Bloody Roar Hellt escrita por Hellt


Capítulo 85
A saga de um mercenário, o exército




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Estava numa missão no oriente, Japão, não entendia nada do que eles falavam, meu objetivo era derrotar um exército zoanthrope inimigo da Olhos do Destino. Oficialmente o exército do Leão havia acabado, mas eu ainda fazia parte dele por não ter entrado em nenhum outro exército, Shaw Long até me convidou para que eu fizesse parte de sua equipe, mas recusei, eu tinha outros objetivos. Na missão ao Japão fui sozinho, não quis apoio, eu destruí aquela organização sem muitas dificuldades, todos que me viam transformado me chamavam de yagi, por algum motivo esse apelido pegou.

Paralelo a minha vida mercenária eu cuidava das empresas da família, tentava fazê-la crescer e lucrar mais, obviamente criei muitos inimigos, tanto no mundo dos negócios como no submundo, muitos assassinos vieram até mim. Uma noite, em Londres, me preparava para dormir quando fui atacado por um ninja, sua intenção era me pegar desprevenido, eu nunca estou desprevenido. Era um excelente guerreiro, um poderoso zoan, um chacal, era ágil e tinha técnicas que desafiavam qualquer lógica, mas o venci, porém onde muitos enxergam a morte eu enxergo a possibilidade.

A única coisa que entendo sobre os ninjas é que, alguns clãs, matam aqueles que falham, talvez você não possa voltar pra sua casa até me destruir, contudo você não precisa voltar para eles, ao meu lado você pode continuar sendo o que é, um assassino, quando eu montar meu exército quero os mais fortes ao meu lado! –


– Como? Você não quer me matar? Mas tentei de destruir e você quer que eu me uma a você? Não te entendo... Você compreende que posso te matar a qualquer momento? – Ele me disse.

– Você pode tentar quantas vezes quiser, eu não posso ser morto por você! Me esforcei muito para me tornar incrivelmente forte e não posso ser morto com tanta facilidade. Escute, outros assassinos já vieram me matar, mas eram inúteis, não eram como você, eu enxergo sua utilidade, ao meu lado limites não existirão!


– Tudo bem, se eu voltar para meu clã eles me matarão, melhor me unir a você. – Aquele ninja se tornou o segundo elemento de meu futuro exército.

Ele me seguia pelas sombras, eu utilizei seu serviço mesmo ele não se unindo, oficialmente, a Olhos do Destino, ele veio comigo em missões e me acompanhava em viagens de negócios, além de ser muito útil para matar meus concorrentes empresariais, sua técnica de assassinato era limpa e perfeita.

Estava na minha terra, Alemanha, com um conhecido, ex-membro da organização que me ajudou em algumas missões, ele estava debilitado após várias lutas, vivia numa cadeira de rodas há alguns anos. Ele tinha um filho, um garoto genial, ele o treinava para substituí-lo, como meu pai ele queria que seu filho o superasse, diferente de meu pai ele não desejava, necessariamente, que ele se tornasse um membro da organização. Aquele garoto, de nome Kayke Frings, era realmente incrível! Eu queria ele em meu exército, porém ele era novo demais, no momento certo eu o abordaria.

Naquela época, esse meu conhecido me dissera sobre a existência de um assassino no submundo que estava caçando os membros da Olhos do Destino, estava preocupado consigo mesmo e comigo, eu não tinha medo por mim mas ele realmente não conseguiria vencer ninguém na suas condições, eu me ofereci para cuidar de seu filho e seus negócios caso alguma coisa acontecesse, óbvio que tinha meus interesses.

Passou- se algum tempo e mais assassinos da organização iam morrendo, esse tal assassino era excepcional, eu e Victor, o ninja, comentávamos muito sobre esses fatos. Estava em Paris quando o tal assassino veio até mim, para minha surpresa ele não queria me matar, ele, melhor ela, era uma antiga conhecida, uma mulher que eu havia salvado no Afeganistão um pouco depois da morte de Serena, naqueles dias me lembro de ter dito a ela sobre Deus o que meu pai me dizia, sobre as pessoas usarem do nome Dele para controlarem as outras, algo do tipo. A moça queria se juntar a mim, queria me mostrar sua força e a oferecer como gratidão, parece que minhas palavras foram muito úteis. Tereza DelVecchio, era como ela se chamava agora e para minha surpresa ela era extremamente forte!

Alguns anos depois de rever Tereza um fato interessante aconteceu, um dos generais da organização morreu, t-rex, me tornei general para substituí-lo, junto a isso trouxe Tereza e Victor para a organização, montei um exército de três como era o exército do leão. Entretanto eu fui promovido e já fui designado para uma missão extremamente complicada, havia um boato que t-rex tinha um filho, o líder me disse que eu precisava achar esse garoto e trazê-lo a organização, “t-rex é muito raro”, foi o que ele disse, em suma eu teria que correr atrás de um boato, pois bem então farei isso enquanto faço minhas outras coisas.

Assim que me tornei general voltei ao Brasil para trazer Arthur para trabalhar ao meu lado, desde o dia que ele chegou à sede de minha empresa ele já começou suas pesquisas e seus experimentos, ele era mais do que fascinado em zoans. Mais ou menos na mesma época fui a uma missão paralela ao oriente médio, lá vi em ação um poderoso zoan de urso, ele era sádico e brutal, eu deveria lutar ali com meu exército, mas eu apenas observei, lutando ele perdeu um de seus braços, era uma pena, eu começava a querê-lo em minha equipe.

Ao voltar a minha sede comentei com Arthur sobre o acontecido, sobre meu interesse no zoan que infelizmente perdeu o braço, foi quando o cientista me contara sobre um de seus projetos, misturava bioengenharia e mecatrônica, se tratava da substituição de membros por máquinas. Era ousado demais, porém Arthur me garantiu que era possível. Se ele garantia então poderia ser feito, fui até o soldado, estava num hospital em Seatle, para convidá-lo ao meu exército, ele concordou após eu contar sobre a possibilidade de recuperar o braço. A operação foi um sucesso absoluto, o soldado, Richard Stwart, foi uma cobaia do experimento de Arthur, uma cobaia sortuda, entretanto o mais importante é que se o cientista fez algo como isso por que não ele conseguir trazer Serena de volta?

Mais alguns anos se passaram e meus pesquisadores descobriram algo interessante, o boato sobre t-rex ter um filho era verdade, ele morava no Brasil, provavelmente numa cidade chamada Belo Horizonte, era para lá que levaria a sede de minha empresa, seria mais fácil procurar pelo filho de t-rex no país onde ele mora. Na mesma época fui até Kayke Frings, o conveci a ir comigo para o Brasil, ele também iria levar sua empresa para lá, seu pai havia morrido há algum tempo e ele não tinha nenhum laço com a Alemanha, aquele jovem era obcecado com enfrentar os mais fortes então lhe contei sobre t-rex, sobre as lendas, sobre a certeza de ele estar no Brasil. O grande problema era o caráter dele, ele não tinha o necessário pra se tornar um mercenário, só matava em batalhas e somente os adversários a altura, sempre me dizia que não via sentido em matar os fracos, não pude o apresentar a Olhos do Destino, somente o disse o suficiente para dominá-lo, ele nem sequer conheceu Richard e achava que Tereza e Victor trabalhavam para minha empresa. Kayke era só um garoto fácil de manipular.

Quando cheguei ao Brasil tive gratas surpresas, primeiro que havia zoans de altíssimo nível, e segundo meu velho amigo Afonso estava morando aqui, eu o descobri, ele não me descobriu acho, pelo menos fingimos que não sabíamos da presença do outro no mesmo país, estado e cidade. A influência da Olhos do Destino na América do Sul não era grande, nossos mercenários daqui eram fracos, pós minha chegada muita coisa mudou, afinal eu era um general, nossas ações aqui ficaram muito mais organizadas, graças a minha direção localizamos o filho de t-rex, foi a maior das coincidências, ele era discípulo de Afonso e colega de escola de Kayke, agora eu precisava me organizar para saber como usar essa informação.

Não a usei de forma correta, Kay se mostrou mais difícil de ser controlado que eu imaginava, Victor falhou por soberba, além de ter me aproximado de Afonso e não ter conseguido nada de útil, parecia que minha sorte havia virado novamente, pelo menos o filho de t-rex também era t-rex e, o mais importante, as pesquisas de Arthur avançavam a passos largos. Naquele dia Arthur me disse coisas maravilhosas, tão maravilhosas que eu próprio fui buscar Kay, na mesma noite ele me mostrou o resultado de suas pesquisas, Lucian, foi assim que ele o batizou, um clone perfeito de Kay, sua mente estava limpa dentro daquela incubadora, mas minha mente viajava em milhões de possibilidades.

Junto à clonagem ele me mostrou um projeto, um chip capaz de controlar a mente, não estava completo ainda, mas em vias do sucesso, suficiente para eu planejar aumentar meu exército, foi por isso que trouxe Kay de volta, iria usar o chip nele quando estivesse pronto, nele e em meu velho amigo Afonso e um poderoso zoan com muita fama no submundo desse país, um ser conhecido como falcão caçador. Meu principal objetivo em juntar esses dois a mim era simples, um plano, o líder desejava recomeçar a antiga guerra, queria tomar o mundo para si, seu plano começaria por aqui.

Nunca desejei a tal guerra, o que eu queria era ter Serena de novo ao meu lado, a guerra era meu objetivo secundário e a usaria para testar as experiências de Arthur. Eu localizei t-rex, desenvolvi técnicas de clonagem, controle mental, um soro de cura que funciona na maioria dos casos, meu prestígio só cresceu com o líder o que nunca o fez desconfiar de meu verdadeiro objetivo, objetivo esse que eu vi bem próximo quando Arthur conseguiu desenvolver a técnica de implantar memórias, ele deu a sua criação, Lucian, uma memória planejada nos mínimos detalhes. Naqueles dias mesmo eu queria que ele desenvolvesse uma memória para Serena, porém ele relutou, pediu para que observássemos Lucian antes de tentar qualquer outro experimento, mal sabia eu o quanto ele estava certo, o clone se tornou instável, os resultados não foram os esperados, tínhamos que recomeçar, mas não tínhamos tempo, o plano tinha que ser seguido à risca, ordens do líder, se eu desobedecesse poderia ser considerado traidor e ele tomaria minha pesquisa, depois de me matar é óbvio.

“Não teria problema”, eu pensava, “durante a guerra Arthur pode trazê-la de volta”, estava convicto, porém as seguidas batalhas me mostraram muita coisa, Afonso, t-rex, Lucian, todos eles me mostraram o que não quis enxergar...


Preview:

Hellt escutava passos, tentava abrir os olhos, mas era difícil, quando conseguiu enxergou a figura de Yagi de pé o olhando. “Como ele consegue estar de pé? O que ele vai fazer?” se perguntava em sua mente, de repente o maior faz um movimento com se golpeasse com sua mão direita o jovem.


O que realmente Simon fizera era retirar o soro de cura que tinha consigo e depois aplicar no braço de Hellt. O jovem não entendia o porquê daquela atitude.


– Esse soro faz efeito mais rápido em você que em mim, eu demoraria várias horas para me recuperar. – Fala e se senta.


– Por que está fazendo isso? Não entendo... – o jovem pergunta.


Próximo capítulo: A saga de um mercenário, decisão definitiva



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Notas finais do capítulo

Eu gosto desse capítulo, achei que seria legal mostrar como Yagi montou seu exército..............
A fic caminha pros últimos caps....... espero q estejam gostando.......
té mais....



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