impulso de lançar olhares discretos a Susana.

            Ela é tão linda...

            Foi em meio a um desses olhares que um dos guardas veio falar comigo após uma reverência exagerada, ele falou apenas para mim enquanto Prunaprismia e os dois convidados conversavam, mas pude sentir o olhar preocupado de Susana, ela estava perto o suficiente para escutar alguma coisa. Os demais deram seu dejejum por encerrado e após pedirem licença, retiraram-se para dar uma volta pelo castelo. Aproveitei a deixa para me desviar até a sala do trono, mas Susana me seguiu.

            - Caspian – chamou ela calmamente, parei de andar. – O que o soldado lhe disse... Tem a ver com meus irmãos, não tem? – seu olhar era preocupado. Se fosse qualquer outra pessoa eu diria para não se intrometer, mas não conseguia agir assim com ela.

            - Sim. - respondi. - Um deles veio até aqui.

- E eu posso ir com você? - pediu ela e eu não resisti ao ver o brilho que surgira em seus olhos.

- Claro. - sinalizei para que ela me acompanhasse, mesmo temendo que ao ver um dos irmãos ela mude de ideia quanto ao ficar aqui, comigo. Seguimos até a sala do trono, lá havia um rapaz pouco mais novo que eu de cabelos castanhos e pele clara.

- Edmundo! - Susana correu emocionada até ele, lançando-se num abraço.

- Oh, Graças à Aslam, você está bem! - disse ele retribuindo o abraço apertado de forma aliviada. - Você está bem, não está? Ele não machucou você, machucou? Se machucou, juro que acabo com ele aqui mesmo... - ele se afastou dela para olha-la dos pés a cabeça.

- Eu estou bem, Ed, verdade. - disse ela calmamente. Os dois olharam nos olhos um do outro antes de Susana saltar no pescoço dele outra vez. - Oh, Ed, estou tão feliz em ver você! - Ver essa felicidade estampada nos olhos e no sorriso de Susana me fez ignorar o fato de ter sido ameaçado em meu próprio castelo, fiquei parado observando os dois. - E como está Lucia? E Pedro?

- Lucia está com muitas saudades sua e Pedro... Bom, ele está preocupado. - ele deu de ombros.

- Grande novidade! - Susana riu. - Mas então, o que o trás até aqui?

- Vim trazer uma mensagem de Pedro ao rei telmarino. - agora ele dirigiu o olhar para mim.

- Sou todo ouvido. - falei pela primeira vez, me aproximando.

- Pedro mandou esta carta, mas prefiro eu mesmo dizer. - falou o rapaz. - Pedro, e eu também, consideramos seu ato de mandar sequestrar minhas irmãs, abominável, Rei. Pedro esperou para ver se o senhor faria contato de novo, mas a paciência dele nunca foi das melhores. Meu irmão exige a liberação de Susana.

- Se não? - provoquei.

- Se não faremos aqui o mesmo que seu povo fez com nosso lar, Cair Parável. - ele falava em tom firme, tão firme que agora parecia ter a mesma idade que eu.

- Seu irmão planeja atacar o castelo de Telmar? - ergui as sobrancelhas. - Com que exercito?

- Com os narnianos moradores dos bosques. - falou. Ameacei rir e ele tratou logo de continuar. - Se não quiser acreditar, o problema é seu, mas posso garantir que eles são muitos. - ele me encarava nos olhos.

- Edmundo, não quero que Pedro comece uma batalha por minha causa. - disse Susana, olhando seriamente para o irmão.

- As circunstância estão fazendo Pedro pensar assim. - disse Edmundo.

- O que ele quer para poupar o ataque ao meu castelo? - perguntei daquele jeito firme e indecifrável que eu adquiria quando tinha que agir como o rei que era.

- Que eu leve Susana sã e salva de volta a nossa fortaleza. - respondeu ele calmamente. Senti meu coração doer ao pensar na possibilidade de ela ir embora. Susana estava pensativa, as sobrancelhas unidas e a expressão receosa.

- Ed - ela se aproximou do irmão. Suspirou, escolhendo as palavras. - Diga à Pedro que peço para que não ataque. - falou ela. - No entanto, eu ficarei aqui. - Edmundo olhou assustado para ela e confesso que eu também fiz o mesmo.

- Susana, está louca?! - perguntou ele, mas ela logo tratou de cortá-lo.

- Apenas transmita meu pedido a ele, peço que ele confie em mim. Sinto que posso fazer alguma coisa para resolver de vez esse assunto. - falou ela. Edmundo me lançou um olhar ameaçador.

- É ele quem está lhe obrigando a dizer isso?!

Eu ergui as mãos na altura do rosto, as palmas viradas na direção de Edmundo.

- Não. - assegurou Susana. - Essa é uma decisão minha e peço para que você também confie em mim, Ed.

- Eu confio em você. Não confio nele! - apontou para mim.

- Ed, por favor. Eu sei o que estou fazendo, espero que você, tanto como Pedro e Lucia, confiem em mim. - ela olha o irmão nos olhos.

- Susana, você sabe como Pedro é...

- Sei, sei sim. - cortou ela, calmamente. - Ele acredita em você, Ed, apenas transmita meu pedido. Eu sei o que estou fazendo. - repetiu ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que mandem reviews, bom, estou com pressa, vou indo sem mais delongas ;D
Beijokas!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love, Simply Love." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.