Assim que chegamos, já fui para a pista de dança, o que Tom estranhou, afinal, ele pensava que eu era quietinha, mas, na verdade, agora sim eu estava sendo eu. Tom sorriu para Bill e Marie que estavam sentados e foi em direção deles.

- Eu não acredito que vocês vieram até aqui pra fazer nada!

- Ah Tom... (Bill revirou os olhos)... Você sabe que eu não gosto muito dessas coisas...

- E você Marie? (ele puxou-a)

- Eu? Nunca fui fã de festas, mas minha irmã...

- Por outro lado... (Tom me olhou) Ela se diverte mesmo!

- Vai lá dançar com ela Tom! (Marie piscou)

- Ta, mas vocês vão perder um festão! (ele sorriu e foi em minha direção)

- Sério que não gosta muito de festas Bill? (Marie perguntou mesmo sabendo que sim)

- É. (Bill assente) Nada como um silêncio... (ele a olhou e depois de arquejar sua sobrancelha continuou) Pra se concentrar melhor...

- É, né!? (ela abaixou sua cabeça)

- Você quer dá uma volta?

- Mas, o Tom e a Mi? (ela perguntou inocente)

- Eles? Nem vão perceber... Vamos? (Ele se levantou e estendeu sua mão)

- Ta. Mas eu quero avisar a Mi. (ela se levantou também)

- Está bem.

Eles se dirigiram até mim e Tom, que dançávamos sem parar. Eu e ele já estávamos segurando bebidas e bebendo pra valer. Acho que eu já estava um pouco “viajona”, mas, Tom tava se aproveitando mesmo; lembro que ele estava dançando atrás de mim e ficava me olhando com um olhar malicioso. Bill avisou Tom que iria sair com Marie, e este apenas o olhou com o olhar de ‘Carpe diem: Aproveite o momento’, Marie, por outro lado, me disse um quilo e eu não entendi um grama, apenas concordei e continuei dançando.

Bill e Marie saíram da festa e foram para uma pracinha ali perto. Ficaram conversando horas sobre o TH, até que Bill começou a fazer perguntas mais pessoais sobre ela, e mesmo meia sem jeito, Marie respondia.

Quando já estava bem tarde, Marie e Bill voltaram pra casa, mas não encontraram nem eu e muito menos Tom lá. Bill imaginou que eu e Tom iríamos ficar até o fim da festa, e por esta razão, Bill decidiu fazer uma loucura.

Marie estava em seu quarto procurando seu passaporte, na esperança de não encontra-lo, de repente, Bill entrou no quarto.

- O que está fazendo? (ele se aproximou)

- Procurando um papel! (ela continuou de cabeça baixa)

- Está muito ocupada?

- Não! (para o Bill ela nunca está) Por quê?

- Então vem aqui... (ele a puxou) Quero te mostrar uma coisa!

Os dois subiram até o ultimo andar, enquanto eles estavam dentro do elevador, Bill olhava Marie com um olhar apaixonado, naquele momento acho que ele nem pensou no que poderia acontecer, e muito menos Marie.

Quando o elevador parou, Marie e Bill entraram numa suíte linda, muito romântica. E assim que o elevador fechou, Marie percebeu o que iria acontecer.

Não deu tempo ela dizer nada.

Bill a agarrou pela cintura e lhe beijou desesperadamente, logo em seguida, acompanhado do beijo, ele a levantou e foi andando até ambos caírem na cama. Neste momento os dois pararam de se beijar e se olharam.

- Bill? (Marie perguntou confusa)

- Por favor, Mary... (ele tentava controlar sua respiração)... Não tente me impedir.

Marie, mesmo sem entender aquilo tudo, se calou.

Bill acariciou seu rosto delicadamente e a beijou outra vez. A cada minuto que passava Marie e Bill se entregavam mais e mais. Ele demonstrava o que realmente sentia por ela, um sentimento tão confuso quanto aquilo, que se resumia em uma só palavra.

Marie ‘aproveitou aquele momento’ de uma maneira como se fosse a ultima vez, mas na verdade era apenas a primeira. Enfim... Marie naquela noite entregou a Bill o que ela tinha de mais valioso: Sua virgindade.

Assim que a festa estava para acabar, eu já estava acabada e Tom também. Dormimos num quarto que havia nos fundos do local da festa. Mas, só me lembro que quando eu acordei, já estava deitada em minha cama e Tom estava do meu lado esperando eu acordar. Eu não fazia idéia do que aconteceria naquele dia, e tenho certeza que até aquele momento, Tom também não.