Vampire Academy Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 5
Capítulo 5




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“Você ouviu isso?” Vasilisa perguntou, olhando em volta de forma assustada. Seus sentidos Moroi captando os ruídos em volta.

"Corre!"

Rose segurou seu braço fortemente. Eu e Mark apertamos os nossos passos atrás delas e elas, percebendo que tinham perseguidores, começaram a correr. Foi inútil. Os guardiões já haviam cercado todo local. E além do mais, Rose parecia muito fraca para fugir, seu único apoio era a Princesa, que corria a abraçando. Eu também corri, mas sem fazer muita força. Percebi que elas se dirigiam para um carro verde, estacionado próximo à esquina. Então, me separei de Mark e fui para o carro, me colocando bem na frente do caminho delas.

Prontamente, elas se frearam. Com um único movimento, bem típico dos guardiões, Rose se colocou de forma protetora, na frente de Vasilisa. Eu as olhava fixamente, mas pude ver, pela minha visão periférica, que os outros guardiões fechavam o perímetro em volta delas. Elas estavam cercadas. Rose respirava pesadamente e a Princesa parecia assustada.

“Deixe-a em paz” Rose rosnou por entre os dentes, parecendo um animal acuado “não toque nela.”

Eu não me deixei intimidar por sua ousadia. Mesmo sabendo que estava cercada, ela ainda estava nos enfrentando e pronta para reagir a qualquer momento. Realmente selvagem e inconsequente, como todos tinham dito, mas nem por isso, deixava de ser corajosa, muito corajosa. Aquilo me surpreendeu, mas me mantive ilegível. Levantei uma das mãos, tentando fazer um gesto pacífico, na intenção dela perceber que não tínhamos como objetivo machucar ninguém.

“Eu não vou-“ falei dando um passo à frente, me colocando muito próximo a elas. Eu realmente estava disposto a tentar conversar com elas e convencê-las a irem de bom grado conosco e não como fugitivas capturadas.

Mas não deu certo. Provavelmente, Rose entendeu aquele gesto como uma intimidação e tentou me atacar, usando uma manobra defensiva muito mal aplicada. Foi um verdadeiro fiasco. Ela era uma novata, sem treinamento e, ainda por cima, dopada. Eu estava atento a cada gesto seu, e antes que ela pudesse pensar, dei um golpe em sua testa que a fez cambalear para trás, indo direto para o chão. Percebi que eu não tinha medido a minha força e tinha batido forte demais, também pudera, eu era costumado a lidar com guardiões bem treinados e Strigois poderosos. Perto disso, Rose pareceu incrivelmente frágil.

Tão rápido quanto eu tinha batido, me inclinei e segurei seu braço, a impedindo de cair no chão. Isso a trouxe para perto de mim. Muito perto. Agora eu podia ver todos os detalhes do seu rosto, com clareza. Cada traço, cada feição. Ela tinha uma beleza estonteante. Uma beleza que me bateu de forma mais forte do que o golpe que eu tinha acabado de aplicar contra ela. Meus olhos a percorreram, parando na marca em seu pescoço. A imagem da Princesa se alimentando nela voltou à minha mente. Eu deveria achar aquilo uma coisa repulsiva e era, mas a olhando, assim tão perto, não conseguia sentir nada além de admiração. Raramente alguém conseguia me surpreender, mas Rose em pouquíssimo tempo, estava conseguindo fazer isso sucessivamente. Aquilo era embaraçoso para mim. Ela demorou pouco tempo para perceber meus olhos na ferida da mordida, mas quando o fez, tocou levemente no ponto onde meus olhos pararam. Ainda com ar superior e tentando esconder seu constrangimento, balançou os seus cabelos, cobrindo o pescoço perfeitamente e me encarou. Eu olhei para ela ainda sem entender o que tinha se passado dentro de mim. Ela puxou, com força, seu braço da minha mão.

Eu a soltei, mas ela ainda parecia tonta. Mesmo assim, ela se posicionou novamente de forma protetora perto da Princesa e assumindo uma posição de ataque. Era realmente incrível e inacreditável essa obstinação dela em proteger a amiga. Era um sentimento raro de se ver em um guardião. Vasilisa a segurou calmamente.

“Rose, não.” Sua voz era serena e doce.

Rose continuou em postura de ataque mas, aos poucos, foi perdendo a tensão que carregava. Ao que parecia, Vasilisa tinha uma forte influência sobre Rose, então, ela não teve escolha a não ser aceitar a derrota. Percebendo que ela não reagiria mais, me voltei para a Princesa. Fiz uma reverência, me inclinando um pouco, como sempre fazíamos para os príncipes e princesas da realeza Moroi. Levantei meu rosto e a olhei gentilmente.

“Meu nome é Dimitri Belikov.” Eu me apresentei polidamente “Eu vim para levá-la de volta à Academia St. Vladmir, Princesa."

Vasilisa apenas assentiu e olhou para todos os guardiões que estavam à nossa volta. E logo, seus olhos pararam em Rose.

“Quando iremos voltar? Se não se importam, queria que recolhessem nossas coisas.” Ela falou sem nos olhar. Mas inclinou a cabeça na direção da casa onde elas moravam.

“Tenho ordens para levá-la imediatamente, mas já faz parte de todo planejamento isso que você me pede. Mandarei dois guardiões, agora mesmo, recolher tudo, não queremos que os humanos considerem vocês duas como desaparecidas e tenham pistas para seguir.” Falei, olhando entre ela e Rose. As duas permaneceram se olhando e eu pensei novamente que elas poderiam ter algum tipo de comunicação mental.

Nós as colocamos em um dos carros e fomos direto para a pista de pouso particular, onde o avião da Academia nos aguardava. Enquanto esperávamos autorização para o embarque, entrei em contato com Alberta para avisar que a operação tinha sido um sucesso e que estávamos retornando. Quando finalmente embarcamos, percebi que Rose e a Princesa cochichavam o tempo todo. Imediatamente, fui até o guardião que segurava Rose – que ainda esbravejava de raiva, principalmente quando eu me aproximava – elas não podiam ficar juntas. Não mesmo.

“Não deixe que elas falem uma com a outra.” Falei para o guardião “cinco minutos juntas, elas armarão um plano de fuga.” Rose me deu um olhar arrogante, que era puro ódio, enquanto era levada pelo corredor. Eu sabia que era pouco provável que elas fugissem, não só por causa da forte escolta, mas também por que, em pouco tempo, estaríamos em pleno ar.

Rose foi levada para o fundo do avião e eu me sentei em uma poltrona da frente, ao lado da Princesa Vasilisa, minha protegida.


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