Changed escrita por Shiroyuki


Capítulo 12
Capítulo 12 - Tem que ser você


Notas iniciais do capítulo

"E ela não conseguiu responder nada, naquele momento."



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Utau não podia negar que estava se sentindo um pouco impaciente. Tudo o que ela queria era ver de perto essa tal irmã do garoto de cabelos compridos, e ir para casa assistir ao seu seriado, enquanto avaliava se ela seria um perigo em potencial ou não.

Desde a manhã, ela já havia revirado a cidade inteira – sem exageros – com os dois garotos. Eles tinham que ver provisões e outras coisas para o time de basquete, e estavam bastante ocupados, mas Nagihiko não pareceu se incomodar com a presença da intrusa, e, de fato, era difícil imaginar alguma coisa que o irritasse de verdade, afinal, ele estava sempre aparentando tanta calma…

Kukai sentiu-se um pouco perturbado com a presença de Utau, mas logo se esqueceu, e não pode deixar de perceber que ela fora muito prestativa em ajudar com a escolha dos modelos novos de uniforme, e com os cálculos para a prestação de contas do orçamento. Além disso, Utau era bastante comunicativa e uma boa companhia, e logo se aproximou de Nagihiko, conversando alegremente com ele como se fossem velhos conhecidos. Eles dividiam alguns gostos, como o por música ou por filmes, e por um breve momento, Kukai se sentiu deslocado na conversa, e com um tantinho de mau-humor por ver Utau assim tão próxima de outra pessoa.

Algumas horas depois eles almoçaram, e então foram para a estação, enfim esperar pela irmã de Nagihiko. Utau já havia esquecido as suas preocupações anteriores, entretida que ficou com a conversa com os garotos, e agora tagarelava sem parar sobre os maus hábitos de Kukai, sobre o filme que passou na TV noite passada, ou sobre as fronteiras abertas da Europa.

— Ah, Nagi-kun! – ela riu, enquanto se acomodavam nos bancos da estação para esperar pelo trem – você viu o dorama ontem?

Kukai, que se sentava ao lado dela, revirou os olhos, irritado. Nagi-kun?! Que tipo de pessoa tratava com tamanha intimidade alguém que acabou de conhecer??

— Eu vi – Nagihiko respondeu, cordial – Acho que enfim o Tanaka-san vai pedir a Minami em casamento.

— Ah, eu também acho!! – Utau respondeu – Mas a Kotoko não vai ficar calada… ela com certeza vai contar que eles são na verdade, primos!

— Você acha? – Nagi ponderou – É, tem razão… mas acho que ela espera eles se casarem, para depois contar.

— Tem razão! Ainda mais por causa da herança…

— Ei, do que vocês estão falando?? – Kukai se impacientou, e resolveu dar um jeito de entrar naquela conversa.

— Do dorama… ah, aquele que você não assiste por que prefere ficar jogando vídeo game… - Utau respondeu, balançando as mãos, e então retornando à sua conversa animada com Nagihiko.

— Ei, o trem tá chegando – Kukai mostrou, forçando um tom rude para deixar claro que não estava de acordo com aquela nova amizade.

— Verdade! – Nagihiko se ergueu, com um novo e inesperado brilho cingindo os olhos, e andou alguns passos para mais perto da plataforma. Utau e Kukai continuaram em seus lugares mais atrás, entendendo que aquele era um momento a que não pertenciam.

O trem passou velozmente, começando a frear, com um barulho ensurdecedor o acompanhando. Trouxe consigo lufada de vento fazendo os cabelos purpúreos do garoto, que apenas olhava impaciente para a porta, esperando a irmã.

Utau, a essa altura, havia tentado deixar de lado as suas preocupações, mas não pode negar que uma leve apreensão ainda se instalava. Ela procurou com os olhos por alguém que se assemelhasse à imagem mental que ela formou a partir das descrições que foram dadas, mas nenhuma das pessoas que saiam em fila do trem, para então correr até seus familiares, ou apenas procurar por alguém, se encaixava nisso. Até que, quando ela estava quase desistindo, e ia perguntar à Nagihiko se a irmã dele vinha mesmo nesse horário, uma figura a fez repensar completamente as suas convicções. Num ato-reflexo, Utau segurou com força a manga do casaco de Kukai, garantindo que ele não fosse sair do seu lado.

Descendo os degraus do trem até o chão da estação, elegantemente, a garota trazia uma mala de mão, e mais outra de rodas. Não se atrapalhara ao descer, e não parecia incomodada com o peso da bagagem. Ela olhou para os lados, procurando apreensivamente por alguém, até que seus olhos focaram em Nagihiko, que se apressou em ajudá-la, porém não era necessário isso para denotar que aquela era a irmã pela qual todos aguardavam.

A semelhança entre os dois era algo absurdo, Utau notou, enquanto eles se abraçavam saudosamente, entre exclamações de “como você cresceu!” e “senti tanto a sua falta”. Assim como o irmão, a tal Nadeshiko tinha cabelos longos e lisos, que brilhavam perfeitamente à luz do início da tarde, presos em um alinhadíssimo rabo de cavalo. Ela trajava um vestido de rendas cor-de-rosa claro que chegava até abaixo dos seus joelhos, com um parcá comprido e bege por cima, e sapatilhas brancas nos pés. Não era o tipo de roupa que adolescentes costumassem usar, mas de alguma maneira, aquele estilo se casava impecavelmente com toda a imagem da garota. Utau não queria admitir, mas ela tinha uma aura de refinamento e bom gosto ao seu redor, deixando a loira, que trajava simples calças jeans, tênis surrados e o moleton do irmão, sentindo-se terrivelmente inferior. Inconscientemente, ela ainda segurava com força o braço de Kukai.

— Estes são meus amigos, Souma Kukai e Souma Utau – Nagihiko indicou, acordando Utau dos seus delírios autodepreciativos. Ela nem havia reparado em quando Nagihiko e sua irmã se aproximaram. Assim, vendo de perto, Utau se sentiu ainda pior. Ela tinha olhos cor de âmbar, iguais aos do irmão… mas os dela eram muito mais doces e delicados… embora… embora algo parecesse oculto em meio àquela perfeição toda. Utau intrigou-se, e não desviou o olhar quando a garota a saudou com um balançar de cabeça.

— É um prazer finalmente conhece-la. Nagihiko falou muito de você. – Kukai disse, curvando-se ligeiramente. Utau se impressionou. Desde quando ele sabia falar assim tão polidamente, sem gritar, sem usar gírias, nem parecer bobo? Ele estava tentando impressionar a garota? Idiota, idiota, idiota! Ele iria pagar por isso mais tarde.

— Ah, você é colega do meu irmão? – a garota disse, e sua voz tinha uma melodia suave e ritmada, como esperado.

— Não, apenas no clube de basquete. Ele é capitão do nosso time – Kukai respondeu, sorrindo alegremente logo depois. Utau cerrou os dentes, franzindo a testa.

— E-eu sou a… irmã… dele – Utau disse, achando melhor ser introduzida na conversa antes que a deixassem de lado. Mas sua sobrancelha tremeu ao dizer a palavra “irmã”.

— Você e a Utau-san vão ser colegas de classe! – Nagihiko comentou casualmente, causando espanto geral.

— Vamos? Como assim, você não está no ginasial? – Utau não pode reprimir o tom de assombro em sua voz, que se tornou aguda de repente, como sempre acontecia quando ela ficava nervosa.

— Nadeshiko estudou no exterior, e por isso está em uma série mais avançada do que eu – Nagihiko contou, e pela cara de Nadeshiko, aquilo parecia estar sendo novidade para ela também – Por causa disso, ela será matriculada no ensino médio da nossa escola.

— Eu vou? – Nadeshiko parecia decepcionada, e Utau reparou que ela parecia bonita mesmo com esse tipo de expressão – Agora que pensei que finalmente íamos poder estudar juntos…

— Sinto muito, Nadeshiko, mas aquela prova de equivalência que você fez antes de vir mostraram esses resultados. – ele disse, e também parecia contrariado –  Agora, vamos indo logo para casa, Okaa-san está doida pra ver você.

A garota assentiu, convalescente, e os quatro jovens rumaram para a saída da estação. A casa dos Fujisaki ficava do lado oposto ao da cidade, um pouco mais afastado do centro urbano. Utau nunca havia ido até a casa deles, mas sabia, por comentários de Yaya e Amu, que era uma enorme residência tradicional, no topo da colina, cercado pela floresta por todos os lados. Nas palavras de Yaya era quase um palácio, e quando ouviu isso Utau julgou ser um exagero, no entanto, vendo de perto o quanto a garota parecia realmente com uma princesa, talvez não fosse apenas descomedimento das palavras da garota.

Depois de se despedir, os Fujisaki tomaram um táxi para casa, e Utau e Kukai se conformaram em tomar o caminho a pé. Estavam passando nesse momento ao lado do rio, que tinhas as margens inclinadas em um barranco logo ao lado. O tempo continuava nublado, e parecia um domingo perfeito para tirar uma soneca o resto da tarde. Kukai não parecia em nada diferente do que estava antes, mas Utau ainda não sossegara completamente. Havia algo em Nadeshiko que a intrigava profundamente, e a faziam sentir-se insegura e incapaz, como nenhuma outra garota daquele lugar conseguia.

— A garota, irmã do Nagihiko, é bem legal, não é? – Kukai iniciou assunto, colocando as mãos no bolso. Ele andava um pouco mais a frente, de forma que Utau não conseguia ver que tipo de expressão ele fazia nesse momento.

— É, deve ser. Mas… ela não faz muito o seu tipo, faz? – Utau arriscou, amaldiçoando-se por dentro por ser tão estúpida. Mordeu os lábios e fechou os olhos, não querendo ouvir aquela resposta.

— Tá brincando? Garotas como aquela fazem o tipo de todo mundo! – o ruivo exclamou, escandaloso como sempre – Como se chama isso mesmo…? Yamato Nadeshiko? É, ela é dessas garotas perfeitas… e o nome dela combina perfeitamente, você não acha?

— Imbecil – Utau rosnou para si mesmo, e decidiu que não se mostraria irritada. Não, ela não iria fazer escândalo, não iria gritar, nem bater em Kukai. Respirando fundo e contando até dez, Utau guardou toda a sua raiva para si, e se esforçou em deixar seu tom de voz mais suave e comedido, antes de continuar. Até ela podia agir como uma Yamato Nadeshiko de vez em quando.  – Você deve ter adorado ela então. Vai querer… chama-la para sair?

— Ficou doida? O Nagihiko ia querer me matar! Ele morre de ciúmes da irmã, e ameaçou de morte qualquer um que chegasse perto dela. – Kukai contou, erguendo os braços atrás da cabeça, em uma posição relaxada – Mas eu confesso… por uma garota como aquela, eu acho que poderia me arriscar… - ele disse tranquilamente. Utau cerrou as mãos com força, cravando as unhas nas palmas. Seus olhos ardiam, mas ela se recusava terminantemente a deixar qualquer lágrima surgir, por menor que fosse. Não ousou dizer qualquer palavra, pois sabia que sua voz a delataria, e a última coisa que ela queria era demonstrar fraqueza na frente dele.  – Utau, você…  ah, deixa pra lá…

—O que? – Utau indagou de volta, quase deixando sua voz tremer. Diminuiu o passo, disposta a ficar para trás e assim, esconder seu irreparável semblante infeliz por mais algum tempo.

Em resposta, Kukai apenas virou-se para trás, tão de repente que fez o coração de Utau dar um salto para trás. Ele a encarou com aqueles olhos verdes impassíveis, e ela sentiu suas pernas virarem gelatina. Ele parecia estar procurando por alguma coisa, ou esperando que ela fizesse algo. Avançou apenas alguns passos, e logo estava bem a frente de Utau. O vento castigava as costas dela, lançando seus cabelos para frente, e o abrigo esportivo dele para trás, e jogando as folhas secas que caiam por todo o lugar. Ela tremeu, mas não pelo frio que se expandia naquela tarde, trazendo promessas de chuva. Ela tremia por que o olhar de Kukai era simplesmente profundo demais para que pudesse aguentar.

— Utau… Você não está agindo como você mesma. – ele disse, e novamente naquele dia, Utau ouviu a voz dele em um tom que nunca imaginara antes. Mas não era apenas educação. Ele estava sério… preocupado…

— Não sei do que está falando – ela replicou, impossibilitada de olhar nos olhos dele, pois do contrário, fraquejaria. Impeliu o corpo para frente. Como uma covarde, ela fugiria, e Kukai podia fazer o que quisesse com a Yamato Nadeshiko dele. Mas ela não ficaria para ouvir ele falando sobre isso. – Quero ir logo para casa, assistir ao…

Antes que ela completasse a frase, e se retirasse dali, Kukai a segurou pelo braço impedindo seu avanço. Ela ofegou, chocada, e levantou os olhos, apenas para ver que ele ainda mantinha a mesma determinação anterior. Tentou se desvencilhar, mas ele não se alterou nem um milímetro, por mais esforço que ela fizesse.

— Utau, por que você está agindo assim?

— Assim como? Você finalmente perdeu aquele resquício de inteligência que ainda restava, ou ficou louco de vez de tanto jogar aqueles games? – ela tentou se esconder atrás de ofensas, novamente, apenas para se ver livre daquele tormento o quanto antes.

— Você não vai dizer nada? Sobre eu falar de outras garotas na sua frente? Não vai me xingar, me bater, e gritar que não quer uma garota qualquer como cunhada? – ele perguntou tudo de uma vez, e na sua voz havia uma nota de desespero. A visão de Utau embaçou, com todas aquelas lágrimas que se juntam de uma só vez na borda dos olhos, e ela mordeu os lábios numa tentativa vã de contê-las. A franja escondia seu rosto baixo, e ela agradecia intimamente por isso.

— Bom, aquela Nadeshiko não parece uma garota qualquer, talvez você devesse mesmo investir n-nela… -sua voz falhou na última palavra, e se não estivesse sendo segurada ainda pelo braço, teria despencado. O esforço em conter o choro fazia sua cabeça latejar, e tudo o que mais queria agora, era correr para longe. – Eu não tenho nada a ver com a sua vida. – ela usou as últimas forças para pronunciar aquela frase, e desistiu de segurar as lágrimas, que caíram todas ao mesmo tempo, lavando seu rosto. Ela soluçou, tentando se soltar de Kukai, mas ele apenas a segurou com ainda mais força, usando o outro braço para segurá-la pelos ombros, e força-la a encará-lo.

Ele viu as lágrimas que lavavam o rosto corado. Utau ainda tentava de alguma forma, contornar a situação e fazer aquelas lágrimas sumirem, mas com os braços cingidos por Kukai, não podia secá-las ou escondê-las, então se limitou a soluçar dolorosamente, com o fôlego se perdendo em meio ao choro.

Kukai viu a dor nos olhos de Utau, e aquilo era algo que ele desejava nunca ter visto. Por mais que ela o irritasse às vezes, e fosse absolutamente inconveniente quase sempre… era impossível aguentar vê-la daquela maneira por muito tempo. Ele não se segurou, e agindo por impulso como era do seu feitio, amparou a garota em um necessário abraço, envolvendo-a por inteiro. Ela não tentou se soltar dessa vez. Havia perdido as forças. Apenas apoiou o rosto no peito de Kukai, deixando as suas lágrimas deslizarem e sumirem por entre o tecido do casado dele.

Ele apoiou o rosto nos cabelos dela, provando do aroma doce que eles possuíam. Sentia Utau tremer em seus braços, enquanto soluçava sem parar, com seu coração batendo audivelmente, alto e rápido. Ela parecia tão pequena, tão frágil, nesse momento… como ele nunca imaginou que fosse vê-la. Kukai desejou poder protegê-la, e acabar com qualquer dor que ela pudesse estar sentindo. Foi quando percebeu que o motivo daquelas lágrimas era ele mesmo. Novamente as palavras de Ikuto voltaram à sua mente, e pela primeira vez, elas fizeram algum sentido.

“Sinto ter que informar, mas o jeito que você olha pra ela… não é igual ao jeito que eu olho. Não é jeito de irmão.”

Kukai apertou os braços ao redor de Utau, sentindo-a arquejar, e então levantar as mãos, fracamente, para segurar o tecido do seu casaco. Sim, ele não olhava para Utau como irmã. Nunca olhou.

 “ A Utau… o jeito que ela age quando está perto de você, a maneira que ela te olha… você nunca parou pra reparar nessas coisas?”

Sim! Era tão óbvio o tempo todo! Utau também não olhava para ele como irmã! Ela era  tão facilmente irritável, estava sempre nervosa, e com ciúmes. Kukai percebia tudo isso, claro que percebia, mas não queria admitir para si mesmo… que gostava de ver ela assim por sua causa. Por que… aquelas evidências indicavam que ela poderia sentir algo por ele e… isso o deixava realmente feliz.

“Pensa bem… tenta prestar atenção nela, e quem sabe você descobre a verdade.”

Ele só precisava ter prestado atenção, os sinais estavam todos lá. A forma como seu coração batia descompassado cada vez que ela chegava um pouco mais perto do que o normal, ou como ele sentia algo se agitar sempre que eles se olhavam nos olhos. E também, aquela irritação um tanto dolorosa, que ele sentia quando a via perto de Ikuto, de Nagihiko… ou de qualquer outro que aparecesse.

E precisou que ela chorasse na sua frente, praticamente implorando por socorro, para que ele entendesse que estava a fazendo sofrer, com a sua falta de consideração. Ele era mesmo um idiota, por fazer sofrer tanto assim a garota que ele… que ele…

— Utau! – ele chamou, com a voz alterada e tremida por causa do nervosismo repentino que o acometeu. Seu rosto queimava, e parecia estar em chamas. Utau sobressaltou, mas não ergueu o rosto nem desfez o seu abraço desajeitado. – Eu… eu não quero a irmã do Nagihiko. Eu não quero uma Yamato Nadeshiko… !

— N-não quer? – a voz fraca de Utau chegou até seus ouvidos, e Kukai sentiu algo tremer dentro dele.

— Não, eu não quero. Deve ser muito chato ficar ao lado de uma garota que não grita comigo, que não me bate sempre que eu deixo a toalha molhada em cima da cama, e que não me faz morrer plantado na porta do banheiro só esperando. E também… acho que nenhuma garota ia querer subir no telhado comigo, e depois ficar presa lá em cima. – ele tentou rir fracamente, e por conta do nervosismo, saiu como um som estranho – Pensando bem, eu não quero nenhuma outra garota, mesmo que ela faça tudo isso. Por que… por que tem que ser você, Utau.

— O que? – Utau indignou-se incrédula, empurrando Kukai para longe, apenas para que ele a tomasse em seus braços novamente, abraçando-a fortemente. Ela não iria escapar, não agora, que ele tinha tantas coisas pra falar.

— Eu acho que me apaixonei pela minha Onee-chan… - foi a única coisa que ele conseguiu dizer, sufocado com tantas palavras que queriam sair ao mesmo tempo. Utau arregalou os olhos, e seu rosto empalideceu de susto, para então voltar a colorir-se com força total, formigando sua pele. Ela entrou em estado de choque, e ficou incapaz de reagir. A única coisa que garantia que ela ainda estava viva era, na verdade, o palpitar incessante e frenético do seu coração despreparado.

E ela não conseguiu responder nada, naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Yoo, minna-san~
Finalmente algum avanço visível, não é?? Confesso que isso não estava nos meus planos, mas quando eu vi, já tinha escrito, e não tive coragem de mudar XD Espero que tenham gostado~
Agora, com licença, que eu tenho que correr. Estou absolutamente, completamente, totalmente, atrasada pra me arrumar pra aula... e tudo isso por que eu queria postar logo esse capítulo!
Bom, deixem reviews...
Fui!