Será Que O Amor Acontece? escrita por FláviaFilardi


Capítulo 5
Aniversário de Mike parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Queria me desculpar pela demora de postar o capítulo, estava em semana de testes escolares, então ficou meio complicado... Sei que vocês entendem, afinal também passam por isso, não é? Este capítulo não ficou grande, porque eu dividi o aniversário de Mike em três partes, então irei postar aos poucos. Pensei até em colocar todo o aniversário em um capítulo único, porém ficaria enorme.
Deliciem-se com o início da festa e até as notas finais!



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Seguimos para a casa de Mike; no carro apenas o barulho do motor e das nossas risadas.

– A casa fica na próxima esquerda, certo? – perguntou minha prima olhando para o lado, aonde minha irmã mais velha estava sentada.

– Sim, isso mesmo. - respondeu Jess. - Nossa Rose, tão pouco tempo e já não lembra mais onde fica a casa do ex-namorado.

Ela riu e balançou a cabeça, fazendo com que os seus lindos cabelos loiros também fizessem o movimento.

– Só fiquei em dúvida... E Mike agora é página virada, não gosto mais dele.

Alguns minutos se passaram até que a BMW entrasse pelo portão da casa. Todas nós não falávamos nada, até que...

– Rose, você conhece Edward? – inquiriu Alice.

Sei lá porque, mas senti meu rosto esquentar.

– Edward? - pareceu surpresa. - Claro! Ele é muito lindo e simpático. Por quê? Onde você o conheceu?

– Sim, no shopping. Bella também o conheceu, não foi mesmo irmãzinha? – mas que diabos Alice queria com isso?

Eu não estava raciocinando direito. Puder perceber que o carro agora não fazia mais nenhum movimento, e eu ainda olhava estagnada pelas janelas do carona.

– Bella? – Rose chamou e me olhou pelo retrovisor.

– Hum, er, sim, ele é... educado. - corei, o que fez minha prima rir. - Mas deve ser comprometido. Esquece, é coisa da Alice.

– Bom, se ele está namorando, se é casado ou viúvo eu não sei. – a loura deu de ombros, e eu não pude deixar de rir com sua resposta. Ela olhou a casa pelo vidro, o que eu já fazia há algum tempo. - Uau, como está diferente.

– Os tempos mudam... Ele fez algumas reformas no interior da casa, e pintou uma parte externa.

– Vocês duas vão ficar aí nessa nostalgia ou iremos entrar? Desçam logo do carro, estou louca para dançar. – Alice falou meramente animada.

– E eu louca para beber muito. – Jess afirmou com empolgação e saiu do carro, o que foi repetido por nós.

A casa de Mike era muito bonita. Eu costumava freqüentá-la há uns meses atrás. Apesar de todo o afastamento que meu melhor amigo e eu tivemos - afastamento em que eu comecei a me focar em ser uma aluna aplicada e até chamada de nerd por alguns - eu gostava muito dele, e me lembrava de tudo o que vivi aqui, as tardes de domingo, os estudos, os filmes. Mike sempre foi muito só, pois se mudou para Seattle há três anos, e eu costumava fazer-lhe companhia durante este período, assim que nos tornamos próximos.

Toda a frente da casa estava decorada com velas e alguns balões - o que eu imaginei ter sido feito por sua mãe - e muitas luzes surgiam pelos vidros. Lembrei-me da boate que Mike havia me dito que teria aqui, e suspirei. Tudo bem que eu amava música, mas dançar na frente dos outros era meio estranho para mim.

Seguimos para a porta, que estava aberta. Entramos e o dono da casa veio nos receber.

– Bella, você veio! - ele piscou como se não acreditasse que eu estivesse ali. - Você está linda. – um sorriso enorme estampava o seu rosto.

– Claro que viria, não poderia faltar. Obrigada pelo elogio, e feliz aniversário! É só uma lembrança, não repare. – eu o abracei e entreguei o presente. Ele abriu em seguida.

– A nova coleção dos Guns N' Roses? Tá brincando, isso é incrível! Obrigado.

– Fico feliz que gostou. – sorri.

– Quem não gostaria? Você me conhece muito bem. Fique à vontade, tem garçons por toda a casa.

– Pode ter certeza que irei me divertir muito. - fiz um gesto com a mão, com o polegar, como se estivesse bebendo algo. Ele gargalhou alto.

Em seguida, minhas irmãs e minha prima vieram cumprimentar o aniversariante. Já este parecia que ia explodir de alegria.

Segui andando na frente, dando as costas para eles. Percebi que havia muitas pessoas ali, pois a casa estava quase lotada. Passei pela sala e fui até o enorme salão, onde várias pessoas dançavam alegremente. A batida do DJ era eletrizante, várias pessoas chacoalhavam a cabeça e as mãos, como se estivessem tomando algum choque. A música eletrônica me fez mexer a cabeça também. Meu olhar percorreu todo o ambiente, a procura de alguém conhecido. Angela, talvez. Então me lembrei de que minha colega de turma havia viajado, e só chegaria na quarta-feira. Sorri para um ruivo nerd que fazia aula de inglês comigo, e logo a namorada dele passou e me olhou com raiva. Ela havia entendido errado. Suspirei.

Repentinamente, uma mão me puxou e me pressionou contra a parede lateral. Nossos olhares se encontraram e um choque passou pela minha pele.

– Olá. – seu sorriso torto irresistível fez com que meus pensamentos se misturassem.

Edward Cullen poderia estar ainda mais lindo do que era? Sim, poderia. E ele estava. Usava uma camisa social azul marinho e uma calça de tecido preta. Nos pés sapatos da mesma cor da calça. Seus cabelos cor de bronze estavam maravilhosamente bagunçados, e os olhos... Bom, eu tinha a impressão de que iria ter uma síncope toda vez que ele me olhava daquele jeito.

– O-oi. – eu estava gaguejando?

– Você está muito linda mesmo, Isabella.

– Só Be-ella. – repeti o apelido, como no dia em que nos conhecemos. E sim, eu estava gaguejando. Ótimo.

– Você está bem? – ele arqueou uma sobrancelha.

Eu devia estar com uma cara de encantada, parecendo que ia desmaiar de felicidade por estar com o corpo colado ao dele.

Respirei fundo.

– Sim, estou. Só me... assustei, não esperava ser puxada assim.

– Desculpe. Estava à procura de Mike, quando te vi. Não pude me conter. – o maldito sorriso ainda estava em sua boca.

– Acabei de chegar. E então, vai me soltar ou precisarei gritar? – brinquei e ele riu.

– Desculpe. – murmurou de novo e retirou a sua mão do meu braço.

– Sem problema. – não reprimi o riso ao ver a sua cara confusa.

– Bella, você gostaria de uma bebida?

– Tudo bem, estou aceitando qualquer coisa que me faça relaxar.

– Vamos nos sentar então. – conduziu-me até uma mesa vazia e mais reservada, longe de todo o barulho do DJ.

Sentamo-nos de modo que ficamos um em frente ao outro. Edward chamou o garçom, e me perguntou:

– O que vai querer?

– Pode ser um coquetel de frutas.

– Certo. Para mim uma Heineken, por favor. – virou-se para o garçom sem tirar os olhos de mim.

– Nossa, que festa lotada. Não sabia que Mike tinha tantos amigos assim. – Edward riu.

– Na verdade ele convidou praticamente toda a escola. Sabe como é, não é todo dia que se faz dezoito anos.

– Mal posso esperar.

– Você não tem dezoito anos? Não me diga que é mais velha... Digo, não parece ser.

– Tenho quinze. – soltei uma gargalhada. – Estou brincando, tenho dezessete.

– Eu bem que desconfiei.

– Como? Não entendi.

– Não sei, algo me disse. – por um momento achei que esse “algo” tinha nome.

O garçom chegou com as nossas bebidas; abriu a cerveja de Edward e entregou-me o coquetel. Agradeci e voltei minha atenção ao garoto perfeito sentado ali.

– Como vai a carreira? Muitos desfiles?

– Ainda não faço desfiles, estou fazendo alguns comerciais pequenos, mas estão rendendo bem. Acho que finalmente encontrei a minha área.

Assenti e dei um gole em minha bebida.

– Me fale algo sobre você. Sinto que seremos grandes... amigos, eu acho. – meu coração parou e começou a bater de novo.

– O que quer saber?

– Bom, sua idade eu já sei, e sei que tem duas irmãs... Sei também que não tem namorado e é prima da ex-namorada de Mike. – ele riu. – Mas, com quem mora?

– Moro com minha mãe, meu padrasto e minhas duas irmãs. Renée é arquiteta e bastante apaixonada por Peter. Ele é empresário, e eles são casados há quatro anos. Meu pai é advogado e mora em Los Angeles. Sinto muita falta dele.

– Acho que sei mais ou menos o que está passando. Mudei-me para Seattle pouco tempo depois que me formei, e sou obrigado a morar longe dos meus pais. Meu pai, James, é corretor de imóveis, e ama o que faz. Minha mãe, Esme, é estilista. De tempos em tempos vou visitá-los em Londres, e eles também vem aqui. – ele bebericou sua cerveja.

– Deve ser ruim morar sozinho... Você tem irmãos?

– Não, sou filho único. E quanto a morar sozinho, já estou me acostumando. Tudo é questão de adaptação.

– É verdade. Olha só, eu já falei praticamente toda a minha vida singular para você, e nem sei a sua idade. – Edward gargalhou.

– Eu tenho dezenove.

Nesse momento Tanya, mãe de Mike, veio em direção a nós.

– Olá Bella, quanto tempo! – levantei-me e a abracei.

– Oi Tanya, realmente muito tempo. Como está Amun?

– Aquele velho continua jogando pôquer, está sentado em alguma mesa por aí com uns amigos. – ela riu. – Mas está bem.

– Legal. – sorri também. – A viagem foi boa?

– Sim, ótima. Los Angeles é adorável, você deveria ir lá em breve, Amun fala com Charlie de vez em quando.

– Que ótimo, irei vê-lo por lá logo, ou ele virá aqui. - sorri e ela se afastou rapidamente de mim.

– E você, Edward, como vai querido? - lhe deu um abraço.

– Estou bem, e a senhora?

– Também. Obrigada por toda a ajuda que deu à meu filho.

O Cullen sorriu lindamente.

– Pode contar comigo.

Ela se encostou novamente perto de mim e sussurou:

– Bom, vejo que já conhece Edward. Ele é um rapaz de ouro.

– Sim, ele é realmente simpático.

– Vou continuar observando se está tudo em ordem por aqui. Aproveite a festa.

– Obrigada.

Eu gostava muito de Tanya. Conversávamos pouco, porque ela raramente vinha para cá, mas Mike falava-me muito bem dela. Ele idolatrava a mãe.

– Simpática a mãe de Mike, não? – disse Edward.

– Muito. É uma das melhores pessoas que conheço. Ela é muito bonita também. Pena que a vejo pouco.

– A primeira parte é verdade... Quando a segunda, não sei. Não reparo beleza de senhoras casadas. – ele riu. – Só de pessoas mais novas e interessantes, como você. – eu corei e nossos olhares se encontraram.

Depois de minutos que pareciam horas, desviei o olhar e achei melhor sair dali antes que a situação se complicasse.

– Acho melhor procurar Rose e minhas irmãs.

– Vou com você.

Edward puxou a cadeira para que eu me levantasse, e me deu o seu braço. Coloquei minha mão entre o seu braço direito, e o mesmo choque se passou entre nós. Continuamos andando, até que vimos uma cena deplorável: Jessica bêbada, dançando vulgarmente no meio do salão.

(CONTINUA...)


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Gostei do modo como ele terminou, isso faz com que vocês fiquem curiosos. (:
Quero pedir para vocês, leitores, que divulguem esta fanfic, e por favor deixem reviews quando forem lendo os capítulos, isso me incentiva a continuar. Críticas também são bem vindas, se necessário.
Até breve, beijos.



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