Logo de manhã, fui a primeira a acordar. Fui até a cozinha e preparei um chá bem quente pra relaxar, o que não adiantou nada quando Tom colocou suas mãos em meus ombros me fazendo virar assustada.

- Tom? (arregalei os olhos)

- Não conseguiu dormir? (ele sorriu)

- To vendo que você também não. (sorri juntamente com ele)

- É.

- Mas, eu já vou indo. (me dirigi a porta)

- Espera Michelly! (ele me segurou pelo braço)

- O que? (meu coração disparou)

- Não! (Tom me soltou deixando de me olhar) Nada não.

Eu sai sentido como se ouve-se um nó em minha garganta e um buraco no meu estomago. Entrei em meu quarto e até o chá teve dificuldade de descer.

Mais tarde eu estava na recepção do hotel quando avistei minha irmã chegando com algumas sacolas. Me levantei e fui em direção a ela para ajuda-la.

- Mary, aonde você se meteu? (segurei uma de suas sacolas)

- Tive que fazer umas compras. (nas sacolas só tinham sorvetes e balas)

- Belas compras... O que aconteceu com as besteiras que compramos ontem? (Marie me olhou meia sem jeito) Não acredito que você e o Bill comeram tudo!

- Ah, o filme tava bom e em falar em filme, você não acredita no que aconteceu. (entramos no elevador)

- Fala!

- O Bill me beijou assim, sem mais nem menos.

- Nossa que atirado! (lembrei do Tom naquele momento)

- Bom... (não, não pergunta sobre ontem à noite) E você e o Tom? O que aconteceu que vocês chegaram daquele jeito ontem!

- Ah... (que maravilha, ela perguntou)... Nada Marie. (nós saímos do elevador e andamos em direção aos quartos)

- Você não me engana!

- Ele tentou me beijar!

- Tentou? Isso quer dizer que ele não conseguiu?

- É, mas... (ela me fuzilou com o olhar)

- Mi, você tem noção de quantas garotas no mundo desejariam estar no seu lugar? O Tom é maravilhoso, não igual ao Bill, mas é quase.

- Eu to pouco me lixando para o que outras garotas gostariam. Eu não quis e foi isso!

- Você é estúpida!

- Olha quem fala!

Eu joguei aquelas sacolas no chão e em passos largos e firmes me tranquei em meu quarto.

‘Foi tudo culpa dela, nada teria acontecido se ela não tivesse tramado tudo isso pra mim’, eu pensava furiosa.

Marie estava procurando algo no armário e, de repente, ela sentiu mãos a abraçarem.

- Oi. (ele cheirou seu pescoço)

- Bill? (Marie paralisou)

- Tudo bem? (Bill a fez se virar e a olhou sorrindo)

- Claro.

- Que bom, quer da uma volta? (ele arquejou sua sobrancelha)

- Claro!

Os dois saíram do hotel e logo viram um flash de câmera. Correram para o Carro, mas já era tarde demais.

Bill levou minha irmã para um parque de diversão, o que Marie achou demais.

Eles brincaram parecendo duas crianças, até que Marie convenceu Bill a ir com ela na roda gigante, que a propósito, era bem grande. Bill entrou naquele brinquedo e assim que ele começou a subir, ele ficava mais pálido.

- Bill? (Marie segurou a risada) Tudo bem?

- Claro! (Bill olhava para baixo assustado) EU VOU MORRER!!

- Bill, não olhe para baixo! (ele olhou-a de uma maneira bem desesperada) O que está olhando?

- Você.

Para o desespero dos dois, e principalmente de Bill que já se sentia meio enjoado, o brinquedo parou bem no alto.

- Ai, o que ta acontecendo? (Marie olhou para baixo) AI, EU TO COM MEDO!!

- Marie, calma! (ele segurou sua mão)

- Não dá! (aquelas unhas a fascinavam)

- Confia em mim? (Bill olhou Marie nos olhos e lhe beijou calmamente enquanto o brinquedo descia)

Assim que chegaram lá em baixo, os dois pareciam ter visto um fantasma, mas não estavam espantados com a Roda gigante e sim com o que haviam acontecido entre os dois.

Marie sentiu que o amor de fã que ela tinha estava mudando pra outro tipo de sentimento, mas mesmo amando tudo aquilo, não queria fantasiar, afinal, Bill se esqueceria dela na próxima semana, pelo menos era isso que Marie achava.