Love, Simply Love. escrita por Jajabarnes


Capítulo 16
PROTEJAM-SE!


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões por demorar tanto, espero que gostem.



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Edmundo deixou o castelo contra a vontade, levando o recado de Susana a Pedro após uma longa conversa. Eu os deixei conversando a sós enquanto ela o explicava o que iria fazer, e, depois que ele foi embora me lançando um olhar misto de descrença, felicidade e receio; decidir ir falar com Susana. Encontrei-a em seu quarto.

- Posso entrar? – perguntei com a porta entreaberta.

- Pode... – ela estava na varanda, debruçada no parapeito com a brisa balançando seus cabelos. Ela parecia pensativa.

- Está tudo bem? – me aproximei dela.

- Claro... – Susana estava distante.

- Então por que parece o contrario? – ergui as sobrancelhas. Ela suspirou.

- Eu... Eu não sei como Pedro vai reagir...

- O que você disse a Edmundo?

- Tudo... – olhava o horizonte. – Quer dizer, quase tudo. Argumentei para que Pedro não ataque Telmar, pedi para que confiasse em mim, afinal, estando aqui eu tenho mais chances de fazer alguma coisa por Narnia e blá blá blá...

- Blá blá blá? É, isso é um bom argumento. – brinquei fazendo-a rir. Não pude resistir, minhas mãos deslizaram por sua cintura enquanto meus braços se fechavam em volta de seu corpo, aproximando-a de mim.

- Obrigada. – ela sorria. Alguns segundos de silêncio foram suficientes para uma dúvida começar a me assolar trazendo a minha mente a horrenda ideia de que seu plano era me seduzir para beneficiar seu reino.

- E... Por que, exatamente, você decidiu ficar? – arrisquei perguntar. Susana virou-se para olhar em meus olhos. Ela tinha um sorriso meigo nos lábios um olhar doce.

- Mia me deu um conselho, disse que eu devia seguir... Alguém... E ele me levaria até onde eu deveria ficar. – falou. – E ele me levou até você.

Sorri.

- E eu posso saber quem é esse alguém?

         Susana passou a língua nos lábios.

         - Meu coração.

         Meu sorriso se alargou e eu não pude deixar de beijá-la, as mãos de Susana foram para minha nuca enquanto ela retribuía o beijo. Não, ela não estava me enganando, eu sabia disso. Se ela quisesse alguma coisa já teria lançado a proposta e não se entregado a mim como fez e, além disso, eu posso ver nos olhos dela, que seu sentimento por mim é tão verdadeiro e forte como o meu por ela. Não havia mais dúvida, eu finalmente admitira para mim mesmo que a amava mais que tudo; Susana agora era meu foco. A profecia e provável queda de Telmar não passavam de coisas menos importantes.

         O problema seria levar isso adiante. Não sabíamos se teríamos a aceitação dos irmãos de Susana, ao mesmo tempo em que nós dois – e nosso amor – podíamos trazer a paz, poderíamos também trazer a guerra.

         O beijo chegou ao fim.

         - O que nós fazemos agora? – sussurrou ela calmamente olhando em meus olhos.

         -... Bom... Acho que talvez nós possamos resolver de vez essa situação entre Narnia e Telmar. – falei. – Uma aliança de paz. Nosso casamento seria como uma aliança de paz. – meu polegar deslizou por sua bochecha. – Seremos felizes e nossos reinos também.

         - Mas e a profecia e... A sua promessa?

         Suspirei.

         - Eu não seria capaz de machucar você e muito menos de fazê-la sofrer a morte dos irmãos... – eu sorri de leve. – E quanto à promessa... Aposto que meu pai entenderia.

         Susana abriu um sorriso largo beijando-me em seguida.

         - Haverá uma reunião com os Lordes onde vou anunciar a novidade.

POV. Edmundo.

         Pedro vai querer minha cabeça!

         O que deu em Susana? Isso é loucura! Tudo bem, eu confio nela, sim, e na sua capacidade, mas isso é demais! Duvido que Pedro vá aceitar isso, ele vai é tratar logo de atacar aquele castelo e tirar Susana de lá! Embora, eu achasse que devíamos fazer isso antes que aquele rei bipolar desse a louca e fizesse alguma coisa contra Susana, eu havia prometido a ela que tentaria persuadir nosso irmão.

         Arght! No quê que eu fui me meter?!

         Desci do cavalo e adentrei a fortaleza pronto para sentir minha cabeça rolar. Respirei fundo e adentrei a câmara da mesa de pedra. Lucia e Pedro estavam lá. Ela me viu primeiro.

         - Ed! Graças à Aslam você chegou! – ela correu até mim abraçando-me e trazendo a atenção de Pedro. Ela se afastou de mim e olhou em volta. – Onde está Susana? – questionou preocupada.

         - Bom... Eu... Pedro, olha, eu tentei! – ergui as mãos para o auto.

         - Ed. – chamou ele, com aquele tom que você nunca quer ouvir. – O... Que... Aconteceu?

         Suspirei.

         - Você conseguiu falar com o rei telmarino? E com a Susana? Como ela está? – Lucia ajudou a achar por onde começar a falar.

         - Sim, eu falei com ele... Susana está bem, ele não fez nada contra ela.

         Pedro suspirou aliviado.

         - E então, deu minha mensagem a ele? – perguntou. – Por que Susana não veio com você?

         - Sim, eu dei a mensagem... Ela... Ela não quis vir, Pedro. – lancei de uma vez. Lucia me lançou um olhar do tipo “Não brinque com isso, Edmund!” enquanto Pedro ficava boquiaberto pronto para explodir.

         - COMO ASSIM ELA NÃO QUIS VIR?!

         - Eu tentei! – argumentei antes que ele puxasse a espada (mesmo no fundo eu sabendo que ele jamais faria isso, mas as circunstancia não me deixava pensar diferente...). – Eu disse que se o rei não a deixasse vir comigo sã e salva teria seu castelo reduzido à ruinas como Cair Parável, mas Susana não quis vir... Ela... Ela pediu para você não atacar Telmar. – agora sim. PROTEJAM-SE!

         - Ele devia estar obrigando ela a isso, só pode! – arrematou Lucia.

         - Não, Lucia, não estava, posso garantir isso. – falei a ela, logo voltando meu olhar para Pedro. – Ela pediu para que eu dissesse a você que não atacasse, ela não quer uma batalha por causa dela. Susana acha que estando lá dentro pode conseguir alguma coisa sem uso de armas e morte de inocentes.

         - Isso está difícil de acreditar. – por mais incrível, fantástico e impossível que possa parecer, Pedro mantinha a voz firme e a espada na bainha. – O que ela acha que vai conseguir sozinha dentro do território inimigo?! Susana ficou louca, só pode! Vamos tirá-la daquele covil!

         - Não, Pedro. – interrompi. – Ela pediu para você não atacar e, fora isso, eu estive em Telmar, você também esteve há alguns dias viu como as forças militares de Caspian são poderosas, lançar nossos soldados contra o dele numa batalha dentro do próprio castelo telmarino seria uma tremenda loucura, seria suicídio!

         Pedro pareceu pensar. Ele sabia que eu estava certo.

         - Edmundo tem razão, Pedro.

         - Lucia, não podemos deixar Susana correndo risco de vida lá dentro! Ele pode muito bem mata-la!

- Algo me diz que Susana vai ficar bem lá e que ele não fará nenhum mal contra ela. – na verdade ela me contara o real fato por trás de meu “Algo me diz”. Susana estava apaixonada e havia conquistado Caspian, mas com certeza essa não era hora de contar isso a Pedro. Ele me ignorou.

- E depois disso quanto tempo acha que ele levaria para chegar até nós também? – argumentou.

         - Com certeza levaria mais tempo para chegar se não atacarmos, do que se nós formos até o castelo dele entregar a nós e nosso exercito sem qualquer chance de vencer. – falei o que fez Pedro me olhar, mas não o olhar de repreensão. Ele pareceu pensar. Eu sabia que o senso de Pedro falaria mais alto e ele não iria executar tamanha loucura.

         - Então me diga – falou ele. – O que ela pretende fazer?


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Notas finais do capítulo

Gente, estou com saudades dos comentários da Vany!!!! Mas enfim, espero que gostem, ei vocês poderiam dar uma passada numa outra fanfic minha? É em parceria com minha migona LauraCDM e é Suspian, claro ;D Desde já agradeço!
Beijokas!!



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