Será Que O Amor Acontece? escrita por FláviaFilardi
Notas iniciais do capítulo
Olá!
Queria me desculpar pela demora de postar o capítulo, estava em semana de testes escolares, então ficou meio complicado... Sei que vocês entendem, afinal também passam por isso, não é? Este capítulo não ficou grande, porque eu dividi o aniversário de Mike em três partes, então irei postar aos poucos. Pensei até em colocar todo o aniversário em um capítulo único, porém ficaria enorme.
Deliciem-se com o início da festa e até as notas finais!
Seguimos para a casa de Mike; no carro apenas o barulho do motor e das nossas risadas.
– A casa fica na próxima esquerda, certo? – perguntou minha prima olhando para o lado, aonde minha irmã mais velha estava sentada.
– Sim, isso mesmo. - respondeu Jess. - Nossa Rose, tão pouco tempo e já não lembra mais onde fica a casa do ex-namorado.
Ela riu e balançou a cabeça, fazendo com que os seus lindos cabelos loiros também fizessem o movimento.
– Só fiquei em dúvida... E Mike agora é página virada, não gosto mais dele.
Alguns minutos se passaram até que a BMW entrasse pelo portão da casa. Todas nós não falávamos nada, até que...
– Rose, você conhece Edward? – inquiriu Alice.
Sei lá porque, mas senti meu rosto esquentar.
– Edward? - pareceu surpresa. - Claro! Ele é muito lindo e simpático. Por quê? Onde você o conheceu?
– Sim, no shopping. Bella também o conheceu, não foi mesmo irmãzinha? – mas que diabos Alice queria com isso?
Eu não estava raciocinando direito. Puder perceber que o carro agora não fazia mais nenhum movimento, e eu ainda olhava estagnada pelas janelas do carona.
– Bella? – Rose chamou e me olhou pelo retrovisor.
– Hum, er, sim, ele é... educado. - corei, o que fez minha prima rir. - Mas deve ser comprometido. Esquece, é coisa da Alice.
– Bom, se ele está namorando, se é casado ou viúvo eu não sei. – a loura deu de ombros, e eu não pude deixar de rir com sua resposta. Ela olhou a casa pelo vidro, o que eu já fazia há algum tempo. - Uau, como está diferente.
– Os tempos mudam... Ele fez algumas reformas no interior da casa, e pintou uma parte externa.
– Vocês duas vão ficar aí nessa nostalgia ou iremos entrar? Desçam logo do carro, estou louca para dançar. – Alice falou meramente animada.
– E eu louca para beber muito. – Jess afirmou com empolgação e saiu do carro, o que foi repetido por nós.
A casa de Mike era muito bonita. Eu costumava freqüentá-la há uns meses atrás. Apesar de todo o afastamento que meu melhor amigo e eu tivemos - afastamento em que eu comecei a me focar em ser uma aluna aplicada e até chamada de nerd por alguns - eu gostava muito dele, e me lembrava de tudo o que vivi aqui, as tardes de domingo, os estudos, os filmes. Mike sempre foi muito só, pois se mudou para Seattle há três anos, e eu costumava fazer-lhe companhia durante este período, assim que nos tornamos próximos.
Toda a frente da casa estava decorada com velas e alguns balões - o que eu imaginei ter sido feito por sua mãe - e muitas luzes surgiam pelos vidros. Lembrei-me da boate que Mike havia me dito que teria aqui, e suspirei. Tudo bem que eu amava música, mas dançar na frente dos outros era meio estranho para mim.
Seguimos para a porta, que estava aberta. Entramos e o dono da casa veio nos receber.
– Bella, você veio! - ele piscou como se não acreditasse que eu estivesse ali. - Você está linda. – um sorriso enorme estampava o seu rosto.
– Claro que viria, não poderia faltar. Obrigada pelo elogio, e feliz aniversário! É só uma lembrança, não repare. – eu o abracei e entreguei o presente. Ele abriu em seguida.
– A nova coleção dos Guns N' Roses? Tá brincando, isso é incrível! Obrigado.
– Fico feliz que gostou. – sorri.
– Quem não gostaria? Você me conhece muito bem. Fique à vontade, tem garçons por toda a casa.
– Pode ter certeza que irei me divertir muito. - fiz um gesto com a mão, com o polegar, como se estivesse bebendo algo. Ele gargalhou alto.
Em seguida, minhas irmãs e minha prima vieram cumprimentar o aniversariante. Já este parecia que ia explodir de alegria.
Segui andando na frente, dando as costas para eles. Percebi que havia muitas pessoas ali, pois a casa estava quase lotada. Passei pela sala e fui até o enorme salão, onde várias pessoas dançavam alegremente. A batida do DJ era eletrizante, várias pessoas chacoalhavam a cabeça e as mãos, como se estivessem tomando algum choque. A música eletrônica me fez mexer a cabeça também. Meu olhar percorreu todo o ambiente, a procura de alguém conhecido. Angela, talvez. Então me lembrei de que minha colega de turma havia viajado, e só chegaria na quarta-feira. Sorri para um ruivo nerd que fazia aula de inglês comigo, e logo a namorada dele passou e me olhou com raiva. Ela havia entendido errado. Suspirei.
Repentinamente, uma mão me puxou e me pressionou contra a parede lateral. Nossos olhares se encontraram e um choque passou pela minha pele.
– Olá. – seu sorriso torto irresistível fez com que meus pensamentos se misturassem.
Edward Cullen poderia estar ainda mais lindo do que era? Sim, poderia. E ele estava. Usava uma camisa social azul marinho e uma calça de tecido preta. Nos pés sapatos da mesma cor da calça. Seus cabelos cor de bronze estavam maravilhosamente bagunçados, e os olhos... Bom, eu tinha a impressão de que iria ter uma síncope toda vez que ele me olhava daquele jeito.
– O-oi. – eu estava gaguejando?
– Você está muito linda mesmo, Isabella.
– Só Be-ella. – repeti o apelido, como no dia em que nos conhecemos. E sim, eu estava gaguejando. Ótimo.
– Você está bem? – ele arqueou uma sobrancelha.
Eu devia estar com uma cara de encantada, parecendo que ia desmaiar de felicidade por estar com o corpo colado ao dele.
Respirei fundo.
– Sim, estou. Só me... assustei, não esperava ser puxada assim.
– Desculpe. Estava à procura de Mike, quando te vi. Não pude me conter. – o maldito sorriso ainda estava em sua boca.
– Acabei de chegar. E então, vai me soltar ou precisarei gritar? – brinquei e ele riu.
– Desculpe. – murmurou de novo e retirou a sua mão do meu braço.
– Sem problema. – não reprimi o riso ao ver a sua cara confusa.
– Bella, você gostaria de uma bebida?
– Tudo bem, estou aceitando qualquer coisa que me faça relaxar.
– Vamos nos sentar então. – conduziu-me até uma mesa vazia e mais reservada, longe de todo o barulho do DJ.
Sentamo-nos de modo que ficamos um em frente ao outro. Edward chamou o garçom, e me perguntou:
– O que vai querer?
– Pode ser um coquetel de frutas.
– Certo. Para mim uma Heineken, por favor. – virou-se para o garçom sem tirar os olhos de mim.
– Nossa, que festa lotada. Não sabia que Mike tinha tantos amigos assim. – Edward riu.
– Na verdade ele convidou praticamente toda a escola. Sabe como é, não é todo dia que se faz dezoito anos.
– Mal posso esperar.
– Você não tem dezoito anos? Não me diga que é mais velha... Digo, não parece ser.
– Tenho quinze. – soltei uma gargalhada. – Estou brincando, tenho dezessete.
– Eu bem que desconfiei.
– Como? Não entendi.
– Não sei, algo me disse. – por um momento achei que esse “algo” tinha nome.
O garçom chegou com as nossas bebidas; abriu a cerveja de Edward e entregou-me o coquetel. Agradeci e voltei minha atenção ao garoto perfeito sentado ali.
– Como vai a carreira? Muitos desfiles?
– Ainda não faço desfiles, estou fazendo alguns comerciais pequenos, mas estão rendendo bem. Acho que finalmente encontrei a minha área.
Assenti e dei um gole em minha bebida.
– Me fale algo sobre você. Sinto que seremos grandes... amigos, eu acho. – meu coração parou e começou a bater de novo.
– O que quer saber?
– Bom, sua idade eu já sei, e sei que tem duas irmãs... Sei também que não tem namorado e é prima da ex-namorada de Mike. – ele riu. – Mas, com quem mora?
– Moro com minha mãe, meu padrasto e minhas duas irmãs. Renée é arquiteta e bastante apaixonada por Peter. Ele é empresário, e eles são casados há quatro anos. Meu pai é advogado e mora em Los Angeles. Sinto muita falta dele.
– Acho que sei mais ou menos o que está passando. Mudei-me para Seattle pouco tempo depois que me formei, e sou obrigado a morar longe dos meus pais. Meu pai, James, é corretor de imóveis, e ama o que faz. Minha mãe, Esme, é estilista. De tempos em tempos vou visitá-los em Londres, e eles também vem aqui. – ele bebericou sua cerveja.
– Deve ser ruim morar sozinho... Você tem irmãos?
– Não, sou filho único. E quanto a morar sozinho, já estou me acostumando. Tudo é questão de adaptação.
– É verdade. Olha só, eu já falei praticamente toda a minha vida singular para você, e nem sei a sua idade. – Edward gargalhou.
– Eu tenho dezenove.
Nesse momento Tanya, mãe de Mike, veio em direção a nós.
– Olá Bella, quanto tempo! – levantei-me e a abracei.
– Oi Tanya, realmente muito tempo. Como está Amun?
– Aquele velho continua jogando pôquer, está sentado em alguma mesa por aí com uns amigos. – ela riu. – Mas está bem.
– Legal. – sorri também. – A viagem foi boa?
– Sim, ótima. Los Angeles é adorável, você deveria ir lá em breve, Amun fala com Charlie de vez em quando.
– Que ótimo, irei vê-lo por lá logo, ou ele virá aqui. - sorri e ela se afastou rapidamente de mim.
– E você, Edward, como vai querido? - lhe deu um abraço.
– Estou bem, e a senhora?
– Também. Obrigada por toda a ajuda que deu à meu filho.
O Cullen sorriu lindamente.
– Pode contar comigo.
Ela se encostou novamente perto de mim e sussurou:
– Bom, vejo que já conhece Edward. Ele é um rapaz de ouro.
– Sim, ele é realmente simpático.
– Vou continuar observando se está tudo em ordem por aqui. Aproveite a festa.
– Obrigada.
Eu gostava muito de Tanya. Conversávamos pouco, porque ela raramente vinha para cá, mas Mike falava-me muito bem dela. Ele idolatrava a mãe.
– Simpática a mãe de Mike, não? – disse Edward.
– Muito. É uma das melhores pessoas que conheço. Ela é muito bonita também. Pena que a vejo pouco.
– A primeira parte é verdade... Quando a segunda, não sei. Não reparo beleza de senhoras casadas. – ele riu. – Só de pessoas mais novas e interessantes, como você. – eu corei e nossos olhares se encontraram.
Depois de minutos que pareciam horas, desviei o olhar e achei melhor sair dali antes que a situação se complicasse.
– Acho melhor procurar Rose e minhas irmãs.
– Vou com você.
Edward puxou a cadeira para que eu me levantasse, e me deu o seu braço. Coloquei minha mão entre o seu braço direito, e o mesmo choque se passou entre nós. Continuamos andando, até que vimos uma cena deplorável: Jessica bêbada, dançando vulgarmente no meio do salão.
(CONTINUA...)
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam do capítulo? Gostei do modo como ele terminou, isso faz com que vocês fiquem curiosos. (:
Quero pedir para vocês, leitores, que divulguem esta fanfic, e por favor deixem reviews quando forem lendo os capítulos, isso me incentiva a continuar. Críticas também são bem vindas, se necessário.
Até breve, beijos.