Atras de uma escrivaninha antiga, numa sala escura, estava um homem de preto. Sua feição era sombria, seus cabelos eram rentes ao seu rosto,  sua pele palida. Aquele era Severus Snape. O mesmo estava corrigindo provas que mandara os seus alunos do 5º ano fazerem. Ele não sorria em nenhum momento.  Estava destraido até que não percebe a entrada de Dumbleodore em sua sala.

         - Severo ... – Dumbleodore olhava o homem atras da escrivaninha – Ela esta viva.

Ao ouvir tais palavras, Severo sabia sobre o que se tratava.  Lilian Evans, seu primeiro e único amor, estava viva. O mesmo olhou para Dumbleodore com uma ponta de felicidade em seu olhar.

          - Quer dizer que funcionou então? – sua fala não estava mais tão sombria. Ele não queria demonstrar a Dumbleodore, mas estava com uma certa felicidade- Onde ela esta?

         - Sim, funcionou. – Disse Dumbleodore se aproximou da onde Severo estava e se sentou em frente ao mesmo. – Aonde ela esta... Esse é o problema. Infelizmente, eu não sei onde ela esta.

Severo se levantou e foi até a janela. Olhava a noite la fora. Após passar alguns minutos em silencio, apenas olhou para Dumbleodore.

         - Mas ao menos ela esta viva. É isso que importa. – Ele, sem que Dumbleodore percebesse, abriu um pequeno sorriso.

         - Sim. – Dumbleodore seguia Severo com os olhos. – E é por esse motivo que eu venho até você Severo. Preciso que você encontre Lilian. Se Voldemort descobrir que a mesma esta viva, ele ira culpar você. – Dumbleodore olhava com certa preocupação para Severo.

         - Não se preocupe, Dumbleodore. Eu irei acha –la. – Disse Severo, sem encarar Dumbleodore. – Eu preciso acha-la. – Sussurrou para que o mesmo não escutasse.

         - E isso precisa ser o mais rapido possivel Severo. Por isso peço que parta esta noite... – Dumbleodore olhava para severo, esperando que o protestasse. Mas não o fez. Snape apenas assentiu e andou até perto da porta.

         - Eu irei agora mesmo. – Dizendo isso, Severo saiu porta a fora.

         Nos corredores de Hogwarts, Severo andava com seus pensamentos num mesmo objetivo. Encontrar Lilian Evans. Seguindo para a saída, na mente de Severo, passava cenas de promessas que fizera a Dumbleodore de proteger Harry, pois era a ultima lembrança viva de Lilian. 

         Ao atravessar as fronteiras de Hogwarts, Severo se perguntava onde seria o local em que Lilian estaria. Ele seguiu ao lugar mais óbvio que poderia existir. Godrics Hollows. Aparatou ali mesmo, desaparatando na rua onde tudo aconteceu á 15 anos atrás. Severo seguia andando pela rua, sempre com sua varinha em mãos, até que para em frente a casa  arruinada . Ali, o mesmo ficou observando, e lembrou-se do dia em que ele mesmo foi La, para ter certeza que Lilian estava morta.

“ Ao entrar na casa, Severo tinha pensamentos tristes. Sabia que Lilian não teria resistido. Sua proteção não era o bastante. Seguiu pelas escadas até encontrar James caído morto nas escadas. Severo sentiu algo estranho por dentro. Nunca gostou de James, mas não estava nem feliz nem triste por ele estar morto. Tomou coragem e seguiu pelo corredor. A porta do quarto de Harry, onde provavelmente Lilian estaria, estava aos pedaços. Severo anda devagar, torcendo para que ela estivesse viva. Ao atravessas a entrada do quarto, só viu a criança chorando. Ao olhar para o chão, Severo desabou. Ela, Lilian Evans, estava morta em sua frente. O mesmo se desfez em prantos, era muito para ele agüentar. Apenas se ajoelhou ao lado dela, pegando-a em seus braços e abraçando-a. Ele deixou suas lagrimas escorrerem.”

          Aquela lembrança não fazia Severo La muito feliz. Ele apenas fechou os olhos e respirou fundo. Ao fazer isso, sentiu um perfume diferente no ar. Ele reconhecia esse perfume, mas não conseguia acreditar. Era o perfume dela. Ele abriu os olhos e olhou em volta. Tinha uma bolsa jogada ali, em frente a casa. Essa bolsa, Severo reconhecia ser de Lilian. Ele a abriu e viu que dentou havia a varinha de Lilian, e mais alguns objetos. Aquilo fez Severo abrir um leve sorriso. Tal fato indicava que Lilian estava por perto.

         Severo seguiu andando devagar por perto do local. O cheiro do perfume de Lilian sumia cada vez mais rápido. Severo resolveu ir andando por Godrics Hollows inteira. Após quase uma hora de procura, Severo se toca que para Lilian deixar sua bolsa jogada ali, ela só poderia ter sido levada a força. Logo percebeu que já era tarde demais. Voldemort havia levado Lilian outra vez.

         Apanhou a bolsa de Lilian e desaparatou, em direção a mansão dos Malfoy. Ao chegar La, a casa estava vazia. Havia apenas um corpo jogado no chão. Severo reconhecera tal pessoa. Era uma aluna de Hogwarts. Camilla Stowner, aluna da grifinoria nascida trouxa. Ele apenas não entendia como ela havia parado ali. O mesmo perfume de Lilian estava espalhado pelo ar. Seu aroma era inconfundível. Severo estava desesperado agora. Ele precisava encontrá-la.  Ele não sabia o que, mas algo o incentivava a ir para Hogsmead. O mesmo, seguindo sua intuição, aparatou e desaparatou e Hogsmead.

         Para a supresa de Severo, ele acertou. Uma mulher ruiva estava sentada em uma das mesas do Tres Vassouras. Ele reconheceu Lilian. Nunca poderia se enganar. Ele seguiu em direção a mesa onde se encontrava tal moça. Ela havia chorado. Ele se aproximou e olhou para a mesma.

         - Lilian? – Sua voz estava com falhas, para a emoção era muito.A maior vontade dele naquele momento era abraça-la.

         - Severo! – lilian parecia um m pouco feliz em reve-lo. A mesma se levantou e apertou sua mão num comprimento.

                   Os dois se sentaram. Severo ainda não acreditava que ela, Lilian, estava viva. Ele a olhava com uma felicidade imensa.

         - Lily, você esta bem? – seu rosto não estava com uma fisionomiua muito boa. Ela havia chorado.

         - Sim... Agora estou. E você?- Suas palavras sairam baixas. Ela com certeza não estava bem.

         - Eu estou bem, agora que você retornou... – Severo não encarava mais Lilian. Ele apenas olhava para a mesa. Estava preocupado com Lilian. Ele se levantou e foi até o lado dela. Puxouuma cadeira e sentou-se ao lado dela. Segurando suas mão, olhou-a nos olhos.  – Lily, você fez muita falta. Me diz o que esta acontecendo com você!

         - Eu queria poder contar. Mas não posso... – Lilian olhava por Severo. Ela queria que ele soubesse o que houve, mas não conseguia contar. Só de lembrar das cenas daquela tarde, Lilian deixou algumas lagrimas escorrerem.

         - Eu sou seu amigo! Você pode confiar em mim! Por favor! Deixe-me ajudá-la! Me conte o que esta havendo! – Severo apertava a Mao de Lilian, implorava para ela contar o que estava havendo.

         O local estava meio vazio. Pois já era muito tarde. Lilian olhou em volta e viu que ali só estava eles dois. Então afastou a manga de sua blusa, deixando amostra a marca em seu braço; Severo se assustou quando viu a marca. Ele não conseguia acreditar no que ela havia se transformado.

         - Porque você se juntou a ele ?! Por que Lily!- Severo encarava Lilian e agora segurava seu braço com mais força. Ele não queria acreditar no que ela havia se transformado.

         - Eu não queria! Ele me obrigou! Me torturou! E você esta me machucando, Severo! - Lilian chorava. Não conseguia controlar-se. Severo soltou seus braços e abraçou igual a quem acalenta uma criança.

         - Me desculpe... Por favor, não fica assim. Eu sei que você nunca se tornaria uma deles por vontade própia. – Ele falava baixinho para ela, passando as mãos em seus cabelos. Lilian apertava Severo. Não queria que ele a soltasse.